A negociação para levar o Santa Cruz à Arena Pernambuco foi enorme.
Foi preciso impor ao Tricolor a nova redação da lei do Todos com a Nota, que obriga o clube a atuar ao menos dois jogos no estádio para seguir no programa.
No começo, nem isso foi suficiente dobrar a direção do clube. Contudo, para não perder a garantia de 15 mil bilhetes por jogo, os corais recuaram. Neste sábado, o palco em São Lourenço abriu os portões para o Santa pela primeira vez.
A primeira experiência da torcida tricolor, a última entre as grandes massas pernambucanas no local, atraiu 14.666 pessoas, num bom registro considerando o revés no clássico pelo regional. E o público saiu satisfeito.
Pela segunda vez seguida no turno estadual, o Santa Cruz goleou, sem dificuldades. Após o 7 x 0 sobre o Salgueiro, um 4 x 0 sobre o Porto, a equipe mais frágil entre os seis postulantes à centésima edição do Pernambucano.
O resultado – que vai consolidando o lugar do tricampeão estadual na semifinal – deve servir mais uma vez para injetar confiança na equipe em outra frente.
As duas últimas apresentações diante do rival rubro-negro mostram que o clube precisará de um pouco mais para também seguir no Nordestão…
As páginas oficiais de Sport, Santa Cruz e Náutico contam com 676.870 curtidores/torcedores no facebook, a maior rede social na web.
Entretanto, o sistema criado por Mark Zuckerberg vem sofrendo modificações nos últimos tempos, tanto na liberação do conteúdo ao usuário, com distribuição alternada para os seguidores dos perfis, quanto nos novos aplicativos à disposição na rede social.
Por esse motivo, também, os perfis oficiais dos grandes clubes pernambucanos – com atualização diária através das assessorias de comunicação – vêm apresentando um engajamento de apenas 14,45%, com a participação efetiva de 97 mil pessoas. A página da FPF, com um bom nível de atualização, não tem sequer 2%.
Esse engajamento é medido através do público que lê, curte e/ou compartilha o conteúdo produzido pela respectiva página, como textos, fotos e vídeos publicados. O dado, portanto, é flutuante.
Quanto maior a participação da torcida, maior a velocidade no crescimento de curtidores.
Confira também uma análise sobre os perfis das lojas dos clubes aqui.
Sport (sportrecife)
Curtidores: 400.315
Engajamento: 66.673 (16,65%)
Santa Cruz (scfc_oficial)
Curtidores: 171.002
Engajamento: 17.235 (10,07%)
A certeza de que chegou a hora de parar é a maior das dúvidas para um jogador.
Para quem surgiu do nada, nos campinhos de terra batida aos templos do futebol com até 100 mil pessoas aplaudindo de pé, do nome comum ao reconhecimento.
Deixar o campo não deve ser fácil, imagino. Eu e qualquer torcedor. O craque sabe que não é e tenta vencer o tempo de todas as formas…
Mas o fim chega, para todos. Até para Rivaldo, eleito como o melhor do mundo em 1999 e campeão mundial como estrela da Seleção em 2002. Dono de um talento impressionante, na mesma proporção de sua timidez.
Perto de completar 42 anos, o maior jogador nascido em Pernambuco já dividia a função de atleta e presidente no Mogi Mirim. Passou tanto tempo em campo que até atuou profissionalmente ao lado do filho Rivaldinho, de 18 anos.
Sem o mesmo rendimento que o consagrou, o craque surgido no Santa Cruz anunciou neste sábado a sua despedida do futebol. Foram 14 clubes na carreira, dos gigantes Barcelona e Milan aos obscuros Bunyodkor e Kabuscorp, já na curva descendente, na luta contra a decisão irrevogável.
Nascido em 19 de abril de 1972, em Paulista, com o nome Rivaldo Vitor Borba, ele transformou “Rivaldo” em sinônimo de futebol, em qualquer canto do mundo…
Confira o texto publicado por Rivaldo em sua despedida oficial.
Com lágrimas nos olhos, hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje, venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim. Somente tenho que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos. Foram muitos os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções, porém foram muito maiores as alegrias, as conquistas, crescimentos, mudanças.
Algumas vezes ensinando outras aprendendo, mas nunca perdi meu foco, sempre com dedicação, determinação e direção de Deus. Nesta longa jornada, muitas pessoas passaram pela minha vida, alguns por um período, outros amigos que permanecem até hoje. Construí minha carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista, sem nenhum recurso financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiar, desacreditado por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade.
Com persistência, dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a ser reconhecido como melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial, entre muitos outros títulos importantes na história do futebol. Entre troféus, medalhas, premiações e títulos, em uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar.
“Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre”. 1 Corintios 9:25