Press kit oficial no futebol pernambucano

Kit "Sport Press" de fevereiro de 2015. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os grandes clubes do futebol brasileiro contam há tempos com kits de mídia para a imprensa. São pequenos livretos com informações do clube, sobre elenco e detalhes das partidas. São distribuídos aos jornalistas antes dos jogos.

Em Pernambuco, o Sport reativou o seu. Após alguns exemplares em 2012, o clube lançou o primeiro boletim de 2015 no jogo contra o Coruripe, pelo Nordestão. O Sport Press tem oito páginas, incluindo a capa. Dentro, um resumo sobre a fundação do Leão, os títulos do clube e fotos e dados de 27 atletas, além do técnico Eduardo Batista. Na penúltima página, espaço em branco reservado para a apuração da partida em questão.

Confiras as imagens do kit leonino numa resolução maior: histórico e elenco.

Clubes como Bahia e Inter produzem há alguns anos press kits até em partidas na condição de visitante. Eis os modelos contra Náutico e Sport em 2012.

Press kits de Internacional e Bahia contra Náutico e Sport, na Série A de 2012

No ano passado, também na elite, o Palmeiras veio à Arena Pernambuco enfrentar o Leão e trouxe um press kit ainda mais detalhado, com estatísticas sobre o próprio confronto. Veja as imagens: capa, estatísticas e elenco.

As assessorias de imprensa de Náutico e Santa Cruz, até o momento, entregam apenas as escalações do time. Que alvirrubros e tricolores também melhorem a divulgação de seus times, e que o Sport não faça um trabalho intermitente…

Obs. Há um erro no histórico do Sport Press. É citado um “pentacampeonato do Nordeste”, com os títulos de 1968, 1970, 1994, 2000 e 2014. Oficialmente, são 3 taças do Nordeste (1994, 2000 e 2014) e 1 do Norte-Nordeste (1968). A tal conquista de 1970 foi, na verdade, a fase nordestina do Torneio Norte-Nordeste, organizado pela CBD, no qual o clube acabou vice-campeão.

Press kit do Palmeiras para o jogo Sport x Palmeiras, na Arena Pernambuco, na Série A de 2014. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Podcast 45 minutos (101º) – Pressão no Sport, evolução no Náutico. Concorda?

A 101ª edição do podcast 45 minutos, a última antes do carnaval, faz uma análise detalhada das apresentações de Sport e Náutico no Nordestão e no Pernambucano, respectivamente. O tropeço leonino que aumentou a pressão sobre a formação de Eduardo Batista e a evolução alvirrubra nos jogos na Arena. No programa, lembrando, o compartilhamento no facebook ou no twitter o credencia a participar do sorteio de camisas oficiais de Náutico, Santa, Sport, América, Central, Serra Talhada, Recife Mariners e ingressos VIP para a Arena .

Estou neste podcast ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Criando e definindo bem, o Náutico desencanta com goleada no Estadual

Hexagonal do Pernambucano 2015, 3ª rodada: Náutico x Serra Talhada. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A primeira vitória oficial do Náutico em 2015 teve uma participação efetiva do setor ofensivo. Gols dos atacantes Renato, no primeiro tempo, Josimar, duas vezes, e Guilherme na segunda etapa, com duas assistências do meia Bruno Alves, o principal organizador de jogadas, e outras duas de Jefferson Renan.

Com o categórico 4 x 0 sobre o Serra Talhada, numa noite deserta na Arena Pernambuco, o Timbu enfim se recuperou no hexagonal do Estadual. O resultado dá fôlego após três rodadas, até porque em pleno sábado de Zé Pereira haverá o Nordestão na agenda, contra o Moto Club.

E fôlego o time mostrou mesmo, com seis jogadores da base em campo durante boa parte do jogo contra os sertanejos, na 4ª apresentação consecutiva em São Lourenço. É verdade que após abrir o placar aos 8 minutos – com Renato dando mais mobilidade ao time -, o Náutico “abdicou” de atacar, esperando os contragolpes, mas ao menos não sofreu uma grande pressão.

Entrosado, o Serra trocou passes, inversões de jogo… mas não finalizou. No segundo tempo, com a marcação encaixada, o Náutico chegou ao segundo gol com Josimar desabafando na comemoração – o centroavante vinha merecendo as críticas. No fim, duas rápidas jogadas pelo lado esquerdo de Jefferson Renan terminaram com gols de Josimar e Guilherme. Cangaceiro abatido.

No domingo, na condição de visitante, a torcida alvirrubra aplaudiu o time mesmo na derrota. Entendeu o esforço em campo. Desta vez, os 1.701 torcedores presentes aplaudiram com o gostinho da vitória, a primeira do ano.

Hexagonal do Pernambucano 2015, 3ª rodada: Náutico x Serra Talhada. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sem intensidade, o Sport não passa pelo Coruripe e fica pressionado no regional

Copa do Nordeste 2015, 2ª rodada: Sport x Coruripe. Foto: Marlon Costa/FPF/assessoria

A apresentação do Sport foi muito, muito ruim.

Apontado como principal favorito ao título do Nordestão de 2015, o Leão iniciou o torneio perdendo em São Luís. Na segunda rodada, voltou à Ilha do Retiro após 100 dias mandando seus jogos apenas na Arena Pernambuco. A arquibancada da velha casa pintada, melhoras no gramado… mas faltou futebol.

Na verdade, vem faltando. A sonora vaia após a vitória sobre o Náutico, no domingo, pelo Estadual, foi um aviso. A torcida está insatisfeita com o rendimento do time, abaixo do potencial técnico. Contra o Coruripe, cuja folha não passa de R$ 100 mil (1/20 do gasto leonino), o time ficou no 0 x 0.

O senso comum apontaria o resultado como “nota”. Mas, nesta noite, essa nota foi apenas do Sport, pois os alagoanos criaram as melhores chances, exigindo duas ótimas defesas de Magrão. Na reta final, o Coruripe chegou a colocar o rubro-negro na roda, com a bola de pé em pé. A marcação só observava.

Vale ressaltar que Eduardo Batista montara o Leão com o quarteto ofensivo formado por Diego Souza, Régis, Élber e Samuel. Em ação no primeiro tempo, a formação não funcionou. Esperava-se mais tabelas, mas o Sport insistiu nas laterais, sem intensidade – Patric faz muita falta no lado direito.

Diego Souza e Élber saíram no intervalo, entrando Joelinton e Mike. Um pouco mais de movimentação e só. No fim, a Ilha, um tanto vazia, vaiou o time de novo.

A situação do Sport vai se complicando no grupo B. De favorito a vexame?

Copa do Nordeste 2015, 2ª rodada: Sport x Coruripe. Foto: Marlon Costa/FPF/assessoria

Os blocos carnavalescos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, ano 2015

Com o carnaval chegando, os blocos dos clubes pernambucanos já se organizam para os desfiles no período momesco no Grande Recife. Alvirrubros e tricolores possuem blocos mais tradicionais. O Timbu Coroado chega a 81 anos dando a volta nos Aflitos e atraindo uma multidão vermelha e branca. Enquanto isso, os corais as ladeiras de Olinda, com o décimo aniversário da “Troça Carnavalesca, Ofídica, Etílica e Erótica Minha Cobra”. Já o Sport ainda não conta com um bloco realmente popular, como os rivais. A nova versão é o Inoxidáveis do Leão, criado pelo departamento de piscinas do clube. Nos hiperlinks abaixo, os detalhes dos blocos, incluindo as camisas especiais.

Agenda e horários de concentração:

13/02 – Inoxidáveis do Leão (Ilha do Retiro, 14h00)
15/02 – Timbu Coroado (Aflitos, 9h00)
16/02 – Minha Cobra (Sítio Histórico de Olinda, 9h43)

Obs. O Santa ainda conta com o bloco Cobra Fumando, na segunda-feira.

Bloco Timbu Coroado. Crédito: Náutico/facebook

Bloco Minha Cobra. Crédito: Minha Cobra/facebook

Bloco Inoxidáveis do Leão. Crédito: Sport/facebook

A média do Pernambucano na casa dos 3 mil espectadores, após 54% dos jogos

Pernambucano 2015, 2ª rodada: Sport 1x0 Náutico, Serra Talhada 3x0 Santa Cruz e Salgueiro 0x1 Central. Fotos: Daniel Leal/DP/D.A Press (Arena) e FPF/assessoria (Pereirão e Cornélio de Barros)

Com 68 jogos disputados, dos 124 agendados, finalmente o Campeonato Pernambucano de 2015 ultrapassou a média de três mil pessoas por jogo. A última vez que ficou abaixo disso foi em 1997, quando nem havia o subsídio estatal. De toda forma, o índice de 3.051 é, até aqui, o menor contando o programas Todos com a Nota e Futebol Solidário. Claro, deverá subir com mais clássicos e com a fase final. De toda forma, é preciso buscar o tempo perdido.

Em relação ao “campeonato das multidões”, agora o ranking tem todos os times presentes. A liderança se mantém com o Santa. Se no Arruda, em sua estreia, o Tricolor colocou 24.143 pessoas, o Leão, na Arena, levou apenas 13.519.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após duas rodadas hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (1 jogo como mandante, no Arruda)
Total: 24.143
Média: 24.143
Taxa de ocupação: 40,20%
Renda: R$ 475.175
Média: R$ 475.175
Presença contra intermediários: nenhum jogo

2º) Sport (1 jogo como mandante, na Arena)
Total: 13.519
Média: 13.519
Taxa de ocupação: 29,25%
Renda: R$ 353.135
Média: R$ 353.135
Presença contra intermediários: nenhum jogo

3º) Salgueiro (1 jogo como mandante, no Cornélio)
Total: 6.140
Média: 6.140
Taxa de ocupação: 61,92%
Renda: R$ 46.865
Média: R$ 46.865

4º) Náutico (1 jogo como mandante, na Arena)
Total: 5.429
Média: 5.429
Taxa de ocupação: 11,74%
Renda: R$ 86.980
Média: R$ 86.980
Presença contra intermediários (1): T: 5.429 / M: 5.429

5º) Central (8 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 32.877 pessoas
Média: 4.109
Taxa de ocupação: 21,09%
Renda: R$ 266.825
Média: R$ 33.353

6º) Serra Talhada (8 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 28.983 pessoas
Média: 3.622
Taxa de ocupação: 72,45%
Renda: R$ 217.911
Média: R$ 27.238

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 68 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 207.486
Média: 3.051 pessoas
TCN: 170.751 (82.29% da torcida)
Média: 2.511 bilhetes
Arrecadação: R$ 2.183.372
Média: R$ 32.108

Fase principal – 6 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 60.862
Média: 10.143 pessoas
TCN: 34.642 (56,91% da torcida)
Média: 5.773 bilhetes
Arrecadação total: R$ 1.052.525
Média: R$ 175.420

O cartório da Federação Pernambucana de Futebol

Taxa e emolumentos da FPF em 2015. Crédito: FPF/reprodução

Que as federações estaduais de futebol arrecadam bastante, é público e notório. Mas essas entidades são, na verdade, máquinas de fazer dinheiro.

Vamos ao viés local, com a FPF. Além da taxa administrativa de 8% sobre todas as rendas brutas do campeonato pernambucano, a entidade dispõe de uma planilha de taxas de emolumentos para toda a movimentação do futebol local, tanto profissional quanto amador. Funciona quase como um “cartório do futebol”.

São 38 opções, de R$ 30 a R$ 350 mil, incluindo licenças para a criação de departamentos profissionais nos clubes, anuidades, transferências de jogadores divididas pelos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos), rescisões de contrato etc. O ato contendo todos os valores para a temporada 2015, de nº 009, foi publicado no site oficial da federação em 6 de fevereiro.

Em relação às taxas dos jogos, vale citar os dados as duas últimas edições do Pernambucano, de 2013 e 2014, quando o percentual subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. No período foram 278 partidas, com bilheteria agregada de R$ 16.857.250. A FPF abocanhou R$ 1.348.580 da renda do Estadual. Somando tudo isso, entende-se o patrimônio líquido de R$ 5,6 milhões. Só em 2013 o lucro foi de R$ 1,8 milhão.

Curiosidade: na federação paulista, a taxa para criar um clube profissional é de R$ 800 mil. A FPF de lá é ainda mais rica.

Taxa e emolumentos da FPF em 2015. Crédito: FPF/reprodução

Os títulos nordestinos do Sport nas lentes do Diario de Pernambuco

O centro de documentação (Cedoc) do Diario de Pernambuco conta com fotos, filmes e slides desde 1950, quando o acervo foi criado. Nem todas as fotos foram publicadas no jornal. Explica-se: uma reportagem pode ter, por exemplo, duas imagens, mas o fotógrafo produz dez vezes mais. E as fotos ficam no arquivo, que começou a ser digitalizado em 2004. Aqui, as imagens do Sport com as três taças da Copa do Nodeste. A de 1994 saiu só na capa do jornal, enquanto a de 2000 nem isso, sendo guardada no acervo. Relembre.

15/12/1994 – CRB (2) 0 x 0 (3) Sport, Rei Pelé

Heitor Cunha, hoje editor de fotografia do jornal, foi à Maceió e revelou uma foto em cores. Na época, apenas a capa do Diario era colorida. O restante, P&B.

Sport, o campeão do Nordeste em 1994. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

01/03/2000 – Sport 2 x 2 Vitória, Ilha do Retiro

Com a multidão que invadiu a Ilha, o fotógrafo Alexandre Gondim subiu em uma cadeira na beira do campo para focar melhor a comemoração com o troféu.

Sport, o campeão do Nordeste em 2000. Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press

09/04/2014 – Ceará 1 x 1 Sport, Castelão

Daniel Leal, o repórter enviado para fazer a cobertura da decisão, registrou a entrega da taça no palco oficial através de um telefone celular.

Sport, o campeão do Nordeste em 2014. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

Memes do Clássico dos Clássicos

Ainda rende o polêmico lance entre o lateral Danilo e o goleiro Júlio César, no qual o árbitro Emerson Sobral não marcou falta do rubro-negro, terminando com gol do Sport, o da vitória sobre o Náutico no clássico na Arena Pernambuco.

Nas redes sociais, torcedores dois times tiraram onda da situação, através de memes, maciçamente compartilhados. Parte das montagens foi feita a partir da foto de Paulo Paiva, repórter fotográfico do Diario de Pernambuco.

Meme de Sport 1x0 Náutico, no hexagonal do Pernambucano 2015

Meme de Sport 1x0 Náutico, no hexagonal do Pernambucano 2015

Meme de Sport 1x0 Náutico, no hexagonal do Pernambucano 2015

Evandro Carvalho: “O Pernambucano é mais rentável que o Nordestão”. Será?

Troféus do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste de 2014. Fotos: divulgação

No imbróglio por mais datas para o campeonato estadual, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, garante que o Pernambucano é mais rentável que a Copa do Nordeste. Tanto em premiação/cotas quanto em renda dos jogos.

As cotas das campanhas no Nordestão de 2015 foram informadas ao blog pela organização do regional. O campeão receberá R$ 2,74 milhões, com um total de R$ 11,14 milhões distribuídos entre os vinte participantes. Alegando um contrato de confidencialidade entre os doze clubes locais, a federação pernambucana de futebol e a Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão, o mandatário não revelou a cota de paticipação do Estadual desta temporada.

“Não posso dizer os valores, por força do contrato, mas garanto a você que o Pernambucano dá mais dinheiro. Tanto no valor dos patrocínios e da televisão quanto na bilheteria. Pode comparar, o Pernambucano é mais rentável”.

Sem a quantia detalhada, nem mesmo nos balanços financeiros divulgados pelos clubes, a comparação fica difícil, ainda que seja a palavra do presidente.

Insistindo no assunto, vamos aos dados de 2014, com a renda apurada nos borderôs oficiais e a premiação pelo título do Estadual, revelada no twitter por Arnaldo Barros, vice-presidente do Sport, o vencedor dos dois torneios. Contudo, não se sabe o total de cotas do campeão da 100ª edição do Pernambucano.

Cota de participação ao campeão*
Estadual: R$ 400 mil
Nordestão: R$ 700 mil
* Apenas o valor recebido na final, descontando as cotas das fases anteriores.

Bilheteria do campeão
Estadual (7 jogos)
Renda: R$ 1.809.957
Média: R$ 258.565

Nordestão (5 jogos*)
Renda: R$ 1.275.000
Média: R$ 255.000
* Seriam 6 partidas, mas um jogo, nas quartas de final, foi de portões fechados.

Obs. O Ceará, vice-campeão regional, arrecadou R$ 2,4 milhões em bilheteria nos seis jogos. E além disso, o Nordestão dá vaga na Sul-Americana…