Aos 47 minutos do segundo tempo, na última investida coral, Alemão acertou a trave. Minutos antes o zagueiro já havia mandado no travessão. Era o Santa todo lançado ao ataque tentando reverter o placar a favor dos baianos, firmes em campo. A derrota por 1 x 0, no Arruda, terminou com aplausos de boa parte dos torcedores presentes – não muitos, pois o borderô foi abaixo do esperado, com 10.492 pessoas. Um reconhecimento justo, pois o time lutou. O jogo inteiro.
Já era de se esperar uma equipe mais instigada, até porque a Copa do Nordeste é apontada como prioridade no primeiro semestre coral. Se nos últimos cinco anos faturou quatro estaduais, no regional ainda não conseguiu ir longe. Logo cedo, a Taça do Nordeste esteve no Mundão para um tour junto aos torcedores. Para o troféu voltar ao estádio será preciso superar a fase de grupos com o tradicionalíssimo rival na disputa. Atual vice-campeão, o Bahia veio ao Recife reforçado por Hernane Brocador (ex-Sport) e Luisinho (ex-Santa). E pegou um time pernambucano mais coeso, com dois volantes. Martelotte se mostrou mais precavido que no Estadual, numa prudência esperada também para a Série A
O Santa dominou as ações, exigindo bastante do goleiro Lomba, sobretudo nos chutes de João Paulo e Wallyson. Mas bastou dar um tiquinho de espaço para o pior. O camisa 10 do Tricolor de Aço recebeu aos 21, deu três passos e mandou de fora área. A vantagem seria definitiva. É verdade que o Brocador teve duas chances claras para ampliar, mas no geral o visitante limitou-se a ocupar os espaços. E ainda houve um pênalti não marcado, com o árbitro assinalando falta em Allan Vieira fora da área. Foi em cima da linha. Num domingo para esquecer, Alemão até desviou para as redes. Centímetros à frente, impedido.