Houve um tempo em que os clubes do Recife eram superavitários, acredite. Gestões sem tanto zelo fiscal acabaram mudando o cenário, de forma quase irreversível
Em outubro de 2009, por exemplo, as dívidas dos três grandes times do estado chegavam a R$ 210 milhões. Um assombro. A maior era a do Sport, de 120 milhões. Depois, Santa (R$ 60 mi) e Náutico (R$ 30 mi). Três anos depois, alvirrubros e tricolores aumentaram os seus débitos. Enquanto isso, a planilha rubro-negra não vem a público.
A diretoria coral acaba de apresentar o seu balanço de 2011 ao Conselho Deliberativo. Na prestação de contas, a dívida é de R$ 69.775.334, considerando o passivo circulante e o passivo não circulante, com dívidas de curto, médio e longo prazo (veja aqui).
As dívidas trabalhistas do Arruda, um problema crônico nos times, estão em 23,8 milhões, um pouco menor que há três anos, quando era de 25 milhões de reais.
O Náutico também apresentou recentemente o seu balanço com a movimentação do ano passado. No caso timbu, um déficit de R$ 62.442.207, o dobro do que se dizia há três anos. Mas que caiu dois milhões em relação a 2010. Já as reclamações no Tribunal Regional do Trabalho seguem no mesmo patamar, em R$ 17,7 milhões (veja aqui).
Mesmo na Série D, a receita bruta dos corais superou o faturamento timbu, que disputou a Série B: R$ 20.506.056 x R$ 19.236.142. Resultado direto das rendas milionárias em jogos contra São Paulo, Sport, Treze e Tupi ao longo do ano.
Voltando a falar sobre “dívidas”, resta esperar pelo balanço leonino de 2011 para avaliar de vez o rombo nas finanças das maiores agremiações do estado. Se eram 210 milhões de preocupações há três temporadas, imagine agora…
Levando em conta que o passivo agregado de Náutico e Santa é de R$ 132.217.541, então para que a dívida do trio não esteja maior, o Leão teria que ter reduzido o seu débito em 42 milhões de reais, o que obviamente não aconteceu.
Os rivais já abriram o jogo. Então, qual é o segredo da dívida do Sport? A conferir.