Disparidade preocupante

Copa do Brasil 2011: Náutico 0x3 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Expectativa clara: impor o futebol ofensivo visto até então nesta temporada.

No cartaz do Náutico, 56 gols em 24 jogos. Diante do Vasco, a surpreendente formação com três atacantes e o apoio da torcida nos Aflitos. Confiança extrema.

Em campo, porém, foram 90 minutos de domínio absoluto do adversário, que ainda não havia brilhado na competição, diga-se.

Na abertura das oitavas de final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira, derrota diante do Vasco por 3 x 0, em um placar que ficou barato, tamanha disparidade técnica em relação o Timbu, apagado.

Foram inúmeras chances criadas pelo clube carioca, envolvendo sem pena o adversário recifense. Bola de pé em pé, cruzamentos da esquerda e da direita, cabeçadas, finalizações dentro e fora da área. Foi de todo jeito!

Apesar do erro tático adotado pelo Náutico, seria esta diferença técnica nítida aos olhos de 12 mil torcedores nos Aflitos uma síntese do atual futebol pernambucano? Como mensurá-la à vitória do Santa Cruz sobre o São Paulo, no mesmo torneio?

Apesar do revés, que deu fim a uma invencibilidade alvirrubra de 11 jogos em casa neste ano, o regulamento da competição não elimina o jogo de volta a partir desta fase.

Portanto, o Alvirrubro terá a difícil missão de reverter o placar no próximo dia 27 de abril, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro.

Até lá, o foco já será outro, 100% provinciano. O Campeonato Pernambucano…

Copa do Brasil 2011: Náutico 0x3 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Quatro campeões pernambucanos em 2011?!

Carlos Alberto Oliveira, confortável na sede da FPF. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Completamente indefinido, o título pernambucano desta temporada é o combustível de muitas discussões no estado. Agora, imagine todos os adversários com a mesma taça.

Sport hexa, Santa e Náutico derrubando jejuns e o Porto comemorando o primeiro título do interior. Imaginou? Provavelmente, não. O mandatário da FPF, sim.

TroféuTroféuO presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, comentou sobre a iminente fase final do Estadual de 2011 e aproveitou a oportunidade para pedir serenidade durante a disputa do mata-mata envolvendo Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport.

“Estamos fazendo um campeonato no qual está sobrando emoção não apenas nas primeiras colocações e sim em toda a sua dimensão, onde há uma disputa de equipes pela permanência na Série A1. Por mim, daria uma taça para cada um. Porém, como somente haverá um único campeão, que vença o melhor, dentro do maior espírito esportivo, para que assim se encerre o melhor Campeonato Estadual do Brasil.”

O que você achou desta ideia? Comente!

O campeonato cearense de 1992 teve quatro campeões. Por causa da má interpretação do regulamento, a federação de lá acabou declarando Ceará, Fortaleza, Tiradentes e Icasa como vencedores daquele ano. Que algo bizarro assim nunca aconteça por aqui!

Finalmente, 500 Clássicos dos Clássicos

Estádio dos Aflitos

Náutico x Sport, o terceiro clássico mais antigo do Brasil.

O duelo iniciado em 1909 tem neste domingo, às 16h, nos Aflitos, o seu capítulo 500.

Esvaziado? Provavelmente, pois os dois clubes devem escalar equipes mistas, focando já a semifinal, na próxima semana. Evitar lesões é a meta maior.

Ainda assim, com titulares ou não, a história estará em jogo, como sempre. Confronto do luxo e da obsessão, digno do Clássico dos Clássicos!

Clássico dos Clássicos: Náutico x Sport, com os seus primeiros escudos499 jogos
193 vitórias do Sport (691 gols)
167 vitórias do Náutico (641 gols)
138 empates
1 placar desconhecido (de 1931)

Fonte: pesquisador Carlos Celso Cordeiro (veja AQUI).

“Mas eu achava que o clássico entre Sport e Náutico já tinha passado de 500 jogos…”

A polêmica tem cinco anos. Em 21 de outubro de 2006, o Leão e o Timbu se enfrentaram na Ilha do Retiro, pela Série B. Parte da imprensa considerou aquela partida como o 500º clássico da história. O Leão venceu por 2 x 0, gols de Fumagalli.

Baseado nos números de Carlos Celso Cordeiro, o Diario de Pernambuco não considerou os confrontos válidos pelo Torneio Início, pois os jogos festivos, disputados de forma intermitente entre 1919 e 1981, duravam entre 15 e 40 minutos, longe do que se considera uma partida oficial de futebol.

Dois dias antes daquele dia, o Diario “recontou” o clássico. Assim, foram retirados 22 jogos do extinto Torneio Início, além de uma vitória anulada do Timbu, em 1934.

Portanto, o Clássico dos Clássicos de número 500, de fato e de direito, será agora.

Veja a lista com os clássicos mais antigos do país clicando AQUI.

Análise da semifinal do PE2011

Pernambucano 2011, semifinalistas: Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport

Mata-mata, jogos de ida e volta, duelo de 180 minutos…

Seja qual for a sua denominação preferida, a fase eliminatória do Campeonato Pernambucano de 2011 já tem os seus representantes.

A fórmula da fase final será a mesma adotada na Copa do Brasil desde 1989. Ninguém tem vantagem no confronto – a não ser o fato de disputar a segunda partida em casa -, e o gol fora de casa é critério de desempate em caso de igualdade.

O favorito ao título…? O contexto geral está bem indefinido.

Clique abaixo nos nomes dos semifinalistas e confira uma análise feita pelo blog.

SANTA CRUZ, NÁUTICO, PORTO e SPORT.

Aproveite e participe também da enquete desta semana!

Quem serão os finalistas do Pernambucano de 2011?

  • Santa Cruz e Náutico (28%, 302 Votes)
  • Náutico e Sport (28%, 299 Votes)
  • Sport e Porto (22%, 232 Votes)
  • Santa Cruz e Sport (17%, 183 Votes)
  • Santa Cruz e Porto (3%, 34 Votes)
  • Náutico e Porto (1%, 11 Votes)

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Análise da semifinal 2011 – Sport

Sport 2011: Marcelinho Paraíba e Bruno Mineiro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Desnecessário dizer que a folha do Rubro-negro é de R$ 1,2 milhão? Muito pelo contrário. Com tamanho sofrimento na classificação, é preciso lembrar sempre o grande investimento em um futebol opaco, burocrático. O Leão precisará de algo mais.

O Sport manteve a base do último ano, que fracassou na Série B. Apesar disso, alguns pilares importantes, como o goleiro Magrão e o volante Daniel Paulista. Voltaram Marcelinho Paraíba e Hamilton, sempre com as portas abertas no Recife.

Para completar, um novo velho ataque, com Carlinhos Bala e Bruno Mineiro. Juntos, o investimento passa de R$ 100 mil por mês. Chegaram a atuar juntos pelo Náutico na Série A de 2009. Neste ano, podem formar a dupla decisiva, uma vez que Ciro segue lesionado e em má fase.

Destaque
Perto de completar 36 anos, o meia Marcelinho Paraíba ainda decide. Habilidoso e bom finalizador, o jogador voltou a funcionar na bola parada, que já virou uma arma do Leão, uma vez que com a bola rolando o time ainda não deslanchou.

A aposta
A fase ainda não é das melhores. Mesmo com apenas 6 gols, Carlinhos Bala é o artilheiro rubro-negro no PE2011. Porém, o jogador vem dando assistências para muitos gols e costuma “crescer” em jogos decisivos. Afinal, ele é ou não o Rei de Pernambuco?

Ponto fraco
O sistema defensivo. Na frieza dós números, é a melhor defesa da competição, com 19 gols em 21 jogos, média de 0,9. Porém, os dois treinadores que passaram no clube testaram várias opções – inclusive com volantes improvisados -, sem encontrar um xerife. Contra os finalistas, o time sofreu 7 gols em 5 jogos.

Análise da semifinal 2011 – Porto

Porto 2011: jogadores jovens. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Mistério na folha do Porto. Varia entre R$ 60 mil e R$ 80 mil. Seja qual for o verdadeiro valor, fica nítido que é uma despesa baixíssima em relação aos três adversários da fase final. Porém, o Gavião voa alto com esse lastro desde sempre.

Com um CT muito bem equipado, a preparação física e técnica do Porto não deixa a desejar a ninguém. Com média de 22 anos, o time voou no Estadual até o momento. Literalmente, pois o ataque já marcou 38 gols, com média de 1,8.

Caso raro no Pernambucano, o time caruaruense mantém o mesmo técnico desde o início. O então desconhecido Laelson Lima montou um time que não abre mão do volume de jogo ofensivo nem fora de casa. Em casa é mais letal. Tanto que venceu os três grandes do Recife no Lacerdão.

Destaque
Aos 22 anos, Paulista já vive o auge da carreira. Dono de um chute fortíssimo, ele é o goleador máximo da competição, com 13 gols. Busca igualar o feito dos dois únicos jogadores de times do interior que foram artilheiros, Lêniton (Porto) em 1998 e Kelson (Itacuruba) em 2004, ambos com 14 gols.

A aposta
Naldinho, volante dito no mundo da bola como “versátil”. Com apenas 20 anos, já disputa seu 2º Estadual como titular no Gavião do Agreste. Tem ótimo posicionamento em campo e encosta bastante no ataque. Não surpreende ao balançar as redes…

Ponto fraco
Pode ser chavão, mas a falta de conquistas do clube e do elenco de uma forma geral pode, sim, pesar neste mata-mata, diante de clubes acostumados a empilhar taças. Cabe ao Porto derrubar o tabu de não existir campeões do interior.

Análise da semifinal 2011 – Náutico

Náutico 2011: Eduardo Ramos e Ricardo Xavier. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Investimento pesado, com o objetivo de evitar o hexa do rival rubro-negro: R$ 800 mil mensais. Com a permanência do técnico Roberto Fernandes, a diretoria alvirrubra aposta na identificação com a torcida, algo que deu certo em 2001, iniciando a “era Muricy”.

Com a união de dirigentes do Náutico para bancar parte da folha, reforços de qualidade chegaram, como Eduardo Ramos, Derley e Ricardo Xavier. Outros, de destaque, permaneceram, como Bruno Meneghel. Rapidamente, o Timbu encaixou o time, que chegou a ficar 11 jogos sem perder.

Nos Aflitos, o time segue invicto e vale lembrar que as 3 derrotas aconteceram com o time reserva. Com a formação principal, o time joga muito rápido, eventualmente com até três atacantes, buscando opções pelos lados dos campos, na mesma intensidade.

Destaque
Eduardo Ramos, candidato a “bi”. Craque do Estadual de 2010, pelo Sport, o meia conhecido outrora pelo extracampo parece ter tomado rumo nos Aflitos. Com qualidade indiscutível no passe e na armação de jogadas – além dos gols -, Eduardo Ramos ganhou a camisa 10 e vem fazendo a diferença.

A aposta
O centroavante Ricardo Xavier aproveitou bem o ritmo mais lento de Bruno Meneghle neste ano. Aproveitou bem o espaço e vem marcando muitos gols. Já tem 9, dois deles belíssimos, contra Cabense (cobertura) e Sport (voleio). Puxa bastante a marcação e abre espaços para rápido ataque timbu.

Ponto fraco
A defesa. Sofreu 25 gols em 21 jogos (média de 1,19), a segunda pior entre os semifinalistas. Roberto Fernandes testou várias opções, num verdadeiro rodízio, mas nenhuma delas emplacou de vez. Apenas o grandalhão Everton Luiz ganhou plena confiança até o momento.

Análise da semifinal 2011 – Santa Cruz

Santa Cruz 2011: Gilberto. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Na abertura do Campeonato Pernambucano, o Tricolor foi apontado como coadjuvante. Consequência de quatro temporadas horríveis. Iniciando uma nova gestão em 2011, a Cobra Coral trouxe o técnico Zé Teodoro, campeão estadual em 2004, pelo Náutico.

A partir daí, uma expressiva série de acertos no Santa Cruz, com reforços em busca de espaço e com alguma qualidade comprovada no cenário nacional: o goleiro Tiago Cardoso, o zagueiro Thiago Mathias, o meia Weslley e o atacante Thiago Cunha, que formaram a espinha dorsal da equipe.

Para completar, uma base que finalmente ajudou, como Natan, Renatinho e Gilberto, que substituiu Thiago Cunha e manteve o nível. Com um time compacto, o Tricolor aposta nos contra-ataques e na bola parada, através de Weslley “Sneijder”.

Destaque
O goleiro Tiago Cardoso, sem dúvida. Após um longo reinado no Recife, Magrão encontrou um rival à altura na meta. Com muita elasticidade e, sobretudo, reflexo, o camisa 1 coral não perdeu um jogo sequer pelo Pernambucano. Impôs uma segurança rara nestes últimos tempos sob a trave tricolor.

A aposta
O atacante Gilberto, de 21 anos, já é a maior “revelação” da competição. Aspas para o até então apagado quando fora testado no Santa. Aproveitando a lesão do então artilheiro Thiago Cunha, Gilberto mostrou presença de área e potência no chute. Já soma 11 gols, dois deles no clássico na Ilha, que lhe deram confiança para a fase final.

Ponto fraco
Irregularidade. Apesar de ser o time que mais venceu e o que mais liderou o Estadual, a Cobra Coral foi derrotada 5 vezes em 21 rodadas ou 23,8%, um índice alto. As duas laterais da equipe também não inspiram muita confiança na torcida.

Enquete: Quem serão os dois finalistas?

Pernambucano 2011, semifinalistas: Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport

Semifinalistas definidos.

Após 126 partidas distribuídas em 21 rodadas do Campeonato Pernambucano de 2011, os quatro clubes classificados à fase semifinal já são conhecidos.

Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport, pela ordem de classificação do Estadual.

No entanto, duas brigas paralelas ainda estão em disputa na última rodada da competição, no próximo domingo.

Tricolores e Alvirrubros, ambos com 44 pontos, vao em busca da liderança, com vantagem coral no número de vitórias.

Caruaruenses (38) e rubro-negros (37) só podem lutar pela 3ª colocação.

Só depois disso é que serão definidos os mata-matas. Indo além, então, veja as 6 opções possíveis para a decisão da competição: Santa x Náutico, Santa x Porto, Santa x Sport, Náutico x Porto, Náutico x Sport e Sport x Porto.

O blog “antecipa” a final. Considerando as opções acima, indique os dois finalistas do Pernambucano desta temporada!

Quem serão os finalistas do Pernambucano de 2011?

  • Santa Cruz e Náutico (28%, 302 Votes)
  • Náutico e Sport (28%, 299 Votes)
  • Sport e Porto (22%, 232 Votes)
  • Santa Cruz e Sport (17%, 183 Votes)
  • Santa Cruz e Porto (3%, 34 Votes)
  • Náutico e Porto (1%, 11 Votes)

Total Voters: 1.061

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Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (21)

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Foram três penalidades na 21ª rodada do #PE2011, duas delas para o Náutico, que assumiu a liderança, ao lado do Araripina. Curiosamente, o Timbu – que desperdiçou uma cobran contra o América (foto) – também liderou a lista em 2009 e 2010.

Vale lembrar que a lista será encerrada, como nos anos anteriores, após a 22ª rodada. Confira a atualização dos rankings elaborados pelo blog.

Pênaltis a favor (45)
7 pênaltis – Araripina e Náutico
6 pênaltis – Santa Cruz, Central e Porto
5 pênaltis – Cabense
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Vitória
1 pênalti – Petrolina, América e Ypiranga
Nenhum pênalti – Salgueiro

Pênaltis cometidos
7 pênaltis – Petrolina e América
5 pênaltis – Central
4 pênaltis – Porto, Náutico, Vitória e Cabense
3 pênaltis – Araripina
2 pênaltis – Santa Cruz, Ypiranga e Sport
1 pênalti – Salgueiro

Observações
Santa Cruz desperdiçou 1 pênalti
Porto perdeu 1 penalidade e defendeu 1 cobrança
Araripina perdeu 4 penalidades
Cabense perdeu 2 penalidade
Central perdeu 1 penalidade e defendeu 2 cobranças
América defendeu 2 cobranças
Vitória defendeu 2  cobranças
Ypiranga defendeu 1 cobrança
Petrolina defendeu 2 cobranças
Náutico desperdiçou 2 cobranças e defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Santa Cruz – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
1º) Náutico – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
3º) Sport – 3 adversários expulsos