Orçada em R$ 6 milhões, a ampliação do estádio Cornélio de Barros já começou.
Com capacidade para 5.000 pessoas, o estádio municipal de Salgueiro terá a acomodação dobrada, chegando a 10.360 torcedores, cumprindo a exigência da CBF, com mínimo de 10 mil lugares para a disputa da Série B (projeto acima).
A obra é uma realização tripla, com R$ 3 milhões do governo do estado, serviço e mão de obra doados pela Odebrecht – que é parceira do estado em empreitadas bem maiores – e o restante pela própria prefeitura, com todo o material e equipamento (veja AQUI).
Veja as fotos do andamento das obras do maior estádio do Sertão pernambucano AQUI.
No destaque azul da planta abaixa, a etapa extra da obra (sem previsão), que elevará a capacidade para 11.500, ou 20,3% da população do município, de 56.641 moradores.
A casa do Salgueiro deverá ficar pronta em agosto. Até lá, o Carcará vai continuar mandando os seus jogos no estádio Ademir Cunha, em Paulista, a 527 km de seu reduto. A estreia com 8.399 pessoas mostrou, no entanto, que o clube não ficará desamparado.
Com uma carreata que parou o Recife, o Santa Cruz festejou o histórico título pernambucano de futebol em 2011. Veja uma galeria de imagens em slide show, com fotos de Cecília Sá, do Diario de Pernambuco.
Rodada a rodada! Nesta temporada, o blog irá postar os cálculos dos dois principais sites de probabilidades no futebol do país durante as 38 rodadas da Série B do Brasileiro.
O Infobola não colocou os seus dados após a abertura da Segundona, considerando muito cedo. O Chance de Gol, com um programa automático, já aponta o ABC como favorito! De qualquer forma, vale para o torcedor. Alimenta discussões…
A matemática pode ser exata, mas ainda assim existem diferenças nos dois sites.
Nas dez partidas da primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B de 2011 o público total foi de 55.237 torcedores. Uma média baixa de 5.500.
O que chama a atenção neste número é a fatia da torcida pernambucana no bolo. Somando os públicos do Ademir Cunha e da Ilha do Retiro, nas estreias de Salgueiro e Sport, respectivamente, o dado chega a 48,7%, quase metade, com 26.932 pessoas.
Cerca de 15 mil bilhetes foram da campanha promocional Todos com a Nota.
O jogo que encerrou a rodada, na noite de sábado, aconteceu em Varginha, interior mineiro, com Ituiutaba 1 x 2 Paraná. Até ali, Pernambuco estava à frente…
18.533 – Sport 1 x 0 Icasa
8.399 – Salgueiro 1 x 1 São Caetano
7.468 – Ponte Preta 5 x 0 ASA
6.912 – Vitória 1 x 0 Vila Nova
5.640 – Criciúma 2 x 2 Guarani
3.812 – Ituiutaba 1 x 2 Paraná
2.208 – Portuguesa 4 x 0 Náutico
1.652 – Goiás 1 x 0 Barueri
559 – Bragantino 1 x 1 ABC
54 – Americana 1 x 1 Duque de Caxias
Esse foi o tema da última enquete do blog, sobre o trio pernambucano presente no Brasileiro da Série B desta temporada.
Abaixo, os números finais da pesquisa, encerrada na manhã deste domingo. Vamos ver no fim do ano qual opção escolhida pelos internautas vai corresponder à verdade…
Sport – 1.235 votos
Acesso – 72,5%
Rebaixado – 23,4%
Continua na Segundona – 4,0%
Nesta semana, a revista VEJA traz em sua manchete o atraso nos estádios brasileiros para cumprir o cronograma da Copa do Mundo de 2014 (veja AQUI).
Mas, na visão deste blog, vem com um erro grave na base dos cálculos…
Segundo a publicação, a final do Mundial, por exemplo, será realizada apenas em “2038”, segundo critérios matemáticos da reportagem.
Está no texto: “A reportagem comparou o orçamento previsto para a reforma ou construção de cada arena com o valor que foi investido nelas até agora. Em outras palavras, analisou a execução orçamentária estádio por estádio”.
A Arena Pernambuco tem um orçamento oficial de R$ 532 milhões. Lá, já foram investidos R$ 60 milhões. Segundo a VEJA, caso a obra local siga no ritmo atual, o estádio só ficará pronto em dezembro de 2015.
Aí está o problema na edição da revista com a maior tiragem de exemplares do país.
O próprio texto diz que seria preciso aumentar o gasto mensal em 72% para concluir a empreitada no tempo necessário.
Mas quem falou que o gasto mensal é estático? Na matéria, ninguém. Nenhuma obra é executada de maneira linear. Isso inclui edifícios, estaleiro, estádios, rodovias etc.
Desde que a obra começou, em 30 de julho de 2010, é gradual a evolução na carga de trabalho, principalmente no efetivo. De 18 operários, o projeto já chegou a 620. O gasto mensal de abril deste ano não foi o mesmo de agosto passado, sem a terraplenagem.
Em janeiro de 2012, o pico da obra, estão previstos 1.800 trabalhadores. Ou seja, não é difícil imaginar que o gasto mensal aumentará. No efetivo, o crescimento será de 190%.
O atraso existe e em todos os setores da Copa, como estádios, aeroportos e mobilidade urbana. Não precisa de cálculos mirabolantes para se chegar a essa conclusão…
Veja o hotsite do Diario sobre a evolução da Area Pernambuco AQUI.
Uma pitada de sorte e a ajuda determinante do modelo organizacional europeu me permitiu presenciar in loco uma conquista histórica. Sem mais nem menos, como quem não quer nada, a história caiu no meu colo. Por acaso, na noite do último sábado.
O 2 x 2 entre PSG e Lille foi muito mais que um jogo para a pequena parcela da torcida visitante que se espremeu no pequeno espaço reservado no Parque dos Príncipes.
57 anos depois, o Lille voltou a ser campeão francês. Feito comemorado da forma mais calorosa possível. Uma festa digna do tamanho da conquista.
Dadas as circunstâncias que me levaram ao estádio, foi meio inacreditável estar ali naquele momento. Primeiro porque até as 20h (horário francês) eu sequer tinha conhecimento da partida. Detalhe: a bola rolou às 21h.
Voltava despretensiosamente de um passeio pelo centro de Paris, quando percebi alguns torcedores com a camisa do PSG. Sentado num dos vagões do metrô, pensei comigo: “Vai rolar algum jogo mais tarde. Devo estar exatamente no caminho do estádio.”
A cada estação, mais torcedores subiam. Resolvi me informar. Confirmei que realmente haveria jogo, tomei nota do horário e decidi me aventurar atrás de um ingresso.
Tentei puxar na memória qual a situação do campeonato francês. A primeira coisa que veio na mente foi que o Lille estava a caminho do título.
Imaginei então que o campeonato já pudesse ter sido definido, mas a essa altura ainda não sabia que o Lille seria o adversário do PSG naquela noite, muito menos que o jogo poderia valer o título.
Pensei novamente: “Ou é jogo pra cumprir tabela, ou quem sabe o PSG pelo menos ainda briga por vaga em alguma competição europeia”. Tentava me motivar na esperança de que a empreitada de última hora realmente valesse à pena.
Mais do que uma simples visita. Rápida consulta no jornal (L’Équipe) escanteado dentro da bolsa revelou a surpresa: era dia de decisão!
Com seis pontos de vantagem sobre o Olympique de Marselha, a duas rodadas do fim, bastava ao Lille o empate. Já o PSG mantinha-se na briga direta com o Lyon por uma vaga na Champions League. Pra quem é fã de futebol, o cardápio servia banquete!
Olhei para o relógio e calculei que chegaria ao estádio cerca de 20 minutos antes. O desafio de conseguir ingresso parecia cada vez mais inacessível, mas a suposição estava totalmente equivocada.
Acostumado com a bagunça do futebol brasileiro, já havia projetado até quanto valeria pagar a um cambista. Pura ingenuidade.
É bem verdade que os cambistas vieram pra cima como urubu na carniça, mas bastou me informar para achar rapidamente o caminho das pedras.
A bilheteria estava ao alcance de qualquer mortal como eu. Apesar de ser dia de casa cheia, adquirir o bilhete foi mais fácil do que comprar lanche em praça de alimentação vazia. Fila zero. Vários atendentes disponíveis em seus respectivos computadores.
Todos simpáticos e solícitos. Bate-papo descontraído, cartão visa, débito automático, ingresso no bolso. 10 minutos, no máximo. Golaço da organização. Não deve ser tão difícil assim, meu Brasil. Só não deu pra ficar no meio da torcida do Lile… que pena!
* Lucas Fitipaldi é repórter do Diario, colaborador do blog e está de férias em Paris…