Serão quatro semanas intensas no futebol local. Decisões em sequência, intercalando os mata-matas do Nordestão e do Estadual. Começando com Santa x Bahia e Sport x Campinense esta semana e seguindo com Santa x Náutico e Sport x Salgueiro, na próxima. Haja assunto para o 45 minutos, que analisou as escalações, as vantagens de cada clube e as consequências dos resultados (para bem e para o mal). Na resenha, teve espaço até para o Leicester, a um passo do improvável título da Premier League.
Confira um infográfico com as principais pautas aqui.
Neste podcast, com 1h35, estive ao lado de Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça agora ou quando quiser!
Financeiramente, o Náutico começou o ano muito atrás dos rivais. Do Sport, a distância já era grande. Só que também acabou superado pelo Santa, devido ao acesso do rival à elite nacional. E estamos falando de mais de R$ 20 milhões de diferença no orçamento anual dos clubes. Uma pressão enorme, uma vez que resulta em nível técnico distinto para um time já obrigado a findar um jejum de títulos estaduais desde 2004. Ainda assim o Alvirrubro se fez competitivo, encerrando o hexagonal na liderança.
A essa campanha superior a dos rivais, contrariando a lógica inicial, deve-se a manutenção da base da última Série B, quando não subiu por apenas dois pontos. Uma base trabalhada por Gilmar Dal Pozzo, nome importante neste contexto. Com reforços pontuais, como Rodrigo Souza e Renan Oliveira, o time ganhou uma cara, já projetando para a nova edição da Segundona. Antes, claro, terá uma boa chance de finalmente voltar a ser campeão.
É verdade que a eliminação na Copa do Brasil, na primeira fase, foi um baque – inclusive na receita, de R$ 300 mil -, com o volume de jogo sendo colocado em xeque àquela altura. Talvez pelo baixo número de jogos, ok. Contudo, a partir de agora os dois principais rivais terão que dividir as atenções entre Estadual e Nordestão – começando pelo Santa, na semifinal -, enquanto o Timbu terá um intervalo completo de treinamento entre as fases. Pode ser o diferencial, físico.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
5 participações e 2 classificações
O esquema tático timbu talvez seja o mais suscetível a mudanças no mata-mata, devido ao DM. A posição de Rafael Coelho é a interrogação.
Destaque
Ronaldo Alves. Além de compor uma defesa segura na maior parte do hexagonal, o zagueiro acabou fazendo a diferença lá na frente. De forma incrível, terminou a fase como o artilheiro, com 5 gols marcados.
Aposta
Rafael Coelho. O atacante chegou na reta final e demorou a estrear justamente pelo condicionamento físico. A sua presença na formação básica deve-se à expectativa de Dal Pozzo para contar com jogar, sobretudo pela ponta esquerda.
Ponto fraco
Um goleador. O “9” vem sofrendo testes, numa rotatividade tão grande que o quase descartado Thiago Santana ganhou chance na última rodada. Daniel Morais passou pelo mesmo. O fato de um zagueiro ser o artilheiro diz muito.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
23 pontos (1º lugar)
7 vitórias (1º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
1 derrotas (1º que menos perdeu)
18 gols marcados (melhor ataque)
4 gols sofridos (melhor defesa)
Melhor apresentação: Náutico 5 x 0 América, em 14 de março, no Arruda.
O Salgueiro virou figurinha carimbada no mata-mata estadual. Esta é a quarta vez, desde 2010, que o Carcará chega à fase decisiva, um recorde absoluto no interior. Vice-campeão pernambucano em 2015, o clube mantém a base, já conhecida do torcedor pernambucano, com nomes como Tamandaré, Rodolfo Potiguar, Moreilândia… Falta a glória máxima. Por mais simpatia que tenha dos torcedores rivais para alcançar o objetivo, desde que não enfrente o time de cada um, claro, o time precisará passar por uma prova de fogo, tendo que eliminar dois grandes da capital em sequência.
Com a vantagem de decidir em casa, após a segunda colocação no hexagonal, o Salgueiro terá a seu favor o forte calor no Sertão, onde tornou-se um adversário duríssimo para o Trio de Ferro. Neste ano, goleou o Santa e venceu o Sport – novamente adversário na fase semifinal, de boas lembranças no último ano e com duas vitórias no hexagonal desta temporada.
Comandado por Sérgio China, o mesmo técnico na último campanha, o time usa bastante as laterais, com um meio-campo povoado, de muita pegada e buscando Jhon, de porte semelhante a Fabrício Ceará, outrora dono da “9” no Cornélio. Começou liderando a artilharia, mas já enfrenta uma seca de gols.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
3 participações e 1 classificação
Destaque
Rodolgo Potiguar. O volante chegou a ser especulado como o melhor jogador do Estadual 2015, perdendo para o tricolor João Paulo. Neste ano, segue dando consistência ao meio-campo sertanejo, com marcação forte e arremates de longa distância.
Aposta
Cássio Ortega. O camisa 10, de 25 anos, soma três gols no torneio e vem tendo cada vez mais liberdade para armar as jogadas do Carcará, tamanha a confiança depositada pelo técnico Sérgio China. Até porque a sua cobertura é feita por dois volantes.
Ponto fraco
Jefferson Berger. O ponta-direita ainda não balançou as redes na competição, se limitando às assistências para Jhon. Precisa ter um papel mais abrangente no setor ofensivo.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
20 pontos (2º lugar)
6 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
2 derrotas (2º que menos perdeu)
13 gols marcados (3º melhor ataque)
5 gols sofridos (2ª melhor defesa)
Melhor apresentação: Salgueiro 3 x 0 Santa Cruz, em 13 de março, no Cornélio.
O Sport começou a temporada tendo que remontar o setor ofensivo, após as saídas de Diego Souza, André, Marlone e Elber, valorizados com a sexta colocação do time na Série A. O técnico Falcão precisou ter muita paciência. Primeiro porque o nível técnico da reposição dificilmente seria o mesmo, para o Estadual, e segundo porque o ciclo demorou, prejudicando a pré-temporada. Um cenário que talvez justifique o péssimo início, com duas derrotas, uma delas para o América, na Ilha, derrubando um jejum de 43 anos.
Como consequência, a formação inicial com três volantes foi mantida ao longo dao torneio, sem uma peça específica para municiar o ataque – Gabriel Xavier e Mark González, machucados, mal tiveram oportunidades de adaptação. Com o trabalho realizado à frente, num ataque inteiramente novo, os resultados vieram sobretudo nos clássicos (duas vitórias em casa e dois empates fora), dando lastro ao time, que busca a final após o fiasco do ano passado.
Em 2015, liderou o hexagonal de ponta a ponta e acabou despachado pelo Salgueiro na semi, quebrando uma rotina de nove anos seguidos disputando o título. Terá o Carcará pela frente outra vez. Uma missão clara no mata-mata será dividir (física, técnica e mentalmente) o foco entre as fases eliminatórias do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. Ou seja, até oito partidas decisivas consecutivas. Em 2014 deu certo, nas duas frentes.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
6 participações e 5 classificações
Uma possível formação tática do Leão. A princípio, a ponta esquerda é a dúvida, pois Gabriel ainda se recupera. De volta, o chileno Mark pode ganhar a vaga.
Destaque
Rithely. O volante fez um ótimo Brasileirão e manteve a motivação nesta temporada, sendo o pulmão do equipe, com muitos desarmes e transição ofensiva. Com mais de 250 jogos pelo clube, enfim o status de ídolo.
Aposta
O colombiano Reinaldo Lenis chegou como a contratação mais cara do Sport, num investimento de R$ 3,16 milhões. O atacante teve atuações bem irregulares, mas se destacou nos clássicos, com 3 gols no hexagonal.
Ponto fraco
A ausência de Diego Souza, contratado após o prazo de inscrição da competição. Sem uma peça de criatividade, Falcão mantém a formação com três volantes no Estadual, enquanto no Nordestão o camisa 87 é titular absoluto.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
16 pontos (3º lugar)
5 vitórias (3º que mais venceu)
2 empate (2º que mais empatou)
3 derrotas (3º que menos perdeu)
16 gols marcados (2º melhor ataque)
7 gols sofridos (3ª melhor defesa)
Melhor apresentação: Sport 2 x 0 Náutico, em 28 de fevereiro, na Ilha.
O Santa Cruz garantiu a sua vaga na semifinal estadual de 2016 somente na última rodada, numa disputa surreal com o Mequinha. Se classificou em 4º lugar, com apenas duas vitórias, nenhuma delas em clássicos. Um desempenho ainda pior que o de 2016, quando avançou com quatro vitórias, na 3ª posição. Na ocasião, cresceu no mata-mata e acabou faturando o título estadual, o quarto em cinco anos. É verdade é que não enfrentou clássicos – também por demérito dos rivais -, o que agora já muda logo na semi, contra o Náutico.
Para conquistar o bicampeonato, indo além da mística, o Santa precisa também melhorar o rendimento em campo, com mais imposição tática e competitividade – o que vem ocorrendo no atual formato, pois passou da semi quatro vezes, sendo posteriormente campeão todas as vezes.
Entre os semifinalistas, foi o único a trocar de treinador durante a campanha, com a chegada de Milton Mendes no lugar de Marcelo Martelotte, dispensado após perder dos reservas do Bahia no Nordestão, mesmo com a classificação ao fim do jogo. Milton deu um novo ânimo ao time e vem, sim, buscando um novo padrão tático, sobretudo no meio-campo, algo determinante a partir de agora. Assim como o rival rubro-negro, divide o foco com o Nordestão. No caso coral, até mais, uma vez que o título regional ainda é inédito no Arruda.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
6 participações e 4 classificações
Eis um possível esquema tático para a fase decisiva, com a utilização de Léo Moura no meio (Leandrinho e Lelê também já foram testados na posição).
Destaque
Grafite. O atacante tem experiência suficiente em mata-matas, em clássicos. Não teve uma grande atuação no hexagonal, apesar de ter ajudado, mas, condicionado, segue como a maior esperança do time para buscar o bi.
Aposta
Keno. O atacante foi contratado (mais uma vez) com menos cartaz que Wallyson, mas ganhou a posição rapidamente e mostrou um faro de gols mais apurado em relação à passagem anterior. Jogador de muita mobilidade.
Ponto fraco
Vítor. O lateral-direito de 33 anos já não aparenta ter mais gás para jogos grandes – sobretudo com uma Série A batendo à parte. A análise valeu tanto para o apoio quanto para a recomposição.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
2 vitórias (2º que menos venceu)
5 empates (1º que mais empatou)
3 derrotas (3º que menos perdeu)
9 gols marcados (3º pior ataque)
12 gols sofridos (3ª pior defesa)
Melhor apresentação: Santa Cruz 4 x 2 América, em 11 de fevereiro, na Arena.
As semifinais do Campeonato Pernambucano de 2016 reúnem, sem surpresa, os clubes que mais disputaram essa fase da competição, cujo formato foi implantado em 2010. Santa e Sport chegam a sete aparições, tendo como consequência quatro títulos corais e dois leoninos, enquanto o Náutico, que acabou como líder do hexagonal, volta ao mata-mata após a sua única ausência, mas ainda em busca de um título neste formato – o jejum, na verdade, é bem maior, desde 2004. Já o Salgueiro se apresenta novamente como a força do interior na década, com a quarta participação e já com um vice no currículo.
Se o Náutico passou com 76% de aproveitamento em dez rodadas na fase classificatória, o Santa teve apenas 36%, o pior índice em um hexagonal, criado há três anos. Por outro lado, a rivalidade acaba equilibrando as ações na etapa final. Basta ver que o Alvirrubro foi líder no classificatório em 2011 e 2014, mas não foi campeão. Já o Tricolor, que nunca liderou, ganhou quatro vezes.
Esse tira-teima acaba ocorrendo na semifinal, no embalo das numerosas participações. Tanto que o Clássico das Emoções terá o seu terceiro capítulo. Em 2010, o Náutico se classificou com um gol de Carlinhos Bala. O Santa deu o troco em 2013, avançando devido ao gol fora após uma vitória para cada lado (0 x 1 e e 2 x 1). Já Salgueiro x Sport acontece pelo segundo ano seguido. Em 2015 o Carcará tornou-se o primeiro interiorano a eliminar um grande da capital, justamente o então líder, que buscava a disputa do título pela 10ª vez seguida.
Não houve marcações capitais na última rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016. Assim, o tradicional levantamento feito pelo blog termina com 9 penalidades e 11 expulsões na fase principal da competição, com o Náutico à frente nas duas listas a favor.
Confira a atualização do blog após a 10ª rodada do Estadual 2016:
Pênaltis a favor (9) 4 pênaltis – Náutico 3 pênaltis – Salgueiro
2 pênaltis – Santa Cruz Sem penalidade – Sport, Central e América
Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou dois pênaltis Náutico evitou duas penalidades e desperdiçou duas
América evitou duas penalidades
Central evitou uma penalidade
Pênaltis cometidos (9) 3 pênaltis – América
2 pênaltis – Santa Cruz e Náutico
1 pênalti – Sport e Central Sem penalidade – Salgueiro
Semifinais definidas: Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport.
A classificação do hexagonal e o chaveamento do mata-mata não teve surpresa alguma na 10ª e última rodada, com três jogos simultâneos. No Arruda, com 16.377 pessoas, no maior público da competição (ainda baixo), o empate no Clássico das Multidões garantiu ao Tricolor a última vaga. O clube vai em busca do quinto título no atual formato do Pernambucano, sem jamais ter liderado a fase classificatória. No Cornélio de Barros, com 6.011 espectadores, o Náutico voltou a vencer o Salgueiro como visitante após dois anos. Garantiu a liderança, repetindo as campanhas de 2011 a 2014 – falta “mudar” a classificação final. Fechando a rodada, com 360 testemunhas no Lacerdão, o Mequinha até saiu na frente, pois dependia de uma vitória – fora o revés coral no Recife -, mas acabou superado pela Patativa, que conquistou a sua única vitória no hexagonal.
Em 30 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 67 gols, com média de 2,23. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, o zagueiro Ronaldo Alves, do Náutico, lidera com 5 gols.
Santa Cruz 1 x 1 Sport – Um jogo para o gasto. O Tricolor até saiu na frente, mas também ficou satisfeito, assim como o Sport, com apenas seis titulares.
Salgueiro 0 x 2 Náutico – Após a eliminação na Copa do Brasil, o Timbu deu uma resposta rápida à sua torcida, sendo o primeiro a vencer no Sertão.
Central 2 x 1 América – Odair marcou o primeiro gol da tarde, animando o Mequinha, mas faltou futebol para manter o placar contra um time esfacelado.
Destaque – Keno. O atacante coral foi o nome do 1º tempo no Arruda, com muita velocidade. Inclusive no lance do gol, ganhando de Samuel Xavier.
Carcaça – Vinícius Araújo. Escalando como titular, o centroavante leonino perdeu um gol inacreditável, que poderia ter empatado o jogo ainda no 1º tempo.
Tabela das semifinais: Ida 20/04 (21h45) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) 20/04 (16h00) – Sport x Salgueiro (Ilha do Retiro), no feriado de Tiradentes
Volta 24/04 (16h00) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco) 24/04 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros)
Obs. No mata-mata não há vantagem para a melhor campanha (a não ser o segundo jogo em casa). Logo, nada de resultados iguais ou gol qualificado.
A classificação final do hexagonal do título do Estadual de 2016.
O Náutico voltou a vencer o Salgueiro no Sertão após dois anos. Com o Carcará mostrando as garras para os grandes clubes nos últimos tempos, o resultado é expressivo. Ainda mais lembrando que no último ano o time havia eliminado o Timbu no Estadual e no Nordestão e que no solzão deste domingo ainda estava viva na memória a pancada da eliminação precoce na Copa do Brasil, moral e financeira. Restava juntar os caros e focar no Pernambucano, cuja taça tornou-se obsessão em Rosa e Silva. Um empate já era suficiente, mas o Timbu foi além de sua vantagem e fez 2 x 0, garantindo a liderança da fase classificatória (abaixo) pela terceira vez desde que o mata-mata foi implantado.
Os gols de Thiago Santana, um inoperante atacante até então, e de Esquerdinha, que justificou a sua entrada, impuseram ao time de Sérgio China a sua primeira derrota como mandante. Foi a sétima vitória alvirrubra na competição, tendo agora tempo de sobra para se preparar para o mata-mata, com os dois principais rivais dividindo as atenções com o regional. Ao Náutico no mês de abril, literalmente, só o Estadual. Para o bem e para o mal.
O Clássico das Multidões só teve emoção no primeiro tempo. Aliás, foi até instigado, com sete oportunidades claras de gol, sendo quatro dos corais e três dos rubro-negros. Entre boas defesas de Danilo Fernandes e Tiago Cardoso e vacilos cara a cara de Grafite e Vinícius Araújo, apenas um lance foi parar nas redes, com Keno. Se o empate já servia, a vitória parcial acabava a inhaca do Tricolor em clássicos na temporada. Na volta do intervalo, porém, o ritmo no Arruda caiu bastante, com apenas duas oportunidades efetivas, já considerando o gol contra de Grafa, desviando de cabeça um escanteio pela esquerda.
Com a igualdade no placar, restava mais de meia hora no confronto, que a partir dali ficou restrito a reclamações em dois lances capitais. Primeiro com uma mão na bola de Samuel Xavier dentro da área, após cobrança de falta de Daniel Costa, e no fim com o impedimento inexistente em Maicon, com o gol vazio para desempatar. Mas, para se ter uma ideia do clima ameno àquela altura, o grito nem foi tão alto após o 1 x 1, com algumas vaias e gás guardado para futuros embates. Afinal, o mandante, escalado de forma ofensiva, confirmou a vaga à semifinal estadual, mesmo com apenas duas vitórias, e o visitante, com testes pontuais, manteve o ânimo em alta para a semifinal do Nordestão.
Ainda sobre o jogo, é possível destacar alguns pontos positivos, voltando novamente ao primeiro tempo. Keno, a melhor contratação coral no ano, ganhou muita liberdade com Milton Mendes. Tabelando e infiltrando pela esquerda, mostra que é o dono da posição. Já Grafite ainda não brilhou na competição, mas mostrou outra vez que aparece em grandes jogos. Armando, como pivô, finalizando – infelizmente, acabaria “penalizado” na segunda etapa. No Leão, que sequer teve Falcão na área técnica (suspenso), o destaque foi, acredite, Mark González. Não pelo nível técnico, mas pela inatividade.
Após 68 dias de molho, o chileno atuou 69 minutos, muito bem. E só saiu porque o resultado não tinha tanto peso ao Leão – o América não venceu o Central, o que já classificava o Santa. Se apresentou como uma peça interessante contra o Campinense. Ainda é digno de registro que o jogo também valeu pelo Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Com o regulamento simples, a soma dos confrontos oficiais em 2016, o Sport agora tem 4 pontos e o Santa tem 1. Mais dois jogos estão garantidos, na Série A. Quem sabe a lista não aumenta com as finais do Nordestão e Estadual? Aí, provavelmente, a cronometragem de emoção será bem mais extensa…