A segunda derrota do Sport como mandante no Brasileirão custou caro. O revés ocorreu para um time que estava na zona de rebaixamento. Com os três pontos na Ilha do Retiro, o Vitória subiu para o 16º lugar, com 31 pontos. Paralelamente a isso, trouxe o Sport à mesma briga contra o descenso. Com uma diferença: a crise está no Recife.
No alto da tabela, o Cruzeiro passou vexame no Rio de Janeiro, goleado pelo Flamengo. Com a vitória do Inter no finzinho, a diferença na liderança caiu para seis pontos, esquentando um pouquinho a morna briga pelo título.
A 29ª rodada do representante pernambucano
19/10 – Botafogo x Sport (18h30)
Jogos no Rio pela elite: 1 vitória rubro-negra, 2 empates e 6 derrotas.
A preocupação com a parte de baixo da tabela é real. Um velho temor de volta.
Com a terceira derrota seguida, numa série de cinco jogos sem vitória, o Sport não pode mais fingir que não faz parte da enorme briga contra o descenso.
O revés por 2 x 1 neste domingo, diante do Vitória, foi o resultado de uma noite bem infeliz de Eduardo Batista, na escalação, posicionamento e mudanças.
Após as derrotas nas arenas de São Paulo e Porto Alegre, ele mexeu bastante na estrutura da equipe, montando um time sem um atacante de origem. Havia apenas Diego Souza, mais uma vez saindo de sua função.
O objetivo era trabalhar a bola e aproveitar os erros dos baianos, desesperados no Z4. Porém, qualquer discurso do treinador pernambucano sumiu aos 40 segundos, quando Rithely desviou de cabeça uma bola cruzada pela esquerda e marcou um gol contra, um dos mais rápidos da história do Brasileiro.
Sem pegada dos volantes, o time não promoveu qualquer reação. A ideia de trocar passes também foi um fiasco, pois a equipe errou bastante.
Quem não errou foi o Vitória, que abriu 2 x 0, num bela virada de Dinei aos 27 minutos. No lance, a zaga do Sport teve duas chances para tirar a bola.
O desespero mudara de lado. E só não foi pior no intervalo por causa do gol de Diego Souza – terminando o jejum do time de 440 minutos sem gols. Veio a primeira mexida, com Felipe Azevedo no lugar de Vitor. Perderia os gols de sempre e diminuiria a precisão no lado direito.
Depois, a mexida incompreensível, com a saída de Diego Souza (que não estava cansado ou machucado) para a entrada de Neto Baiano. O camisa 9 só tocaria na bola uma vez – não finalizou.
Os gritos de “burro, burro” surgiram antes do apito final, deixando claro que o lastro alcançado pelo técnico no primeiro semestre está esgotado.
Uma sacudida é vital para não esgotar tambpem a gordura na classificação.
O Vera Cruz sagrou-se tricampeão pernambucano. Da segunda divisão…
Neste domingo, o Galo das Tabocas venceu o Atlético por 2 x 1, na decisão no Carneirão. Assim, agora soma os títulos da segundona em 2006, 2009 e 2014.
Cláudio e Moises marcaram os gols que transformaram o clube no maior vencedor da competição, neste ano chamada de “Estadual Sub 23”.
Final à parte, os dois times irão integrar a elite local em 2015, cujo campeonato começa ainda neste ano, em 7 de dezembro.
Sobre a conquista do Vera Cruz, vale citar uma outra estatística. Até hoje, 26 clubes já conquistaram algum título oficial no estado.
Além dos sete campeões pernambucanos, desde 1915, outros 19 clubes já tiveram o gostinho de comemorar uma taça em competições oficiais organizadas pela FPF. Entre as competições consideradas, o Pernambucano (1ª divisão/2ª divisão), a Copa Pernambuco e a Taça do Interior.
43 – Sport
31 – Santa Cruz
22 – Náutico
6 – América
4 – Vitória e Salgueiro
3 – Torre, Central e Vera Cruz
2 – Tramways, Porto, Ypiranga e Petrolina
1 – Flamengo do Recife, Maguari, Sete de Setembro, Flamengo de Arcoverde, Ferroviário, Unibol, AGA, Itacuruba, Estudantes, Serra Talhada e Chã Grande
Obs. Na lista levantada pelo blog, a extinta terceira divisão local, realizada entre 2000 e 2002, não foi levada em consideração porque era amadora. Somente após o título o clube era convidado pela FPF a se profissionalizar.