Nike no Nordeste, Just do it

Nike

Com um lucro de 1,9 bilhão de dólares em 2010 e valor de mercado de US$ 37 bi, a Nike é, sem dúvida alguma, uma das maiores empresas de material esportivo do mundo.

Fornecedora do uniforme da Seleção Brasileira desde 1996, a marca agora deverá investir pesado nos clubes do país, inclusive no litoral nordestino…

Inicialmente, os alvos foram os dois times mais populares do Brasil, Corinthians e Flamengo. O clube paulista, por exemplo, recebe R$ 16,5 milhões anuais.

O Timão ainda mantém o contrato, enquanto o Mengão mudou para a Olympikus.

Visando o mercado internacional em 2014, ano da Copa do Mundo, a Nike já não esconde mais o projeto de patrocinar pelo menos um clube de cada subsede do Mundial.

Santos e Internacional acabam de se juntar ao Corinthians. O próprio Fla voltou a ser procurado pela fabricante. Para ver a lista atual de clubes, clique aqui.

Como o foco da postagem é o Nordeste, vale lembrar que a região terá quatro subsedes na maior competição do futebol, todas com sol, praia e clubes de massa.

Recife, Salvador, Fortaleza e Natal.

Nos bastidores, as três primeiras cidades já teriam clubes em articulação.

Sem alarde, eis os possíveis candidatos da investida: Sport, Bahia e Ceará.

Exigência? Participar da Série A. Atualmente, os dois primeiros vestem Lotto, sendo que o contrato rubro-negro vai até o fim de 2013, enquanto o Ceará utiliza Penalty.

Como o projeto da Nike é uma realidade, nada impede que a mira mude de direção…

Com ou sem Arena Pernambuco, Arruda e Ilha vivos

Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Sim, há uma cota máxima de jogos na Arena Pernambuco: 60 por temporada.

Planejada para receber shows de grande porte e convenções, a futura arena não deverá ultrapassar esse limite, segundo os executivos do consórcio que irá administrar o local pelos próximos 30 anos. A ideia era 20 jogos para cada um dos grandes do Recife. Mas…

Como o Náutico assinou um contrato para jogar até 35 partidas no estádio a partir de junho de 2013, isso significa que a negociação com Santa Cruz e Sport terá uma modelagem diferente, como revelou ao blog o secretário da Copa, Ricardo Leitão..

Em vez de exclusividade no mando de campo em São Lourenço da Mata, os dois times só poderiam disputar parte de seus jogos em “casa”.

Em 2011, o Santa jogou 22 vezes no Arruda, enquanto o Sport fez 33 jogos na Ilha.

Ou seja, nesta temporada, na qual o Tricolor jogou poucas vezes devido ao formato da Série D, a defasagem seria de nada menos que 30 partidas!

Então, caso qualquer um dos dois times das multidões chegue a um contrato com a Odebrecht, uma fatia do calendário terá que ocorrer na casa tradicional. Se os dois assinarem, a fatia seria ainda maior, claro.

Conclusão: não há como alijar Arruda e Ilha do Retiro do futebol pernambucano.

Para ser o pior, é preciso valorizar novas derrotas

Camisas do Íbis. Foto: Íbis/divulgação

Muito se fala que a marca dos três maiores clubes pernambucanos são mal exploradas, tanto na oferta de produtos quanto na distribuição.

Há alguns anos, porém, Náutico, Santa Cruz e Sport tentam se incorporar de forma efetiva em um segmento cada vez mais presente na receita dos clubes.

Imagine, então, o que isso representa para um time do porte (ou falta dele) do Íbis?

A marca do Pássaro Preto, construída através do inacreditável jejum de vitórias durante 55 partidas entre 1980 e 1984, com direito a menção no Guinness Book, ultrapassou não só a fronteira de Pernambuco com a do próprio Brasil.

Internacionalmente conhecido como “O Pior Time do Mundo”, o Íbis sempre foi um produto viável, mas pouco explorado, até mesmo no mercado local.

É tão difícil assim encontrar uma empresa de material esportivo interessada em lançar uma gama de produtos visando o mercado folclórico do futebol?

Mais uma vez, o clube tentará se projetar pelo que tem de pior (veja aqui).

Para se tornar “cult” novamente, o Íbis precisa, no mínimo, voltar a jogar. Neste ano, o clube sequer participou da segunda divisão estadual. Ipojuca deve ser a casa em 2012.

Por mais que o velho Íbis sonhe em vencer, o fortalecimento da sua marca depende de vexames, como a lanternina na Segundona de 2010, com uma vitória em 12 jogos.

É preciso valorizar um clube que perdeu 510 dos 689 jogos que já disputou…