Time remendado, treinador interino, estádio vazio, salários atrasados. Apesar disso, até havia um sentimento de mudança entre os alvirrubros, mas a melhora não vem apenas com isso. Não mesmo.
O cenário adverso no jogo contra o Vasco – adiado desde a 5ª rodada por causa da greve da polícia militar – foi confirmado e o Náutico sofreu mais uma derrota nesta dura caminhada na segunda divisão, 1 x 0.
O único gol na noite desta terça saiu com apenas seis minutos de bola rolando. Numa espanada bisonha da zaga, Dakson marcou com outra senhora colaboração da defesa, no desvio de Gilmak, matando qualquer reação do estreante Júlio César.
Em um camarote na tribuna da Arena Pernambuco, o novo técnico Dado Cavalcanti – anunciado duas horas antes do início da peleja – via o óbvio.
Terá um trabalho gigante para incutir a sua estratégia num arremedo, que até se esforçou no segundo tempo, no abafa. O treinador terá que cumprir um papel que não cabe tanto ao seu perfil, o de motivador. A falta de confiança, aliás, sofreu outro golpe, com a expulsão do meia argentino Cañete, a injeção de técnica no elenco.
O cenário está difícil, mas o Timbu segue fora do Z4. Manter isso tornou-se a única meta de 2014, não há espaço para outro discurso… Dado sabe disso.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acho precipitado o seu veredito, Cássio. São muitos jogos ainda, e não há nenhum bicho-papão na Série B. Contra o Santa, se o pênalti em Marinho tivesse sido marcado (e estava 0 a 0 ainda), a história podia ter sido outra. Hoje, o Náutico esteve perto de empatar pelo menos duas vezes. Se a gente levar em consideração que não tinha treinador e, agora, tem, o quadro pode mudar. Realisticamente, eu não projeto isso; mas também não acho impossível o time melhorar. Basta um pouquinho para ficar, pelo menos, no meio da tabela.
Cássio, o resultado foi normal. No final de semana vão entrar na zona da morte e só vão sair dela quando começar a Terceira Divisão em 2015.