A agência de notícias Associated Press, com sede em Nova York, é uma das mais antigas do mundo, em atividade desde 1846. Conhecida pela sigla “AP”, a agência distribui notícias e fotos para jornais de todos os cantos do globo, incluindo os pernambucanos, diga-se. Por isso, chama a atenção a reportagem enviada à Europa sobre a Copa do Nordeste. Escrito por Tales Azzoni, correspondente da AP em São Paulo, o texto “Prospera a versão brasileira da Liga dos Campeões, a Lampions League” explica o apelido Lampião/Lampions, a média de público e a transformação do futebol da região. A seguir, a tradução do texto. Confira a reportagem original, em inglês, clicando aqui.
Equipes com grandes e fervorosas torcidas se qualificam através de campeonatos locais. Elas são divididas em grupos de quatro e o melhor avança para a fase eliminatória. Milhares vão ao jogos, milhões assistem na televisão e o interesse segue crescendo. O sorteio para as quartas de final é transmitido ao vivo pela TV e o campeão ergue um troféu conhecido como “orelhuda”.
Liga dos Campeões? Experimente Lampions League.
Disputado no nordeste do Brasil, povoado por quase 55 milhões de habitantes, quase tantos como a soma de Chile e Argentina, a Lampions League evolui como o campeonato regional de futebol mais bem sucedido do país.
Ela tem algumas das mais altas audiências da tevê e a melhor média de público. No ano passado, a final atraiu mais de 60.000 pessoas à Arena Castelão, em Fortaleza, no maior público do Brasil à parte da Copa do Mundo. Passou até os jogos do Mundial em Fortaleza, incluindo o da Seleção.
O campeonato é oficialmente conhecido como Copa do Nordeste (Northeast Cup), mas não demorou muito para que os fãs começassem a chamá-lo de Lampions League, em referência a Lampião, um conhecido e popular herói local da década de 1920, que permanece simbólico à região. Muitos nordestinos – northeasterns – vão aos jogos vestindo camisas da “Lampions League” e chapéus típicos.
Não é coincidência que o formato da Lampions League, o marketing e o troféu sejam modelados à Liga dos Campeões da Uefa. Até o hino da Liga dos Campeões foi adaptado para a música leve de uma região conhecida por seu clima quente, belas praias e pessoas alegres.
A emissora que transmite a Copa do Nordeste no Brasil, o Esporte Interativo, também adquiriu recentemente os direitos exclusivos para a Liga dos Campeões no país.
“Estamos usando um torneio para ajudar a promover o outro”, diz o presidente da Esporte Interativo Edgar Diniz. “Nós sempre admiramos e nos inspiramos pela forma como a Liga dos Campeões foi capaz de construir sua marca. Por isso, decidimos adotar algumas das mesmas práticas.”
A copa tem crescido tanto que o clube mais popular do Brasil, o Flamengo, do Rio de Janeiro, tentou recentemente um convite junto aos organizadores. O Goiás, um clube de primeira divisão nacional localizado no Centro-Oeste, também considerou a adesão.
Entre os times tradicionais no torneio estão Bahia, Vitória, Náutico, Sport, Ceará e Fortaleza, todos com reconhecimento pelo Brasil. A intensa rivalidade entre eles acrescenta sabor, assim como o entusiasmo dos torcedores locais, conhecidos como os mais apaixonados e dedicados no país.
“Todo mundo está reconhecendo que este é um dos melhores torneios no Brasil neste momento”, diz Alexi Portela, o presidente da liga que organiza a copa. “Aqui, as equipes preferem jogar a Copa do Nordeste do que a Copa do Brasil. O impacto financeiro para esses clubes tem sido grande. O torneio tornou-se realmente significativo para cada um destes clubes.”
Como outros torneios regionais, a copa preenche os primeiros meses antes do Campeonato Brasileiro, que começa em maio e vai até dezembro. Ídolos locais, como Chicão, Magrão e Durval esperam também ganhar para suas equipes uma vaga na Copa Sul-Americana.
As Copa do Nordeste foi disputada pela primeira vez em 2001, mas foi cancelada após duas temporadas por razões políticas. Ele voltou com o novo formato em 2013.
“Nós crescemos (em público) 22% no ano passado, e esperamos crescer 30% este ano”, diz Portela. “Não há dúvida de que estamos falando sobre o mais rápido crescimento de uma competição no Brasil hoje em dia”.
Nota blog – Apesar do texto positivo sobre a Lampions, faltaram alguns dados na reportagem. Destaco abaixo:
1) Oficialmente, a Copa do Nordeste começou em 1994, e não em 2001.
2) O público da final do regional foi o segundo maior registrado no país em 2014, fora o Mundial. O maior, também no Castelão, foi na Série C, no 1 x 1 entre Fortaleza e Macaé, com 62.525 pagantes.
3) A média de público do Nordestão foi, sim, a maior entre estaduais e regionais em 2014. O índice do torneio foi de 8.286 espectadores por jogo.
4) Segundo o Ibope MW Parabólica, as 62 partidas do regional de 2014 tiveram uma audiência média de 1,6 milhão de telespectadores. Na final, 4,5 milhões.
5) O faturamento do Nordestão 2014 foi de R$ 23 milhões e a expectativa é de que o número chegue em 2015 a R$ 29 milhões, o maior da história.
Chega de mimimi, eu não falei que o Sport era freguês do Tricolor de aço?? pois bem, cadê os bobocas que estavam aqui insultando nós Baianos? acorda rapá vão crescer, pois nós já somos gigantes …viva a Bahia coração do Brasil.
A referencia quanto ai maior público.tem q ser feita pois foi de fato o maior.publico registrado sem contar a copa do mundo! Além.do quê Fortaleza, time da torcida que lotou o Castelão estão na Copa do Nordeste! Não vejo nada de anormal em citar esse jogo no Castelão como o maior publico do ano de 2014. Anormal.mesmo é não cita-lo.
Muito bom os complementos dos dados no final da materia Cassio. Parabens!!!
Era de se estranhar uma matéria de qualquer veículo de informação americano falando bem de qualquer coisa nossa, pois como eles controlam todos os tipos de mídia no mundo, só é veiculado aquilo que interessam a eles, eu disse seria, se já não soubéssimos que o canal ESPORTE INTERATIVO esta semana não tivesse sido adquirido por um conglomerado de comunicação americano e vai rivalizar fortemente com a rede Globo (SPORTV). Por um lado é ótimo acabar com a hegemonia da bôbo, por outro lado não vai mudar nada, afinal a Globo pertence a NBC americana, então fica tudo em casa.
“Nota blog – Apesar do texto positivo sobre a Lampions, faltaram alguns dados na reportagem. Destaco abaixo: 2) O maior público no Brasil em 2014, fora o Mundial, foi no Castelão, mas na Série C, no 1 x 1 entre Fortaleza e Macaé, com 62.525 pagantes.” NÃO ENTENDI O MOTIVO DE FAZER REFERÊNCIA A UM PÚBLICO DA SERIE C, AINDA MAIS ENVOLVENDO UM TIME FORA DA LIGA (MACAÉ)… NÃO SERIA MAIS SIGNIFICATIVO FALAR DO MAIOR PÚBLICO DA LIGA?