Novidade de 2011 num passado de 1901

Confira a terceira camisa do Náutico para a temporada 2011.

O uniforme todo vermelho, produzido pela Penalty em parceria com a Cavalera, será lançado oficialmente nesta quarta-feira.

A novidade ficou por conta do escudo do Timbu, o primeiro da história do clube, de 1901 e utilizado até 1931, além da falta de patrocinadores. Camisa limpa, bonita.

No peito, uma espécie de marca d’água, com a frase “Náutico teu caminho é de luz”.

O preço sugerido é de R$ 159,90.

Ainda neste ano o Alvirrubro deverá lançar o 4º padrão oficial numa cor alternativa (cinza), como o novo padrão amarelo do Sport.

3º padrão vermelho do Náutico, em 2011. Crédito: Penalty/divulgação

Recife no Campeonato Paulista

Troféu do Campeonato Paulist

Aproveitamento diante de Paulistas credenciaria o Náutico ao título estadual de SP

Náutico campeão paulista? Tal frase soa como um absurdo tão grande quanto a distância entre Pernambuco e São Paulo, mas dentro de campo não é bem assim… Em seis jogos realizados contra times paulistas nesta Série B, o Timbu soma três vitórias, dois empates e apenas uma derrota, diante da Portuguesa, na abertura da competição nacional. Um aproveitamento de 61%, que, comparado às equipes de São Paulo no estadual, credenciaria o Alvirrubro ao título do Paulistão.

O texto acima foi postado no site oficial do Náutico nesta quarta-feira.

A fase do Náutico na Série B é excelente, mas cabe tanta empolgação?

Porém, vamos no embalo da ideia…

De fato, no formato deste ano, o Paulistão classificou oito dos 20 times ao mata-mata. Dona da última vaga, a Portuguesa somou 28 pontos em 19 jogos, com 49,1% de aproveitamento, abaixo do atual rendimento timbu diante de clubes de São Paulo.

Assim, com o retrospecto atual, o Náutico “entraria” na briga pela vaga à fase final.

Ao todo, serão 14 jogos na Brasileiro de 2011 contra adversários paulistas.

Apesar do questionamento ser de um “mundo paralelo”, para dizer o mínimo, vamos seguir com o debate levantado pelo Alvirrubro.

Portanto, caso os clubes do Recife fossem convidados para o Paulistão, jogando em seus respectivos estádios, claro, qual seria o desempenho de Náutico, Sport e Santa?

Brigariam para não cair para a Série A2 ou por vaga nas quartas de final?

Quantos anos (décadas) para conquistar um Estadual em São Paulo?

Uma vaga, pelo visto, na otimista ótica timbu, seria do Náutico…

A Era que não devia ter começado e o fim que não acabou

Twitter do Sport confirma saída de Mazola

Sob uma pressão incrível diante de uma campanha frustrante, a diretoria do Sport anunciou a saída de Mazola do comando técnico do time às 12h49 desta quarta-feira.

Notícia confirmada através da conta oficial do clube no Twitter.

Com Mazola, foram 11 jogos, com 4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas.

Nos últimos 7 jogos, a derrocada, com 5 derrotas e apenas 2 vitórias, todas na Ilha do Retiro, diante de adversários pernambucanos, Salgueiro e Náutico.

A falta de experiência do técnico pesou demais no grupo de R$ 1,3 milhão por mês aos cofres do clube, como a falta de leitura de jogo diante de equipes mais qualificadas.

Mudanças seguidas na escalação e na formação. Padrão de jogo inexistente.

Assim, Mazola está de saída do profissional, voltando para a equipe de juniores…

Quer dizer…

O Sport confirmou que Mazola volta a ser interino enquanto um novo profissional não chega, já com aquela especulação de sempre sobre o novo nome.

Portanto, o ciclo que jamais deveria ter começado, numa aposta que pode ter custado o ano (acesso), chega ao curioso desfecho, o fim que não acabou.

Até segunda ordem, o treinador interino irá comandar o Leão no sábado, contra o Paraná, em Curitiba. Com qual motivação? Com qual poder de cobrança sobre o elenco?

Francamente, um planejamento assim merece subir para a elite nacional?

Seleção Brasileira para inglês ver

Londres

Atualmente, a capital da CBF fica no Rio de Janeiro. Já existe um moderno projeto para construir um novo prédio, bem maior, também no Rio.

Mas bem que poderia ser um escritório em algum edifício histórico de Londres…

A resposta é simples. Se tem algo que não surpreende mais na CBF, nos últimos cinco anos, é o anúncio de algum amistoso na Inglaterra.

Desde a Era Dunga, em 2006, o Brasil passou a ser uma figura carimbada por lá.

Agora, sob a batuta de Mano Menezes, a Seleção já vai para o terceiro compromisso na terra da rainha. Como quase sempre ocorre, o English Team não será o adversário.

O rival até tem a língua inglesa como oficial, mas é bem distinto. Trata-se de Gana.

Abaixo, a lista completa de jogos do Brasil na Inglaterra desde 2006, no embalo de contratos com patrocinadores, entre US$ 1,5 mi e US$ 2 milhões por apresentação.

O próximo compromisso do pressionado time do Brasil, no estádio do Fulham (foto), com 25.700 lugares, será o 10º duelo em solo inglês neste período.

Considerando esta partida, serão 9 em Londres, em 4 estádios diferentes. Nessa mesma faixa de tempo, o Brasil só jogou 11 vezes no Brasil. Precisa dizer mais?

03/09/2006 – Brasil 3 x 0 Argentina (Emirates)
05/09/2006 – Brasil 2 x 0 País de Gales (White Hart Lane)
06/02/2007 – Brasil 0 x 2 Portugal (Emirates)
01/06/2007 – Brasil 1 x 1 Inglaterra (Wembley)
26/03/2008 – Brasil 1 x 0 Suécia (Emirates)
10/02/2009 – Brasil 2 x 0 Itália (Emirates)
02/03/2010 – Brasil 2 x 0 Irlanda (Emirates)
11/10/2010 – Brasil 2 x 0 Ucrânia (Pride Park)
27/03/2011 – Brasil 2 x 0 Escócia (Emirates)
05/09/2011 – Brasil x Gana (Craven Cottage)

Em 2012, a overdose, dessa vez justificada, com os Jogos Olímpicos de Londres, para a alegria dos investidores. Desde já, os palcos para o time de futebol Sub 23: Wembley (Londres), Old Trafford (Manchester), St. James Park (Newcastle), City of Coventry (Coventry), Millennium (Cardiff, em Gales), Hampden Park (Glasgow, Escócia).

Saiba mais sobre a origem da expressão “para inglês ver” clicando aqui.

Estádio Craven Cottage, do Fulham, em Londres. Foto: CBF/divulgação

Confiança necessária para brigar pelo G4

Série B 2011: Náutico 2x1 São Caetano. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Vitória para arrancar, para gerar confiança, para sonhar com um bom 2012 .

Nada de fim do mundo, mas de recomeço no topo do futebol brasileiro.

Tudo bem. Ainda faltam dois jogos para chegar pelo menos à metade da Série B desta temporada. O acesso, obviamente, está longe. Muito longe…

Mas o Náutico está conseguindo os pontos… Como neste 2 x 1 sobre o São Caetano.

Fixo no G4 da competição, invicto em casa, abrindo vantagem para os concorrentes e ganhando de suas próprias limitações.

Na noite desta terça-feira, 13 mil alvirrubros foram conscientes ao estádio dos Aflitos de que o jogo contra o São Caetano seria difícil, acirradíssimo.

O time paulista é experiente, calejado para atuar sob pressão na casa do adversário e com nenhuma pressão justamente quando é o mandante…

No Recife, encontrou o técnico Waldemar Lemos, que, repito, conduz o time sem ter mexido absolutamente nada no seu perfil, tão criticado no início de seu trabalho.

Fala com os jogadores com paciência e, sobretudo, tem paciência com os erros. Até aqui, vai explorando o máximo do elenco, nas suas mãos, compacto e competitivo.

Então, a partida começou amarrada, com poucas chances. Por sinal, numa disputa equilibrada como a deste ano, não dá pra errar tanto caso queira obter algum sucesso.

E o Náutico vai procurando conferir as oportunidades, como aos 27 minutos, quando o agora ídolo Kieza fez toda a jogada e Rogério empurrou para as próprias redes.

Mas ninguém disse que seria fácal. A vantagem alvirrubra esfriou oito minutos depois. A defesa timbu falhou e Luciano Mandi empatou a partida, numa cabeçada fulminante, sob olhares atônitos da defesa. Era a hora de cobrar atenção. Nada de perder o foco…

Na etapa final, uma partida encardida, com “cara” de empate. Aí, na base da pressão, veio a penalidade a favor do Timbu, aos 30 minutos.

Kieza bateu com categoria, no canto esquerdo do goleiro e marcou o seu 9º gol no Brasileiro. Gol para consolidar a confiança vermelha e branca, agora conhecida de todos.

Série B 2011: Náutico x São Caetano. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Bragança Paulista Feelings

Série B 2011: Salgueiro x Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Duplo 5 x 3. Qual é a chance de algo assim?

No sábado, no interior paulista, o Salgueiro correu sempre atrás do placar.

Levou 1 x 0, 2 x 1, 3 x 2… Quando chegou ao terceiro empate, cansou, sem forças.

O Bragantino venceu por 5 x 3, diante das limitações do Salgueiro, candidatíssimo ao rebaixamento para a Série C, com um elenco que nem se conhece, tamanha é a quantidade de mudanças a cada semana. Talvez nem Maurício Simões conheça todos.

Veio a noite desta terça-feira e a nova chance de recuperação, agora em “casa”, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, já sem apoio de outrora. O adversário seria o Icasa.

O time do interior cearense, é bom lembrar, era um adversário direto na briga contra a degola. Confronto direto na briga contra o rebaixamento.

Repeteco puro, incrível.

Icasa 1 x0, 2 x 1, 3 x 2… Aí, alviverdede Juazeiro do norte desgarrou e fez 4 x 3. O Carcará diminuiu, mas levou mais um, igualando o placar da rodada anterior: 5 x 3.

Como é que um time marca seis gols em duas rodadas e não soma um ponto sequer?

Simples… Basta levar dez gols.

Série B 2011: Salgueiro x Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Ah, é Fumagalli… É crise… É decepção…

Série B 2011: America 2x1 Sport. Foto: Americana/divulgação

Sete, a conta de mentiroso. Será?

Pois nos últimos sete jogos na Série B o Sport perdeu cinco e venceu apenas dois, ainda por cima contra rivais pernambucanos, na Ilha do Retiro.

Uma campanha pífia, digna de quem briga pelo rebaixamento.

Sim, o time que custa mais de R$ 1,3 milhão por mês não está lutando pelo acesso à elite nacional, mas contra o descenso à Terceirona.

Após 17 jogos, o Sport soma apenas 23 pontos, três acima da ZR e cinco abaixo do G4.

Na noite desta terça-feira, nova derrota, por 2 x 1, de virada, contra o Americana num estádio deserto, com apenas 908 pessoas.

Até ali, o time paulista não vencia há sete rodadas. Pois é, sete. Mas o jejum acabou diante dos comandados de Mazola, perdido no comando técnico do Rubro-negro.

O primeiro tempo do Sport, estreando o uniforme amarelo, foi horrível.

O time foi amplamente dominado pelo veterano adversário, que criou uma chance atrás da outra (foram 9), pelos dois lados do campo e através da bola parada, com Fumagalli.

Sem posse de bola e sem conseguir encaixar uma sequência de passes, o esbaforido Leão parecia esperar pelo intervalo, para tentar recriar a sua formação.

Marcelinho não funcionava, Williams estava perdido e Saci com uma perna só. Mas a justiça não faz parte do futebol. Para alívio dos leoninos… Que viram Marcelinho Paraíba acertar um chutaço antes do apito do árbitro, a 145 km/h, abrindo o placar.

No entanto, o sonho da primeira vitória longe da Ilha durou apenas o intervalo.

Logo no recomeço, a postura de sempre, sem variação de jogo. O Leão, que não vinha bem, sequer teve tempo para pelo menos segurar o placar.

Tocando a bola como quis, aos 8 minutos, o Americana empatou. O meia Fumagalli, ex-ídolo da Ilha, recebeu na entrada da área e marcou um golaço.

Depois, não restou nem mesmo o empate, pois aos 38 minutos o árbitro Pablo dos Santos Alves/ES assinalou um pênalti mandrake, numa queda espírita.

Fumagalli chamou a responsabilidade e cobrou forte, bem diferente daquela cafofa nas oitavas de final da Libertadores há dois anos, na Ilha.

O meia empurrou o Sport para a crise. Beirando o abismo.

A conta não é de mentiroso, pode apostar…

Tem gente mexendo no placar

Placar eletrônico do Arruda. Foto: Coralnet/divulgação

Odisseia por um placar, a sina do Arruda.

Após a construção do anel superior, em 1982, foi colocado um placar eletrônico.

Inicialmente, o paniel (com lâmpadas amarelas) ficava na sacada da arquibancada superior, no centro do campo. Depois, o placar foi colocado na meta da Rua das Moças.

Em 1999, um salto na grande casa do Santa Cruz.

Foi instalado um telão colorido, o primeiro do Nordeste. Porém, o equipamento foi danificado e o conserto de R$ 50 mil inviabilizou a retomada.

Assim, o Arruda ficou quase dez anos sem um placar… Nem mesmo manual.

O José do Rego Maciel, é bom lembrar, é o segundo maior estádio particular do país. Portanto, essa lacuna era um verdadeiro vexame para o clube.

Em um acordo com quatro empresas, foram colocados dois expositores eletrônicos no gramado. A estreia do equipamento – que alterna o resultado e comerciais – foi no domingo, contra o xará potiguar, diante de 35 mil pessoas.

A localização ainda não é das melhores. O próprio presidente coral, Antônio Luiz Neto reconheceu isso. Caso a negociação seja definitiva, o placar ficará no anel superior.

Como nos velhos tempos…

Título do post em homenagem ao saudoso narrador Adilson Couto

Burocracia mais rápida que o futebol

Presidente do Sport, Gustavo Dubeux, se reúne com o prefeito do Recife, João da Costa, em 2011. Foto: Brenno Costa/Diario de Pernambuco

Enquanto o time vai capengando na Série B, ainda distante da zona de acesso, mais uma vez, a diretoria do Sport vai se mexendo para a construção da arena na Ilha.

Nesta terça-feira, um encontro oficial com o prefeito do Recife, João da Costa.

Com a PCR, a necessidade de três licenças: ambiental, urbanística e de trânsito.

É importante essa discussão com o poder público, ainda mais depois da assinatura de um projeto tão caro, que, de certa forma irá trazer benefícios para a cidade também.

Assim, a burocracia do estádio rubro-negro vai dando os seus passos. Essa fase do projeto será de pelo menos um ano e meio.

Haja paciência, haja articulação.

Já a burocracia do futebol propriamente dito, está conseguindo ser mais lenta. Esse empenho todo na arena poderia ser direcionada para o futebol de forma mais clara.

É possível caminhar no mesmo ritmo na arena e no campo de jogo.

Mais do que possível, é vital.