O reboot de Blade Runner ao vivo no Estádio Olímpico

Oscar Pistorius nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Foto: COI/divulgação

Em mais de um século de história, a Olimpíada proporcionou imagens inesquecíveis.

Uma glória inesperada. Um protesto com um gesto simples, com o punho cerrado para o alto. Um abraço entre lágrimas de vencedor e vencido. Exemplos não faltam.

Não mesmo, pois surgem novos e emocionantes episódios a cada quatro anos.

São scripts dignos de Hollywood, com atos de superação, heróicos. Alguns surreais.

Então, o que dizer de Oscar Pistorius? Com apenas onze meses foi submetido a uma cirurgia. Em 1987, o sul-africano teve as duas pernas amputadas na altura dos joelhos.

Havia nascido em Johannesburgo com uma alteração ortopédica raríssima, chamada de hemimelia fibular. Costuma ocorrer uma vez em cada 40 mil nascimentos.

Cresceu, estudou, tornou-se atleta. Com próteses produzidas com fibra de carbono, passou a correr, e muito. Quis competir nos 400 metros rasos na Olimpíada de Beijing, em 2008, mas o pleito foi rejeitado pelo Comitê Olímpico Internacional.

Acredite, o órgão alegou que as próteses poderiam resultar em uma vantagem, devido ao peso. Foi à justiça e ganhou a causa no Tribunal de Arbitragem Desportiva (TAD). Só não conseguiu a marca mínima para a competição. Medalha de ouro nas Paraolimpíadas.

Esperou e perseverou, como tudo em sua vida. Alcançou a marca para 2012. Neste sábado, estreou na disputa, numa cena desde já antalógica, daquelas de cinema.

Inspirada em uma ficção como Blade Runner. Não por acaso, este é o seu apelido…

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