O Náutico venceu bem na 26ª rodada, mas diminuiu a distância em relação ao G4, ainda de nove pontos. Pior, claro, o fato de agora ter uma rodada a menos para buscar o pelotão de cima. Pior mesmo, na verdade, está o Santa Cruz, derrotado em Belo Horizonte e agora a 13 pontos da zona de classificação.
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 26ª rodada dos representantes pernambucanos
03/10 – Santa Cruz x Boa Esporte (19h30)
04/10 – Avaí x Náutico (16h10)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
O Cruzeiro tem um ótimo rendimento como visitante, num nível próximo ao dos jogos no Mineirão. Não por acaso é o líder do Brasileirão, disparado. Até este sábado, o time mineiro havia marcado 18 gols longe de casa. E a estatística se mantém.
O bem armado time de Marcelo Oliveira ficou no 0 x 0 com o Sport de Eduardo Batista, que se ofensivamente é uma negação, na marcação consegue impor o seu estilo de jogo.
Nos últimos quatro jogos, o Leão marcou apenas um gol. Ao todo, somava 21 no campeonato, enquanto a só dupla de ataque do adversário tinha 23, sendo 12 de Marcelo Moreno e 11 de Ricardo Goulart. Apesar desse rendimento lá na frente, o Sport sofreu apenas um tento. Joga no ferrolho, sem vergonha alguma. O estilo é baseado na ocupação dos espaços e com muita pegada desde o camisa 9, numa rápida recomposição.
Na Arena Pernambuco, o jogo – apesar da disparidade técnica – foi equilibrado. No primeiro tempo, o Cruzeiro criou as melhores oportunidades, mas num cenário no qual o Rubro-negro também controlou a bola e tentou rápidas investidas. No segundo tempo, a pegada aumentou, dos dois lados. E o jogo caiu.
O empate sem gols foi um retrato da partida, sem grandes chances, mas que terminou com aplausos da torcida da casa, consciente de que não é todo mundo que arranca pontos do Cruzeiro, em casa ou fora de casa.
Falando nisso, agora o Sport parte para dois jogos fora do estado, contra Corinthians e Grêmio. Se não melhorar ofensivamente, que ao menos mantenha a instigação defensiva…
Treze pontos a treze jogos do fim. A distância em relação ao G4 e a tabela cada vez mais curta vão minando o sonho tricolor em seu centenário. Hoje, o acesso é irreal.
Mais do que a diferença na classificação há o futebol jogado. Do atual quarteto lá em cima, com Ponte Preta, Avaí, Joinville e Vasco, na prática só o Ceará parece ter fôlego e técnica para buscar uma reviravolta.
No Tricolor, a mudança no comando técnico deveria ter gerado uma injeção de ânimo. À parte da vitória sobre o modesto Oeste, bastou um adversário mais qualificado para o time pernambucano travar.
Na derrota por 1 x 0 para o América Mineiro neste sábado, no Independência, o time mal atacou. Em alguns momentos, já em desvantagem, parecia “segurar” o placar. Incrível. O próprio gol sofrido foi para desanimar o torcedor coral diante da televisão.
Aos 20 minutos, Elsinho dominou a bola na entrada da área, pensou, girou e finalizou. Sem ser importunado em momento algum. Ali, o Santa enfrentava o lanterna, mas era um lanterna circunstancial, após uma decisão do STJD, que tirou 21 pontos do Coelho.
E se o rendimento em campo mais uma vez já não ajudou, piorou com a fraca arbitragem de Pablo dos Santos Alves, que não enxerga penalidades ou impedimentos.
A volta a Série B parece mesmo com cara de “marola”…