Conexão Recife/São Paulo

São Paulo

Pela quarta vez consecutiva, a delegação do Sport vai ao Aeroporto Internacional dos Guararapes tendo como destino final o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Na confecção da tabela da Série B de 2010, o Leão ficou numa intercalada Recife/São Paulo, com um jogo na Ilha e outro em algum lugar do estado paulista.

Desta vez, os rubro-negros vão até Guaratinguetá, no interior, para enfrentrar o perigoso representante local, na tarde deste sábado.

Levando em conta as quatro viagens aéreas (ida e volta) e os trajetos do aeroporto até os estádios (incluindo o Bruno José Daniel e o Canindé, dentro da Grande São Paulo), o total percorrido pelo Sport nesta conexão será de 17.701 quilômetros.

Do Recife a São Paulo, de avião: 2.129 km. Abaixo, os trechos pelas estradas.

14/08 – Bragantino 0 x 0 Sport – 97,6 km
28/08 – Santo André 2 x 2 Sport – 26,6 km
04/09 – Portuguesa 1 x 2 Sport – 14,5 km
11/09 – Guaratinguetá x Sport – 196 km

Apesar da distância, pelo menos estão vindo alguns pontos na bagagem. Cabe mais?

Sport 228 x 226 Náutico

O resultado acima não foi de uma partida de basquete com 10 prorrogações. A conta é apenas a soma de todos os pontos dos rivais centenários em todas as edições do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos, que começou em 2006.

Enquanto Sport e Náutico jogaram tanto na Série A quanto na Série B, o Santa Cruz nunca os enfrentou, pois sempre esteve em uma divisão diferente no período.

Além das brigas pelo acesso, contra o rebaixamento, por uma vaga na Sul-americana ou algo mais, rubro-negros e alvirrubros disputam um “campeonato paralelo”.

Disputa marcada pelo equilíbrio… Abaixo, as colocações, lembrando que todos anos tiveram 38 rodadas. Na edição vigente, cada um já disputou 20 partidas*.

2006 (Série B): Sport (2º lugar, 64 pontos), Náutico (3º, 64 pts)
2007 (Série A): Sport (14º, 51 pts), Náutico (15º, 49 pts)
2008 (Série A): Sport (11º, 52 pts), Náutico (16º, 44 pts)
2009 (Série A): Náutico (19º, 38 pts), Sport (20º, 31 pts)
2010 (Série B): Náutico (7º, 31 pts), Sport (8º, 30 pts)*

Abaixo, uma arte do Diario, a corrida na Segundona de 2010. A diferença já foi de 12 pontos e de 16 colocações. Agora, está a apenas um ponto e uma posição.

Brasileiro da Série B de 2010. Corrida paralela de Sport e Náutico

Rosa

Acadêmica Vitória, de Vitória de Santo Antão, oficializa a estrela rosa na camisa

A partir de agora, o escudo da Acadêmica Vitória conta com duas estrelas.

A dourada foi a primeira, em 2008, pelo título pernambucano da segunda divisão. A segunda… Bem, a segunda tem essa cor acima. Não está errado: rosa.

A imagem acima é um print screen do site do clube. A cor não tem relação alguma com as cores originais da agremiação, azul, branco e vermelho.

O time de Vitória de Santo Antão foi o primeiro clube do interior a conquistar o Estadual feminino de futebol. Em 2010. Então, nada como homenagear a conquista!

E a diretoria acabou oficializando a polêmica ideia.

Atualmente, o Vitória representa o estado na quarta edição da Copa do Brasil Feminina. Vai enfrentar o Tiradentes/PI na segunda fase (veja AQUI).

Em 2011, no Pernambucano da 1ª divisão, a estrela rosa deverá continuar…

Você concorda com essa estrela rosa? E se fosse no seu clube? Opine!

80 mil razões

Arruda e Ilha do Retiro. Fotos: Diario de Pernambuco

As fotos acima foram registradas nos últimos jogos de Santa Cruz e Sport em seus redutos. Ambos com casa cheia, com presença maciça nas arquibancadas.

Pesquisas de torcida à parte, IBGE à parte, discussões intermináveis de mesas de bar à parte, a verdade é que tivemos nos últimos três dias mais de 80 mil razões para ter a certeza que a rivalidade do Clássico das Multidões move o futebol local.

Domingo, 5 de setembro, Arruda: 50.879 tricolores.

Ou 84,7% da capacidade de 60 mil lugares do Mundão.

O outro lado se viu obrigado a dar uma resposta a tamanha prova de amor.

Terça-feira, 7 de setembro, Ilha do Retiro: 30.073 rubro-negros.

Ou 85,9% da capacidade de 35 mil lugares da Ilha.

Quem saiu ganhando? O futebol de Pernambuco. Fato. Mais de 80 mil pessoas em dois jogos contra, com todo respeito, Guarany de Sobral e Brasiliense, nas Séries D e B…

Não é para qualquer um!

Enquanto isso, tem jogo na Série A de 2010 às moscas. Já pensou se a organização dos clubes seguisse a lógica das arquibancadas? Seria algo além da força regional.

E olhe que ainda tem o Náutico e a sua média regular nos Aflitos. De fato, os pernambucanos fazem a sua parte fora das quatro linhas. Pelo menos nisso.

Um X no caminho do Náutico

Série B-2010: Coritiba 3 x 1 Náutico. Timbu perde na Arena Joinville e permanece fora do G4. Foto: site oficial do Coritiba/divulgação

Dizem que os treinadores de futebol pegam a tabela antes do início de cada competição e começam a marcar com um “X” os resultados possíveis, de acordo com o nível técnico dos respectivos elencos.

“Íbis, fora de casa? Pode cravar o “X” na vitória.”

“São Paulo, no Morumbi? Hum… Acho que é um “X” na derrota.”

Obviamente, nem a provável vitória sobre o Íbis está garantida assim como é possível arrancar pontos contra o maior campeão brasileiro, mesmo em seu reduto.

Na noite desta terça-feira, o Náutico enfrentou o Coritiba na fria Arena Joinville, tanto no clima como na presença da torcida, bem tímida.

Não seria um absurdo caso este jogo estivesse naquela cota de resultados improváveis do técnico Gallo. Soma um ponto aqui, outro ali, três acolá e algumas derrotas…

Assim, uma derrota seria normal como visitante contra o Coxa. E aconteceu. O Alvirrubro caiu com um placar de 3 x 1.

O problema é o contexto do revés. Foi a 6ª derrota seguida do Náutico fora de casa, o que mostra que alguns “Xs” do tal planejamento não deram certo. O mais grave, desta vez, foi a apresentação com um futebol bem apático.

O Alvirrubro chegou a empatar a partida, através de Geílson, de pênalti, mas o time não agredia o adversário e nem mostrava um sistema defensivo eficiente. Foi abatido.

O bom retrospecto em casa mantém o Timbu na cola do G4 da Série B. Em casa, o Náutico jogará a sua próxima partida, contra o Duque.

Mas o time precisa voltar a pontuar longe de Rosa e Silva, pois esse mau desempenho recente minou uma arrancada brilhante na Série B.

E para pontuar, a apatia não pode ganhar espaço. Como teve em Joinville…

Está chegando

Série B-2010: Sport 3 x 0 Brasiliense. Germano marca o primeiro gol do Leão e comemora com o time. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Rumo ao G4.

Nove jogos sem perder.

Três vitórias seguidas.

Vitória ampla com bom futebol do Sport.

E a esperança renovada de vez!

O jogo foi até equilibrado na tarde desta terça-feira, na Ilha do Retiro. Mas o Leão parece ter deslanchado na Segundona.

Foi um confronto movimentado contra o rodado time do Brasiliense.

Os 30 mil torcedores presentes no estádio num ensolarado feriado nacional viram um Leão brigador no segundo tempo, aproveitando uma vantagem numérica que em outras ocasiões não havia resultado em nada.

Mais jogadores, mais qualidade técnica, mais torcida, mais gols!

E olhe que teve o artilheiro Ciro perdendo pênalti… Mas Germano balançando as redes. Assim como Eliandro. E também o atacante Wilson!

O atacante Wilson, por sinal, mostrou uma técnica diferenciada. Tem tudo para ajudar bastante o Leão até a reta final da Série B. E tem mais.

Magrão, indiscutível. César, ele mesmo, melhorou na zaga. Tobi joga bem em qualquer canto da defesa. Germano, na proteção, Marcelinho na criação. Eficientes.

O time foi se ajeitando…

No fim do jogo quente no Recife, Sport 3 x 0 Brasiliense, com aplausos, festa da torcida e confiança. De jogadores e torcedores.

O Leão segue somando pontos, caminhando com doses homeopáticas, como disse o próprio técnico Geninho. Mas deixou de ser estático.

O Rubro-negro chegou a 30 pontos. Encostou no G4. Há algum tempo estava a 11.

Os leoninos já não duvidam que em breve caia para “zero”…

Metralhadora de Sobral

Filme: Borat

Hoje em dia, o discurso do politicamente correto se faz quase onipresente no futebol. Mas isso não está restrito apenas aos jogadores e treinadores.

Isso também se estende aos dirigentes.

“É um jogo muito difícil. Temos que respeitar o adversário, que tem muita qualidade”

E por aí vai… Já houve um tempo m que o escracho tomava conta dos bastiores. Mas de forma sadia, pra lá de irônica, provocadora.

Acredite, mas teve clássicos em Pernambuco nos quais os presidentes combinavam por telefone para encher o estádio (a renda era dividida). Depois, apareciam nas rádios.

“A minha torcida vai dominar o clássico”, dizia um.

“Aposto que a minha torcida será maioria”, respondia o outro.

As duas torcidas compravam o desafio e os jogos passavam fácil de 40 mil pessoas. O blog não vai revelar os nomes dos tais dirigentes, ok?

Atualmente, dificilmente aparece alguém para sacudir o futebol.

Mas não é que apareceu um…? Lá em Sobral, no interior cearense. Confira abaixo algumas frases de Luiz Torquato, presidente do Guarany, sobre o confronto contra o Tricolor, na Série D, em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).

“Perdemos um jogo (no estádio do Junco) este ano porque colocamos a equipe reserva. Mas somos um time quase imbatível jogando em Sobral. O Santa não tem time para aguentar a pressão não. O time do Guarany é muito melhor. No Recife, jogamos com três desfalques importantissimos. Perdemos porque foi uma idiotice. Meus jogadores desistiram de jogar depois de marca o segundo gol. Tiraram o pé. E quando levaram um gol, deu um branco. Mas aqui vai ser diferente.”

“O Santa não tem time hoje em dia. O Santa Cruz já está morto. Eles não conseguiram construir o placar que queriam jogando em casa. Imagine aqui no caldeirão, numa temperatura de quase 50 graus? Normalmente, faz 38 graus em Sobral. Mas no campo é muito mais quente. Não tem quem aguente. Tenho certeza de que já estamos classificados.”

Com a resposta, o próprio Santa Cruz, no domingo.

Resposta como nos velhos tempos, com a bola rolando.

Dia da Independência da Série B

Sete de Setembro, o Dia da Independência do Brasil

Sport x Brasiliense – 16h10.

Coritiba x Náutico – 21h00.

Na Ilha do Retiro, uma expectativa de público de aproximadamente 30 mil pessoas. Número que deixaria o Leão como o líder de torcida da Segundona.

Em Joinville, a despedida do Coxa Branca de sua amarga (porém, merecida) punição de 10 jogos, por causa da arruaça de parte de sua torcida em 2009.

No frio catarinense, um público pequeno deverá deixar um vazio na arquibancada, aliviando a pressão para cima dos alvirrubros, que necessitam cessar a série de cinco derrotas longe do estádio dos Aflitos.

No Recife, o oposto. É a chance de emplacar uma sequência de vitórias, algo vital para galgar posições rumo ao G4. Uma diferença que já foi de 11 pontos, hoje está em 4 e na melhor das probabilidades poderá cair para 1.

Cenário até certo ponto favorável para um recomeço. Em tese, claro.

Após as 19 rodadas do primeiro turno, a dupla centenária de Pernambuco acabou fora da zona de acesso à elite nacional em 2011.

Matematicamente, é impossível que isso mude já nesta rodada. Mas bons resultados nesta terça podem começar a marcar a independência pernambucana da 2ª divisão.

Até porque, como sabemos, se não houver independência, vem a morte…

Esse não vai aliviar na Cidade da Copa…

Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa

Jérôme Valcke, francês, 49 anos.

Secretário-geral da Fifa. Passa boa parte do ano na sede da entidade, em Zurique.

Era jornalista até julho de 2003, quando entrou na Fifa como diretor de marketing e TV. Assumiu o cargo atual em 27 de junho de 2007. Só está abaixo de Joseph Blatter.

Valcke esteve à frente na organização do Mundial de 2010, na África do Sul.

Também será uma das principais mentes envolvidas na Copa de 2014.

Ele desembarca nesta segunda-feira no Rio de Janeiro.

Vai monitorar de perto a evolução da preparação do país para a próxima Copa.

Como já demonstrou em outras ocasiões, ele não é um dos dirigentes mais pacientes da Fifa. É crítico, detalhista  e não costuma criar amizades por onde passa.

Nesta primeira passagem, o executivo ficará no Brasil até sexta-feira.

Ele vai se encontrar com o presidente da CBF, com os governadores do Rio e de São Paulo, com o presidente da República… Encontros objetivos, com cifras enormes.

Ainda neste ano será montado um escritório oficial da Fifa na Cidade Maravilhosa, longe de impostos e com o objetivo de fiscalizar a exploração de sua marca por aqui.

Tudo na Fifa corre por dinheiro. Eles não gostam de perder nada. E nem de atrasos.

Valcke visitará o país outras vezes. Qualquer hora, aparece aqui em Pernambuco…

Encolheu?

Série D-2010: Santa Cruz 4x3 Guarany. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Arruda lotado.

Todas as dependências foram tomadas por torcedores do Santa Cruz.

No borderô, um público grande: 50.879 torcedores. O maior no fim de semana.

Mesmo com um número desse tamanho, é impossível não lembrar que o recorde oficial do Mundão é de 96.990 pessoas, na goleada do Brasil sobre a Bolívia por 6 x 0, em 1993. O blogueiro estava lá, no anel superior do estádio.

Veja uma foto daquele jogo inesquecível AQUI.

Numa conta simples… Era possível entrar mais 46.111 pessoas neste domingo?

Veja a foto acima, feita pelo fotógrafo Bernardo Dantas, do Diario de Pernambuco, localizado em cima da marquise do setor de cadeiras.

Visão ampla.

E a pergunta simples: o estádio encolheu?