Com uma rodada, hexagonal do título eleva a média de público do Estadual

Jogos da 1ª rodada do hexagonal do Pernambucano 2015: Santa Cruz 0x3 Sport, Central 1x0 Serra Talhada, Náutico x Salgueiro. João de Andrade Neto/DP/D.A Press e TV Criativa/reprodução

Bastou uma rodada com a presença dos grandes clubes para subir a média do Pernambucano de 2015. Passou de 2.451 pessoas, num dado com 56 partidas, para 2.846, nos 62 jogos disputados. Um reflexo direto dos 24.143 torcedores presentes no Clássico das Multidões, no Arruda, que abriu o hexagonal do título. Com esse borderô, o Santa Cruz, claro, assumiu a liderança no ranking de público – que será atualizada pelo blog até o fim da competição. Contando apenas a fase principal, o índice foi de 12 mil espectadores.

Com o fim da rodada de abertura dos dos dois hexagonais, do título e do rebaixamento, eis os dados sobre público e renda do Estadual, segundo o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (1 jogo como mandante, no Arruda)
Total: 24.143
Média: 24.143
Taxa de ocupação: 40,20%
Renda: R$ 475.175
Média: R$ 475.175
Presença contra intermediários: nenhum jogo

2º) Náutico (1 jogo como mandante, na Arena)
Total: 5.429
Média: 5.429
Taxa de ocupação: 11,74%
Renda: R$ 86.980
Média: R$ 86.980
Presença contra intermediários (1): T: 5.429 / M: 5.429

3º) Central (8 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 32.877 pessoas
Média: 4.109
Taxa de ocupação: 21,09%
Renda: R$ 266.825
Média: R$ 33.353

4º) Serra Talhada (7 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 23.995 pessoas
Média: 3.427
Taxa de ocupação: 68,54%
Renda: R$ 179.001
Média: R$ 25.571

* Sport e Salgueiro ainda vão estrear como mandantes, no hexagonal.

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 62 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 176.484
Média: 2.846 pessoas
TCN: 145.711 (82.56% da torcida)
Média: 2.350 bilhetes
Arrecadação: R$ 1.696.607
Média: R$ 27.364

Fase principal – 3 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 36.215
Média: 12.071 pessoas
TCN: 15.880 (43,84% da torcida)
Média: 5.293 bilhetes
Arrecadação total: R$ 613.615
Média: R$ 204.538

Os recordes de audiência global na TV, do Super Bowl à imbatível Copa do Mundo

Audiência esportiva no mundo, em milhões de telespectadores

O Super Bowl de 2015, no Arizona, chamou como nunca a atenção dos brasileiros. A vitória do New England Patriots sobre o Seattle Seahawks foi vista em bares e até cinemas no Recife. Sem dúvida alguma, é um megaevento anual, com o máximo em organização no esporte. Uma aula do que o futebol também poderia ser, associando audiência e entretenimento.

A partida foi assistida no canal NBC por 114,4 milhões de norte-americanos, registrando a maior audiência da história dos EUA (quadro abaixo). Na escala global, segundo o Sporting Intelligence, o dado sobe para 163 milhões. Apesar do bom momento, com exibição em dois canais pagos no Brasil, com pelo menos cinco jogos a cada semana, a NFL ainda está muito atrás do futebol.

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking global de audiência na tevê. A final da Liga dos Campeões da Uefa chega a quase 200 milhões de telespectadores, enquanto a decisão da Eurocopa alcançou aproximadamente 300 milhões. Pesa, claro, o interesse do Velho Mundo. Já a final da Copa do Mundo… Esse evento parece imbatível.

O jogão entre Argentina e Alemanha, decidindo o título em 2014, no Maracanã, foi visto por mais de 700 milhões de pessoas, ou 1/10 da população da Terra.

Recordes de audiência na TV dos Estados Unidos. Crédito: Nielsen Media Research/Wall Street Journal

O Nordestão de maior faturamento da história

Revista Placar em 2001. Crédito: Gabriel Accetti/twitter/reprodução

A Copa do Nordeste foi remodelada em 2001, quando ganhou mais datas e despertou um grande interesse do mercado. Em abril daquele ano, a revista Placar estampou em uma capa a manchete “o melhor campeonato do Brasil”. O auge como ‘produto’ viria em 2002, com o regional sendo realizado num período de 113 dias, com 126 partidas e faturamento de R$ 15 milhões, com crescimento de 36% sobre a edição anterior. Claro, foi transmitido na televisão, tanto em sinal aberto quanto pago. Contudo, numa decisão inexplicável da CBF, para não dizer outra coisa, o torneio foi retirado do calendário oficial logo depois.

A copa ainda seria realizada duas vezes às margens da confederação brasileira, em 2003 e 2010. Ficou no limbo até o milionário acordo judicial que ratificou a sua volta chancelada, em 2013. Desde então, vem crescendo nos âmbitos esportivo (quatro arenas), técnico (20 clubes) e financeiro (novos contratos).

Agora, em 2015, a Copa do Nordeste deverá ter a maior receita de sua história.

2001 – R$ 11 milhões (94 dias)
2002 – R$ 15 milhões (113 dias)
2013 – R$ 20 milhões (45 dias)
2014 – R$ 23 milhões (70 dias)
2015 – R$ 29 milhões (85 dias)

A expectativa para esta temporada, de acordo com os organizadores, é a soma de bilheteria dos jogos, cotas de tevê e patrocinadores. Apenas em premiações, as cotas de participação chegam a R$ 11,14 milhões. O tempo de disputa também subiu, em duas semanas, agora presente nos nove estados. Evolução prevista no contrato do torneio, cujo acordo prevê a realização até 2022.

Em relação ao futebol pernambucano, o ganho é considerável. Nos últimos dois anos, agregando cotas e rendas dos times locais, o montante foi de R$ 8,96 milhões (abaixo, os dados de cada um). Consolidado no calendário futebolístico e servindo de exemplo para outros regionais, o Nordestão pode não ser, hoje, o melhor campeonato do Brasil, mas é, certamente, o melhor da região.

2013
Santa Cruz – R$ 1,43 milhão
Sport – R$ 1,09 milhão
Salgueiro – R$ 549 mil

2014
Sport – R$ 3,17 milhões
Santa Cruz – R$ 1,63 milhão
Náutico – R$ 1,10 milhão

Em 2015 o estado será representado por Sport, Náutico e Salgueiro.

Santa Cruz completa 101 anos com o dever de aproveitar o seu potencial

Aniversário de 101 anos do Santa Cruz. Imagem: Santa Cruz/twitter/scfc_oficial

Jamais esmorecer, um lema não escrito do Santa Cruz.

O centenário já é história. Cercado de expectativa, o ano não contagiou nem no gramado nem fora dele. Felizmente, o tempo passou rápido O Tricolor já chegou ao 101º ano, com ideias renovadas. Em campo, uma nova comissão técnica e um elenco remontado terão bastante trabalho para atingir os objetivos do clube, mais escassos devidos aos insucessos do ano anterior. Paciência.

Mas em 2014 o respaldo administrativo também fez falta. Agora será decisivo. Sem dúvida alguma, o grande projeto coral é alavancar a campanha de sócios.

15 mil até dezembro de 2015.
20 mil em 2016.
45 mil em 2017…

A meta não é nada modesta. Contudo, preenchendo essa lacuna, o clube terá lastro financeiro neste contínuo processo de mudanças no futebol brasileiro. Em vez de sobreviver com um orçamento anual de R$ 17 milhões, muito abaixo dos dois rivais, teria a chance de viver com o dobro disso, ao menos.

É, aqui entre nós, essa ideia é fundamentada numa paixão incalculável, que já atravessou todas as provações possíveis nos gramados. E que se mantém firme entre os mais de 2 milhões de fiéis.

São 101 anos junto ao povo, para o povo. Parabéns, Santa Cruz.

E que o enorme potencial do clube enfim seja qualificado e aproveitado…

Penalty desenha os uniformes do Santa Cruz pelo 7º ano consecutivo

Uniformes do Santa Cruz para a temporada 205. Crédito: Penalty/facebook

O Santa Cruz apresentou a nova camisa coral antes do Clássico das Multidões.

Agora também circula as versões de 2015 através da divulgação da Penalty, a fornecedora de material esportivo do Tricolor desde 2009. No site oficial da marca foi revelado o segundo padrão, com a cor branca predominante, mas que pelo estatuto do Santa seria na verdade o 3º uniforme.

A Penalty apresentou as duas camisas com a seguinte frase: “Força, raça e talento que só quem é cobra coral conhece”.

Seguindo uma tendência do mercado, a Penalty apostou no tom sóbrio nas camisas. Ambas sem as marcas de patrocinadores.

Torcedor, o que você achou dos novos modelos do Santa?

Escudos alvirrubros, tricolores e rubro-negros com as cores rivais

Escudos invertidos do Náutico. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

A ideia é simples, mas polêmica.

Customizar o escudo de um clube de futebol com as cores do grande rival.

A provocação começou na Inglaterra, com o usuário Thetruth1777 trocando as cores de rivais da Premier League, como Manchester United e Manchester City, Liverpool e Everton, Arsenal e Chelsea, entre outros.

Logo se estendeu à Itália, com o escudo do Milan azul, o da Inter vermelho, o da Roma azul claro e o da Lazio grená, Confira todas as versões aqui.

Pois bem, a ideia chegou à redação do Superesportes…

O repórter Felipe Bueno caiu no photoshop e modificou os distintivos do trio da capital. Lembrando que a misturas dessas cores são proibidas nos estatutos.

Escudos invertidos do Santa Cruz. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

No Náutico, por exemplo, o preto é vetado no clube, até mesmo para a camisa de goleiro. Tudo para evitar as composições tricolor ou rubro-negra.

No Santa Cruz, a cor preta jamais pode tocar a cor vermelha. Elas precisam ser separadas pela cor branca. Para não ficar “rubro-negro”, claro. E olhe que um uniforme com linhas brancas finas já é motivo para discussão no Arruda.

No Leão, causou confusão uma homenagem ao México, em 2014, quando usou o mesmo padrão da seleção da Concacaf. Tudo porque o calção era branco com detalhes vermelhos. Alvirrubro.

Portanto, eis as versões pra lá de alternativas… Aprovadas? Certamente, não.

Escudos invertidos do Sport. Arte: Felipe Bueno/DP/D.A Press

Podcast 45 minutos (98º) – Início do hexagonal, UFC e Super Bowl

O fim de semana foi agitado no esporte. No cenário local, o início do hexagonal, com goleada do Sport sobre o Santa, empta entre Náutico e Salgueiro e confusão na mobilidade (metrô). Tudo isso está na 98ª edição do podcast 45 minutos, que também debateu a volta de Anderson Silva ao UFC e o emocionante Super Bowl vencido pelo New England Patriots.

Estou nesta edição (1h27min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (1)

Pernambucano 2015, hexagonal: Santa Cruz x Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Pelo 7º ano consecutivo, o blog contabiliza os pênaltis marcados e os cartões vermelhos aplicados no Pernambucano. Em 2015, como ocorre desde 2009, o levantamento conta somente o turno principal. Nesta caso, as dez rodadas do hexagonal do título do 101º campeonato estadual. Ou seja, só entraram na conta os dados de Náutico, Santa, Sport, Central, Salgueiro e Serra Talhada.

A primeira rodada começou no sábado com um Clássico das Multidões no Arruda, com elementos suficientes para a atualização: 1 pênaltis (do tricolor Bileu em cima do rubro-negro Régis) e 2 vermelhos (um para cada lado, Alemão e Joelinton).

Pênaltis a favor (1)
1 pênalti – Sport
Sem penalidade: Náutico, Santa Cruz, Central, Salgueiro e Serra Talhada

Pênaltis cometidos (1)
1 pênalti – Santa Cruz
Sem penalidade, Náutico, Sport, Central, Salgueiro e Serra Talhada

Cartões vermelhos (2)
1º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
1º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Entre 2009 e 2011, com doze time e turno e returno, o ranking levou em conta 132 partidas em 22 rodadas. Com o torneio mais enxuto, num hexagonal, o número de jogos analisados caiu para 30, em 10 rodadas. Tanto que na temporada passada o Tricolor liderou a lista com apenas duas penalidades a favor.

Ano (jogos/pênaltis): 2009 (132/48), 2010 (132/70), 2011 (132/46), 2012 (132/57), 2013 (66/35), 2014 (30/6)

Mais pênaltis a favor
2009 – Náutico (7)
2010 – Náutico (11)
2011 – Náutico/Araripina (7)
2012 – Santa Cruz (8)
2013 – Sport/Porto (6)
2014 – Santa Cruz (2)

Mais pênaltis cometidos
2009 – Ypiranga (11)
2010 – Porto (12)
2011 – Petrolina/América (7)
2012 – Araripina (10)
2013 – Belo Jardim (5)
2014 – Porto (4)

Pernambucano em 2 linhas – 1ª/2015

Pernambucano 2015, hexagonal:: Santa Cruz 0x3 Sport, Náutico 0x0 Salgueiro e Central 1x0 Serra Talhada. Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press (Arruda), Marlo Costa/FPF (Arena) e Guilherme Milleron/Blog Movimento Coração Alvinegro

Começou de fato o Campeonato Pernambucano de 2015. Após a fase classificatória, iniciada ainda em dezembro passado, enfim o hexagonal do título. De cara, um Clássico das Multidões, no sábado, com o Sport goleando o Santa. No domingo, apenas um gol, e contra. Foi o suficiente para a vitória do Central. Na Arena Pernambuco, Náutico e Salgueiro – adversários no Estadual e no Nordestão – ficaram num empate sem gols. Lembrando que os quatro melhores vão avançar após a 10ª rodada.

Hoje, as semifinais seriam: Sport x Náutico/Salgueiro e Central x Náutico/Salgueiro

Em 3 jogos nesta fase do #PE2015 saíram 4 gols, com média de 1,33. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, o rubro-negro Élber começou liderando a lista, com 2 gols.

Santa Cruz 0 x 3 Sport – Diante de 24 mil pessoas, os rivais faziam um jogo equilibrado até o pênalti (correto) a favor do Leão, que depois matou em contragolpes.

Náutico 0 x 0 Salgueiro – Aos 47 do 2º tempo, o alvirrubro Josimar teve, de cabeça, a chance de definir a partida. O resultado acabou sendo justo pelo futebol visto.

Central 1 x 0 Serra Talhada – Um gol contra de Luciano Totó valeu a tarde no Lacerdão, cujo gramado apresentava marcas de uma partida de futebol americano.

Destaque: Élber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante marcou duas vezes em sua estreia oficial pelo Sport, e logo num clássico, fora de casa.

Carcaça: Marcelo de Lima Henrique. O árbitro acertou na penalidade, mas foi rigoroso demais nas expulsões de Alemão e Joelinton. Quis mostrar moral, só.

Próxima rodada:
08/02 (16h00) – Serra Talhada x Santa Cruz (Nildo Pereira)
08/02 (16h00) – Salgueiro x Central (Cornélio de Barros)
08/02 (18h30) – Sport x Náutico (Arena Pernambuco)

A classificação atualizada após a 1ª rodada do hexagonal.

Classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2015 após a 1ª rodada. Crédito: Superesportes

Sem mobilidade dentro e fora da arena, o Náutico empaca no Salgueiro

Pernambucano 2015, hexagonal: Náutico x Salgueiro. Foto: Marlon Costa/FPF

A diretoria do Náutico surpreendeu na formação do elenco, com a renovação de peças importantes (Júlio César e Carmona) e contratação de bons nomes (Leandro Euzébio e Ronny). O time, ainda sem os principais reforços, disputou a final de um torneio amistoso no Maranhão e elevou a expectativa para o Estadual.

Entretanto, nem sempre isso fica restrito ao campo de jogo. Por mais animada que a torcida alvirrubro estivesse na estreia, pesou a falta de mobilidade para chegar à Arena Pernambuco. Por causa da violência no sábado, entre as organizadas de Sport e Santa, os metroviários suspenderam as ações durante o jogo de domingo, entre Náutico e Salgueiro.

Somando a isso a transmissão na tevê aberta e as prévias carnavalescas, o público oficial foi de 5.429 espectadores, mas com a arquibancada bem vazia, contando com reservas do TCN que não compareceram ao jogo.

Quem ficou em casa, não perdeu muita coisa. Os dois times fizeram um jogo sem grandes chances de gol, num legítimo e fatigante empate em 0 x 0. O Náutico ainda buscou mais o ataque no segundo tempo, mas a pontaria de Josimar não estava nada calibrada. No fim, afobado, deu espaço ao visitante e quase se complica.

Na próxima quinta-feira, Náutico e Salgueiro voltam a se enfrentar no mesmo local, desta vez pela Copa do Nordeste. Espera-se que o metrô em direção a São Lourenço funcione. Obviamente, a situação poderia ser um pouco melhor caso existisse uma linha direta de ônibus através da Radial da Copa, mas o governo não finalizou a obra. E a Copa já passou faz tempo…

Pernambucano 2015, hexagonal: Náutico x Salgueiro. Foto: Marlon Costa/FPF