Recuperado, Maylson marca gol da vitória sobre o Goiás e mantém Náutico na briga

Série B 2016, 35ª rodada: Náutico 1x0 Goiás. Foto: Léo Lemos/Náutico (site oficial)

Após 65 dias longe dos gramados, se recuperando de uma lesão no joelho, Maylson retornou ao Náutico. Entrou em ação em um time bem diferente, em sua primeira partida sob o comando de Givanildo Oliveira. Antes, caindo pelas tabelas. Agora, numa disputa ferrenha pelo acesso. Substituiu o esgotado Rodrigo Souza aos 23 minutos do segundo tempo em um jogo duro contra o Goiás. O volante teria a responsa de melhorar a contenção e se apresentar com mais qualidade à frente. Não se imaginava tanto, com um golaço quatro minutos depois. Invadiu a área driblando e mandou no cantinho do goleiro, 1 x 0.

A redenção de Maylson seria garantida no sufoco, com Walter acertando o travessão (aos 40!), Léo Gamalho cabeceando com perigo e a bola rondando constante a meta de Júlio César – que na primeira etapa já efetuara duas ótimas defesas. Pilhado (faltas, discussões etc), o time pernambucano não jogou bem, mas não havia mais descarte nesta Série B. Era vencer ou vencer.

O resultado na Arena Pernambuco só não foi mais comemorado pela torcida por causa da informação compartilha na arquibancada dois minutos após o apito final, com o gol nos descontos de Hernane Brocador, lá na Fonte Nova. Até então, o lanterna Sampaio Corrêa segurava um improvável empate com o Bahia. O gol levou o tricolor baiano ao G4, deixando o alvirrubro em 5º. Restam nove pontos em disputa, com dois pontos de diferença para o vice-líder (57 x 59). Ou seja, o buruçu está grande… com o Náutico lá, dependendo apenas de si.

Concorrentes reais: Bahia, Vasco e Avaí…

Série B 2016, 35ª rodada: Náutico 1 x 0 Goiás. Foto: Rafael Martins/DP

Estudo de viabilidade de R$ 2,2 milhões e nova parceria privada na Arena em 2017

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

Foi dada a largada para compor uma nova operação privada na Arena Pernambuco. O governo do estado lançou o o edital (abaixo) para um estudo de viabilidade do estádio em São Lourenço, considerando, entre outras coisas, momento econômico, potencial de ocupação e clubes engajados, com possíveis cenários entre Náutico, Santa e Sport – hoje, nenhum tem acordo oficial para mandar jogos. O curioso é que em 5 de março deste ano foi entregue o relatório da Fundação Getúlio Vargas, com o mesmo tema. Porém, na ocasião foi voltado para o “aprimoramento do programa estadual de parcerias público-privadas, a partir do estudo de caso de concessão administrativa para a exploração da arena multiuso da Copa 2014”. Considerava, claro, o contrato de 30 anos com a Odebrecht, já desfeito. Com dispensa de licitação, aquele estudo, de 225 páginas, custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palácio do Campo das Princesas.

Desta vez será ainda mais caro, R$ 2,2 milhões. Segundo o edital, entretanto, não deve haver ônus para o estado, pois o valor será ressarcido justamente pela empresa que, posteriormente, vencer a licitação de operação da arena multiuso. Sim, são dois processos. Cronologia a seguir.

08/11/2016 – Públicação do edital para o estudo de viabilidade da Arena
30/11/2016 – Fim do prazo para a retirada do edital por parte dos interessados
30/12/2016 – Anúncio da empresa que ficará responsável pelo estudo
30/04/2017 – Limite para a produção do relatório (120 dias)

Concluída a etapa, será aberta uma licitação internacional, com expectativa para o segundo semestre de 2017. O novo operador pode ser anunciado no fim do ano. Na primeira vez em que estádio passou por um processo do tipo, em 22 de março de 2010, três grupos apareceram: as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS. Antes da operação, teriam que construir o estádio. Do edital à contratação oficial foram seis meses. Agora, há apenas a operação em disputa, num formato de concessão a ser definido de acordo com o futuro estudo de viabilidade, com projeções de receita mais modestas.

Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (atual operadora) justifica:

“a finalidade (do estudo) é identificar o tipo de operação menos dispendiosa para a administração pública na exploração, manutenção e operação futura do empreendimento” 

“(o estudo) estará atualizado com a nova realidade da Arena de Pernambuco, com nova administração, custos bem mais baixos do que antes de o Governo do Estado assumir e uma realidade econômica nacional diferente da apresentada na época do material da FGV”.

Espera-se uma modelagem bem distinta e justa. Ou seja, nada de contratos longínquos ou garantia de receita mesmo com prejuízo operacional…

Licitação para estudo de viabilidade da Arena Pernambuco em novembro de 2016. Reprodução: Diário Oficial de Pernambuco