Após as duas derrotas consecutivas na Terceirona, o Santa Cruz viveu uma semana intensa. Além dos problemas na montagem do time, a notícia de que parte dos salários do elenco estava atrasada também ajudou a explicar um pouco o fato de o Tricolor ainda não ter arrancado na competição nacional.
Contra o Águia de Marabá, novamente no Arruda, neste sábado, os corais tiveram que demonstrar superação. Como de praxe, a torcida fez a sua parte. Com uma atuação convincente, a equipe também fez a sua. Goleou de forma impiedosa o Águia por 6 x 1.
A partida começou em ritmo aceleradíssimo, com o bicampeão pernambucano buscando o jogo pelas laterais, como havia frisado o técnico Zé Teodoro.
A contagem de gols foi frenética. Santa aos 8 (Everton Sena, de falta), Águia aos 9, Santa aos 17 (Fabrício Ceará) e trave do Águia! Era lá e cá. Os corais precisaram controlar o ritmo para impedir as ousadas investidas do rival no primeiro tempo.
Na etapa complementar, com Dênis Marques desencantando, a Cobra Coral voou em campo. DM9 ampliou logo aos 3 minutos, desmantelando a defesa paraense. Contando com outra boa peça em campo, o meia Leozinho, a sequência continuou.
Mais três gols. Leandro Oliveira aos 15, Leozinho aos 30 e Dênis Marques, de pênalti, aos 42. Foi o sétimo gol do artilheiro coral na Série C, vice-artilheiro do torneio.
Esta foi a última apresentação do Tricolor no primeiro turno do grupo A. Dos 27 pontos em disputa, conquistou 13, com um aproveitamento mediano de 48,1%, mesmo no G4.
A irregularidade, sobretudo fora de casa, rendeu uma chuva de críticas ao time, bem aquém do potencial do elenco, de fato. A goleada sobre o Águia, no entanto, deve amenizar essa avaliação para a segunda metade da primeira fase.
Menos pressão, mais tranquilidade e a força do Arruda. O combustível ideal para o Santa Cruz seguir voando rumo à Série B. Deram asa à cobra.