Nem a chegada de Lisca melhora o futebol do Náutico, agora na lanterna

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Náutico 2x2 Central. Foto: Marlon Costa/FPF

O Náutico esteve à frente do Central, na Arena Pernambuco, dos 11 aos 24 minutos do segundo tempo. O placar parcial de 2 x 1 deixaria o time alvirrubro na terceira colocação do hexagonal, com nove pontos. Porém, durou pouco tempo a sensação de dias melhores em Rosa e Silva. O gol de Candinho, numa falha coletiva de Gastón e Júlio César, igualou a peleja que encerrou a 7ª rordada e derrubou o Timbu para a lanterna do Estadual. Sete pontos.

Foi o sexto jogo sem vitória do Náutico, já em seu terceiro técnico em 2015, entre efetivados e interinos. Nem a estreia de Lisca deu jeito no time, ainda afobado. Ele tentou fazer o que se esperava: mais vibração na beira do campo e composições táticas de última hora. Com boa vontade, esses elementos só foram vistos na segunda etapa, pois o primeiro tempo foi bem fraquinho.

Na volta do intervalo, jogo até ficou movimentado, com a Patativa marcando na largada, tomando a virada em apenas dez minutos e buscando o 2 x 2 na raça, para a alegria da torcida alvinegra presente no anel superior, fazendo bastante barulho e apoiando o vice-líder. Maioria entre 4.383 presentes, os alvirrubros também fizeram barulho, novamente por causa da insatisfação. E agora faltam apenas três rodadas para evitar um vexame histórico…

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Náutico 2x2 Central. Foto: Allan Torres/DP/D.A Press

Salgueiro volta a vencer o Santa Cruz e tira o adversário coral do G4

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Salgueiro 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O placar de 1 x 0 foi cabalístico no confronto entre Salgueiro e Santa Cruz.

Em ambos os casos nesta temporada, no Arruda e no Cornélio e Barros, o resultado foi favorável ao time sertanejo, que vai somando os seus pontos em busca de mais uma semifinal estadual.

Se no primeiro duelo a trave salvou o Carcará em três oportunidades, com os corais finalizando mais de vinte vezes, desta vez não há qualquer desculpa para o time de Ricardinho. O Santa jogou muito mal. Aliás, a partida em si foi fraca, mas o dono da casa ao menos mostrou mais fôlego num gramado mais verdinho do que estamos acostumados.

Até sair o gol de Anderson Lessa, aos 29 minutos do segundo tempo, escorando um cruzamento rasteiro, o 6.272 torcedores presentes na cancha só tinham visto uma oportunidade real de gol, do visitante. Uma chance de gol em 73 minutos! Fica claro que o futebol apresentado foi pobre.

De toda forma, três pontos estavam em disputa. Somando seis contra o Tricolor, o Salgueiro tomou momentaneamente o lugar do adversário no G4.

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Salgueiro x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Longe das câmeras, o Sport cumpre o seu objetivo e avança à semifinal estadual

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Serra Talhada x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O Sport conquistou 18 dos 21 pontos possíveis nos sete jogos realizados até aqui no Estadual. Com isso, sacramentou o óbvio, a classificação à semifinal.

A apertada vitória no Sertão, por 1 x 0, teve a assinatura de Diego Souza, que enfim marcou o seu primeiro gol na temporada. Tecnicamente, ele já vinha crescendo de produção, mas não escondia que “faltava algo”. Com o tento, o meia deve ganhar confiança para a reta final, do Pernambucano e do Nordestão.

O camisa 87 definiu a vitória sobre o esforçado Serra Talhada logo no primeiro tempo, em um jogo quase “secreto” para a torcida rubro-negra. A partida no apinhado Pereirão foi a primeira do Sport, em dois anos, sem transmissão ao vivo na televisão. Isso mesmo. Nesse tempo todo, o clube teve 125 jogos consecutivos transmitidos na Rede Globo, Sportv, PFC, Esporte Interativo, Fox Sports e até no canal Space. Dentro ou fora de casa.

Sem nenhuma opção televisiva, neste domingo, o público ficou no rádio, na base da imaginação visual. No formato mais popular para acompanhar futebol até os anos 1990, o Leão, atuando com a base titular – exceção feita ao goleiro Magrão -, ficou matematicamente a quatro jogos do bicampeonato pernambucano.

No mata-mata há uma certeza: todos os jogos serão transmitidos na tevê.

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Serra Talhada x Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O Dia Internacional da Mulher na visão de alvirrubras, tricolores e rubro-negras

No Dia Internacional da Mulher, eis as homenagens de alvirrubros, tricolores e rubro-negros em 2015, através de suas páginas oficiais no facebook.

Nada mais justo, com as mulheres cada vez mais presentes com os uniformes locais e nos estádios. Considerando a divisão por sexo na pesquisa de torcida mais recente no estado, a Plural Pesquisa de 2013, confira as projeções das torcidas femininas dos grandes clubes pernambucanos e o quanto elas representam no total de aficionados de cada agremiação.

1º) Sport – 1.139.598 (53,9%)
2º) Santa Cruz – 494.519 (39,4%)
3º) Náutico – 329.642 (55,5%)

Entre as 1.963.759 torcedoras do trio de ferro, os percentuais absolutos são os seguintes: Sport 58,0%, Santa Cruz 25,1% e Náutico 16,7%.

Parabéns a todas as mulheres. Hoje e sempre!

Náutico

Dia Internacional da Mulher em 2015, numa homenagem do Náutico. Crédito: Náutico/facebook

Santa Cruz

Dia Internacional da Mulher em 2015, numa homenagem do Santa Cruz. Crédito: Santa Cruz/facebook

Sport

Dia Internacional da Mulher em 2015, numa homenagem do Sport. Crédito: Sport/facebook

O projeto original de reforma dos Aflitos

Maquete da ampliação dos Aflitos. Crédito: http://legiaoalvirrubra.blogspot.com.br

O plano original de ampliação e modernização dos Aflitos previa uma capacidade de público de 34.050 espectadores.

Nos primeiros módulos da reforma, entre 1996 e 2002, o trabalho coordenado por Raphael Gazzaneo, com o apoio da própria torcida, remodelou o tradicional reduto timbu, que passou a receber oficialmente até 22.856 pessoas.

Porém, havia uma versão final do estádio, com dois enormes tobogãs cobertos, interligados por duas vigas metálicas. Ao todo, seriam 28.950 assentos no cimento, 4.500 cadeiras e 600 lugares nos camarotes, cuja venda dos espaços bancaria parte da obra. A expectativa era concluir o projeto até 2007.

Durante muito tempo a maquete ficou exposta na sede administrativa, em Rosa e Silva. Os esforços para a uma requalificação do estádio diminuíram, até sumir. E o sonho acabou se tornando uma vaga lembrança.

A tal casa moderna acabou sendo a arena a 20 quilômetros de distância.

Ao recordar a maquete, bate uma certa saudade dos Aflitos…

Maquete da ampliação dos Aflitos. Crédito: http://legiaoalvirrubra.blogspot.com.br

Podcast 45 minutos (107º) – Crise técnica no Náutico, Arena vazia e rodada local

O tropeço do Náutico na Copa do Nordeste, cedendo o empate ao Piauí no finzinho, na Arena instalou a crise no clube, ainda sem técnico. A situação foi analisada no 45 minutos, que tratou também dos públicos baixíssimos no estádio, sobretudo quando o Timbu joga no meio de semana. Contrato exigente além da conta? No fim, pitacos sobre a 7ª rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2015.

A gravação deste podcast teve 1h164min. No fim do áudio, o anúncio do vencedor do uniforme laranja do Sport, a promoção anterior. Estou neste podcast ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto, Rafael Brasileiro e Fred Figueiroa. Ouça agora ou quando quiser!

O recorrente deserto do Náutico na Arena Pernambuco, um calvário sem fim

Assinatura do contrato do Náutico com a Arena Pernambuco. Foto: Aluisio Moreira/divulgação

A pauta estava no mesa do conselho deliberativo do Náutico: ir ou não à Arena Pernambuco? Dos 86 nomes presentes, 84 votaram a favor do acordo.

Jogar em um estádio moderníssimo durante 30 anos parecia um novo passo para o Timbu. Fora os detalhes do contrato, com percentual nos ingressos pagos, outro nos bilhetes subsidiados, luvas, investimento no CT etc. Dinheiro que em um primeiro momento seduziu os alvirrubros.

Em contrapartida da ida, esperava-se o óbvio. Um estádio funcional, com uma mobilidade ainda não vista no Recife, a partir de dois acessos viários e um metrô batendo à porta. Confortável e acessível. Como sabemos, não seria o caso. Já a votação do conselho resultou posteriormente, em 17 de outubro de 2011, nas assinaturas do consórcio que administra a arena, do governador Eduardo Campos e do então presidente timbu, Berillo Albuquerque.

E partir daí, mudando de casa em junho de 2013, o Náutico começou o seu calvário. O mosaico vermelho é praxe nos seus jogos, sobretudo à noite, no meio da semana. A queixa no acesso ao local, a 19 km do Marco Zero, é sistemática e o poder público não se mexe – nem para cumprir a promessa de implantar o BRT na Radial da Copa, que, apesar do nome, não ficou pronta.

Contudo, a própria operação da arena já recebe queixas, como a falta de guichês, a saída lenta no estacionamento e os poucos bares abertos. Em campo, a fase do time não ajuda? Talvez, mas é bem difícil acreditar que com o mesmo rendimento não haveria uma presença bem maior nos Aflitos

Jogos oficiais com 500 pessoas? Clássico com 4 mil? O empate em 3 x 3 entre Náutico e Piauí, pelo Nordestão, foi só mais um às moscas. No borderô, apenas 698 pessoas. Não dá, 30 anos assim não.

Hoje, o contrato em nada se parece com uma “parceria”. Nem para o Náutico nem para o consórcio. Não haver um plano B para o mando dos jogos já não faz sentido algum – ao contrário de Sport e Santa, sem contratos definitivos.

Abrir a arena para ninguém, de forma recorrente, é quase comodismo da empresa criada através da parceria público-privada, com a garantia de receita do governo do estado caso a previsão anual de faturamento seja abaixo de 50%. Francamente, hoje 50% seria um sucesso, pois o dado é muito menor. Enquanto isso, o estado vai se afundando para bancar a conta milionária. O fardo do governo anterior está pesado. Para mim, para você, para o contribuinte.

No cartaz que marcou a assinatura do contrato, havia a frase “Clube Náutico e torcida alvirrubra, bem-vindos à Arena Pernambuco”. Quatro anos depois, pouquíssimos alvirrubros se sentem à vontade por lá…

Nordestão 2015, Náutico x Piauí. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Náutico cede empate e perde a chance de liderar no regional. Precisa de um técnico

Nordestão 2015, Náutico 3x3 Piauí. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Os 698 destemidos torcedores alvirrubros que foram à Arena Pernambuco, num jogo marcado para as 22h desta quinta-feira, conseguiram se fazer ouvir após o apito final. A vaia ecoou em todo estádio.

Uma frustração justa, ao ver a vitória escapar de forma inacreditável diante do adversário mais fraco do grupo, que nos três jogos anteriores pelo Nordestão não havia feito um gol sequer. Pois marcou três.  O empate em 3 x 3 com o Piauí manteve o Náutico numa situação complicada em termos de classificação às quartas de final do regional – lembrando, até aqui, a campanha de 2014, quando caiu na primeira fase.

Mesmo treinado de forma interina por Levi Gomes – no lugar de Moacir Júnior, que saiu sem deixar saudades -, o time tinha a obrigação de conquistar um resultado positivo. Tecnicamente, era melhor. Havia mostrado isso com sobras na peleja em Teresina, quando venceu.

Desta vez, os pernambucanos chegaram a abrir 3 x 1, até os 34 minutos do segundo tempo. O resultado elevaria o Timbu à liderança do grupo C. Cláudio, que entrara após o intervalo, marcou duas vezes, derrubando o Náutico na tabela – segue um ponto abaixo do líder Salgueiro, que segurou o empate com o Moto Club. E se Levi Gomes queria usar o jogo para cavar uma efetivação, o tropeço mostra que a diretoria deve continuar procurando um nome para sacudir o elenco. Enquanto há tempo…

Nordestão 2015, Náutico 3x3 Piauí. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Jogos de Náutico, Santa e Sport sem TV no Estadual, um hiato sem solução

TV

A transmissão ao vivo na televisão do Campeonato Pernambucano foi ampliada em 2011, com o início da operação pay-per-view, em caráter de desgustação, através do canal PFC. Essa grade foi somada aos jogos exibidos pela Rede Globo, que já detinha os direitos em sinal aberto desde 2000. Na prática, a cada rodada ficou estipulado uma partida na tevê aberta e outra na tevê paga.

Excepcionalmente, apenas as finais da competição passam em conjunto. Contudo, ao contrário de outras competições estaduais, como Paulistão, Carioca, Gaúcho e Mineiro, que têm um contrato mais elaborado com o PFC, nem todos os jogos dos grandes clubes do Recife passam. Afinal, aqui existem três tradicionais, e se são dois jogos transmitidos, a conta não bate.

Da edição de 2012 à 7ª rodada do hexagonal do título de 2015, o Sport teve 82% dos jogos transmitidos. A quantidade proporcional de jogos na telinha vinha crescendo: 69%, 86% e 100%, no ano passado – fato que, aliás, ocorreu em toda a temporada passada, com 69 jogos oficiais. Por isso, é emblemático que o confronto contra o Serra Talhada no Sertão, em 8 de março, não tenha Globo ou PFC. O último jogo do Leão no certame sem tevê havia sido há dois anos, mais precisamente em 6 de março de 2013, na Ilha do Retiro, contra o Pesqueira.

Neste período, Náutico e Santa também tiveram jogos somente nas ondas do rádio. Um deles, justamente o Clássico das Emoções, o segundo disputado neste ano. Essa situação só deverá mudar quando o acordo com o PFC (até 2018) for melhorado, demandando a transmissão integral de alvirrubros, rubro-negros e tricolores. Segundo a FPF, ainda não há prazo para isso.

Abaixo, o número de jogos de cada um e, entre parênteses, as partidas transmitidas na TV (Globo/PFC) e o quanto isso representa percentualmente.

Náutico – 66 jogos, 41 transmissões (62%)
2012 – 24 (15 / 62%)
2013 – 21 (10 / 47%)
2014 – 14 (11 / 78%)
2015 – 7 (5 / 71%)*

Santa Cruz – 62 jogos, 43 transmissões (69%)
2012 – 26 (15 / 57%)
2013 – 15 (10 / 66%)
2014 – 14 (12 / 85%)
2015 – 7 (6 / 85%)*

Sport – 62 jogos, 51 transmissões (82%)
2012 – 26 (18 / 69%)
2013 – 15 (13 / 86%)
2014 – 14 (14 / 100%)
2015 – 7 (6 / 85%)*

* Até a 7ª rodada do hexagonal do título.

As tabelas de Santa Cruz e Náutico na Série B de 2015

Santa Cruz e Náutico, os representantes pernambucanos na Série B de 2005. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A CBF divulgou a tabela oficial da Série B do Campeonato Brasileiro, que nesta temporada terá mais uma vez dois times pernambucanos, Santa Cruz e Náutico. A estreia dos clubes será entre os dias 8 e 9 de maio – a data exata ainda será anunciada pela confederação, uma vez que esta foi a tabela básica. O Santa Cruz jogará fora de casa, diante do Macaé, enquanto o Náutico receberá a Luverdense na Arena Pernambuco.

Clássicos das Emoções: 12ª rodada (Arena Pernambuco) e 31ª rodada (Arruda).

Como ocorre desde 2006, os quatro primeiros colocados ascendem à elite nacional. Em 2015, a novidade é a implantação do fair play trabalhista, nos mesmos moldes da Série A, após decisão do conselho técnico, no Rio.

Acessos à Série A
Náutico – 1988 (2º), 2006 (3º) e 2011 (2º)
Santa Cruz – 1992 (4º), 1999 (2º) e 2005 (2º)