De tempos em tempos, uma mesma medida é tomada pelo Ministério Público de Pernambuco para tentar parar a violência protagonizada por supostos integrantes das torcidas uniformizadas nos jogos de futebol.
O promotor José Bispo decidiu entrar com uma ação solicitando o afastamento das principais facções dos clubes pernambucanos, por um ano. A medida valeria para os estádios na Região Metropolitana do Recife.
A ideia está longe de ser inédita…
A última recomendação do tipo aconteceu em 2012. Relembre aqui.
A própria FPF tomou uma decisão semelhante em 2013. Durou quatro meses.
Ou seja, teremos uma velha novidade, que já se configurou em um paliativo. Seguimos sem avanço no problema central, com investigações e punições de fato aos infratores.
Em 2010, o Ministério Público de Pernambuco já havia lançado uma cartilha de comportamento dos torcedores, com objetivo de informar de forma clara e objetiva os direitos e deveres das pessoas que frequentam os estádios.
A cartilha, com tiragem de 25 mil exemplares, não teve tanto efeito.
Curiosamente, naquela ocasião, o mesmo José Bispo fez uma grande confraternização no MPPE com integrantes das principais uniformizadas, Torcida Jovem, Inferno Coral e Fanáutico.
Essa dualidade do órgão e de seus representantes também faz diferença.
Em vez de cartilhas e recomendações provisórias, bem que o Ministério Público poderia insistir na ideia do cadastro dos membros. E olhe que que as estimativas apontam para até 190 mil membros…