Três ouros do Mister Olimpíada, sem medalhas no peito

Seleção feminina de vôlei na Olimpíada 2012. Foto: FIVB/divulgação

Ele jamais recebeu uma medalha de ouro no peito, devido a uma falha protocolar.

Na festa olímpica, observa o seu time a alguns metros de distância, no alto do pódio.

Dali, na beira da quadra, não consegue esconder o sorriso de satisfação com trabalho muito bem feito, vencedor. Interminável.

Fica a lembrança. Das orientações a cada parada técnica em jogos disputadíssimos, a paciência para incutir na equipe o melhor caminho para obter o resultado.

A análise instantânea, com uma visão de jogo muito acima da média. De quem jogou.

Há vinte anos, um ouro inesquecível em Barcelona, o primeiro do país em esportes coletivos. Era a geração de Marcelo Negrão, Tande, Carlão…

Há quatro temporadas, outro triunfo sensacional em Beijing, desmistificando uma equipe tida como inconstante, a seleção feminina.

Homens e mulheres, todos devem às suas instruções com a camisa do Brasil.

No papel de treinador, elevou demais o nível técnico no esporte.

Neste domingo, outra vitória das meninas, com a presença das pernambucanas Dani Lins e Jaqueline. Atropelou o favoritismo dos Estados Unidos por 3 sets a 1, de virada.

Aos 58 anos, esse personagem descrito desde a primeira linha segue como um pilar no vôlei nacional. Outro pódio sem a sua presença. Não importa. Está claro para todos.

Três conquistas olímpicas. Algo inédito para um brasileiro.

Sem dúvida, o maior vencedor do país nos Jogos. Obrigado, José Roberto Guimarães.

Seleção feminina de vôlei na Olimpíada 2012. Foto: FIVB/divulgação

Os ciclos da Copa do Mundo de Dunga e Mano Menezes

Dunga e Mano Menezes

Em 2010, a derrota para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo custou o emprego de Dunga no comando técnico da Seleção Brasileira.

Contestado pelo esquema armado no Brasil, bem distante das características do futebol nacional, o treinador havia vencido a Copa América e a Copa das Confederações.

Ainda assim, após a falha do goleiro Júlio César, unanimidade naquele time, o Brasil se despediu da competição na África do Sul.

O ambiente não era bom, vale lembrar. Um eterno atrito com a imprensa, num processo de vingança contínuo desde 1994, quando ergueu a taça do Tetra.

Era o fim do Brasil pouco cerebral e voltado para os contragolpes. Hora de chamar jovens habilidosos como Neymar e Ganso, pedidos (e preteridos) na época.

Veio Mano Menezes e o seu currículo. Na verdade, a falta dele.

O técnico, também gaúcho, contava com dois títulos da Série B e um da Copa do Brasil.

Nesse tempo todo à frente do time verde e amarelo, Mano até chamou a nova geração, mas não colecionou bons resultados diante de times tradicionais, campeões mundiais.

Ou seja, não bastava só a convocação dos craques teoricamente incontestávels. Assim como não bastava só a organização de Dunga.

Mano disputou duas competições, com uma participação pífia na Copa América, na Argentina, e uma prata frustrante na Olimpíada de Londres. Da estreia em 10 de agosto de 2010 até este 11 de agosto de 2012, dois anos de desgosto (veja aqui).

Nos Jogos Olímpicos, o Brasil se viu com goleiros desconhecidos – Gabriel e Neto -, num retrato das convocações e escalações, que se estendem a outras posições. Rafael, o camisa 1, se machucou antes da competição e deixou todo o plano na mão.

Se um grande time começa por um grande goleiro, este não foi o nosso caso.

Consciente da pressão pelo rendimento, o técnico balança. Estamos a dois anos da Copa do Mundo. A menos de um para a Copa das Confederações.

Eventos bem aqui no Brasil. Paralelamente aos investimentos de R$ 64 bilhões na infraestrutura dos torneios, espera-se um bom desempenho da Seleção…

O grupo jovem e talentoso em Londres carece de uma uma dinâmica tática.

Será Mano o responsável por isso? Se a resposta for sim, não se discute mais o assunto. Restará torcer. Se for não, a hora de mudar é agora.

Não há mais tempo para a CBF ficar em cima do muro… O ciclo está no limite.

Prata inconsolável e ouro incontestável

Olimpíada 2012: Brasil 1x2 México. Foto: Fifa/divulgação

Começa a decisão em Wembley.

O relógio marca 28 segundos e… gol do México.

Um erro incrível da defesa brasileira, na saída de bola. Um passe desatento do ala Rafael somado à falta de cobertura do volante Sandro. Pronto, o estrago estava feito.

Oribe Peralta se aproveitou da bobeira e bateu no cantinho do goleiro Gabriel, uma das peças mais fracas da Seleção Brasileira na jornada olímpica.

A vantagem mexicana já era histórica.

O gol foi o mais rápido em uma final com a chancela da Fifa. Somente.

Ainda assim, seriam 90 minutos para tentar uma recuperação. Uma leitura correta, caso o Brasil estivesse num dia, domingo, bem organizado taticamente.

Não esteve. Não atacou com objetividade, preso às velhas individualidades, que voltaram a assombrar a equipe verde e amarela.

Foram poucas chances que realmente levaram perigo ao adversário mais forte enfrentado pelo país numa campanha até então 100%.

Aí, vale creditar o mérito à zaga mexicana, segura e determinada em toda a decisão do futebol na Olimpíada de Londres.

Ainda no primeiro tempo, Mano Menezes colocou Hulk no lugar de Alex Sandro. Três atacantes em campo, mas sem adiantar muito. Oscar estava bem marcado.

Enquanto isso, o México continuou assustante bastante. Teve um gol anulado, corretamente, e outras duas chances incríveis desperdiçadas.

Batendo o desespero, Mano promoveu a entrada de mais um atacante, Alexandre Pato.

Quatro atacantes? Faltou consistência no meio-campo para fomentar essa linha ofensiva. Sem força na intermediária, a mudança não surtiu efeito.

Pior. Aos 28 minutos da etapa complementar, novo gol do México. Novamente com Peralta, subindo sozinho diante de uma zaga estática, que não se encontrou nos Jogos.

O meia Lucas, negociado recentemente por R$ 107 milhões, entrou faltando apenas cinco minutos, numa síntese das contradições do comando técnico.

Nos descontos, Hulk até diminuiu. Aos 47, no tudo ou nada, Oscar ainda teve uma chance de ouro. Cabeceou para fora e o país teve que se contentar com a prata.

Vitória mexicana por 2 x 1. Um merecido ouro olímpico para os sombreros.

Ao Brasil, o terceiro vice-campeonato. Como em 1984, como em 1988. Como sempre, inconsolável. Ainda resta uma lacuna na galeria da Seleção…

Olimpíada 2012: Brasil 1x2 México. Foto: london2012.com/divulgação

Recorde brasileiro e anti-recorde austríaco, via imprensa

Jornal da Áustria

Dezesseis medalhas olímpicas, brasileiras.

Nesta sexta-feira, o Brasil garantiu a sua 16ª medalha na Olimpíada de Londres.

No quadro geral, 11. Virtualmente, faltando decidir o tipo de metal, mais cinco, incluindo finais no vôlei, feminino e masculino, futebol e boxe.

Mesmo com o maior número de pódios alcançados pelo país em uma edição dos Jogos Olímpicos, o sentimento de parte da torcida e da imprensa é que a delegação verde e amarela poderia ter conquistado mais medalhas.

Ok, faz parte do jogo vencer e perder. Mas e o que dizer do torcedor austríaco? O país, que enviou 70 atletas, encerrou a sua participação em Londres nesta sexta.

Não conquistou uma medalha sequer, fato que não ocorria desde 1964, em Tóquio.

O “feito” acabou na manchete do jornal Neue Vorarlberger Tageszeitung, que estampou fotos de atletas, numa crítica sobre a participação. Em 2008 foram três. Em 2004, sete.

A manchete, numa tradução literal: “zero medalha”.

Lego de Michael Phelps e Usain Bolt

Parque Olímpico de Londres, em 2012, em formato Lego. Crédito: Warren Elsmore

Michael Phelps ratificou em Londres o status de maior atleta olímpico da história, com 22 medalhas na piscina, sendo 18 delas douradas.

Na pista de atletismo, o jamaicano Usain Bolt manteve a hegemonia como o mais rápido do mundo. Ouro nos 100m e 200m. Com direito a flexão no fim da prova. Tirou onda.

Dois dos maiores nomes da Olimpíada em 2008 e 2012.

Focando os dois nomes, a Lego produziu dois vídeos, divulgados pelo The Guardian.

Duas divertidas homenagens com uma linha de brinquedos tradicional.

Michael Phelps, na final dos 200 metros medley.

Usain Bolt, na final dos 100 metros livres.

Mensalão olímpico

Charge Olimpíada 2012/Mensalão. Arte: Jarbas/Diario de Pernambuco

Se a Olimpíada vem dominando a mídia esportiva, no cenário político nacional o julgamento do “mensalão” é medalha de ouro.

Fazendo um paralelo sobre os dois temas, os chargistas do Diario de Pernambuco produziram vários desenhos nessas duas semanas.

Com doses de crise econômica na Europa e eleições no país.

Mistura de humor com assuntos bem sérios e outro pra lá de atrativo.

Confira no post oito charges de Samuca e Jarbas Domingos.

A 100ª medalha olímpica do Brasil

Medalhas

São 92 anos de história brasileira nos Jogos Olímpicos.

No pódio, a estreia foi com a equipe de tiro, em Antuérpia, em 1920.

Ao todo, 12 modalidades já renderam medalhas para o país.

Atletismo, natação, esportes coletivos, artes marciais etc.

A centésima medalha do Brasil saiu neste 8 de agosto de 2012, com a pugilista Adriana Araújo, bronze na categoria até 60 quilos, na estreia feminina do boxe.

Até hoje, o boxe só contava com um bronze de Servílio de Oliveira, em 1968.

Medalha histórica em todos os sentidos…

Confira o quadro de medalhas brasileiras, considerando a ordem tradicional, ouro, prata e bronze, e a posição da modalidade na escala internacional.

Essa gama de medalhas olímpicas foi alcançada por 284 atletas.

Acima, os dois ouros, as duas pratas e o bronze conquistados pelo velejador Robert Scheidt, em cinco Olimpíadas consecutivas. É o maior atleta olímpico do país.

Entre as 100 primeiras medalhas brasileiras, oito modalidades conquistaram o ouro. Apesar de ser o principal esporte da nação, o futebol segue devendo…

As 100 medalhas olímpicas do Brasil. Crédito: wikipedia

Para transformar a história de prata nos Jogos

Após 24 anos, a Seleção está de volta a uma final olímpica no futebol masculino. É a única conquista que falta à galeria brasileira, com troféus expostos desde 1914.

Abaixo, as duas tentativas anteriores na última etapa da competição.

Em 1984, derrota diante da França, que começaria uma série incrível de triunfos diante do Brasil, que permanece até hoje, incluindo três Mundiais.

Em 1988, Romário bem que se esforçou. Foi o artilheiro do torneio, com sete gols. O último deles na decisão, quando o atacante abriu o placar. A Canarinha sofreu a virada.

Vídeos para relembrar que a terceira decisão do país não será nada fácil.

Que o registro histórico a ser escrito no duelo contr o México, em Wembley, apresente outro metal para os brasileiros no pódio. De preferência no topo do pódio.

De três em três gols, a vaga na decisão futebolística

Olimpíada 2012: Brasil 3x0 Coreia do Sul. Foto: Fifa/divulgação

Ofensivamente, a Seleção Brasileira vem convencendo no torneio olímpico de futebol.

Em todos os cinco jogos, uma curiosa marca. Três gols marcados.

Contra  Egito, Bielorrússia, Nova Zelândia, Honduras e agora Coreia do Sul.

Na semifinal contra os asiáticos, nesta quarta, um gol de Rômulo, revelado pelo Porto de Caruaru, e dois do atacante Leandro Damião, que tomou à força a titularidade de Hulk.

O craque do Inter assumiu a artilharia da competição, com seis gols, decisivos…

A vitória por 3 x 0 em Manchester foi definida no comecinho da etapa complementar, transformando o restante da partida em um jogo seguro, sem aperreio algum.

Então, esses números indicam que o desempenho vem sendo fora de série?

Na campanha geral, o Brasil chegou a passar algum aperreio, sobretudo na defesa, cujo goleiro (Neto ou Gabriel) não inspira confiança.

Porém, o time de Mano Menezes contou com um Neymar mais solidário, um Oscar esbanjando inteligência tática e um Damião matador.

Tecnicamente, o time é bem superior aos adversários enfrentados até aqui.

Cumprindo o status de favorito absoluto, o Brasil chega a sua terceira final olímpica.

Vai brigar pelo ouro contra o México, que despachou os japoneses por 3 x 1. Agora sim, um rival qualificado, que ultimamente vem dando trabalho à Canarinha.

Ouro em jogo no estádio de Wembley, neste sábado, às 11h. O país vai parar.

Que a média de gols da equipe verde e amarela continue generosa.

Pelo fim da obsessão futebolística brasileira…

Olimpíada 2012: Brasil 3x0 Coreia do Sul. Foto: Fifa/divulgação

Doodle Olímpico do Google

Doodle do Google na Olimpíada 2012

Como costuma fazer em eventos e datas importantes no cenário mundial, o Google não ficou à parte dos Jogos Olímpicos de Londres.

O gigante da internet lançou mais um Google Doodle, game temático em sua página.

Trata-se de uma prova de atletismo com obstáculos. Para jogar, clique aqui.

Abaixo, a modesta marca alcançada pelo blog na produção deste post…

Doodle do Google na Olimpíada 2012