Um voo entre Aracaju e Recife dura 50 minutos. A operação sem escalas (398 km) é feita pela Azul. Porém, a companhia associada à CBF, responsável pelas viagens nos torneios organizados pela entidade, é a Gol. A empresa também atua na capital sergipana, com uma rota bem diferente. Para chegar ao Recife, numa passagem mais cara, a aeronave vai antes a São Paulo. Escala! Só de Guarulhos o avião segue para o Aeroporto dos Guararapes.
Daí, a logística bizarra oferecida ao Santa Cruz para deixar Itabaiana. Poucas horas após a vitória coral no jogo de ida das quartas de final do Nordestão, a delegação percorreu 57 quilômetros do interior até o aeroporto, já no litoral. Para então começar um percurso aéreo de 3.863 quilômetros… ou 870% acima do roteiro óbvio. Com o caixa no limite, o Santa acabou topando.
Em vez de uma hora sobrevoando o mar, um traslado de no mínimo sete horas. Cenário bem diferente em relação ao que o clube fez em 2016, quando estava numa situação financeira melhor. Na Série A, o tricolor gastou R$ 100 mil para otimizar uma viagem a Chapecó. Na ocasião, economizou 20 horas.
Roteiro da CBF (Aracaju/Recife)
1.730 km – Aracaju/São Paulo
2.133 km – São Paulo/Recife
Roteiro mais simples (Aracaju/Recife)
398 km – sem escala
Seria bem mais viavel o time do Santa se deslocar de ônibus da cidade de Itabaiana a Recife, o percuso gira em torno de 5 horas!
Ônibus leito não é de graça, Emanual. “Free” is “free”.
Era mais viável uma locação de um ônibus leito do que fazer essa escala maluca. O tempo de viagem deveria ser muito próximo do que aconteceu (umas 7-8hs), mas evitaria o estresse de sair do interior, pegar um avião, descer, fazer escala em São Paulo e voltar para Recife.
Mesmo que não coubesse toda a delegação em um ônibus, mas que levasse os jogadores, que precisam de um repouso e recuperação.
Economia burra essa, hein!