Ao longo dia, artistas e chargistas retrataram o sentimento do torcedor brasileiro sobre a tragédia vivida pelo time da Chapecoense. Até os populares cavalinhos do Fantástico conseguiram reproduzir a tristeza deste 29 de novembro de 2016. A morte de quase todo o time, num acidente aéreo, desarmou todas as rivalidades. Cenas improváveis, como Náutico, Santa Cruz e Sport com o mesmo escudo, enlutado, ou Corinthians e Atlético-PR usando o verde em caráter especial. Todos num pesar como nunca se viu no futebol do país. Do time a um passo do título da Sul-Americana, o mais importante de sua história, à eternidade para todos aqueles que vivem o esporte com a justa emoção.
Cada mascote divide a dor do Índio Condá, que jamais ficará só…
O Atlético Nacional proporcionou um enorme gesto institucional no mundo esportivo. Abalado pela tragédia ocorrida com a Chapecoense, com a morte de 71 pessoas no voo que levava o time, o clube colombiano pediu à Conmebol para que o título de campeão da Copa Sul-Americana de 2016 seja dado ao alviverde catarinense (abaixo). O clube, atual campeão da Taça Libertadores, sequer cogita a ideia de divisão, abrindo mão do troféu da Sula em homenagem a todo o elenco da Chape, merecedor do status de campeão continental.
Reunida em Montevidéu, a cúpula da confederação sul-americana de futebol comunicou que deverá dar uma resolução oficial sobre o caso até 21 de dezembro, no sorteio da próxima edição da Liberta. Contudo, a tendência é que o time brasileiro seja homologado como campeão da Sula (mesmo que dividido), ganhando, assim, a inédita vaga na próxima Libertadores, que já tem a presença assegurada do Verdolaga, como é conhecido o popular alviverde colombiano.
E os destinos de Chape e Atlético parecem mesmo entrelaçados. Caso o pleito seja confirmado, os times irão se enfrentar em 2017. Pela Recopa, com outra taça em jogo, a ser disputada de maneira digna, em todos os aspectos.
Parabéns ao Atlético Nacional de Medellín, não esqueceremos.
Abaixo, o vídeo da festa dos jogadores da Chape após a passagem à final…
O dia 29 de novembro de 2016 seria histórico para a Chapecoense, que, contra todos os prognósticos, disputaria a sua primeira final internacional. Infelizmente, o Brasil acordou em choque com a notícia sobre a queda do avião que levava a Chape para Medellín, onde disputaria o título da Copa Sul-Americana. Morreu quase todo o elenco do exemplar e carismático clube catarinense, que foi da Série D à Série A em cinco anos e vivia o seu auge.
Num raro (e necessário) momento de união dos clubes brasileiros, todos trocaram seus escudos pela versão enlutada do alviverde da Arena Condá, incluindo Náutico, Santa Cruz e Sport. Todos com a seguinte frase:
“Hoje, todos os clubes do Brasil são um só”
A final da Copa do Brasil, na quarta, e última rodada do Brasileirão, no domingo, foram adiadas em uma semana, para 7 e 11 de dezembro. Treinos, entrevistas e demais atividades esportivas foram cancelados de norte a sul. Não há clima.
Sobre o incerto futuro do clube, sem dúvida um pormenor diante da tragédia com 71 vítimas fatas, a Chapecoense precisa de amparo de clubes e dirigentes. Como sugestão, a Conmebol poderia dividir o título da Sula, cuja decisão não faz mais sentido, moral e tecnicamente. Como o Atlético Nacional já é o atual campeão da Libertadores, a vaga na próxima edição não seria um problema. E na Série A, em 2017, a Chape poderia ter uma imunidade contra o descenso, até porque a sua reconstrução deve passar por todos, incluindo adversários.
Meus sentimentos a todos aqueles que fazem e torcem pela Chape.