Após um ótimo início, goleando em casa e empatando como visitante, o Santa entrou num momento de turbulência, com três derrotas seguidas. Sequência que fez o tricolor despencar do 3º para o 14º lugar, com os mesmos oito pontos, agora a um da zona de rebaixamento. Neste cenário, pesou bastante o desempenho ofensivo, nulo. Ao perder do Santos por 2 x 0, o time chegou 345 minutos sem balançar as redes. São quase seis horas de bola rolando. O último tento foi a cabeçada de Arthur, no empate com a Chapecoense, aos 37 do primeiro tempo. Desde então, somando tempo regulamentar e acréscimos, foram 58 em Chapecó, 97 no clássico em casa, 94 na Arena da Baixada e mais 96, outra vez no Arruda.
No jogo que encerrou a sétima rodada, os desfalques eram claros, lá e lô. Grafite e Keno foram vetados pelo departamento médico. Ambos representam 8 dos 11 gols marcados. Bruno Moraes, Wallyson, Arthur e Lelê, se revezando em campo, desperdiçaram as chances do domingo, todas no segundo tempo, com o time sem reação diante de um adversário ainda mais esfacelado, com Ricardo Oliveira, Gabigol e Lucas Lima servindo à Seleção Brasileira na Copa América. Ainda em relação aos desfalques da partida, pesou a suspensão de Uillian Correia, tirando a força da marcação.
A partida seguiu o ritmo de (quase) sempre, com o tricolor tendo menos posse. Segundo o Footstats, Santa 46,9% x 53,1% Santos no primeiro tempo, com o mandante sem produzir nada lá na frente. Pior. Viu o adversário rondando bastante a sua área, com 6 x 1 em finalizações. A última delas, um golaço de Zeca, pouco antes do intervalo. O Peixe trocou vários passes em busca de espaço, mas nem foi preciso, com Zeca mandando de fora da área mesmo. Na etapa complementar, no melhor momento coral, um contragolpe, com Joel aproveitando o rebote, matou a partida, com o time acusando o golpe.
Infelizmente, ou talvez por incompetência mesmo, o que profetizei ainda após o sortudo empate contra Chapecoense, vem se concretizando. Mas o tempo é generoso, ainda é hora de arrumar a casa, e parar de contratar jogadores de série C e/ou D , para substituir jogadores de série B, assim como uns poucos de série A.
Esse filme parece que já passou ou não? Há quem diga que em certos casos um raio não cai no mesmo lugar, mas notamos com toda clareza que a atual situação do clube das três cores não é a melhor. Até porque, parece que os comandados do “Josep Guardiola do Nordeste” não consegue assimilar o que comandante tem passado. É óbvio que falta material de primeira qualidade e também comprometimento por alguns que parecem que estão em transe. É prudente falar que, vem acontecendo erros básicos em relação a escalação do time, onde verificamos que por insistência, o cara “Gentleman” escalar um gringo, que por sua vez, está fora de ritmo de jogo a muito tempo. Dessa forma é prudente ainda falar que, apesar da falta de material, esse tipo de erro pode levar um custo altíssimo, onde a zona da degola está de braços aberto para um clube que ainda tenta acabar com as mazelas deixada pelas gestões passadas. Em suma, conclamamos que a massa tricolor exerça seu papel de questionar toda as decisões no que tange, principalmente ao interesse do clube.
Será que gastamos todo o estoque contra Vitória e Cruzeiro? A bem da verdade se Grafite e Keno tivessem jogado o resultado poderia ter sido diferente, mas não podemos usar isso como desculpa.
Série A é elenco, tem que ter reposição a altura. Quarta-feira não tem outro resultado que importe que não seja a vitória.
O jogador lelê se dirigiu à torcida do Santa Cruz com palavras à altura dele. Respeite o maior patrimônio do Clube. E a Diretoria puna esse “jogador”, que ofendeu a quem lhe paga…