Após a saída na surdina com a licença médica, o comunicado oficial da renúncia, através de uma carta, nesta segunda. Ricardo Teixeira não é mais o presidente da CBF.
Ficou 23 anos e dois meses no poder. Veja a matéria da Placar sobre a sua posse aqui.
A ditadura militar do país, só para citar um mau exemplo, durou 21 temporadas. A diferença é que o regime realmente mudou no Brasil depois daquela era.
Na Confederação Brasileira de Futebol, a estrutura segue com os mesmos nomes…
Eis uma boa oportunidade para que os clubes assumam o poder. Mas sem articulação? Se uma liga não sair agora, então realmente será por falta de interesse/força.
Mas, é verdade, não será nada fácil acabar com vícios antigos na entidade. Uma cortesia aqui, uma ajuda ali. Assistencialismo à frente do profissionalismo.
Quem assume o posto é o paulista José Maria Marin, de 79 anos, então vice-presidente. No começo do ano flagraram o dirigente colocando no bolso uma medalha de premiação da Copa São Paulo de Juniores… Só para ilustrar o nível, claro.
Ele chega ao topo não só da CBF, com sede no Rio de Janeiro, como do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.
Por sinal, vale a pergunta… Acabou a ditadura ou mudou o ditador?
Até o Mundial, com Teixeira enfraquecido, cabe ao governo federal tomar as rédeas. E Teixeira, como se especulava há semanas, vai mesmo ver a Copa de Miami…
Saiu pela porta dos fundos. Embarcou com inúmeras denúncias de corrupção.
Pois pode começar a contar o tempo, sem pressa, até que essas denúncias resultem em algo concreto para o cidadão, com CPIs no currículo.
Um dia histórico na CBF, certamente. Mas a continuidade não é nada animadora.