Da saída ao retorno ao Recife, 441% de gourmetização no futebol de Rogério

Rogério em 2011 e Rogério chegando no São Paulo em 2015. Fotos: Lucas Oliveira/Esp. DP e Erico Leonan/São Paulo FC.net

Após cinco anos no Náutico, incluindo três empréstimos, Rogério foi negociado no fim de 2015 junto ao São Paulo, que pagou R$ 1,2 milhão ao clube alvirrubro, que detinha 65% dos direitos econômicos. Como o atacante estava no Vitória na ocasião, o time baiano tomou uma parte, R$ 200 mil, como “vitrine”. No Morumbi, onde chegou como “Neymar do Nordeste”, Rogério nunca se firmou como titular, fazendo alguns bons jogos e chegando a balançar as redes na Libertadores, ajudando na classificação do time à fase de grupos.

Em nove meses no São Paulo, 7 gols em 32 jogos. E uma volta ao Recife, desta vez para o Sport, que, segundo o globoesporte.com, teve que adquirir 25% dos direitos do atleta para selar a contratação. Um percentual calculado sobre a nova projeção de mercado, agora de R$ 10 milhões. Logo, os leoninos teriam desembolsado R$ 2,5 mi. Surreal. No total, o jogador valorizou R$ 8,15 milhões, ou 441%! Ah, numa articulação paralela, os são-paulinos compraram os 35% restantes, pertencentes ao Porto de Caruaru, pelo valor anterior, fixado.

De acordo com o site alemão Transfermarkt, especializado em negociações no futebol, Rogério seria o 17º nome mais caro do elenco paulista, estimado em 1,5 milhão de euros. Ou seja, R$ 5,79 milhões, bem abaixo da pedida tricolor. Não é a primeira vez que um jogador precisa sair do Recife para ser realmente valorizado, mas, com esses números, é o caso mais alarmante…

Valorização de Rogério (100% dos direitos):

09/2015 – R$ 1,84 milhão
O Náutico vende 65% por R$ 1,2 milhão 

06/2016 – R$ 10 milhões
O Sport compra 25% por R$ 2,5 milhões

Sentença sobre ação de responsabilidade civil a favor do blog, por respeito

Como (único) responsável pelo blog de esportes do Diario de Pernambuco desde o seu início, em 3 de agosto de 2008, já produzi quase 9 mil postagens, moderando o fórum de discussão, com mais de 56 mil comentários liberados até hoje, 17 de junho de 2016. Neste tempo todo, procurei interagir com os leitores, seja no blog ou nas minhas redes sociais (cassito_z no twitter e blogdecassiozirpoli no facebook). Ou seja, trabalho no campo da internet.

Discussões são normais, divergir no futebol é natural. Com respeito. Nem sempre é possível, ainda mais na web, que parecia ser uma terra de ninguém, mas até para isso existe um limite. Por isso, nesse tempo todo, apenas um caso de ofensa contra a minha pessoa mereceu um ato além do “block”, com a resposta da justiça. A sentença transitou em julgado, com o seguinte trecho do juiz de direito Cláudio Malta de Sá Barreto Sampaio:

“Embora a liberdade de expressão tenha cunho constitucional, ela não é absoluta. Deve ser exercida com consciência e responsabilidade, em respeito a outros valores protegidos pela própria Constituição, tais quais a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.” 

Obs. Agradeço ao empenho do advogado Ricardo Marques.

Eis a íntegra da sentença, mostrando que há limite para debater futebol…