Tom vintage na Seleção acaba com a faixa verde

Camisa da Seleção Brasileira em 2012. Foto: CBF/divulgação

Mais do que a “tecnologia” implantada nas camisas, o lançamento de novos uniformes visa o aquecimento do mercado. Novidades são essenciais.

Essa regra vale, também, com a Seleção Brasileira.

É preciso agradar o torcedor/consumidor, em primeiro lugar…

Quando uma ideia não dá certo visualmente, a temporada seguinte é a época exata para corrigir o vacilo e voltar à linha eficiente para o público.

Nem que seja preciso voltar a um passado bem distante…

No caso da Canarinha, sumiu a “barra verde” na parte frontal do padrão, criada no ano passado e rechaçada de forma incrível pelo público.

Fornecedora do material esportivo do Brasil desde 1996, a Nike teve em 2011 a sua pior experiência na confecção do padrão nacional, via CBF.

A inspiração para a camisa de 2012 veio de 50 anos atrás. Quando o time de um certo Garrincha conquistou o bicampeonato mundial no Chile (saiba mais aqui).

O novo uniforme, apresentado por Mano Menezes, Neymar e Ganso, conta com uma lavagem especial para dar um tom “vintage”.

Visualmente, 2014 está a salvo. O glorioso passado da Seleção garante isso.

Como nem tudo é perfeito, a camisa vai custar R$ 239. Segura essa recuada…

Torcedor, o que você achou da nova camisa da Seleção? E do preço?

Camisa da Seleção Brasileira em 2012. Foto: CBF/divulgação

Não é um ensaio sobre a cegueira

Cegue

Na verdade, é uma resposta à cegueira.

Nas mesas redondas nacionais em programas de televisão, quase sempre um comentarista no cantinho da bancada solta a seguinte pérola na hora da exibição dos gols dos campeonatos estaduais do Nordeste:

“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”

Afirma de forma efusiva. Soa como um elogio…

No fundo, é a limitação do conhecimento do cidadão sobre o futebol jogado na região.

Uma área gigante, com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, ocupada por nada menos que 53 milhões de habitantes. Se fosse um país, o Nordeste teria o 19º território do mundo, a 24ª população e a 35ª economia.

Ainda assim, a região parece viver em eterna luta por (re) conhecimento. Externo.

O post, obviamente, vai tratar do viés esportivo. Futebol, para ser mais exato.

Apenas três clubes da região vão disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2012. Bahia, Náutico e Sport. Isso corresponde a míseros 15%. Mas nada muito distante da região Sul, que terá um time a mais.

Pernambuco, aliás, terá o mesmo número de equipes de dois estados do “eixo”, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.  Então, não cabe qualquer “coitadismo” nessa discussão.

Na teoria, o times do Nordeste têm como primeiro objetivo seguir na elite. Nada muito diferente de Coritiba, Figueirense, Portuguesa e Ponte Preta, diga-se de passagem. O título, a princípio, é uma utopia. As três torcidas têm consciência disso.

Mas isso não muda em absolumente nada a tendência de estádios cheios na elite. E não é por que Neymar, Vagner Love e Adriano vão jogar em Pituaçu, Aflitos e Ilha do Retiro. Longe disso. Os adversários podem jogar com juniores se for o caso.

Uma pesquisa indica que o direito econômico de Neymar é superior ao dos 337 jogadores inscritos no Pernambucano de 2012. Na lógica de alguns, então, isso prova por A+Z que o valor de mercado local é irrisório. Mas Neymar, como qualquer jogador, passa. Tem um tempo de validade. Sport e Náutico, por exemplo, estão aí há mais de cem anos.

Não chega a ser menosprezo de alguém abaixo de Porto Seguro, mas pura falta de conhecimento mesmo.

Os maiores clubes do Nordeste, com pelo menos sete times com mais de um milhão de torcedores, têm um público consumidor cativo, ávido por novos produtos.

Não vão disputar títulos nacionais em breve? Mas… quantos vão brigar por conquistas, de verdade? Todos os grandes do Sudeste?

Atlético-MG, em jejum de títulos nacionais há mais de 40 anos? Como surpresa, talvez.

O Botafogo, que em 39 anos só participou 1 vez da Libertadores? À margem dos 3 rivais.

São dois integrantes do chamado G12, grupo virtual com os maiores clubes do país, apesar de ser formado por agremiações longe de um padrão semelhante de títulos, torcida e orçamento. Sua sustentação baseada na tradição beira a incoerência.

Mas, de fato, o orçamento deste bloco é maior que a soma dos demais e continuará assim com toda certeza até 2015, no mínimo.

Trata-se do prazo do novo contrato da TV, com as supercotas. Nesse acordo, Flamengo e Corinthians, os mais populares do país, deverão ganhar R$ 100 milhões, cada.

Sport e Náutico, somando todas as receitas, vão faturar R$ 55 mi e R$ 40 mi este ano. O contrato de patrocínio do Leão é de R$ 6 milhões, ou 1/5 de um clube top no G12.

O PIB do país está concentrado no Sudeste-Sul. Portanto, a disparidade seguiu o foco do mercado. Se uma análise dita como fria aponta que os clubes dessas regiões seguiram o ritmo da aceleração econômica, por que não enxergar que há pelo menos cinco anos o Nordeste cresce mais que a média nacional (8,3% x 7,5%, em 2010)?

Por qual motivo esse mesmo processo não pode se estabelecer nos clubes locais?

Trata-se de uma questão de investimentos, ponto. Organização é outro departamento. O que dizer do Flamengo, que em um dia despeja milhões em um jogador e no dia seguinte não sabe como resolver uma pendência não menos milionária com outro? Não é modelo de gestão para ninguém.

Dentro de um ano, contudo, as três maiores cidades do Nordeste vão contar com arenas no “padrão” Copa do Mundo. Correndo contra o tempo, os clubes investem milhões em centros de treinamento de padrão elevadíssimo para a preparação de jovens valores. Torcedores estão sendo fidelizados, como sócios. Ninguém está parado, ocioso.

Enquanto esse processo de evolução não se torna 100% concreto, o que não se pode mais aceitar é a cegueira coletiva sobre algo inteiramente ligado ao Nordeste: os seus clubes como instituições sólidas, indiferentes a manejos da mídia.

Existem milhares (milhões) de torcedores da região que torcem por clubes de outros estados. Se foram turbinados pela era do rádio em 1900 e antigamente ou pela antena parabólica da TV, é outra (antiga) conversa.

O que importa é que os milhões que não arredam o pé dos times locais não vão mudar.

As médias de público vão continuar acima de 20 mil pessoas sem muito esforço. Talvez a falta de compreensão para esse fenômeno enxergue o Santa Cruz atolado em uma Série D com 40 mil pessoas no Arruda como “folclore”.

Ou o Sport ter colocado 2 mil torcedores em Santiago numa estreia de Libertadores como algo exótico. Difícil é imaginar torcedores do Botafogo fazendo algo do tipo.

Também não é fácil explicar um dado como esse olhando para o próprio umbigo, com o campeão da Libertadores, o Santos, empacado com 8.892 pessoas por jogo na Série A. Antes que alguém diga que isso foi pontual, basta checar as médias históricas do Peixe…

O único jeito talvez seja afirmar de forma efusiva mesmo…

“As torcidas nordestinas são um espetáculo. Sempre lotam os estádios!”

Tirando lampejos de glória, os representates regionais não alcançam feitos de grande magnitude. Daí, a conclusão de que seria melhor torcer por outras equipes?!

Mas, então… Não seria melhor ter logo um país dividido entre Barcelona e Real Madrid?

Se é para torcer por algo tão distante de você, sem o mínimo contato com uma arquibancada das antigas com sol na testa, é melhor atravessar logo o Atlântico…

Lá, pelo menos eles têm um ponto em comum com o Nordeste. Eles também lotam os estádios… E como.

O emblema da brasileira Copa das Confederações de 2013

Logotipo oficial da Copa das Confederações de 2013, no Brasil. Crédito: Fifa/divulgação

Apelidada de “Festival de Campeões”, a Copa das Confederações de 2013 agora tem o seu logotipo oficial. A marca foi divulgada pela Fifa, a exatamente 500 dias do torneio.

Evento essencial para a realização de testes na organização visando a Copa do Mundo de 2014, a competição está agendada para seis cidades.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza já estão garantidas.

Recife e Salvador forame escolhidas de forma condicionada e só vão receber a palavra final da entidade que comanda o futebol em junho.

A greve na Arena Pernambuco compromete a presença do Recife…

Em relação aos participantes, já garantiram presença Brasil (país-sede), Espanha (campeã mundial), Uruguai (Copa América), Japão (Copa da Ásia) e México (Copa Ouro). Faltam as vagas dos vencedores da Eurocopa de 2012 e da Copa da Africa de 2013.

O sorteio dos grupos será em 1º de dezembro, em São Paulo.

Saiba mais sobre a preparação do país para a Copa das Confederações aqui.

Abaixo, as musas do nado sincronizado, Bia e Branca Feres.

Bia e Branca Feres, do nado sincronizado com a camisa da Copa das Confederações 2013. Foto: Adidas/divulgação

Mudaram a sigla e a cifra na camisa do Sport

Nova camisa do Sport com Marquinhos Paraná. Foto: Sport/divulgação

Mudança na sigla do uniforme do Sport.

Sai BMG. Entra MRV.

Do laranja berrante ao amarelo não menos espaçoso.

Da instituição bancária para a engenharia.

O primeiro a vestir a nova camisa foi o volante Marquinhos Paraná, 11º reforço do ano.

No cofre rubro-negro, apesar dos valores não revelados, a verba se aproximou da cota desejada pela diretoria do clube, de R$ 6 milhões por ano.

É o mínimo necessário para concorrer com adversários que vão ganhar até R$ 30 milhões em patrocínios em 2012, durante a Série A…

É importante destacar que o acordo leonino não não foi costurado pela 9ine, que vinha prospectando investidores para o clube. Ou seja, a receita é 100% do Sport.

Saiu dos Aflitos e seguiu no caminho verde, milionário

Kieza no Al Shabab dos Emirados Árabes. Foto: site do Al Shabab de Dubai

Do vermelho para o verde, no uniforme. Na conta corrente, a tonalidade azul.

Artilheiro da Série B de 2011 com 21 gols, Kieza teve uma passagem marcante no Náutico. Eis um trecho de sua carta aberta à torcida alvirrubra, na despedida…

“O tempo passou tão depressa, que parece que foi ontem que tudo aconteceu. Fecho os olhos e logo me vem à memória os excelentes momentos que vivi no Náutico.

Por mais rápida que tenha sido a minha passagem pelo clube, foi mais do que suficiente para que eu criasse raízes aqui, nascendo uma forte ligação.”

Agora, a apresentação oficial no futebol dos Emirados Árabes, no Al Shabab.

Serão seis meses no milionário futebol do Oriente Médio.

Não havia como concorrer com o mercado dos sheiks…

Que o atacante também amadureça por lá e siga marcando muitos gols.

Saiba mais a ida de Kieza para o futebol árabe aqui.

Aluga-se um estádio

Casas de carnaval em Olinda. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Aluguel definido, caso necessário…

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou ao blog os valores calculados pela entidade caso os clubes do Recife precisem alugar o estádio do arquirrival por uma partida do campeonato estadual.

Os preços variam entre noite e dia, devido ao custo de operação.

Além desta despesa, vale lembrar que o mandante ainda terá que arcar com os custos de manutenção do estádio, que podem ser até o triplo do aluguel…

Aflitos –  Dia – R$ 10 mil, Noite – R$ 12 mil

Ilha do Retiro – Dia – R$ 12 mil, Noite – R$ 14 mil

Arruda – Dia – R$ 16 mil, Noite – R$ 18 mil

As diretrizes do contrato de uma revelação

A Confederação Brasileira de Futebol emitiu uma resolução sobre o modelo do contrato de formação desportiva, com 13 páginas. O valor da multa indenizatória é de 200 vezes o gasto na formação do jogador…

Saiba mais sobre a validade do documento, através das federações, clicando aqui.

Negociação na arena garante três vestiários exclusivos

Vestiário do Sport. Foto; Sport/divulgação

Uma diferença de 58,9 milhões de reais.

Uma cifra que explica bastante a interminável negociação com os grandes clubes do estado para viabilizar o mando de campo na Arena Pernambuco.

Tudo para promover a tripla divisão do estádio, algo inédito na história do futebol local.

As projeções de faturamento vão de R$ 27,3 milhões, com o contexto atual, a R$ 86,2 milhões, com o modelo principal. Confira os oito cenários possíveis aqui.

Os dados são do estudo produzido pela consultoria inglesa Comperio Research.

No primeiro, apenas a presença do Náutico no estádio. Uma página virada, com contrato assinado. No de maior receita, os três grandes clubes da capital dividiriam o palco.

Portanto, por mais que se diga que as negociações estão paradas, entenda diferente…

Até a inauguração da arena multiuso, no ano que vem, o Consórcio Arena Pernambuco deverá voltar a sentar na mesa com dirigentes rubro-negros e tricolores.

Por mais que se fale em Arena Sport e Arena Coral, isso não impede, teoricamente, a realização de algumas partidas dos clubes no futuro estádio em São Lourenço da Mata.

A pressão do governo também existe, formalizada nas novas regras do Todos com a Nota, condicionando a verba do trio ao mando de jogo (veja aqui).

Além disso, benesses milionárias cada vez mais presentes nos contratos.

Dos 60 jogos previstos por ano na arena, 35 serão com o Náutico. Faltam 25 na agenda. Lá, a certeza de que serão quatro vestiários, sendo três para os mandantes.

Vestiários personalizados. Agora, imagine as cores de cada um…

Vestiário

Por Blatter, tecnologia no futebol em 2014

Robô

Há um ano, a International Board, órgão regulador das regras do futebol desde 1882, iniciou os testes com equipamentos eletrônicos na linha do gol, para tirar uma dúvida.

“Bola entrou ou não entrou?”

Dez empresas apresentaram sistemas eletrônicos para a avaliação.

O resultado segue sob sigilo da Fifa, mas o presidente da entidade, Joseph Blatter, já deixou claro que a ideia será, enfim, implantada na Copa do Mundo de 2014.

Poderá contar inclusive com câmeras. A declaração foi dada à revista alemã Kicker.

“No Brasil, teremos a tecnologia para a linha do gol. Não podemos voltar a permitir um desastre como o gol não validado da Inglaterra contra a Alemanha. Quando vi aquilo fiquei paralisado.”

Na ocasião, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não viu o gol do inglês Lampard, que teria empatado a disputa contra os germânicos (veja aqui).

A bola havia cruzado a linha em 33 centímetros…

O fato é que a tecnologia está cada vez mais presente no esporte para encerrar dúvidas. No tênis, por exemplo, um sistema 3D mostra se a bola tocou ou não na linha.

Vários outros esportes adotam tecnologias distintas. No futebol, porém, esse avanço sempre foi rechaçado, com a justificativa de que tiraria parte da emoção dos jogos.

Mas, pelo visto, será uma coisa a menos para se preocupar no Mundial do Brasil…

Dia D da Arena PE: Jérôme Valcke no Recife em março…

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa na Arena Fonte Nova. Fonte: Manu Dias/Secom

Direção da Fifa com visita agendada ao estado…

Após a passagem de cinco dias no Brasil neste mês de janeiro, indo ao Castelão, em Fortaleza, e Arena Fonte Nova, em Salvador, agora é a vez do Recife.

Do Recife e também de Brasília e Cuiabá. Em março.

Essa é a agenda do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, na próxima rodada de inspeção nos estádios da Copa do Mundo de 2014 (veja aqui).

O dirigente francês, responsável na entidade pela fiscalização e organização da competição, vem na companhia dos ídolos Pelé e Ronaldo.

Assim como Salvador praticamente se garantiu como uma das subsedes da Copa das Confederações de 2013, com os elogios do executivo após o “teste do helicóptero”, fica claro que a resposta ao Recife será dada dentro em 60 dias.

Apesar do anúncio oficial marcado para junho, a inspeção em março irá decidir de fato a presença da Arena Pernambuco no torneio-teste do Mundial.

Milhões de reais em jogo. Haja pressão, interna e externa.