Sofrendo além do necessário, o Sport chega à semifinal do Nordestão

Copa do Nordeste 2014, quartas de final: CSA x Sport. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

O Sport foi o último classificado às quartas de final da Copa do Nordeste. Com a pior campanha, só avançou após uma reviravolta incrível. Curiosamente, agora o Rubro-negro foi o primeiro a se garantir na semifinal do regional de 2014.

No Rei Pelé, em Maceió, a torcida leonina sofreu bastante até comemorar a vaga, repetindo os feitos de 1994 (1º), 1997 (3º), 1999 (3º), 2000 (1º) e 2001 (2º). A derrota por 1 x 0, nesta terça, foi insuficiente para reverter a vitória na Ilha.

O CSA bem que tentou, foi melhor em campo. O time pernambucano começou a disputa esperando o adversário. A produção foi quase nula na primeira meia hora, numa preocupação excessiva em manter o sistema defensivo aprumado, apesar dos espaços cedidos na cabeça de área, a noite inteira.

Na pressão, os alagoanos acertaram o travessão aos 37. No fim do primeiro tempo, Daniel Costa marcou um golaço de falta, a la Ronaldinho, por baixo da barreira. Vantagem justa, pois só o time do ex-algoz Oliveira Canindé jogou.

Francamente, o Sport havia abdicado de jogar bola. A proposta não funcionara desde os primeiros instantes. E se manteve até ficar em desvantagem. Na segunda etapa, marcando mais, o Leão melhorou e equilibrou o jogo.

Continuou vendo o Azulão chegar com perigo – com Magrão salvando -, mas criou as suas jogadas. As duas melhores foram com Felipe Azevedo, que entrou no lugar de Érico Júnior. Se não balançou as redes, ao menos segurou o placar.

Mata-mata é isso. Um passado não muito distante do Leão deixa isso bem claro.

Copa do Nordeste 2014, quartas de final: CSA x Sport. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Santa (13º), Sport (16º) e Náutico (19º) entre as vinte maiores bilheterias do país

Ranking de arrecadação no futebol brasileiro em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Santa Cruz (13º), Sport (16º) e Náutico (19º) ficaram entre os vinte clubes que mais arrecadaram com bilheteria no futebol brasileiro em 2013. Os dados estão no levantamento produzido pela Pluri Consultoria com os 296 times integrantes da primeira divisão estadual no Brasil na última temporada.

Ao todo, a renda bruta das 3.940 partidas realizadas chegou a R$ 474.913.626, com uma renda média de R$ 120.536 e tíquete médio de R$ 25,80. As trinta equipes mais bem colocadas no ranking tiveram uma arrecadação bruta de R$ 395,4 milhões, o que corresponde a 83% do total.

Confira o estudo completo clicando aqui.

Os dados levaram em conta as quatro séries do Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores, Sul Americana, Recopa, Copa do Nordeste e os 27 campeonatos Estaduais, totalizando 36 competições.

Doze times pernambucanos entraram no ranking. Do interior, apenas o Salgueiro ultrapassou a barreira de um milhão de reais no borderô.

Eis o ranking de arrecadação total:

13º) Santa Cruz – R$ 9.425.166 (27 jogos)
16º) Sport – R$ 7.931.732 (35 jogos)
19º) Náutico – R$ 6.506.982 (33 jogos)
51º) Salgueiro – R$ 1.150.905 (23 jogos)
64º) Ypiranga – R$ 689.179 (16 jogos)
67º) Central – R$ 659.857 (17 jogos)
90º) Belo Jardim – R$ 359.736 (13 jogos)
104º) Serra Talhada – R$ 268.994 (12 jogos)
105º) Porto – R$ 259.559 (13 jogos)
108º) Pesqueira – R$ 230.691 (13 jogos)
140º) Petrolina – R$ 116.221 (14 jogos)
161º) Chã Grande – R$ 87.781 (12 jogos)

O blog já havia feito um levantamento do trio a capital estadual. Relembre aqui.

As camisas estampadas do Nordestão

Camisas da Copa do Nordeste. Crédito: www.vandal.com.br/crédito

O investimento em marketing na Copa do Nordeste segue evidente…

Álbum de figurinhas, música, redes sociais… e produtos oficiais.

Em uma parceria com o site vandal, foram lançados catorze modelos de camisas masculinas, femininas e infantis, com valores de R$ 59,90 a R$ 69,90.

Estampas encomendadas pelo próprio canal detentor dos direitos de transmissão. Além do simbolismo do troféu da competição, há uma valorização sobre a torcida pelos times nordestinos, através de elementos regionais.

Sport, Santa Cruz e Náutico ganharam camisas exclusivas. No caso rubro-negro, são duas camisetas. Uma faz uma provocação sobre a conquista do título regional em duas edições passadas e outra lembra o grito de guerra.

Na versão tricolor, destaque para o onipresente Caça-Rato, o CR7. Já no caso alvirrubro, o hexacampeonato pernambucano é relembrado.

Alguma sugestão para novas estampas nas camisas do Nordestão?

Alceu Valença e Pelé. Cantores, compositores e…

Alceu Valença e Pelé

O cantor pernambucano Alceu Valença é quase sinônimo de carnaval.

Comanda a grande noite no Recife Antigo e também faz a ladeira pular em Olinda.

Canta o diabo loiro faiscando, a anunciação, aquela morenaça tropicana e tudo mais no frevo.

O talento, o jeito acelerado de falar, o passado psicodélico, a autenticidade. Uma soma com alto teor de popularidade, não só no estado.

Aos 67 anos, o artista de São Bento do Una coleciona histórias impagáveis. Uma delas numa conversa com ninguém menos que Pelé.

Em uma roda de entrevista, na Band, no domingo, o músico relembrou o episódio.

No encontro, o Rei, um tanto empolgado, falou…

“Eu também sou cantor e compositor.”

Na velocidade que lhe é característica, Alceu devolveu…

“É… Eu também jogo futebol.”

De fato, Alceu, rubro-negro na infância, bateu uma pelada com Bob Marley em 1980.

Cerveja liberada na Bahia, com possível atalho milionário até Pernambuco

Itaipava, patrocinadora da Arena Pernambuco e da Fonte Nova, através do naming rights

O consumo de cerveja nos estádios brasileiros está proibido desde 2009.

A determinação partiu da própria CBF.

Naquele mesmo ano, alguns estados já haviam publicado leis estaduais com o veto, como Pernambuco. Aqui, a lei nº 932/2009 está em vigor desde 24 de março de 2009, quando foi sancionada pelo governador Eduardo Campos.

A proibição visava o combate à violência no futebol.

Cinco anos depois, há uma dúvida clara em relação aos resultados obtidos, uma vez que o número de crimes segue alarmante no esporte.

Paralelamente a isso, a pressão pela volta das bebidas alcoólicas foi aumentando. Entre os clubes, políticos, empresários… Fora os torcedores.

A Bahia aprovou neste mês a liberação, através da lei nº 20.506, votada na Assembleia Legislativa em 28 de janeiro e já assinada pelo governador Jaques Wagner. Contudo, há nessa decisão uma outra leitura da situação…

A Fonte Nova foi executada como uma parceria público-privada, como a Arena Pernambuco. Entre as fontes de receita, destaque para o milionário contrato de naming rights entre os gestores do estádio de Salvador e a cervejaria Itaipava.

Por R$ 100 milhões em dez anos, o nome virou “Itaipava Arena Fonte Nova”.

Curiosamente, o palco em São Lourenço também fechou com a empresa, incluindo tempo e valor, sendo rebatizado de “Itaipava Arena Pernambuco”.

Seria improvável que uma marca disposta a investir em uma década no empreendimento se sujeitasse a ficar proibida de vender o seu produto no período.

Não foi o caso da Bahia. Considerando o cenário semelhante em Pernambuco…

Recomendação da Fifa vai tirando shows da Arena Pernambuco. E só da Arena…

Time-lapse da Arena Pernambuco. Crédito: Youtube/Arena Pernambuco

Os primeiros grandes shows em 2014, no Recife, já foram confirmados.

12/04 – Roberto Carlos (Arruda)
15/04 – Guns N´Roses (Chevrolet Hall)

Além da agenda próxima, há outro ponto em comum nessas apresentações. O curso comum da negociação deveria ter levado os shows para a Arena Pernambuco, o empreendimento mais moderno do estado para eventos do tipo.

O consórcio do estádio informa que recebeu uma recomendação da Fifa para não realizar eventos no gramado – para evitar o desgaste do piso até o Mundial. Por isso, vem abrigando eventos apenas em sua área externa e no auditório.

A recomendação está em vigor desde janeiro. No entanto, o pedido (seria, na prática, uma exigência?) parece valer apenas no Recife…

Curiosamente, o Castelão, outro palco nordestino para a Copa do Mundo, também receberá um show de Roberto Carlos. O Rei irá cantar em Fortaleza em 5 de abril, uma semana antes da capital pernambucana.

Antes, em 26 de fevereiro, será a vez de Elton John – que também irá à Fonte Nova, quatro dias antes. O palco do inglês possui 17 metros de altura, medindo 24m x 18m e sustentan mais de 50 toneladas, acima das recomendações.

Falando em infraestrutura, a Arena Pernambuco foi concebida para receber até 55 mil pessoas em um show. Até agora, houve apenas um evento do tipo, com um público de 20 mil em agosto de 2013, com Cláudia Leite.

Na ocasião, uma área do campo de aproximadamente dez mil metros quadrados foi coberta com um piso de plástico propileno de alta resistência e proteção ao impacto, justamente para evitar desgastes.

Apesar disso, a recomendação ao local deve vigorar até o final de julho…

Em evidência, Felipão reforça a confiança no título mundial no país em três palavras

Comerciais na TV com Felipão: Ambev, Peugeot e Nike

São Paulo – A volta de Luiz Felipe Scolari à Seleção Brasileira, no fim de 2012, trouxe velhos costumes à vida do experiente técnico gaúcho.

No embalo da onipresença na imprensa nacional, Felipão voltou a ficar em evidência no mercado publicitário, através de comerciais na televisão, a dar palestras… e a demonstrar uma enorme confiança em relação ao desempenho da Canarinha.

Ao iniciar o trabalho no rastro de Mano Menezes, o treinador tinha a consciência do tamanho da missão em 2014.

Não menos do que ser campeão do mundo, atuando em casa.

Somente o italiano Vittorio Pozzo conquistou dois títulos mundiais comandando um país. No caso, a sua amada Azzurra, em 1934 e 1938.

O histórico não muda o tom de Scolari, detentor do título de 2002, que sintetizou os motivos que “levarão” a Seleção ao hexa nesta temporada.

“Ambiente, organização e torcida”.

Na prática, a mesma trinca da Copa das Confederações.

“O nosso planejamento vem desde 28 de novembro de 2012. Está tudo seguindo e vamos conseguir os nossos objetivos. Estou cada dia mais convicto. Como eu poderia passar para todo um país que não acredito na minha Seleção, que não vejo os meus jogadores em condições?”

As declarações foram dadas no encerramento do evento Futebol Melhor, bancado pela Ambev, com quem ele tem contrato – também já firmou acordos com Nike e Peugeot.

Frases do tipo também já foram proferidas em palestras em empresas, faculdades etc.

“Pagam direitinho”, brincou.

Como de costume, encerrou a noite quebrando gelo…

“E se eu perder a Copa, continuarei sendo o último técnico campeão mundial com o Brasil.”

Um bloco especial para os clubes nordestinos no Futebol Melhor, com o apoio de Galvão Bueno

Clubes do Nrodeste no balanço da campanha Futebol Melhor. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

São Paulo – Os sete maiores clubes do Nordeste ganharam 38 mil novos sócios em 2013. Não por acaso, o bloco foi prestigiado no evento que marcou o primeiro ano da campanha nacional de descontos para sócios-torcedores, o Futebol Melhor.

Foram três mesas, diante de uma centena de jornalistas. A primeira com cariocas e mineiros, seguida da composição com paulistas e gaúchos. No fim, os representantes de Sport, Santa Cruz, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza conversaram com Galvão Bueno, o mestre de cerimônias da noite.

Sentiu a falta do Náutico? Pois é. Convidado, o clube não mandou representantes. O Tricolor foi representado por seu presidente, Antônio Luiz Neto, o que mais falou entre os nordestinos – da fundação do clube ao objetivo de subir para a Série A nesta temporada -, enquanto o Rubro-negro teve o seu vice-presidente de marketing, Gabriel Freire.

Convidado especial, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, seria o último a ser chamado, sozinho. Contudo, a sua entrada acabou sendo antecipada, na cadeira do Alvirrubro, por sinal.

Antes de apresentar os dados, o locutor Galvão Bueno comentou a presença dos rivais das multidões do Recife.

“Eu fico encantado cada vez que vejo o Santa lotar estádio.”

“Sport, esse time que está ali sempre brigando por títulos…”

Em seguida, num contexto geral na região, elogiou a Copa do Nordeste.

“A Copa do Nordeste é muito importante, é um torneio de muita paixão.”

Voltando ao gancho econômico do encontro, o número de novos sócios dos clubes do Recife, Salvador e Fortaleza certamente fomentou o bloco especial. Na campanha Futebol Melhor, criada pela Ambev e com descontos em 600 produtos de 14 empresas, os clubes tiveram um aumento de receita no quadro de sócios de R$ 100 milhões durante a última temporada. Em contrapartida, os sócios tiveram descontos de R$ 25 milhões nas marcas credenciadas.

Essa mistura de razão (descontos) e emoção (paixão clubística) é o mote para a ampliação do projeto, com cinco novas empresas e sorteios mensais de carros zero quilômetro e dias com descontos maiores para os associados devidamente cadastrados no site oficial da campanha.

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, revelou o faturamento do clube – o recordista de novos sócios em 2013, com 58 mil. Atualmente, o pagamento das mensalidades corresponde à terceira maior fonte de receita, atrás apenas da televisão, através das cotas de transmissão, e da Adidas, a fornecedora oficial de material esportivo. Um ganho anual de R$ 36 milhões, num ótimo indicativo para os demais.

Neste embalo, o Sport projeta saltar de 22 mil para 40 mil sócios em dia até dezembro de 2014, enquanto o Santa quer no mínimo mais dez mil associados.

“Nós temos consciência de que esse número ainda é baixo. O Sport deveria ter hoje 35 mil sócios. Vamos resgatar a autoestima de nossa torcida e a partir disso fazer um recadastramento em toda a nossa base. O Sport tem 53 mil sócios inadimplentes, alguns há 15 anos”, afirmou Gabriel Freire.

“Estamos completando cem anos e essa torcida, que não abandonou esse clube em momento algum, continuará sendo a nossa força. Precisamos de um choque de gestão, um pacto associativo. Não só o Santa Cruz, mas outros clubes tradicionais em situações parecidas, como o Remo, o Paysandu e o Fortaleza”, comentou Antônio Luiz Neto.

Apesar do status recebido no evento, o Náutico, cuja ausência foi lamentada por Galvão, foi o único da capital pernambucana a não elevar o seu quadro. Na verdade, caiu de 4 mil sócios para 2.430.

No geral, os 45 clubes brasileiros inseridos totalizam 700 mil associados adimplentes, ou 0,4% do potencial absoluto de torcedores – o dado inicial estava em 0,2%. O objetivo é alcançar 2,2% da massa…

Cachorrada em um domingo de futebol

Cachorros invadem os campos de futebol no Brasil (Paysandu 0x0 Remo) e na Argentina (Rosario Central 1x1 River Plate). Crédito: reproduções da Globo e TV Publica

Dois cachorros promoveram cenas hilárias em jogos de futebol no Brasil e na Argentina neste domingo. Em Belém e em Rosário.

Paysandu 0 x 0 Remo e Rosario Central 1 x 1 River Plate. Contudo, os verdadeiros destaques nas partidas foram mesmo as invasões dos animais.

No Pará, um vira-lata chamado Lobo invadiu a área do Papão no momento em que o Remo armava um rápido ataque.

O cão preto acabou atrapalhando o lance, aos 40 minutos do segundo tempo…

No interior argentino, a partida foi paralisada por cinco minutos após o surgimento do cachorro no campo, em uma transmissão ao vivo para todo o país.

Com direito um incrível “pit stop” na grande área.

Assista aos dois vídeos e relembre também o insólito episódio ocorrido em plena Copa do Mundo, em 1962.

Na ocasião, um cachorro invadiu o gramado no Chile durante a partida entre Brasil e Inglaterra, pelas quartas de final.

O animal driblou meio time e só foi retirado pelo inglês Greaves.

Em tempo: nenhum cachorro foi ferido durante esta postagem…

A estranha figura do assistente de linha de fundo no futebol

Clássico no Carioca 2014: Vasco 1x2 Flamengo. Crédito: Band/reprodução

A figura do assistente de linha de fundo foi criada no futebol em 2010.

Mais precisamente em 21 de julho daquele ano, quando a mudança foi aprovada na International Board. Inicialmente, a Fifa testou a novidade, com um auxiliar atrás de cada barra, claro, em sete competições espalhadas no mundo.

Curiosamente, o Campeonato Pernambucano foi um dos torneios (veja aqui).

A missão era relativamente simples, mas importante, a de observar apenas os lances na grande área e, sobretudo, se a bola cruzou ou não a linha do gol.

No entanto, até hoje os resultados práticos são mínimos nesta função.

Além do custo adicional aos jogos – R$ 1.996 a cada partida no Estadual -, a polêmicas não mudaram, existindo ainda o princípio da dúvida a olho nu.

O que dizer do clássico entre Vasco e Flamengo, neste domingo?

No jogo no Maracanã, vencido pelo rubro-negro carioca por 2 x 1 , o time cruz-maltino chegou a mandar uma outra bola para o gol. A pelota quicou 33 centímetros após a linha, de forma nítida para todos no estádio e na tevê.

Menos para uma pessoa. O assistente de linha de fundo, Leonardo Cavaleiro, a dois metros, não enxergou. E era a única função dele naquela ocasião…