O jogo de ida da semifinal local entre Santa Cruz e Salgueiro foi truncado. Sem muita criatividade, os dois times bateram cabeça no ataque. Ainda assim, o tricolor conseguiu arrancar a vitória, num pênalti convertido por Salles. O 45 minutos analisou o desempenho dos times, os principais destaques individuais do mandante (Thomás?) e os pontos críticos (Everton Santos?). Também comentamos a arbitragem de Deborah Cecília, com o lance capital da noite. Estou nessa com Rafael Brasileiro e Fred Figueiroa. Ouça!
O Santa Cruz teve uma atuação mediana. Não sufocou o Salgueiro. Sequer envolveu o adversário, que povoou o meio-campo e travou o já truncado sistema ofensivo coral. Ainda assim, é possível destacar que o tricolor buscou mais o resultado que o visitante, dono da melhor campanha. E na bola parada, sempre ela, alcançou a vitória. Magra, 1 x 0, mas suficiente para atuar em vantagem na noite do próximo sábado, em busca da terceira final consecutiva, em busca do tricampeonato pernambucano.
Diante de 22.056 torcedores no Arruda, no maior público do futebol local nesta temporada, o Santa teve Anderson Salles como goleador novamente. O zagueiro chegou a sete gols em 2017, tornando-se o principal artilheiro o time. São quatro gols de falta e três de pênalti, o último nesta semifinal. Num jogo em que teve apenas duas oportunidades em cobranças de falta, levando perigo nas duas, com Mondragon espalmando, o defensor acabou balançando as redes numa cobrança de pênalti – indefensável.
O lance aconteceu aos 12 minutos do segundo tempo, depois de a árbitra Deborah Cecília marcar falta de Tamandaré em Tiago Costa – lance discutível. Apesar da vantagem, o Santa continuou encontrando dificuldades para criar jogadas, como vem sendo desde o primeiro jogo oficial. Everton Santos saiu vaiado, André Luís pouco acrescentou e Halef Pitbull, brigando bastante pela bola, teve apenas uma chance, desperdiçando na cara do gol. Mas não dá pra dizer, desta vez, que Eutrópio não tentou. Escalou Pereira, acionou Léo Costa, reposicionou Thomás (o mais lúcido) durante o jogo… E o time simplesmente caiu na marcação do Carcará, fechando os corredores de Tiago Costa e Vítor.
Faltou ao Salgueiro, então, vontade e qualidade lá na frente. Deixou Willian Lira enfiado entre os zagueiros corais durante noventa minutos, sem um cruzamento decente. Valdeir, o bom meia do time, e Rodolfo Potiguar, o experiente volante, acabaram insistindo em arremates de fora da área, com Júlio César numa noite bem insegura. O goleiro acabou ajudado pelas finalizações mascadas. Neste contexto, a vitória tricolor acabou sendo bem satisfatória. Entretanto, o confronto segue bem aberto…