Nem foi ajudado e nem ajudou

Série B 2011: Salgueiro x Americana. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Em um estádio com 60 mil lugares, apenas 3.013 torcedores presentes.

Um Carcará ao relento no Arruda. E olhe que esperado um apoio duplo de rubro-negros e alvirrubros, interessados em um tropeço do Americana.

O Náutico queria uma lacuna mais segura sobre o G4, enquanto para o Sport o jogo era ainda mais decisivo, pois valia a permanência no grupo de acesso à elite nacional.

A torcida no Mundão, em pequeno número, não adiantou, pois quando falta qualidade não tem muito o que fazer.

Completamente desfalcado, inclusive do meia Fumagalli, o Americana ainda conseguiu abrir o placar, logo aos 14 minutos, com Clodoaldo, que teve apenas o trabalho de empurrar para as redes após boa jogada de Magal, 1 x 0.

Reação do Carcará? Não. O time sertanejo, que vinha numa boa sequência, com três vitórias em quatro jogos, caiu em “casa”. Espantou de vez os torcedores de ocasião…

Série B 2011: Salgueiro x Americana. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Bastidores revelados no futebol

O departamento de comunicação do Sport gravou os bastidores do time antes e depois do jogo contra o Vitória, no sábado, na Ilha. Após a edição, um vídeo de 14 minutos.

Ao torcedor, vale a pena conferir como é a preparação dos atletas para um jogão, desde a concentração até a comemoração.

Nas imagens, a articulação de jogadores, comissão técnica e dirigentes. A ideia rubro-negra é que vídeos assim sejam produzidos até o fim da Série B.

O Náutico já havia desenvolvido a ideia em 2010 com a TV Timbu (veja aqui).

Porém, o projeto alvirrubro acabou sendo deixado de lado. Acredito que os torcedores de uma maneira geral tenham interesse em uma proximidade assim com a sua equipe.

Enquete: Extinção da Série D?

Inferno

Nos bastidores da CBF, o Campeonato Brasileiro já está sendo repensado.

Há quem defenda a volta do mata-mata após a realização das 38 rodadas, mas boa parte dos dirigentes quer mesmo é enxugar a estrutura, hoje com 4 divisões.

Séries A, B e C, cada uma delas 20 clubes.

Série D = 40 times, com 36 vagas através dos Estaduais.

Pois tem gente articulando o fim da Série D, o inferno em forma de campeonato. Será?

O argumento dos cartolas seria o fortalecimento da Terceirona. Discordo, pois uma Série C numerosa, como era até 2008, nunca foi muito eficiente…

De qualquer forma, eis a nova enquete do blog, separada por torcida.

Você é a favor da extinção da Série D do Brasileiro?

  • Sport - Não (37%, 513 Votes)
  • Santa Cruz - Sim (20%, 285 Votes)
  • Santa Cruz - Não (14%, 189 Votes)
  • Sport - Sim (12%, 173 Votes)
  • Náutico - Não (10%, 140 Votes)
  • Náutico - Sim (7%, 96 Votes)

Total Voters: 1.393

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Arquibancada maximizada, placar minimizado

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Coruripe. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Na arquibancada do Arruda, o novo recorde de público na Série D.

A marca anterior, do próprio do Santa Cruz, era de 42.584 pessoas. Neste domingo, o borderô foi superado, com 44.642 torcedores e uma renda de 450 mil reais.

No campo, o time lutou muito para corresponder a uma presença desse porte.

Na abertura das oitavas de final do Brasileiro, vitória sobre o Coruripe.

Porém, com a vantagem mínima, 1 x 0.

A pressão inicial, envolvendo o adversário, não resultou num placar elástico na primeira etapa, marcada pelo gol de Thiago Cunha, após boa jogada de Weslley.

No começo do 2º tempo, o zagueiro Leandro Souza precisou ser expulso para evitar o pior. Com dez jogadores em campo, o time de Zé Teodoro foi pressionado demais.

Lindoval, da equipe alagoana, cansou de articular jogadas ofensivas.

A torcida coral demonstrava impaciência no Arruda, consciente de que o Santa não fazia uma boa apresentação. Nos minutos finais, o cenário mudou, com amplo apoio.

Com uma zaga refeita, sem os “Thiagos”, o Tricolor foi pura raça para garantir a (importante) vantagem do empate no confronto de volta, no sábado.

Aquele mesmo 1 x 0 havia se tornado em um bom resultado, ainda mais com o formato da competição, a la “Copa do Brasil”, priorizando o gol como visitante.

Dentro de uma semana não vai haver uma multidão. Pelo contrário, pois o alçapão do Coruripe pode receber apenas 6 mil pessoas. Ali sim será uma verdadeira Série D…

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Coruripe. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

As meninas de Vitória inverteram o jogo

Torcida do Acadêmica Vtória, no Carneirão. Foto: Luciano Abreu/divulgação

Vitória de Santo Antão vive uma realidade futebolística bem curiosa nos últimos anos.

Outrora com dois clubes na primeira divisão profissional do estado, Vitória e Vera Cruz, o município de 130 mil habitantes agora está fadado a uma lacuna em 2012.

Ainda assim, o futebol da cidade está vivo, em evidência. Com um toque feminino.

Toque de bola, muitos gols e apoio na arquibancada.

Numa inversão rara no país, o departamento feminino do Acadêmica Vitória passou a ter muito mais visibilidade que o time masculino, lanterna do Estadual deste ano, diga-se.

O clube já foi tema até uma reportagem no site oficial da CBF (veja aqui).

No sábado, 2.437 torcedores pagaram ingresso para o jogo contra as meninas do São Francisco, da Bahia, algoz nas quartas de final da Copa do Brasil de 2010.

Desta vez, chocolate lá e lô. Classificação com 6 x 2 na Bahia e 4 x 0 no Carneirão.

O Vitória, atual bicampeão pernambucano feminino, está na semifinal da Copa do Brasil pela primeira vez. Surpresa? Não. O clube da pioneira estrela rosa investiu nisso.

Basta dizer que o Tricolor das Tabocas, que monta um CT para o grupo, acaba de ceder cinco jogadoras para a Seleção Brasileira que irá disputar o Pan-Americano.

Do Vitória para a Seleção: Thais Picarte (goleira), Bia (meia), Ketlen (meia-atacante), Thaisinha (atacante) e Maria Aparecida (volante).

O técnico Kleiton Lima comandou o Brasil no último Mundial, em mais uma uma prova de convicção no trabalho de médio prazo.

Por causa dos jogos continentais, a Copa do Brasil só voltará em 3 de novembro. Uma coisa é certa: a população de Vitória já está ansiosa por isso. Novos tempos…

Time feminino do Acadêmica Vitória em 2011

Probabilidades da Série B 2011 – A 13 rodadas do fim

Infobola e Chance de Gol, 25a rodada da Série B 2011

Postagem com as projeções do Campeonato Brasileiro da Série B após 25 rodadas.

G4 formado por dois clubes de São Paulo e dois de Pernambuco. Ah, se terminar assim…

Com as 250 partidas na competição, a chance de acesso do Timbu varia entre 59,5% e 67%, enquanto o Leão apresenta uma diferença grande nos cálculos, de 55% a 75%.

Por outro lado, a Lusa já está aparece com 97%/99%. É possível reverter isso? Difícil…

O número histórico a ser alcançado para um tranquilo acesso à elite nacional é de 65 pontos. Portanto, o Náutico precisa somar 21 pontos, ou 7 vitórias. Já o Sport necessita de mais 22, ou 7 vitórias e 1 empate. Contagem regressiva até a 38ª rodada?

Confira os dados da rodada anterior clicando aqui.

Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Eis a 26ª rodada para os pernambucanos:

27/09 – Náutico x ABC (20h30)
27/09 – Salgueiro x Americana (20h30)
27/09 – Criciúma x Sport (20h30)

Competitivo, no G4 e de liga leve

BMW

Esqueça o G4, por um instante, claro.

Esqueça qualquer tabela de classificação, sequência de resultados, projeções etc.

Deixe isso tudo de lado por exatos 90 minutos.

Concentre-se apenas num jogo de futebol como esporte bem jogado, contundente, com uma superioridade técnica massiva diante de um adversário bem qualificado.

Pois o Sport foi exatamente isso diante do Vitória, na Ilha do Retiro.

Não sei se as outras 26.230 pessoas presentes no estádio neste sábado vão concordar, mas o Leão – pernambucano – fez a sua melhor apresentação na Série B.

Envolveu o rubro-negro baiano durante toda a partida, principalmente com a linha ofensiva formada por Bruno Mineiro, Marcelinho Paraíba e Willians.

Toques rápidos, inversões de jogada, velocidade. Entrosamento. O Sport conseguiu impor um ritmo forte, bastante competitivo. Ou seja, animador para a torcida.

Foi uma vitória? Não, pois o Vitória volta cabisbaixo à Salvador. O que aconteceu foi uma goleada, 4 x 0. Aos 35 minutos do segundo tempo já não havia mais partida.

Somente o “olé”, com mais de um minuto de duração. Mas onde estava esse Sport?

Aliás… Será que esse “Sport” vai permanecer afiado até o fim da Segundona?

Depende da regularidade. Atualmente, a equipe tem a maior invencibilidade da competição, há oito rodadas. Após a análise do “jogo”, vamos ao contexto do resultado.

Antes da 25ª rodada, o trio “BMW” tinha 23 gols, ou 57,5% dos 40 tentos leoninos.

Pois os três balançaram as redes contra o Vitória, reforçando a estatística, agora com 26 gols num total de 44 (59,0%). São 10 de Bruno, 9 de Marcelinho e 7 de Willians.

Saci marcou de pênalti, fechando o chocolate. Enfim, poder de fogo = G4.

Esta é a projeção mais simples possível. Acelera qualquer time ao sucesso.

Nesta etapa do Brasileiro, a campanha rubro-negra já poderia ser mais confortável. Paciência, não é. Porém, o time parece ter se formado para subir… Lembrou do G4?

Irreconhecível e indefensável

Série B 2011: Paraná 2 x 0 Náutico. Foto: Denis Ferreira Netto

No termômetro, uma clima variando entre 12 e 14 graus.

Frio. Para o padrão recifense, então…

Mas não tanto quanto o futebol apresentado pelo Náutico nesta noite, em Curitiba.

Jogando quase completo, desfalcado apenas de Jeff Silva – justamente em uma vaga com reposição, Airton -, o Timbu foi incapaz de agredir o Paraná Clube.

Foram 90 minutos de amplo domínio do adversário, em má fase na competição.

Não que o Tricolor Paranaense tenha feito uma boa apresentação nesta sexta-feira, apesar da raça, mas é porque simplesmente não viu do outro lado um time aplicado…

Derrota justa, por 2 x 0. Um dado estatístico torna o argumento mais forte.

O relógio do árbitro José de Caldas marcava 24 minutos do segundo tempo, já com 76% da partida. Até ali, 14 finalizações para o Paraná e nenhuma para o Timbu, zero.

A primeira finalização aconteceu no minuto seguinte, com Alexandro, numa bicicleta sem direção alguma. Ficou nisso, empacando o G4, mas com dois jogos nos Aflitos agora.

Essa foi a pior partida do Náutico na Série B.

Para não parecer tão severo, eis a declaração de Eduardo Ramos, o camisa 10.

“Essa foi a pior partida do time na Série B”.

O “indefensável” do título não se refere, obviamente, ao primeiro gol da partida, numa falha de Gideão, mas sim à postura da equipe, que queimou gordura. Bola pra frente.

Série B 2011: Paraná Clube 2 x 0 Náutico. Foto: Robson E. V. Mafra (Paraná)/divulgação

Bote no ninho alheio

Série B 2011: Goiás 0 x 1 Salgueiro. Foto: Goiás/divulgação

O Carcará está voando longe, batendo nos galhos, mas está vivo…

Longe de uma forma literal, pois a equipe sertaneja joga uma competição longa como esta Série B a 500 quilômetros de seu ninho, circulando em estádios do Grande Recife.

Mas o pássaro que “pega, mata e come”, num chavão batido, está arriscando voos mais distantes. De forma surpreendente, o Salgueiro passou a somar pontos fora de casa.

Na noite desta sexta-feira, o time conquistou a sua terceira vitória como visitante no Campeonato Brasileiro, diante de ninguém menos que o tradicional Goiás, em crise.

Os resultados na terça-feira – vitórias de Guarani e Vila Nova – haviam pressionado demais o Salgueiro, mas o time conseguiu manter a concentração para a partida.

Jogo acirradíssimo no Serra Dourada, com vitória por 1 x 0, num golaço de Josi.

No 2º tempo, o time sofreu muita pressão, mas segurou o resultado e quase ampliou. No finzinho, o time ainda teve um pênalti a favor, mas Paulo Santos desperdiçou.

Assim, o Carcará chegou a 25 pontos e embolou de vez o famigerado “Z4”.

Pode sonhar e voar…

Série B 2011: Goiás 0 x 1 Salgueiro. Foto: Goiás/divulgação