Em 2002, o futebol pernambucano passou por uma transformação estrutural.
Com o sucesso da Copa do Nordeste, no formato com turno único com 16 clubes e fase final, as datas para a competição local foram bem reduzidas.
A fórmula encontrada pela FPF foi realizar um torneio à parte, antes do campeonato estadual, sem a participação dos três grandes clubes recifenses, envolvidos e focados no Nordestão.
Sete clubes disputaram entre fevereiro e março a Copa Jarbas Vasconcelos, numa homenagem ao então governador. Na final, o Central superou o Petrolina.
A receita para os interioranos foi escassa. Cada clube teve uma cota de R$ 1,5 mil por jogo. Na premiação, R$ 20 mil para o campeão e R$ 10 mil para o vice.
Em 2014, o cenário paralelo ao Nordestão será semelhante.
Santa Cruz, Sport e Náutico estarão mais uma vez no regional. Os nove clubes restantes terão mais uma competição paralela para evitar a falta de atividade.
Neste ano, na volta do regional, o regulamento apontou de forma seca o “primeiro turno”, sem distinções. Agora, uma cara independente – apesar da ligação ainda umbilical.
Também no sistema todos contra todos, mas desta vez sem final. Começa ainda neste ano, em 8 de dezembro, com 18 rodadas até 9 de fevereiro.
Ao campeão, o Troféu Miguel Arraes, numa homenagem ao avô do atual chefe do executivo estadual e govenador de Pernambuco em três mandatos.
O campeão do “Pernambuquinho”, apelido surgido em 2002, terá direito também a 50 medalhas de ouro. Ao vice, 50 medalhas prateadas.
A grande diferença está na ligação com o Estadual. Os três primeiros colocados disputarão o hexagonal decisivo, enquanto o campeão ainda ganhará vaga na Série D. Em 2002 não houve qualquer benefício técnico ao vencedor.
Como curiosidade, vale citar que já houve o Troféu Eduardo Campos, em 2009, entregue ao campeão pernambucano…
Em razão das diversas competições nacionais e internacionais era contra a continuidade dos estaduais, entretanto, observei que muitos profissionais ligados ao mercado do futebol, sobretudo, os jogadores, só conseguem trabalhar nos campeonatos estaduais e essa sacada da FPF de começar o campeonato em dezembro foi interessante para esses profissionais que precisam trabalhar.