A 10ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 10 rodadas. Crédito: Superesportes

Com o pontinho arrancado nos descontos, no Arruda, o empate do Náutico com o Bragantino foi primordial para manter o time no G4 pela quarta vez seguida. Nesta 10ª rodada da Série B, o Timbu foi beneficiado pelos tropeços de Bahia, Criciúma e Ceará. Por sinal, os quatro concorrentes têm a mesma campanha, 17 pontos, com a diferença no saldo (11 x 7 x 5 x 4). Quem se aproveitou também foi o CRB, que venceu o Atlético-GO no Serra Dourada e entrou no G4. A rodada foi tão atípica para os mandantes que até o líder Vasco perdeu em São Januário, após um ano invicto como mandante. Melhor para o Paysandu, que saiu do Z4, apoiado por uma boa presença de sua torcida no Rio.

Na próxima rodada, uma terça-feira cheia, o Náutico fará a sua maior viagem na competição: 2.902 quilômetros. E poderia maior, com 3.198 km, mas o jogo saiu de Pelotas para Caxias do Sul, no estádio do Caxias. O local foi alterado na última segunda-feira porque o Bento Freitas, que passa por reformas, não apresentou os documentos técnicos para esta partida, especificamente.

Evolução da campanha timbu
1ª rodada – 15º (0 pt)

2ª rodada – 11º (3 pts)
3ª rodada – 15º (3 pts)
4ª rodada – 8º (6 pts)
5ª rodada – 9º (7 pts)
6ª rodada – 5º (10 pts)
7ª rodada – 4º (13 pts)
8ª rodada – 4º (16 pts)
9ª rodada – 4º (16 pts)
10ª rodada – 4º (17 pts)

No G4, um carioca, um goiano, um alagoano e um pernambucano.

A 11ª rodada do representante pernambucano
21/06 (21h30) – Brasil x Náutico (Centenário, em Caxias do Sul)

Náutico empata com o Bragantino aos 47 do segundo tempo e permanece no G4

Série B 2016, 10ª rodada: Náutico 1x1 Bragantino. Foto: Nando Chiapetta/DP

Jogando de forma bastante afoita, o Náutico perdia o seu primeiro jogo como mandante na Série B até os instantes finais. Então na zona de rebaixamento, o Bragantino vencia pelo score mínimo. Os paulistas se defendiam como podiam, com o Timbu tentando forçar a entrada na área, tocando ou cruzando. Numa dessas jogadas, Daniel Pereira acabou cortando com a mão. Pênalti. Aos 44 do segundo tempo, uma chance de ouro para o time pernambucano, com a timbuzada em pé no Arruda. Àquela altura fora do G4, o gol poderia manter o time por lá, ajudado pelos tropeços de Bahia e Criciúma, também em casa. Pontinho de ouro, desde que saísse o gol.

Após três minutos de catimba, a cobrança foi autorizada. Bergson, que beijara a bola, não bateu bem. Mas marcou, com a bola passando entre as mãos go goleiro Felipe. Lance para definir a peleja, 1 x 1. O empate brecou o percentual máximo como mandante, mas, ao menos desta vez, valeu pelo esforço final. Até hoje, a equipe havia balançado as redes no primeiro tempo em todas as partidas no Recife. Passou em branco, no primeiro mau sinal, justificado pela falta de pontaria – sete tentativas pra fora e apenas uma certa.

Na segunda etapa, acabou vazado aos 12 minutos, com Sitta cruzando dentro da área, encobrindo Júlio César, que só acompanhou a chegada de Watson. A partir dali, com Jefferson Nem tentando decidir de qualquer forma, o jogo foi nervoso. O comportamento se espalhou entre os 7.236 torcedores no Mundão, um público menor que o há registrado há uma semana, na Arena. Uma diferença de 2.053. Com ingressos a partir de R$ 10 e sem a queixa da distância, o que explica? O borderô até elevou a média de 3.505 para 4.251 pessoas, mas acabou sendo mais um indício de um mando às avessas neste sábado.

Série B 2016, 10ª rodada: Náutico 1x1 Bragantino. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com erros individuais e suspensões, Santa perde do Palmeiras no Allianz

Série A 2016, 9ª rodada: Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão conteúdo

O Palmeiras manteve o aproveitamento perfeito em casa, vencendo a quinta partida: Atlético-PR (4 x 0), Fluminense (2 x 0), Grêmio (4 x 3) e Corinthians (1 x 0), Santa Cruz (3 x 1). Abrindo a nona rodada da Série A, o time confirmou o favoritismo diante do campeão nordestino, que procurou reagir, mas esbarrou nos erros individuais, decisivos nos gols alviverdes. Líder provisório, o time paulista pressionou demais o tricolor, tocando a bola, sempre agudo. Em todo o jogo o número de passes certos, segundo o Footstats, foi 433 x 228.

Essa qualidade foi exposta desde o início. Os corais não conseguiam sair jogando, com a bola voltando contra a meta de Tiago Cardoso seguidamente. O goleiro fazia a sua parte, mas acabou colaborando em dois gols. No primeiro, após uma cobrança de lateral (Sport e Náutico sofreram da mesma forma nesta semana), o goleiro soltou a bola na pequena área, com Dudu marcando com tranquilidade. Ali, aos 28 minutos, o scout de finalizações apontava 5 x 0. Nos descontos, numa cobrança de falta, Jean ampliou. Bola no canto esquerdo, ao alcance de TC1, com crédito suficiente para uma tarde infeliz. A reação ficou para a segunda etapa – praxe, só jogando após ficar em desvantagem.

No comecinho, Grafite mostrou estilo, escorando de cabeça uma falta cobrada por João Paulo. Após quatro jogos de jejum, o camisa 23 reassumiu a artilharia, ao lado de Bruno Rangel, com sete tentos. No lance seguinte, num contragolpe, Keno quase empatou. Havia jogo no Allianz. Desde que a defesa ajudasse. De carrinho, Dudu fez o terceiro, após um cruzamento rasteiro de Gabriel Jesus, com a bola passando na frente de três corais, sem ação. E se defesa não esteve bem, na 4ª derrota nos últimos 5 jogos, o problema acabou estendido à rodada seguinte, contra o Fla, com Neris e Uilliam Correia suspensos.

Série A 2016, 9ª rodada: Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz