O adversário secreto no Arruda

Carpina Sport Club e Carpinense Esporte Clube

Uniformes nas cores azul e branco. Um leão como mascote, ambos.

Rivalidade em Carpina. Confusão no Arruda.

Em seu décimo jogo durante esse período de paralisação da Série C, o Santa Cruz protagonizou um episódio insólito nesta sexta. Um duelo contra o desconhecido.

Os corais aguardavam o Carpinense Esporte Clube. Fundado em 6 de janeiro de 1998.

Pois apareceu o Carpina Sport Club. Criado em 6 de janeiro 2006.

Até a equipe pisar no gramado, ninguém tinha se dado conta. Até que um radialista do município da zona da mata se aproximou dos repórteres da capital…

“Pessoal, eu vi que vocês vêm chamando o time de Carpinense. Mas vocês se confundiram. Quem veio jogar contra o Santa foi o Carpina.”

Reação geral de incredulidade…

De fato, aquela informação estava correta. O próprio clube havia trocado as bolas.

O Carpinense não disputará competição alguma este ano. A sua última foi a segunda divisão de 2010, quando acabou como vice-lanterna.

O Carpina, por sua vez, será o representante da cidade de 75 mil habitantes na segundona deste ano. Só participou uma vez, em 2006. Ficou na 6ª colocação.

Após resolver o mal entendido, o Tricolor venceu por 1 x 0. Nas dez partidas, seis vitórias, dois empates e duas derrotas, com 66% de aproveitamento.

Chega de Carpina e Carpinense na agenda. Que venha a Série C…

Eurocopa – Futebol total da Alemanha, não mecânica

Eurocopa 2012, quartas de final: Alemanha 4 x 1 Grécia. Foto: Uefa/divulgação

Campeã da Europa em 1972, 1980 e 1996, a Alemanha conseguiu na edição atual a sua melhor arrancada no torneio, com quatro vitórias seguidas.

Chega à semifinal do torneio apresentando o melhor futebol, compacto e bastante ofensivo, esbanjando objetividade no toque de bola.

É uma equipe que vem assimilando bem o processo de renovação nos últimos anos, com uma preparação avançada para o próximo Mundial, em solo brasileiro.

Antes, quer ratificar a posição de destaque na Eurocopa. Nesta sexta-feira, o time espantou a zebra grega e goleou por 4 x 2, em uma grande apresentação.

O capitão Lahm abriu o placar num golaço de fora da área, em um chute cheio de efeito. Era apenas um tento entre inúmeras chances desperdiçadas.

Samaras, aos quatro da etapa final, empatou. Parecia um castigo. Mas a tradicional Mannschaft, mentalmente equilibrada, continuou praticando o seu jogo eficiente e marcou outros belos gols com Khedira (de prima), Klose (cabeça) e Reus (rebote).

De pênalti, a Grécia marcou o gol de despedida de sua torcida, que via na Eurocopa a chance de desopilar em relação ao colapso econômico do país.

Na Alemanha, fica a certeza sobre como é antiquado o discurso de que os germânicos são mecânicosEles jogam futebol. Muito bem.

Eurocopa 2012, quartas de final: Alemanha 4 x 1 Grécia. Foto: Uefa/divulgação

As regras do jogo para ter a Seleção Brasileira no Recife

Evandro Carlos (FPF) e José Maria Marin (CBF). Foto: CBF/divulgação

Mostrando o óbvio, que o critério de escolha dos jogos da Seleção Brasileira no país é político, o Recife poderá voltar a receber um amistoso do Brasil este ano.

Em 11 de setembro, provavelmente contra a China. Desde 1995, só houve um jogo aqui.

Em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em 10 de junho de 2009, a Canarinha venceu o Paraguai por 2 x 1, com gols de Robinho e Nilmar.

O longo hiato ocorreu devido ao embate entre Carlos Alberto Oliveira e Ricardo Teixeira. Uma “paz” entre os dirigentes foi costurada pelo governador e o estado recebeu o jogo.

Agora, com novos dirigentes nas cabeceiras, FPF e CBF estão cada vez mais próximas, com Evandro Carvalho e José Maria Marin. Pedido protocolado e negociações retomadas.

Naturalmente, a 73ª colocada do ranking da Fifa não é o alvo ideal do escrete visando 2014. Em relação ao mercado chinês, contudo, trata-se de uma prioridade para a CBF.

No Arruda, o Brasil segue invicto em trinta anos de história, com públicos enormes.

As oito partidas que a Seleção realizou no Arruda levaram 512.717 torcedores às arquibancadas do estádio coral, o que proporciona uma média de 64.089 pessoas.

Na última apresentação, com ingressos caríssimos de R$ 100, R$ 200 e até R$ 300, a renda bruta chegou a R$ 4.322.555, a maior da história do futebol pernambucano.

Ao Santa Cruz, 10% do apurado. O Brasil será mesmo bem-vindo, financeiramente.

Apesar desses números no Recife e por mais que o torcedor tenha saudade de ver a Seleção de perto, jogos deste porte dependem de um acerto político.

São as regras do jogo. De um jogo pra lá de truncado…

Ricardo Teixeira (CBF) e Carlos Alberto Oliveira (FPF). Foto: FPF/divulgação

O preço da fama em Miami

Miami Heat, campeão da temporada 2011/2012 da NBA. Foto: Miami Heat/divulgação

Quando o Miami Heat foi criado, em 1988, os tradicionais Boston Celtics e Los Angeles Lakers já tinham em suas galerias 11 e 16 títulos da NBA, respectivamente.

A liga norte-americana de basquete estava em expansão. Quatro franquias, nome aplicado ao negócio (business), foram abertas na ocasião. Uma delas na Flórida.

Desde então, o dinheiro da milionária família Arison, primeiro com o fundador Ted e atualmente com seu filho, Micky, foi dando resultado gradativamente.

Em 24 temporadas, o Heat alcançou os playoffs em 16, com nove títulos na divisão sudeste e três títulos da conferência leste. E, sobretudo, com os dois modelos do Troféu Larry O’Brien, como campeão da liga. Em 2006 e agora, em 2012.

A conquista deste ano com o alto investimento em um trio de ouro justifica o crescimento do Miami Heat, que antes do título era a 7ª franquia mais valorizada, com uma avaliação de 425 milhões de dólares, segundo a Forbes Magazine (veja aqui).

A festa do bi, com um 4 x 1 sobre o Oklahoma Thunder, teve a marca do craque LeBron James (2,03m), do caladão Chris Bosh (2,08m) e do marrento Dwayne Wade (1,93m). Os dois primeiros assinaram em 2010. No embalo, o ídolo caseiro também renovou.

Eles formam o “The Big 3”, alicerce absoluto de uma campanha que superou a perda do título no ano passado para o Dallas Mavericks. Espetáculo e muita eficiência.

Na vitória que rendeu a festa na animada noite de Miami Beach, por 121 x 106, o trio marcou 70 pontos, ou 57,8% de toda a equipe. E olhe que nove jogadores marcaram cestas no triunfo diante de 19 mil pessoas na American Airlines Arena.

O preço do sucesso? Somando os salários de LeBron, Wade e Bosch nos seis anos de contrato, o Miami Heat desembolsará US$ 327 milhões. Let’s go Heat!

Miami Heat, campeão da temporada 2011/2012 da NBA. Foto: Miami Heat/divulgação

Fim da maldição de LeBron

Miami Heat, campeão da temporada 2011/2012 da NBA. Foto: Miami Heat/divulgação

LeBron James, 27 anos. Apontado como um dos melhores jogadores de basquete da atualidade, most valuable player da NBA em 2009, 2010 e 2012.

Ao deixar o Cleveland Cavaliers, em 2010, após sete temporadas, chegou a ser chamado de egoísta. Pior. A revolta na franquia foi tão grande que LeBron saiu com uma maldição.

A de que não seria campeão antes do Cleveland. Lá, apesar das excelentes temporadas, sempre faltou algo nos playoffs. Na melhor campanha, o vice-campeonato em 2007.

No Miami, duas jornadas. No ano passado, mais um vice na carreira. Nesta temporada, a redenção. E jogou muito! Basta dizer que nas cinco partidas em quadra na série final contra o Thunder, o jogador do Heat teve uma média de 28,6 pontos (veja aqui).

Na decisão, liderou o time também nos rebotes e nas assistências. Um monstro.

Apenas outros dois jogadores jogadores conseguiram um scout deste porte nas finais da NBA. Magic Johnson em 1987 e Tim Duncan, em 2003.

Portanto, fim da maldição de LeBron. No instante seguinte ao título, a Nike lançou um vídeo com a produção do tradicional anel de campeão da NBA. LeBron agora tem um.