Podcast 45 (130º) – Entrevista com Raul Henry sobre Arena, TCN e cotas de TV

Edição especial do 45 minutos com o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

O 45 minutos realizou uma edição especial com o vice-governador do estado, Raul Henry. Futebol e política? Neste caso, o contexto era claríssimo, uma vez que ele é o responsável pela revisão da parceria público-privada da Arena Pernambuco, além de uma voz oficial sobre os problemas de mobilidade.

Na pauta da 130ª edição, também foi discutida a transição do Todos com a Nota, pois o estado estuda reduzir (ou acabar) o programa de subsídio ao futebol. Por fim, detalhes da proposta de divisão de cotas de televisão no Brasileirão, já que o próprio Raul Henry, enquanto deputado federal, foi o autor do projeto de lei.

No podcast, estou ao lado de Fred Figueiroa, Celso Ishigami, Rafael Brasileiro e os convidados Kauê Diniz e Emanuel Leite. Ouça agora ou quando quiser!

Exposição dos troféus fora dos museus dos clubes, uma ação simples e eficiente

Santa Cruz apresenta o troféu de campeão pernambucano de 2015 ao governador do estado, Paulo Câmara. Foto: Santa Cruz/assessoria/facebook

Os troféus conquistados em um século estão bem guardados nos museus no Arruda, Aflitos e Ilha. Nem sempre, porém, abertos à visitação. Daí, a importância das ações pontuais realizadas pelos três clubes em uma mesma semana, coincidência pura. O primeiro foi o Santa, campeão pernambucano de 2015, que levou o troféu às redações dos jornais e ao Palácio do Campo das Princesas, em 7 de maio. Lá, a direção, contando com o zagueiro Alemão e o presidente da FPF, foi recebida pelo governador do estado, Paulo Câmara.

Tradicionalmente, o governador recebe o campeão da temporada. No embalo disso, a mídia espontânea (jornais, tevê, redes sociais etc) deve ter agradado aos parceiros tricolores. Dois dias depois, o Náutico fez uma promoção com o seu mascote e o volante William Magrão em um supermercado em Casa Forte. No estande, chamou a atenção uma relíquia prateada, a taça do hexa em 1968. O objetivo timbu era chamar a torcida para tirar foto e, consequentemente, conferir o painel de descontos da Ambev, patrocinadora do Alvirrubro.

Timbu e William Magrão com torcedor alvirrubro. Foto: Náutico/Instagram

Por fim, o Sport, que em sua estreia na Série A, contra o Figueirense, expôs quatro taças no saguão da sede. Como é restrito o acesso à sala de troféus cuidada pelo ex-jogador Baixa, a torcida teve a oportunidade de conferir de perto algumas peças raras, como a do Estadual de 1975, que deu fim ao jejum de doze anos sem títulos locais, o Nordestão de 1994, o primeiro do Leão, a Copa do Brasil de 2008, e o mais recente, a disputa amistosa da Taça Ariano Suassuna. Quem foi ao clube, inevitavelmente passou pela exposição.

Indiretamente, o trio apresentou possibilidades ao alcance de uma ação simples de marketing com apelo junto aos seguidores. O Rubro-negro já adiantou que deverá expor mais taças nos jogos do Brasileirão, assim como o Alvirrubro poderá montar estandes em outros mercados. Ou vice-versa. E o Tricolor, este mais do ninguém, precisa surfar na onda da conquista mais recente.

Museu inacessível? Basta um pouco de criatividade para resolver…

Sport expõe troféus na sede para os sócios. Foto: Sport/facebook

Podcast 45 (129º) – Análise das estreias de Sport, Náutico e Santa Cruz no Brasileiro

Os clubes pernambucanos largaram no Campeonato Brasileiro de 2015 em situações bem distintas. O 45 minutos, claro, fez uma análise completa das três partidas. Na Série A, o Sport venceu o Figueirense por 4 x 1, na sua melhor estreia desde 2007. Na Série B, o Náutico, em processo de reformulação, também começou com o pé direito, batendo o Luverdense (1 x 0). Ja o Santa Cruz, atual campeão estadual, caiu no Rio de Janeiro, diante da Macaé (2 x 0). Além do balanço da rodada, também está na pauta a polêmica sobre o Todos com a Nota, cuja continuidade segue indefinida pelo governo do estado.

Neste 129º podcast, com 1h41min, estou ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 1ª rodada

Classificação da Série A de 2015, após a 1ª rodada: Crédito: Superesportes

O Sport terminou uma rodada do Brasileirão como líder pela primeira vez na era dos pontos corridos, iniciada em 2003. Na abertura de 2015, a vitória por 4 x 1 sobre o Figueirense valeu a ponta do campeonato, por mais que a realidade técnica da equipe vislumbre uma colocação bem mais modesta em dezembro.

Até então, a única vez que um clube pernambucano tinha liderado a Série A no atual formato havia sido na 2ª rodada de 2008. Na ocasião, o Náutico somava duas vitórias (2 x 1 no Goiás e 2 x 0 no Fluminense), assim como o Cruzeiro, mas à frente no número de gols marcados. O Alvirrubro terminaria a competição em 16º lugar, acima do zona de rebaixamento, com o objetivo cumprido.

A 2ª rodada do representante pernambucano
17/05 (16h) – Flamengo x Sport (Maracanã)

Jogos no Rio pela elite: 3 vitórias do Sport, 3 empates e 11 derrotas.

Sport supera limitações e desconfiança com goleada na estreia no Brasileirão

Série A 2015, 1ª rodada: Sport 4x1 Figueirense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O Sport estreou no Brasileirão goleando o Figueirense, 4 x 1. A última vez que o Leão largara tão bem havia sido em 2007, quando venceu o Santos pelo mesmo placar. Na duas situações, aproveitou as brechas dos adversários, com equipes mistas – francamente, azar o de quem se submete a isso. A grande diferença em 2015 é o restrospecto inconstante dos pernambucanos.

Há oito anos, o Leão vinha de uma conquista estadual de ponta a ponta e empolgado com a volta à elite, além da boa fase do time, liderado por Fumagalli. Desta vez, com o fiasco no Estadual e no Nordestão, a equipe entrou sob desconfiança. O público de 4.116 pessoas foi um indicativo claro disso.

Com plena consciência de que a permanência é o objetivo – o papo de “Libertadores” não cola – , somar três pontos no domingo era vital para acalmar o ambiente na Ilha, com Eduardo Batista (e suas convicções) pressionado. E o Sport fez a sua parte, com uma partida segura. Diante de um adversário inoperante, cujo gol (contra) saiu de uma falha inexplicável de Renê, os rubro-negros criaram bem mais, apesar da limitação técnica, sobretudo no ataque, com Joeliton e Samual errando os papés de pivô, tabelas e finalizações.

Aliás, bastaria um ataque um pouco melhor (Brocador?) para um resultado maior. Dos quatro gols, um do zagueiro Matheus, um do meia Régis e dois do meia Diego Souza (de pênalti), melhor em campo. O camisa 87 chamou a responsabilidade. Não é um velocista, mas limpa a jogada e deixa os companheiros em condições. Foi assim a tarde toda, num jogo que não apagou os erros desde janeiro, mas que deu fôlego para a missão mais difícil do ano.

Série A 2015, 1ª rodada: Sport 4x1 Figueirense. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A 1ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após a 1ª rodada. Crédito: Superesportes

Uma vitória e uma derrota, o salda da estreia pernambucana na Série B em 2015. Melhor para o Náutico, que mesmo em processo de reconstrução iniciou o Brasileiro com três pontos (e no 7º lugar), graças ao gol do estreante Hiltinho. No Santa Cruz, atual campeão pernambucano, revés por 2 x 0 para o Macaé, disputando uma partida da segundona pela primeira vez em sua história. É cedo (bastante), mas de toda forma o Tricolor iniciou no Z4.

No G4, um alagoano (líder), um carioca, um maranhense e um catarinense.

A 2ª rodada dos representantes pernambucanos
15/05 (19h30) – Santa Cruz x Paraná (Arruda)
16/05 (16h30) – Boa Esporte x Náutico (Varginha)

Campeão estadual, Santa estreia mal na Série B e mostra necessidade de reforços

Série B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESSSérie B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESS

O apertado calendário brasileiro faz com que um campeão não tenha sequer uma semana de sossego. A festa pelo título pernambucano no Arruda parece mais distante do que a realidade, tamanha a cobrança da torcida após a atuação burocrática contra o Macaé, na estreia da Série B. O Santa foi derrotado pelo Macaé por 2 x 0, numa tarde com com falhas de posicionamento e finalização.

Na primeira etapa, até houve equilíbrio na posse, com 51% para o mandante e 49% para o visitante. Com a bola nos pés, o último campeão da terceirona teve mais personalidade. Basta ver o primeiro gol, no qual Fernando Santos finalizou (uma bola defensável para Fred) mesmo com seis jogadores de linha do Tricolor dentro da grande área. Impressionante como a marcação foi displicente. No lado pernambucano, duas chances desperdiçadas por Aquino e só.

No segundo tempo, o time fluminense controlou mais o jogo. E quando se arriscou o ataque, levou bastante perigo, tendo um gol anulado (de forma correta) e uma bola no travessão. Aos 48, o ataque alviazulino fez o quis na área coral, com troca de passes e Juninho fechando o placar.

A partida, transmitida ao vivo para o Recife, mostrou o que já se sabia. Apesar da taça, o Santa necessita ser reforçado, na criação de jogadas e no ataque (ausente no Estadual, Bruno Mineiro poderia ajudar agora). A diretoria tem plena consciência disso. A bronca é que o Campeonato Brasileiro já começou…

Série B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESS

Um novo Timbu e um novo começo, com vitória sobre o Luverdense na Série B

Série B 2015, 1ª rodada: Náutico 1x0 Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um novo Náutico na abertura da Série B. Após o fiasco no campeonato estadual, seria um tanto óbvia a reformulação da equipe. Com Lisca à frente do processo, o Alvirrubro largou bem no Brasileiro, mesmo com cinco estreias entre os titulares. Os zagueiros Ronaldo Alves e Fabiano Eller – num setor muito carente -, o meia Hiltinho e a dupla de ataque, Rogerinho e Douglas.

E duas caras novas participaram diretamente da vitória sobre o Luverdense. Aos 17 minutos de bola rolando, Douglas deu um passe rasteiro que tirou a zaga mato-grossense de ação, deixando Hiltinho cara a cara com o goleiro. Tentou duas vezes, e na segunda mandou para as redes.

O lance levantou os cinco mil torcedores na Arena Pernambuco, presentes neste sábado na expectativa de dias melhores. Apesar da vitória com o placar apertado, 1 x 0, o Timbu dominou as ações e criou outras oportunidades. No adversário, Ciro, ex-Sport, foi marcado pela torcida e pouco fez na partida.

Claro, ainda falta bastante para uma transição mais rápida na equipe, para uma melhor distribuição em campo. No entanto, na longa caminhada da segunda divisão em 2015, nada melhor que um ambiento tranquilo para trabalhar.

Série B 2015, 1ª rodada: Náutico 1x0 Luverdense. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O auge de Náutico, Santa Cruz e Sport no Campeonato Brasileiro

Taça Brasil 1967: Palmeiras 2x0 Náutico. Série A 1975: Santa Cruz 2x3 Cruzeiro. Série A 1987: Sport 1x0 Guarani. Crédito: youtube/reprodução

O Campeonato Brasileiro de 2015 é a 59ª edição da história da competição, levando em conta Taça Brasil (1959-1968), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) e Série A (1971-2015), unificados através de uma decisão administrativa da CBF, que reconheceu um estudo sobre o histórico do nacional.

Desta forma, a participação pernambucana é a seguinte:
37 – Sport
34 – Náutico
23 – Santa Cruz

Os três clubes já viveram grandes momentos na história do Brasileirão. Abaixo, o ponto alto de cada um. A situação passou a ficar inconstante em 1988, com a criação dos sistema de acesso e descenso. Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, as boas campanhas ruíram. A última vez que o futebol local terminou entre os dez primeiros foi em 2000, na edição conhecida como Copa João Havelange, quando o Leão acabou na quinta posição.

29/12/1967 – Palmeiras 2 x 0 Náutico (final da Taça Brasil de 1967)
O Náutico foi o primeiro time do estado a disputar uma decisão nacional. A disputa contra o Palmeiras se estendeu até o terceiro jogo, após uma vitória paulista no Recife (3 x 1) e um triunfo pernambucano em São Paulo (2 x 1). Na negra, em uma noite chuvosa no Maracanã, deu Verdão. Ainda assim, a campanha valeu vaga na Taça Libertadores. Naquela década de 1960, marcada pelo hexacampeonato estadual, o Timbu ficou cinco vezes entre os quatro primeiros lugares da Taça Brasil.

Melhores campanhas do Timbu
1961 – 4º
1964 – 7º
1965 – 3º
1966 – 3º
1967 – vice
1968 – 4º
1984 – 6º

07/12/1975 – Santa Cruz 2 x 3 Cruzeiro (semifinal do Brasileirão de 1975)
O Tricolor foi semifinalistas duas vezes, mas é inegável o valor da segunda campanha. Com a Série A a partir de 1971, o Santa foi o pioneiro na região a chegar à semi. E por muito pouco o Tricolor não decidiu o título brasileiro de 75. Em jogo único contra o Cruzeiro, os corais tiveram a vantagem de atuar no Arruda, com 38.118 pagantes. Cobrando duas penalidades, Fumanchu ainda deixou o jogo empatado, mas Palhinha marcou aos 45 minutos do 2º e colocou o Cruzeiro na final contra o Inter.

Melhores campanhas da Cobra Coral
1960 – 4º
1975 – 4º
1977 – 10º
1978 – 5º

07/02/1988 – Sport 1 x 0 Guarani (final do Brasileirão de 1987)
Com a polêmica sobre o cruzamento dos módulos amarelo e verde se estendendo na justiça comum, a competição só acabou no ano seguinte. Após as derrotas por WO de Flamengo e Internacional no quadrangular final, Sport e Guarani disputaram dois jogos. Empate em 1 x 1 no Brinco de Ouro e vitória apertada do Leão na Ilha do Retiro. Ao Rubro-negro, campeão, foi entregue a famosa “taça das bolinhas”, erguida pela primeira vez por um time nordestino.

Melhores campanhas do Leão
1959 – 5º
1962 – 4º
1963 – 5º
1978 – 8º
1981 – 10º
1982 – 9º
1983 – 8º
1985 – 5º
1987 – campeão
1988 – 7º
1996 – 10º
1998 – 7º
2000 – 5º

Os bastidores do título do Santa em 2015

Bastidores do título pernambucano de 2015 do Santa Cruz. Crédito: TV Cora/youtube

Bastidores da final, a preleção de Ricardinho, a ansiedade dos jogadores e o delírio do povão após a conquista. Através da TV Coral, o Santa Cruz lançou um vídeo de 22 minutos com imagens exclusivas sobre a decisão do Estadual de 2015, que consagrou o clube como campeão pernambucano pela 28ª vez. Da chegada do time no Arruda, no Expresso Coral, à volta olímpica com o troféu.

Assista à íntegra do especial.