Os principais estádios de futebol de Pernambuco passaram por uma aferição completa sobre a capacidade público.
O estudo foi encomendado pela Federação Pernambucana de Futebol. A maioria dos dados, com laudos de engenharia publicados no site oficial da entidade, foram diferentes em relação ao último cadastro nacional de estádios de futebol, desenvolvido pela CBF em 2012.
Antes da medição, os dez estádios selecionados tinham uma capacidade absoluta de 170.344 pessoas. Agora subiu para 177.395. Enquanto a Ilha do Retiro diminuiu, o estádio dos Aflitos cresceu.
No estudo, o espaço mínimo para cada torcedor teria necessariamente uma largura de 45 centímetros. Confira os documentos aqui.
Abaixo, a nova capacidade de público. Entre parênteses, a diferença em relação ao número oficial anterior.
Arruda – 60.044 (igual)
Ilha do Retiro – 32.983 (-1.217)
Aflitos – 22.856 (+3.056)
Lacerdão – 19.478 (+1.478)
Carneirão – 10.911 (+2.911)
Cornélio de Barros – 9.916 (-384)
Sesc-Mendonção – 7.050 (+2.050)
Otávio Limeira – 6.039 (+1.039)
Nildo Pereira – 5.000 (igual)
Paulo de Souza Coelho – 3.118 (-1.882)
Com o seu estádio vetado por falta por falta de capacidade mínima para o público e gramado sofrível, o Pesqueira vem jogando na cidade de Belo Jardim, a 46 quilômetros de distância. Em sua estreia no Estadual, a Águia vem atraindo um bom público, em tese. Nos três primeiros jogos com o seu mando, foram 6.060, 6.004 e 6.014 torcedores, respectivamente.
Se for comparado com outros centros, trata-se de um dado excelente. Mas com uma ressalva que vem colocando a credibilidade do Pernambucano em xeque.
Em todos as partidas, o time tinha direito a seis mil bilhetes promocionais da campanha Todos com a Nota. Todos eles trocados. Porém, o estádio estava longe de sua lotação. Quase vazio, na verdade. Acima, a imagem do jogo de domingo, na vitória por 2 x 1 sobre o Chã Grande. Abaixo, o empate em 1 x 1 com o Petrolina.
O Sesc-Mendonção, em Belo Jardim, foi inaugurado com capacidade para 5.000 pessoas. Uma nova avaliação neste ano, encomendada pela FPF, aumentou para até 7.050 pessoas, mesmo sem qualquer ampliação. Confira o laudo aqui.
A nova regra do Todos com a Nota destina 6 mil entradas promocionais a estádios com menos de 10 mil lugares desde que essa carga corresponda a no máximo 80% do total. Ainda assim, o Sesc teria que ter 7.500 lugares, insuficiente para o dado atual. Com a capacidade original, o clube teria recebido apenas 4 mil ingressos do TCN.
Em contato com a coordenação do programa governamental, o blog recebeu a informação de que o estado cobra apenas os vales-cidadão recebido pelos clubes, não fazendo diferença alguma o borderô da FPF. A troca, um dia antes do jogo, é suficiente para o repasse da verba. O governo alega não ser lesado se o público não comparecer nos jogos, desde que as notas fiscais sejam entregues à secretaria da fazenda.
Ou seja, sem esta obrigação, qual seria o sentido dos públicos altíssimos no borderô, visto em outros jogos no interior e desconexos com as imagens? Dos 18 jogos no interior, 13 tiveram 100% da presença do TCN. A exceção é o Petrolina. De certa forma, esses dados vêm funcionando como uma espécie de maquiagem na média de público no estadual, amplamente divulgada como a maior do país.
Atitude rechaçada pela presidente da FPF, Evandro Carvalho. “Nós zeramos a catraca a cada jogo. Não há razão lógica ou técnica para que achem esse público errado. Acho que não estamos conseguindo absorver o choque de realidade”, argumenta.
Neste momento, com jogos sem tantos atrativos no primeiro turno, o índice do Pernambucano está em 5.316 pessoas a cada partida.
Quantas delas no estádio? Difícil saber…
Antes fosse um caso isolado. O blog já havia alertado isso em 2012 (veja aqui).
“Vamos buscas os três pontos”, “Estou chegando para somar”, “Demos o máximo em campo”, “O time está unido”, “Vamos fazer tudo o que o professor falou” e por aí vai…
As entrevistas no mundo do futebol não variam muito, com um padrão nas respostas, e nas perguntas também, é verdade.
Mas ainda há espaço para as declarações bombásticas, sobre esquemas táticos, transferências, atitudes de adversários ou coisas do tipo.
E ainda há uma categoria além, com frase surreais… Vamos a duas delas.
Após a goleada aplicada pelo ABC em Salvador, o atacante Souza, do Bahia, proferiu uma das frases mais contundentes dos últimos tempos. Ao vivo.
Vale relembrar também outro atacante, Gil, campeão mineiro pelo Cruzeiro.
Após o título estadual de 2006, no Mineirão, um repórter de uma rádio católica foi surpreendido.
As primeiras transmissões na televisão, os cards para colecionar, as notícias mais generosas nos jornais…
A NBA se consolidou no público brasileiro na década de 1990.
Ajudou para isso o estrelato de Michael Jordan, no então imbatível Chicago Bulls, e a chegada dos canais esportivos por assinatura, com vários jogos da liga de basquete mais famosa do mundo.
Talvez por essa soma de fatores seja fácil relembrar os uniformes de grandes equipes daquela década, agora relançados pela Adidas numa linha retrô chamada Hardwood Classics (veja aqui).
Entre os primeiros times com a linha, Sacramento Kings, Miami Heat, Phoenix Suns, Atlanta Hawks, Indiana Pacers, Chicago Bulls e Indiana Pacers.
Beyoncé sacudiu a plateia no show do intervalo no Superdome. Em menos de dez minutos foi montado um gigantesco palco no centro do estádio em Nova Orleans. Àquela altura, o tradicionalíssimo San Francisco 49ers, então pentacampeão em cinco finais, vinha sendo trucidado no Super Bowl 47 pelo Baltimore Ravens.
Como nos playoffs anteriores dessa campanha, os corvos conseguiram neste domingo a façanha de passar o trator em um adversário com a pecha de favorito, em uma partidaça para ganhar ainda mais aficionados no mundo, inclusive no Recife, com direito a bar fechado para a decisão
Com o quarterback Joe Flacco conectando lançamentos improváveis, os campeões de 2001 já estabeleciam 21 x 6. Vantagem confortável, uma vez que em quase meio século de disputa do esporte mais popular dos Estados Unidos a final nunca registrara uma virada assim.
Somente um apagão tiraria a glória. Ou nem isso…
No Super Bowl 47 o recorde não seria mesmo do 49ers. Bastou recomeçar o jogo para o golpe final. Com os mineiros de São Francisco devolvendo a posse para o Ravens, Jacoby Jones pegou a bola em sua área e onze segundos depois fez história. Ligado em 220 volts, atravessou todo o campo e cravou um touchdown de 109 jardas.
Jones, natural de Nova Orleans, foi de uma ponta a outra. Sentiu-se em casa. Foi simplesmente o touchdown mais longo da história de um Super Bowl. Coincidência ou não, com o público em choque, caiu a luz na arena, num episódio insólito e inédito para os padrões americanos.
Quando a corrente elétrico foi restabelecida, o Ravens confirmou a conquista, numa partida que ganhou contorno dramático no fim, 34 x 31. Nada que impedisse a festa do linebacker Ray Lewis, de 38 anos. Agora aposentado, o folclórico defensor, na franquia desde a sua fundação, em 1996, foi o último a sair. Apagou a luz, bicampeão da NFL.