Eurocopa – A coletividade da Espanha para Cristiano Ronaldo

No segundo empate sem gols consecutivo na Eurocopa, mais uma decisão nos pênaltis.

O clássico ibérico, bem disputado em Donetsk, foi definido nas cobranças a onze metros de distância após uma atuação bem superior de Portugal no tempo normal.

Os toques curtos da Espanha, cansando o adversário, dessa vez não surtiram efeito. Os lusos povoaram o meio-campo, apertando a marcação e fazendo com que a Fúria tivesse que ousar um pouco mais para chegar à meta do velho rival.

Mais incisivo no ataque, a equipe lusitana viu um Cristiano Ronaldo aceso, querendo jogo. No finzinho, num contragolpe com quatro portugueses contra três espanhóis, a bola foi parar no pé esquerdo do atacante CR7, que desperdiçou uma ótima chance.

Veio a prorrogação e a Espanha passou a dominar. O adversário estava nervoso, tenso com a proximidade do desfecho rumo à decisão, sem conseguir atingir seu objetivo.

Na melhor chance, o atacante espanhol Pedro chapelou a defesa e tocou para Iniesta, que bateu de prima, rente ao gol. No reflexo, Rui Patrício salvou a cidadela.

Em 120 minutos, 0 x 0. Na série final, Espanha fez 4 x 2 e avançou em busca do tri.

Os portugueses João Moutinho e Bruno Alves perderam as cobranças. Apenas Xabi Alonso errou no lado espanhol. A cobrança certeira de Cesc Fábregas fez com que todos os holofotes na arena ucraniana apontassem para Cristiano Ronaldo.

Incrédulo, o atacante disse apenas uma palavra para as câmeras. “Injustiça”.

Como se sabe, no futebol não existe injustiça. Existe resultado, mesmo sem agradar.