Faixa com previsão do futuro – Parte II

Faixa do Sport, campeão pernambucano de 2011. Foto: Antônio Mousinho/divulgação

Como era esperado, já estão circulando nas mãos dos ambulantes as faixas de hexacampeão pernambucano do Sport em 2011. Ainda com preço barato, R$ 3.

Mesmo desconfiados com a final, alguns os rubro-negros compraram antecipadamente. Porém, para tirar uma onda, torcedores do Santa também fizeram isso.

A imagem acima foi postada no Twitter pelo tricolor Antônio Mousinho (veja AQUI).

Afinal, além de ter a sua faixa de campeão, nada como guardar a relíquia que o adversário não teve direito a comemorar… Caso não haja reviravolta no Arruda!

Confira também a faixa já confeccionada para o título do Santa Cruz AQUI.

Encolheram o Arruda em 50%

Diario de PernambucanoNo mesmo estádio, no mesmo colosso, duas realidades bem distintas…

Arruda, dia 15 de maio de 2011: 55.000 ingressos à venda.

A carga corresponde quase à lotação máxima para o estádio coral, segundo as normas atuais da Fifa. De acordo com a diretoria do Santa Cruz, a capacidade é de 60.044 pessoas.

Arruda, 18 de dezembro 1983: 110.000 ingressos à venda!

Ao lado, uma reprodução da edição do Diario de Pernambuco, dois dias antes da decisão do supercampeonato pernambucano entre alvirrubros e tricolores, a primeira no Mundão após a construção do anel superior.

Veja a página ao lado em uma resolução maior clicando AQUI.

Assista à reportagem sobre aquela decisão de 1983 em duas partes no Youtube, clicando AQUI e AQUI.

No Clássico das Multidões, valendo o título de 2011, o estádio deverá ficar lotado. Aí, neste momento, tente imaginar um público dobrado, no mesmo espaço. Tenso.

Em tempo: o público oficial de 1983 foi de 83 mil pessoas, sendo 76.636 pagantes. Ou seja, 33.364 ingressos não foram vendidos. Após o vídeo fica difícil acreditar nisso…

Multidão para conter as multidões

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

Efetivo recorde da Polícia Militar para a finalíssima do Pernambucano: 1.608.

O dado do próximo domingo quebrou a marca histórica no futebol pernambucano, estabelecida em 2009, no jogo Brasil 2 x 1 Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa.

Naquela ocasião, também no estádio do Arruda, foram 1.600 policiais. O público naquela noite foi de 56 mil pessoas, com comportamento ordeiro.

Agora, a expectativa para o Clássico das Multidões também é de um público altíssimo, acima de 50 mil torcedores. Mas com o “agravante” de duas torcidas distintas.

O aumento da presença policial já era esperado, pois toda a fase final do Estadual de 2011 foi marcada por megaesquemas da PM (veja AQUI).

Pelo menos o estado fez a sua parte para a organização do jogão entre Santa e Sport, ao liberar um esquema de segurança que condiz com a importância da partida.

Nômades pernambucanos no Brasileiro

Nômade

Clubes intermediários de Pernambuco estão sem destino Brasil afora…

Em sua temporada de estreia na Série B, o Salgueiro jogará longe de casa.

O Carcará vai atuar em Paulista, na região metropolitana, mais precisamente no estádio Ademir Cunha, a 523 quilômetros de distância.

Isso porque o clube sertanejo aguarda a ampliação do estádio Cornélio de Barros para 10 mil pessoas. A obra só deve terminar em agosto.

Outro representante do interior local no campeonato nacional, o Porto, garantido na 4ª divisão, também está de saída da sua sede.

Após o fim da parceria de três anos com o Central – na qual jogava no Lacerdão e cedia o seu CT para os treinos da Patativa -, o Gavião irá jogar em outra cidade.

Como os dois estádios de Caruaru, Lacerdão e Antônio Inácio, estão inviabilizados para este ano, a diretoria do Porto acertou com a prefeitura de Belo Jardim, a 53 km.

O time vai mandar os seus jogos no Brasileiro no bem cuidado estádio Mendonção, com capacidade para 5 mil pessoas. Não é a primeira vez. Já jogou em Bonito também.

Salgueiro, pela falta de infraestrutura, perderá bastante durante alguns meses com a ausência do seu time. Caruaru, por problemas políticos, também ficará órfão.

Vários clubes itinerantes vêm fazendo o mesmo nas últimas temporadas. O Grêmio Barueri, que havia se mudado para Prudente, acaba de anunciar a volta para Barueri.

Falta respeito ao torcedor… Fica a dificuldade para angariar novos adeptos.

Faixa com previsão do futuro

Faixa do Santa Cruz, campeão pernambucano de 2011. Foto: Felipe Coelho, Sportnet/divulgação

Em qualquer decisão de campeonato de futebol a faixa de campeão é algo de praxe.

Na entrada do estádio, sempre é possível encontrar peças dos dois finalistas. No fim, o campeão acaba elevando o preço das faixas.

Lei da oferta e da procura… O que custava R$ 3 vira R$ 10 em segundos.

No domingo, será fácil encontrá-las no Arruda. Do Santa Cruz e também do Sport, mesmo com a grande desvantagem. Prudência do mercado.

No entanto, os vendedores ambulantes anteciparam o produto.

Nesta quarta-feira, na abertura da venda de ingressos para os corais, já era possível comprar a faixa tricolor de campeão pernambucano de 2011. Vendeu bastante.

Na Ilha do Retiro, a venda de entradas para os leoninos começará na quinta. Não será surpresa encontrar alguma faixa rubro-negra também. Haja véspera!

Milhõe$ em jogo para alcançar o céu

Nasa

Informações extraoficiais sobre valores reais.

Quando se trata de dinheiro, os clubes evitam ao máximo a divulgação dos números. Seja de contratos, venda de jogadores, salários, prêmios e até, acredite, borderô.

Neste post, o tema abordado é o valor do título pernambucano de 2011.

Para Santa Cruz e Sport.

Os valores são desencontrados. Mas, ainda assim, é possível mensurar o gasto milionário para conquistar a competição mais acirrada dos últimos tempos no estado.

No Leão, a premiação começou já na classificação ao G4, com R$ 600 mil. Inicialmente, a cifra seria a mesma para o hexa, totalizando R$ 1,2 milhão.

Numa tentativa de motivar o elenco para reverter a situação, a diretoria já teria subido para R$ 2 milhões. Há quem acredite que o teto seja ainda mais alto até o domingo.

No Tricolor, o valor mais modesto oscila entre R$ 600 mil e R$ 800 mil pelo fim do jejum de taças. Porém, o time ainda teria uma bonificação de alvirrubros abastados.

Então, na projeção mínima, um prêmio de R$ 1,8 milhão estará em jogo no Arruda, na decisão. No pote máximo, o número vai passar fácil de R$ 3 milhões…

Traje para o exército do Mundão

Camisa especial do Santa Cruz em 2011: Time de Guerreiros. Imagem: Coralshop/divulgação

Chegou a hora de faturar com a boa fase fora dos estádios.

O atual time do Santa Cruz é, reconhecidamente, a melhor equipe formada pelo clube dos últimos seis anos. Competitivo, concentrado e aplicado.

Da torcida, ganhou o justo apelido de “Time de Guerreiros”.

Uma imagem do exército coral já faz parte do site oficial do clube (veja AQUI).

Disponibilizada como papel de parede na web, a imagem fez sucesso junto ao torcedor tricolor. Agora, então, está estampada em uma camisa especial da Cobra Coral.

Na loja virtual do clube, a camisa custa R$ 59,90. Para comprar, clique AQUI.

As entregas começam a partir desta quinta-feira, dia 12 maio. Caso o Tricolor venda pelo menos três mil unidades, a arrecadação será de R$ 180 mil.

No domingo, na finalíssima do Pernambucano de 2011, não se surpreenda se já tiver gente vestida com a malha dos guerreiros de três cores.

No futebol, sucesso gera receita Receita, quase sempre, gera sucesso.

Acaba virando o ciclo desejado por todos. O Santa Cruz precisa disso.

O erro antes do erro antes do erro

Pernambucano 2011, final: Sport 0 x 2 Santa Cruz. Imagem: TV Clube

Polêmica, a falta do zagueiro tricolor Thiago Matias sobre o rubro-negro Bruno Mineiro ainda rende nas discussões na cidade, uma vez que o capitão do Santa não foi expulso.

Eram apenas cinco segundos de bola rolando.

Mercante contemporizou e deu apenas o amarelo – no lance seguinte, novamente para cartão, não mostrou nada.

Agora, os corais deram a resposta à reclamação leonina (veja AQUI).

Os torcedores lembraram de uma regra básica do futebol. Ao dar a saída de bola, todos os jogadores devem estar em seus respectivos lados do campo.

Nos post, dois print screens do vídeo da TV Clube no exato momento em que Landu tocou para Gilberto. Bruno Mineiro já estava bem adiantado (assista ao vídeo AQUI).

Está na regra 8 do futebol, do início e reinício do jogo (veja as 17 regras AQUI):

Procedimentos:
1) Todos os jogadores deverão encontrar-se em seu próprio campo.
2) A bola se encontrará imóvel no ponto central.
3) O árbitro dará o sinal.
4) A bola entrará em jogo no momento em que seja chutada e se mova.

Bruno Mineiro foi o primeiro “infrator” desta regra? Não mesmo. É algo absolutamente comum no futebol, como o agarra-agarra em cobranças de escanteio, que poderiam gerar dez pênaltis por partida. Os árbitros não marcam? Aí é o X da questão.

O erro já parte dali. Mercante poderia, sim, ter anulado a saída de jogo e reiniciado a partida, o que, obviamente, anularia qualquer falta cometida por Thiago Matias.

Mas, das 143 partidas deste Estadual, pelo menos metade deve ter registrado algo assim. Caso o lance não tivesse resultado em nada, provavelmente a imagem acima nunca teria sido utilizada como defesa. Ainda que justa, dentro da regra.

Mas o jogo seguiu. Portanto, na minha opinião, um erro não justifica o outro…

Nota-se que Mercante não estava mesmo em uma tarde de sorte.

Pernambucano 2011, final: Sport 0 x 2 Santa Cruz. Imagem: TV Clube

Chamaram a Cavalaria… Trio importado da Fifa

Fifa

Para o epílogo, um quadro todo da Fifa.

No domingo, Santa Cruz e Sport vão decidir o título do Pernambucano com um trio de arbitragem do alto escalão nacional, e sem nenhum representante do quadro local.

A informação foi confirmada pela Federação Pernambucana de Futebol nesta segunda.

Árbitro
Sálvio Spínola Fagundes (Fifa-SP)

Assistentes
Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA)
Márcio Eustáquio Souza Santiago (Fifa-MG)

Acertou a FPF, aos 45 minutos do segundo tempo, após alguns vacilos…

Na minha opinião, toda a disputa da fase final do Estadual poderia ter sido assim. A prudência apontava para isso, após arbitragens polêmicas durante toda a competição, beneficiando e prejudicando todos os clubes.

Seria uma forma até de preservar o quadro local, apontado pela presidência da entidade como um dos melhores do país. Neste ano, não mostrou nada disso.

A exceção no Arruda será em relação aos árbitros-assistentes – atrás dos gols – , com Nielson Nogueiro e Ricardo Tavares. Que a bomba não exploda no colo de ninguém.

A maior audiência nas arquibancadas do Brasil

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

De forma acumulada, o público do Campeonato Pernambucano de 2011 impressiona:

1.172.331 pessoas.

Nas 143 partidas realizadas, média de 8.198 torcedores a cada jogo (veja AQUI).

Deste total, 513.408 pagantes (43,79%), 586.245 da campanha Todos com a Nota (50,00%) e 72.678 não pagantes (6,19%).

Resta um confronto.

A decisão.

No maior estádio, com as duas maiores torcidas do Recife e valendo título.

Lotação esgotada, é claro.

Nesta segunda-feira, a diretoria do Santa Cruz confirmou a carga de ingressos para o próximo domingo, no Arruda.

Serão 50 mil bilhetes, sendo 40 mil para os tricolores e 10 mil para os rubro-negros.

Caso o público total da final do Estadual chegue a 51.669 presentes, a média final da competição será de 8.500.

A maior média do Brasil nesta temporada, além do maior público em uma partida.

Em Pernambuco, desde que os dados começaram a ser contabilizados pela FPF, em 1990, essa marca seria a segunda maior da história, abaixo de 1998, com 10.895.

Nível técnico duvidoso, conforto abaixo da média, calendário apertado e estrutura precária… Ainda assim, uma presença marcante.

Definitivamente, o torcedor pernambucano está de parabéns.

Imagine se a organização fosse impecável do começo ao fim?