Uma Seleção Brasileira arrendada por quinze temporadas

Amistosos em 2012: Brasil 8x0 China e Brasil 6x0 Iraque. Fotos: Rafael Ribeiro/CBF

Uma sequência de amistosos com adversários nada promissores. Nada atrativos.

África do Sul (76º no ranking da Fifa), China (85º), Iraque (80º) e Japão (23º).

É difícil convencer algum torcedor que jogos contra essas equipes possam servir como preparação para uma seleção do porte do Brasil, com cinco títulos mundiais e sede da próxima Copa do Mundo. Obviamente, não servem. Até a CBF sabe disso.

Após engordar a sua já abarrotada conta bancária, a entidade abriu mão de organizar os amistosos da Canarinha por um longo período. Tanto adversários quanto os locais.

Seguidas partidas na Inglaterra, Estados Unidos e Suécia, mesmo sem enfrentar os donos da casa, indicam um contexto pouco ortodoxo nas apresentações do Brasil.

Pagou, levou. E pagaram mesmo, com petrodólares.

O primeiro contrato desta era foi executado de 2006 a 2010, quando a Confederação Brasileira de Futebol embolsou 805 mil dólares a cada partida promovida pela empresa International Sports Events (ISE), da Arábia Saudita.

Pouco antes de deixar o comando da CBF, Ricardo Teixeira assinou a renovação do acordo, aumentando a cota para US$ 1,05 milhão.

Se você acha estranho o atual nível técnico dos rivais da Seleção, nem adianta se aperrear. O prazo foi estendido até a Copa do Mundo de 2022, no Catar…

A Seleção Brasileira foi praticamente arrendada. A peso de ouro.

De acordo com o balanço oficial de 2011, o patrimônio da CBF saltou de R$ 181 milhões para R$ 258 milhões em um ano. Um aumento de 42,5%.

Enquanto isso, goleadas sem peso algum, como o 8 x 0 sobre os chineses e o 6 x 0 diante dos iraquianos. Tanto que o país só faz cair no ranking mundial.

A assinatura do documento com as iniciais R e T mostram que o interesse é outro.

Sede da CBF. Foto: CBF/divulgação

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