“2016 foi o melhor ano da minha carreira. Muitas dúvidas havia, mas o troféu mostrou que as pessoas não são cegas”
O discurso de Cristiano Ronaldo, no português mais ‘lusitano’, mostrou também a autoconfiança do atacante, de fato o melhor da temporada, legitimado pela Fifa. Foi campeão da Eurocopa, no primeiro título importante de Portugal, e ganhou mais uma vez a Champions League e o Mundial pelo Real Madrid. Em campo foram 57 apresentações, marcando 55 gols e dando 17 assistências. Logo, teve participação direta em 72 gols, com uma média de 1,26.
Com esse repertório, CR7 foi ao evento de gala já consciente da vitória, que o reaproximou de Lionel Messi, com quem trava uma batalha há quase uma década. Nos últimos nove anos, os dois vêm revezando o prêmio de melhor do ano. São cinco nomeações para o argentino e, agora, quatro para o português, que marcou 220 gols e ganhou onze títulos nos anos em que foi eleito.
“Espero apanhar o Messi já na próxima época”
A frase foi dita em 2014, também na Suíça, e segue atual. Ali, Cristiano já deixava claro, outra vez, o quanto vislumbra o seu objetivo máximo. Quer ser o jogador mais vezes eleito pela Fifa. Hoje, já é mais premiado que Ronaldo e Zidane, o que o assegura como um dos melhores da história do futebol.
Gols de CR7 como melhor do mundo (clube/seleção):
2008 – 35 gols em 58 jogos (0,60)
2013 – 69 gols em 59 jogos (1,16)
2014 – 61 gols em 60 jogos (0,98)
2016 – 55 gols em 57 jogos (0,96)
Com o tetra de Cristiano, Portugal tornou-se o segundo país com mais eleitos, ao lado da Argentina, considerando a premiação oficial da Fifa, com três nomes distintos: 1991-2009 Player of the Year; 2010-2015 Fifa Ballon d’Or; 2016 The Best. O Brasil, sem nomeações desde 2007, segue à frente, com oito troféus.
Ranking de premiações do melhor do mundo (1991-2016):
8 – Brasil (Ronaldo 3, Ronaldinho 2, Romário 1, Rivaldo 1 e Kaká 1)
5 – Argentina (Messi 5)
5 – Portugal (Cristiano Ronaldo 4, Luís Figo 1)
3 – França (Zidane 3)
2 – Itália (Baggio 1 e Cannavaro 1)
1 – Alemanha (Matthäus)
1 – Holanda (Van Basten)
1 – Libéria (Weah)
Para completar, eis a seleção de 2016, com dois laterais brasileiros….
A comparação é sempre inevitável….
Nos 5 anos em q Messi foi eleito:
2009: 64(j), 41 (g), 15(a)
2010: 64(j), 60 (g), 17(a)
2011: 70(j), 59 (g), 36(a)
2012: 69(j), 91 (g), 22(a)
2015: 61 (j) 52 (g) 26(a)
Total: 328 (j) 303 (g) 116(a)
Participação em gols: 328(j) 419(pg), Média: 1,27
Nos 4 anos em que Cristiano Ronaldo foi eleito:
2008: 58(j), 35 (g), 10(a)
2013: 59(j), 69 (g), 17(a)
2014: 60(j), 61 (g), 20(a)
2016: 57(j), 55 (g), 17(a)
Total: 234 (j) 220 (g) 64(a)
Participação em gols: 264(j) 284(pg), Média: 1,21
Enfim, 2 mitos/lendas da história do futebol.