Em 2004, Portugal foi vice-campeão europeu em casa. Derrota surpreendente em Lisboa, para a Grécia.
Em 2016, a França foi vice-campeã europeia em casa. Derrota surpreendente em Saint-Denis, para Portugal.
Ainda que o torcedor lusitano no vídeo não tenha sofrido com o revés há doze anos, já vivia com as cicatrizes de sua seleção. Franceses de todas as idades vão viver essa dor em 2016, das maiores nos últimos tempos. Mas eis que um simples abraço numa Fan Fest mostra que o futebol é muito mais que um jogo…
A torcida coral foi a única a festejar no Recife neste fim de semana. Após um jejum de cinco rodadas, o Santa venceu o Inter, neste domingo, e voltou a subir na classificação. O 45 minutos analisou o jogo (e os desdobramentos na tabela) numa gravação exclusiva. O podcast já havia feito o mesmo com os jogos de sábado, nas duas derrotas locais. Primeiro na Arena, com oito mil torcedores assistindo ao primeiro revés do Timbu como mandante. Num confronto direto pelo G4, o CRB foi superior. Depois, à noite, o Leão até ensaiou um bom resultado, abrindo o placar com Rogério, mas tomou a virada, permanecendo no Z4 (12 de 14 rodadas). Ao todo, 84 minutos. Ouça agora ou quando quiser!
A Torre Eiffel, no Champ de Mars, em Paris, ganhou as cores portuguesas.
O título da Eurocopa teve toda a entrega possível de Portugal, que bateu a França no Saint-Denis com um gol no segundo tempo da prorrogação, com Éder mandando de fora da área. O favoritismo era todo dos Bleus, com uma campanha melhor, com o artilheiro (Griezmann, 6 gols), com o apoio da torcida e ainda mais com a saída prematura de Cristiano Ronaldo, que sofreu uma entrada dura com apenas 18 minutos de bola rolando na decisão.
E quem esperava o time luso retraído, se enganou. Surpreendeu o adversário, criando chances, ainda que tenha tomado um susto daqueles no último lance do tempo regulamentar, com Gignac acertando a trave. No tempo extra, com os atacantes abertos, foi à frente e arrancou a vitória. 1 x 0 para a história, apagando a frustração de 2004, quando sediou o torneio e perdeu a final da Grécia. Nesse tempo todo, CR7 chorou de tristeza, de dor e, enfim, de felicidade. Uma vitória quase sem sua presença, mas ele mesmo avisou…
“Não somos 11, somos 11 milhões!”
Com a conquista continental, Portugal encerra a busca por um título de primeira linha. Já havia sido semifinalista do Mundial em 1966 e 2006 e em outras quatro vezes terminou entre os quatro melhores no Velho Mundo. Agora, o topo.
Tornou-se o 10º país campeão da Euro. Antes tarde do que nunca.
Eram dois times em crise. O Santa Cruz com cinco derrotas seguidas, afundando no Z4, e o Internacional sem vitória há cinco jogos, saindo do G4. Ambos os lados enxergavam o adversário como um objetivo possível, necessário. Finalmente jogando em casa numa tarde de domingo, após 14 rodadas, o tricolor venceu o embate e se recuperou. Fez 1 x 0 completando uma rodada perfeita. Começou no sábado com o empate sem gols entre Coxa e Botafogo. Seguiu à noite, com o Sport perdendo de virada. Já no domingo, pela manhã, foi a vez do Figueirense ser derrotado. Em São Paulo, o América Mineiro foi goleado. Ou seja, todos os concorrentes diretos tropeçaram.
O Santa foi o único a “andar” no fim de semana, chegando a 14 pontos e ficando a apenas 1 da saída da zona de descenso. Isso mesmo. Apesar da série com oito derrotas em nove jogos, o clube ainda se mantém na briga, graças ao ótimo início. Agora, a chance para “recomeçar” na Série A, com uma sequência favorável. No próximo domingo, o América como visitante (com oito pontos, o Coelho deve ser o primeiro rebaixado nesta temporada), e depois o Coritiba em casa. Não dá para se queixar da tabela. Nesse meio tempo, os corais ainda terão o Vasco pela Copa do Brasil (com o dilema de ir ou não à Sul-Americana), mas talvez neste momento o mata-mata sirva de combustível para a equipe, que ao menos vontade demonstrou no Arruda.
Tecnicamente, o time não esteve bem, tampouco o Colorado, com Argel sob justa contestação. O golaço de Keno, no último lance do primeiro tempo, fomentou um jogo de contragolpes na etapa complementar. Nos primeiros quinze minutos, o time criou chances para ampliar, ficando mais precavido depois disso, marcando forte. A bola na trave de Sasha, a dez minutos do fim, foi só mais um susto em uma campanha em busca de dias melhores…