Sobrou para o Getafe

Mano Menezes comandando treino da Seleção em los Cardales. Foto: cbf/DIVULGAÇÃO

Buenos Aires – É até comum um técnico de futebol citar um time folclórico, pela ruindade, para detalhar a sua opinião sobre situações de jogo. Um caso popular é o de Luiz Felipe Scolari, em 2002, quando disse, se referindo ao setor ofensivo do Brasil:

“Não adianta fazer quatro gols no Bambala e no Arimateia. E quando jogar com a Argentina?”

Os tais Bambala e Arimateia são clubes amadores do Rio Grande do Sul.

Agora, em sua última coletiva antes do jogo contra o Paraguai, o técnico Mano Menezes bateu na tecla da paridade técnica na Copa América, mas deu um exemplo curioso...

“Uma coisa é jogar contra o Getafe e outra é contra Colômbia, que tem uma diferença técnica grande e precisamos aceitar essa diferença.”

O comentário em Los Cardales foi um elogio ao desempenho do time cafetero, que martelou bastante a Argentina, apesar do empate em Santa Fé.

Porém, ao contrário do “Bambala”, o Getafe Club de Fútbol é profissional e integrante da elite da Espanha, na região metropolina de Madri.

Vice-campeão da Copa do Rei em 2007 e 2008, o clube conta com quatro sul-americanos. Os demais são espanhóis, conterrâneos dos atuais campeões mundiais.

Por outro lado, a Colômbia vivia a pior fase de sua história até junho.

Entre os 12 times da Copa América, a Colômbia é a 8ª melhor no ranking da Fifa. No geral, a 54ª posição, a mais baixa do país desde a implantação da lista oficial, em 1993.

Mas sobrou mesmo para o Getafe, um Bambala com o grife, que, é bom ressaltar, jamais enfrentou um time treinado por Mano Menezes…

Geração playstation dos hermanos

 

Mateus e Tomás, argentinos no treino da Seleção Brasileira. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Alguns jogadores se tornam referências por um bom período para os torcedores. Sobretudo àqueles fãs mais distantes…

E o que dizer de dois hinchas “rivais” de 8 e 6 anos? Argentinos, os irmãos Charip, Mateus e Tomás, foram até o hotel onde a Seleção Brasileira está hospedada para tentar pegar alguns autógrafos.

Duas assinaturas eram essenciais para os pequenos, acompanhados da babá Isabel Ribeiro. Mas não havia muito o que fazer neste caso…

Mateus e Tomás saíram direto da escola, próxima ao hotel, em Cardales, para conhecer de perto Ronaldinho Gaúcho e Kaká.

Tive que “avisá-los” que os dois não estavam no time do Brasil nesta Copa América. Eles demoraram alguns segundos para acreditar.

Perguntei se gostavam de games de futebol. A resposta (“sí”) remeteu diretamente às capas dos jogos mais populares, Fifa Football e Pro Evolution Soccer (veja aqui).

A solução imediata da pequena dupla foi tentar falar com o goleiro Júlio César e com o zagueiro Lúcio. Não conseguiram, mas ganharam um aceno de outros jogadores, que passaram em uma van nos 300 metros que separam o campo e hotel.

O jeito deve ter sido voltar ao playstation…

Nem Boca nem River. Só All Boys

All Boys

Buenos Aires – Eis uma pergunta básica sobre o futebol portenho…

“Boca Juniors ou River Plate?”

Para a maioria dos turistas que puxam um papo sobre futebol, os dois gigantes argentinos são as únicas opções  para despertar a paixão clubística.

Mas ainda existem outros times tradicionais no país, como Independiente, Racing, Vélez Sarsfield e Estudiantes, todos com troféus da Libertadores e do Mundial.

Sendo assim, o que faz algúem torcer por outra equipe em Buenos Aires? Existem mais de 15 clubes na cidade, todos com estádio particular.

Torcero “bairro” ainda é uma tradição forte, sobretudo nas classes mais pobres.

Um desses times, encravado no bairro de Floresta, é o chico All Boys. Ausente na elite argentina durante 30 anos, o clube voltou recentemente e fez até estrago, vencendo o River Plate – algo que, de certa forma, indluenciou no rebaixamento do Millonario.

Abaixo, conheça o taxista e hincha Cristian Rojas, de 29 anos, que há mais de 15 anos gasta parte do salário para ir ao estádio Isla Malvinas, casa do alvinegro.

Não por acaso, ele foi falando de futebol durante os 50 minutos até La Plata…

Todos sem o caldeirão

Série B 2011: Náutico 2x0 Guarani. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Por Waldemar Lemos, após a importante vitória sobre o Guarani neste sábado, nos Aflitos, em um 2 x 0 com gols de Derley, dedicado ao “paizão”, e Kieza, um atacante cada vez mais vital para a equipe:

“A verdadeira torcida do Náutico está participando, só não está lotando o estádio. O alvirrubro precisa curtir este momento.”

Foi uma semana de pressão, da ameaça de greve ao “bicho molhado” de R$ 25 mil na porta do vestiário. No fim, o Náutico foi apoiado por apenas 4.223 pessoas.

Aquele torcedor que acompanhou pelo rádio, televisão, internet ou só soube do placar horas depois, não é menos fanático que aqueles que se deslocaram até Rosa e Silva.

O foco da reclamação do treinador – que, apesar da fala mansa, vai desenvolvendo seu trabalho e fincando seu nome no clube – é a falta da pressão de outrora nos Aflitos.

Historicamente, o Timbu constrói as suas campanhas com a força do estádio Eládio de Barros Carvalho. Em quatro jogos em casa até aqui – duas vitórias e dois empates – foram 19.255 pessoas, com a pequena média de 4.813 torcedores por jogo.

Menos de 25% de ocupação? Curioso, pois a cobrança ocorre em 100% do tempo…

Contagem regressiva para o Todos com a Nota?

Série B 2011: Náutico 2x0 Guarani. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Enquete: Nordestão 2011 na visão pernambucana

No papel, o Nordestão de 2011 deverá contar com os três grandes clubes do Recife.

No entanto, a competição ainda não teve o “ok” de Santa, Náutico e Sport. Tabela? Muito menos. Por isso, o blog realizou duas enquetes nesta semana sobre o tema.

A conclusão: as três torcidas querem participar do regional, independentemente da formação que vá entrar em campo. Com a segunda pergunta, aliás, ficou nítido que apenas os tricolores gostariam de ver o mesmo time do Brasileiro no Nordestão.

Você quer que o seu clube dispute o Campeonato do Nordeste de 2011, mesmo que seja com um time “B”?

SportSport – Sim……………64,8%
Sport – Não……………35,2%
Votos………………………..176

Santa CruzSanta Cruz – Sim…….84%
Santa Cruz – Não…….16%
Votos………………………..100

NáuticoNáutico – Sim…………71,1%
Náutico – Não…………28,9%
Votos…………………………..45

Na sua opinião, o seu clube do coração deveria jogar o Nordestão de 2011 com com o time principal ou misto?

SportSport – A……………..20,0%
Sport – B………………80,0%
Votos……………………….165

Santa CruzSanta Cruz – A………63,2%
Santa Cruz – B……….36,8%
Votos…………………………49

NáuticoNáutico – A……………34,2%
Náutico – B…………….65,8%
Votos………………………….38

Entre o Aeroporto dos Guararapes e o TIP

Ônibus e avião

Dúvida é antiga no futebol pernambucano…

Já tem algumas décadas.

Treinadores, diretores e até torcedores tendem a valorizar mais os reforços que chegam no Aeroporto Internacional dos Guararapes em relação àqueles que desembarcam no Terminal Integrado de Passageiros?

Mesma idade, porte físico semelhante, futebol parecido. Um é mais rápido, o outro é mais habilidoso. Um prima pelo desarme, outro pelo cabeceio. Um finaliza com força, outro bem colocado, sempre. E por aí vai…

Diferente mesmo, só a conta bancária dos atletas e o investimento do próprio clube. Além, é claro, do valor das passagens e da titularidade.

Isso é apenas uma impressão do blogueiro ou é mesmo um vício do futebol pernambucano? A discussão foi levantada pelo internauta alvirrubro Joaquim Costa, através do Twitter.

De avião ou de ônibus, a esperança é a mesma.

Libertadores, versão júnior

Taça LibetadoresEstrutura de competições na categoria Sub 20 do futebol, também chamada de “júnior”:

Clubes (anual)
Campeonato Pernambucano e demais estaduais
Campeonato Brasileiro, desde 2006, realizado em dezembro, no Rio Grande do Sul

Seleções (a cada 2 anos)
Campeonato Sul-americano, desde 1954
Campeonato Mundial, desde 1977

Uma novo torneio entra na lista a partir desta sexta-feira.

Começa neste 10 de junho de 2011 a primeira edição da Taça Libertadores da América Sub 20. O formato ainda vai seguir a estrutura de outros torneios de juniores.

No caso, a competição terá um sede, no Peru, com a participação de 12 clubes. O representante brasileiro será o Flamengo, indicado após o título da Copa São Paulo de futebol júnior, em janeiro.

No grupo A, Universitario (Peru), Nacional (Uruguai), Libertad (Paraguai) e Wilstermann (Bolívia). Na chave B, Alianza (Peru), Boca Juniors (Argentina), Universidad Católica (Chile) e Caracas (Venezuela). No grupo C, Flamengo (Brasil), América (México), Millionarios (Colômbia) e José Terán (Equador).

A final será no dia 26 de junho.

Estadual moribundo

Campeonato Sergipano de 2011

No domingo, o Campeonato Sergipano chegou ao fim, com o título do River Plate.

A Federação Sergipana de Futebol (FSF) acaba de divulgar o balanço da competição de 2011. Os números são desoladores. Ao todo, o público nos 104 jogos foi de 61.318.

Média de apenas 613 testemunhas. Às moscas.

A renda total foi de R$ 653.555, com média de R$ 6.535 (veja AQUI).

Somente a decisão do Pernambucano desta temporada, no Arruda, registrou a presença de 62.243 torcedores. A arrecadação na partida foi de R$ 1.177.140.

O futebol pernambucano precisa de muitos ajustes, fato.

Mas o futebol de Sergipe, sem clubes nem na Série C, precisa se reinventar…

Último samba do camisa 9

Um vídeo de “despedida” em um contrato vitalício. Pois é.

A Nike tem um contrato com esta “validade” junto ao ex-atacante Ronaldo (veja AQUI).

O valor: R$ 167 milhões. Até 1994, quando o negócio foi fechado, a fabricante de material esportivo não tinha produtos no futebol… Haja superexposição desde então!

Os investimentos em comerciais foram incessantes nos últimos 17 anos.

Abaixo, o último comercial da marca para um jogo de futebol oficial do Fenômeno – contra a Romênia, nesta terça-feira, em São Paulo -, com direito a música nova.

“Ô, ô, ô, Ronaldo é gol.”

Depois dos 15 minutos em campo no amistoso, só ações publicitárias com o empresário Ronaldo… O comercial, por sinal, foi gravado na agência do craque, a 9nine.