Homem de preto baiano

Filme: Homens de Preto

Seriam esses os quatro principais nomes executivos do futebol do estado?

  • Carlos Alberto Oliveira, presidente da Federação Pernambucana de Futebol.
  • Berillo Albuquerque, presidente do Clube Náutico Capibaribe.
  • Fernando Bezerra Coelho, presidente do Santa Cruz Futebol Clube.
  • Silvio Guimarães, presidente do Sport Club do Recife.

Certamente. Cada um com o seu peso. O primeiro com a direção organizacional, há 15 anos, e os demais comandando os clubes de muita gente.

Em breve, mais do que se imagina, um 5º homem-forte do futebol local vai ganhar força nos batidores, com a turma de terno e gravata. Do mesmo top.

Será um novo vetor do profissionalismo. Um choque de realidades…

A Construtora Odebrecht anuncia ainda este mês o nome do presidente do Consórcio Cidade da Copa, que será responsável por todas as ações da concessão da arena multiuso em São Lourenço da Mata (veja AQUI).

O nome do executivo vinha sendo mantido em segredo pela empresa. No máximo, a grande dica: “Ele é brasileiro”.

Mas o blog teve acesso exclusivo ao nome do quinto manda-chuva local.

Marcos Lessa Mendes, 37 anos. De fato, brasileiro. E baiano. Ex-diretor de marketing da TV Bahia, afiliada da Globo por lá. Não era do ramo, mas, como já foi dito, vem sendo preparado para isso. Tanto que já participou da concessão da nova Fonte Nova, em Salvador – cuja licitação também foi vencida pela Odebrecht.

O diretor do futuro complexo de entretenimento pernambucano, de R$ 532 milhões, ficará responsável pela negociação com os clubes que assinarem com o consórcio.

A mesa redonda do futebol vai aumentar…

Definindo as torcidas

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

Deixando a rivalidade de lado, se é que é possível, comos as três maiores torcidas do Recife seriam definidas? É complicado…

E bem discutível, mas possível de ser feito, teoricamente.

Pois a consultoria inglesa Comperio Research o fez. A serviço do governo do estado, visando o projeto da arena da Cidade da Copa, a empresa fez um relatório com os três perfis. Ao todo, foram 288 entrevistados. Abaixo, o trecho original de cada clube. Leia a reportagem completa do Diario de Pernambuco AQUI.

Santa Cruz

“Os fãs de Santa Cruz são dedicados – independentemente do desempenho, eles tendem a comparecer aos jogos e apoiar o time. Veem o Sport Recife como sendo seu principal rivais e também e seus torcedores vândalos e causadores de confusão.”

Sport

“Os fãs do Sport Recife são leais e tendem a acompanhar o time em todas as competições. Ser fã do Sport Recife os torna exclusivos. Os fãs do Sport Recife veem o Náutico como o principal rival.”

Náutico

“A maioria dos fãs do Náutico vem das elites sociais. Eles vão aos jogos principalmente com suas famílias, para encontrar amigos e relaxar. Eles são muito sensíveis em relação ao desempenho do time e, quando este perde, tendem a ir à jogos com menor frequência. Os fãs do Náutico consideram o Sport Recife o seu maior rival.”

Gol dedicado a Zé do Carmo

O Santa Cruz vencia o Confiança por 1 x 0 até os 27 minutos do segundo tempo, com um gol do atacante Joelson. Era mais uma vitória da reabilitação, e novamente fora de casa, agora em Aracaju. No sufoco.

Mas Vovô (isso mesmo) cobrou uma falta na área e o zagueiro Breno desviou, empatando o jogo em um momento de pressão do time sergipano.

O empate em 1 x 1 deixou o Tricolor em situação complicada na Série D, com os mesmos 5 pontos do adversário.

Santa Cruz campeão pernambucano de 1986 em plena Ilha do RetiroVão disputar uma vaga a duas rodadas do fim. O surpreendente CSA já está classificado.

Essa matemática foi recalculada por causa do gol de Breno… Atleta nascido no Recife, em 1º de novembro de 1986.

Quatro dias depois do nascimento do agora defensor, o volante Zé do Carmo jogou pelo Santa Cruz para homenagear o filho. Partida válida pela Série A do Brasileiro, contra o Guarani, em Campinas.

A felicidade já vinha desde o início do ano, quando foi confirmada a chegada do bebê, junto ao título pernambucano de 86, em plena Ilha do Retiro.

Numa dessas ironias que marcam o futebol, o gol que compliou a Cobra Coral foi assinalado justamente pelo filho de um dos maiores ídolos da história do Santa.

Profissional, Breno fez o que a torcida proletária – como é conhecida a galera do Confiança – espera dele. Mas esse presente balançou Zé do Carmo neste domingo.

Em pleno Dia dos Pais.

Salários em dia, por favor

Cash no futebol

O salário no futebol é uma questão delicada.

Não só no futebol como em qualquer função profissional, diga-se.

E o assunto não é o valor do contracheque mensal, pois isso cabe a cada trabalhador, independentemente de sua função.

De R$ 510 a R$ 1,3 milhão por mês, como ocorre no futebol brasileiro.

O post é centrado, na verdade, sobre o pagamento em dia, que é algo necessário (e obrigatório) em cada empresa/empregador. E em cada clube.

No esporte, um atraso de salário pode ser atrelado ao desempenho do time em campo. Uma suspeita antiga, muitas vezes infundada.

Outras, não. Como, por exemplo, mostra a célebre frase do ex-volante Vampeta, durante a sua passagem no Flamengo:

“Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo.”

Se o time vence com salários atrasados, o resultado é tido como “superação” da equipe. Mas se a equipe sai derrotada na partida com os vencimentos atrasados, o grupo fica sob a suspeita de corpo mole, desatenção, descaso…

Foi o que aconteceu com o Náutico, na última semana, em Curitiba.

Se o clube vai jogar sob essa condição de atraso, aí a situação fica ainda pior, com a expectativa sobre o desempenho de cada atleta.

De fato, jogar com qualquer preocupação deve atrapalhar.

É nesse cenário que está o Santa Cruz, na Série D.

E há também o outro lado da moeda. Com salários rigorosamete em dia e um desempenho muito além do que espera qualquer torcida.

Aí, entra o Sport. Há anos com a folha quitada, mas irregular na tabela.

Dinheiro e futebol. Equação difícil… Mas a primeira soma é clara: tem que pagar.

Confira os 50 maiores salários do mundo do futebol AQUI.

Os milhões secretos da Arena

Cidade da Copa

O Diario de Pernambuco teve acesso exclusivo ao estudo encomendado pelo governo do estado junto à consultoria inglesa Comperio Research para saber a viabilidade econômica da arena pernambucana para o Mundial de 2014. O relatório, de 66 páginas, foi incluído no edital de licitação. Veja a reportagem completa AQUI.

Abaixo, as receitas do primeiro ano nos oito cenários possíveis no estádio. Os valores agregam as receitas dos clubes e do consórcio liderado pela Odebrecht, que vem erguendo a arena com 46 mil lugares. Na opção sem clube algum, apesar do baixo valor, a receita não deixaria a arena inviável segundo a pesquisa.

Os valores vão de R$ 5,7 milhões a R$ 86,2 milhões, número 15 vezes maior…

O estádio da Cidade da Copa começou a ser erguido no último dia 30 de julho, mas, até o momento, nenhum clube assinou o contrato para jogar lá. Porém, as negociações seguem sob o “contrato de confidencialidade” de todas as partes envolvidas.

Árvore de dinheiroR$ 86,2 milhões – Sport, Santa e Náutico
R$ 64,4 milhões – Sport e Santa Cruz
R$ 60,4 milhões – Santa Cruz e Náutico
R$ 60,1 milhões – Sport e Náutico
R$ 31,6 milhões – Sport
R$ 30,1 milhões – Santa Cruz
R$ 27,3 milhões – Náutico
R$ 5,7 milhões – Nenhum clube

Todas as possibilidades acima levam em conta a possibilidade da realização a cada dois anos de cinco grandes shows e um jogo da Seleção Brasileira.

Anualmente, segundo o próprio estudo, o número dessa projeção seria “2,5” e “0,5” eventos, respectivamente.

Curiosidade: apesar do Sport ter a maior receita jogando sozinho, o conjunto entre Santa Cruz e Náutico seria maior que a concessão com rubro-negros e alvirrubros.

Enquete: Você gostaria que o seu clube mandasse os seus jogos na arena?

Tudo azul

Camisa azul do Santa Cruz, versão 2010Camisa azul do Santa Cruz, versão 2009O Santa Cruz lançou nesta quinta a nova versão da camisa azul do clube, o 3º uniforme. A camisa (à esquerda) será vendida por R$ 169.

O primeiro modelo azul (à direita) foi lançado em 9 de julho de 2009, custando R$ 159, com um tom mais escuro e faixas.

Torcedor tricolor, qual é a versão mais bonita da camisa azul do clube?

Vale lembrar que o uniforme é uma homenagem do clube à vitoriosa excursão coral no Oriente Médio e na Europa, em 1979. Pela invencibilidade de 12 jogos, o Santa ganhou da CBD (antiga CBF) a Fita Azul. Saiba mais esse capítulo tricolor AQUI.

Tri da copinha

Troféu mandrakeE lá vem a 16ª edição da Copa Pernambuco.

Trata-se do torneio que começou em 1994 como um campeonato de clubes profissionais do interior, mas que evoluiu (!!!) para uma competição de dimensão estadual (incluindo a capital), mas com perfil semiamador.

Estádios vazios, jogos horríveis e pouca renda.

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) acaba de emitir um comunicado oficial sobre a edição de 2010 (veja a nota AQUI).

O torneio será disputado a partir de setembro, segundo o departamento técnico da entidade, chefiado por José Joaquim.

A inscrição acaba na próxima segunda-feira.

Após as eliminações nacionais em 2008 e 2009, a Copa Pernambuco foi o que sobrou para a Cobra Coral. Rumo ao tricampeonato, Santa Cruz?

Fica para 2020

IBGE, censo 2010 do BrasilO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou nesta segunda-feira o recenseamento de toda a população do Brasil. Trabalho pesado! Veja AQUI.

Estima-se que somos mais de 192 milhões de brasileiros. Em breve, teremos esse dado exato.

O censo demográfico, que é feito a cada dez anos no país, chega à sua 12ª versão. Em 2010, a novidade será a utilização de aparelhos digitais, substituindo as antigas pranchetas.

Uma compilação de dados em altíssima velocidade, reduzindo bastante o tempo para o processamento das informações. Como ocorreu nas eleições a partir de 1996, com a implantação das urnas eletrônicas. Ok. E o esporte, onde entra no post…?

O post entra como “protesto”. Se a planilha dos recenseadores mudou, entrando na era digital, bem que poderia se pensar em colocar a velha pergunta:

“Para qual clube de futebol você torce?”

Em abril, fiz um post sobre o assunto, chamado “A culpa é sua, IBGE”, falando sobre as polêmicas pesquisas de torcida, feitas por amostragem. Veja o comentário AQUI.

Agora, não há mais o que fazer nesta década. O jeito, então, é esperar até 2020.

Metade das discussões de futebol poderiam ser encerradas com essa pergunda…

A vitória não chega

Brasileiro da Série D: Santa Cruz 0 x 0 Confiança. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Incrível… Está faltando sal grosso.

Mais uma vez, um excelente público foi registrado no Arruda, com quase 27 mil pessos neste domingo. Mas o favoritismo não adianta para o Santa Cruz.

O time coral não saiu de um 0 x 0 com o Confiança e segue em situação apertada no Brasileiro da Série D. A anestesia na torcida acaba mais uma vez.

“No fim, a bola tocou na minha mão sim. Mas o árbitro estava mal colocado e não marcou. Então, não foi pênalti. Mas ele fez uma arbitragem ruim o jogo todo.”

Declaração com absoluta sinceridade do zagueiro Váldson, do Confiança.

Já são dois anos sem vitória do Tricolor no Arruda em jogos pelo Campeonato Brasileiro. O blog trouxe esse levantamento em 18 de julho (veja AQUI).

Retrospecto de três derrotas e seis empates.

Ao todo, o clube levou 237.267 pessoas nesses nove jogos. Média excelente de 26.363 torcedores. É muita gente vendo de perto resultados tão ruin.

2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2008 (Série C) – Santa Cruz 2 x 2 Salgueiro
2008 (Série C) – Santa Cruz 0 x 1 Icasa
2008 (Série C) – Santa Cruz 1 x 1 Campinense
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 Central
2009 (Série D) – Santa Cruz 1 x 2 Sergipe
2009 (Série D) – Santa Cruz 2 x 2 CSA
2010 (Série D) – Santa Cruz 0 x 1 CSA
2010 (Série D) – Santa Cruz 0 x 0 Confiança

Nem Freud explica

Torcida do Santa Cruz no ArrudaDuas vitórias seguidas. O desempenho tricolor nesta semana acordou a torcida do Santa Cruz. Ou, no mínimo, sacudiu a diretoria coral, que liberou uma carga incrível de 60 mil ingressos para o jogo contra o Confiança, neste domingo.

São 23 mil bilhetes do Todos com a Nota e 37 mil para a arquibancada (com preço único de R$ 10). Esse número de ingressos corresponde à carga máxima do estádio do Arruda.

Na estreia da Série D, contra o CSA, o público foi acima de 19 mil pessoas. A derrota foi frustrante, mas a recuperação em Mossoró e a vitória sobre o Treze (essa pelo Nordestão) reanimaram um povo que realmente sabe dar a volta por cima. Há anos.

Colocar 60 mil ingressos na 2ª rodada da Série D: exagero, confiança ou paixão?

Acho que nem a psicanálise de Sigmund Freud vai desvendar essa…