Vindo de Usina Trapiche, na zona rural de Sirinhaém, Ramón chegou ao Arruda ainda na adolescência. Já mostrando o faro de gols que o eternizaria no clube. Nos idos de 1967, com 17 anos e ainda no time juvenil, ele ganhou a primeira chance para treinar contra a equipe profissional do Santa Cruz. Com apenas cinco minutos de movimentação, segundo a própria memória, aproveitou uma sobra na marca do pênalti e mandou de bico, estufando as redes. Não demoraria a ser integrado no time principal, onde brilharia intensamente.
Pelo tricolor, marcou 148 gols, sendo 21 deles no Brasileirão de 1973, onde tornou-se o primeiro artilheiro atuando em um clube nordestino. De fato, viveu a era de ouro do clube nos gramados. É o 3º maior goleador da história coral, só abaixo de Tará e Luciano Veloso. Este, aliás, tornou-se um amigo, companhia constante nas cadeiras pretas do Mundão, onde ainda acompanha o Santa, 50 anos depois e já como conselheiro. No aniversário de 67 anos de Ramón, o Santa disponibilizou uma entrevista com o ídolo e suas histórias. Tem bastante.
Maiores artilheiros do Santa Cruz*
207 gols- Tará (1931-1948)
174 gols – Luciano Veloso (1968-1975)
148 gols – Ramón (1967-1983)
143 gols – Betinho (1971-1980)
123 gols – Fernando Santana (1967-1976)
* Segundo o acervo de Carlos Celso Cordeiro
Um dos maiores do maior. Eterno e glorioso Ramon!