A atriz e cantorna norte-americana Miley Cyrus é bastante popular entre os adolescentes. A jovem, que completou 18 anos no dia 23 de novembro, é a estrela de uma curiosa ação de marketing no futebol brasileiro. Na verdade, no “soccer”, como ela mesma fala nos vídeos da campanha de uma empresa de absorventes.
A atriz, que vem em breve ao Brasil, diz:
“Estou indo para o Brasil e sei que vocês adoram futebol. Eu gostaria de torcer para um time no Brasil. Vocês me ajudam?”
Segundo a campanha, são 16 opções. E lá está o Sport… Um dos dois únicos clubes no Nordeste lembrados na campanha, ao lado do Vitória. Em apenas três dias no Youtube já foram mais 10 mil visualizações no vídeo do Sport.
Assista, no vídeo abaixo, a cantora com a camisa rubro-nega, com direito a “Pelo Sport nada? Tudo”. Será que Miley vai frequentar a Ilha do Retiro? Saiba mais clicando AQUI.
Entre os comentários do torcedores no Youtube já tem até pérolas como:
“Não é mole não, a Miley Cyrus é da Jovem e do Leão!”
“O processo de sucessão será tranquilo. Todos estão em prol do Sport.”
“Precisamos da presença de todas as lideranças do clube.”
A cada dois anos pode apostar as suas fichas que frases desse tipo vão ecoar por todos os cantos da Ilha do Retiro. A eleição leonina é, historicamente, o processo mais turbulento no meio político do futebol do estado.
A gama de lideranças, ou pseudolideranças, é enorme.
Agradar a todos é difícil. Diria impossível, até. E, de certa forma, desnecessário.
A vaidade de nenhum dirigente colabora para a melhora do Leão.
Mas os envolvidos fazem questão de apontar esse caminho da “união” como a solução definitiva para novas gestões. Nunca foi.
Não no Sport, que entre 2000 e 2008 realizou quatro eleições. Quatro!
Consenso na Ilha é ilusão. Vender essa ideia cola menos a cada nova passagem de bastão. Agora parece ter chegado a vez de Gustavo Dubeux encabeçar o Executivo.
O que parecia fácil, devido à ótima aceitação do nome do empresário nas mais diversas castas rubro-negras, se tornou um engodo.
Como alocar o atual mandatário Silvio Guimarães no nova diretoria sem causar rusgas?
O atual presidente colecionou algumas inimizades durante os seus dois anos de gestão. O rebaixamento em 2009 e o fracasso na Série B de 2010 acentuou a situação.
Foi uma gestão marcada pelo acerto de dívidas paralelo à perda enorme de receita de cotas de transmissão pela ausência na elite. Especula-se que chegue a R$ 15 milhões.
Guimarães se diz fritado no episódio que vai tratar a gestão 2011/2012.
Ao mesmo tempo, fica a dúvida sobre a necessidade de continuar na direção. Por que tanto embaraço para compor um novo grupo? Qual é o problema em indicar novos nomes, velhos nomes ou outros nomes? O presidente surpreendeu e retirou o seu.
Mas a metralhadora já havia disparado de todos os lados. Alguns se dizem vítimas, outros apontam culpados. No fim, quem perde é o Sport. A união, é claro, não existe.
Mas o clube não é movido a isso. O clube tem que ser movido pelo profissionalismo.
Não faz parte da diretoria? Sente na arquibancada e apoie bastante. Fará diferença.
Quem manda lá, e não esconde de ninguém, é Carlos Alberto Oliveira. Ele prova isso ao passar por cima até do calendário da CBF.
A CBF libera apenas 23 datas para os Estaduais.
Em Pernambuco, o Estadual de 2011 utilizará mais uma vez um número acima do permitido pela Confederação Brasileira.
Serão 26 jogos rodadas, entre fase classificatória e mata-mata decisivo.
Em uma reunião extraordinária nesta quarta-feira, a FPF antecipou o Pernambucano de 16 para o dia 13 de janeiro. Paliativo.
Seriam quatro jogos em oito dias. Agora, apenas um intervalo será “sufocado”.
Entre a 3ª e 4ª rodadas não há solução. O desgaste físico é iminente, com um intervalo entre os jogos de apenas 48 horas. Segundo normas da CBF, deveriam ser 66.
O mandatário da Federação Pernambucana de Futebol, no entanto, diz que não há o que fazer e que continuará assim.
“Não tem nada que eu possa fazer. O clubes querem jogar a semifinal, então continuará sendo assim. E a imprensa, que fez uma polêmica com isso, que faça a tabela dela. Sou o presidente da FPF e não abro mão das minhas atribuições”.
OLIVEIRA, Carlos Alberto.
Não só a imprensa pode fazer, mas qualquer torcedor, presidente.
Exigências do dirigente: elaborar uma competição com 12 clubes e formato de semifinal e final e em 23 datas. Como ficaria? Está lançado o desafio.
Elaborei uma fórmula com os critérios. Confira nos comentários e faça a sua!
Pernambuco já revelou muitos craques no futebol. Alguns dos melhores da história.
Muitos deles brilharam nos clubes do estado antes de serem negociados. Outros tantos, é verdade, saíram ainda na categoria juvenil para times das regiões Sul e Sudeste.
Mas sempre houve uma preparação forte, uma base reconhecida.
Regularmente, se disputa por aqui os Estaduais infantil, juvenil e júnior.
Porém, os testes ficam praticamente restritos ao limite geográfico do estado. É preciso haver intercâmbio e estrutura – uma consequência do investimento, é claro. O retorno, já sabemos, é garantido…
Por isso, vale apontar uma constatação de que os grandes clubes do Recife não seguem esse caminho. Está registrado na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
A edição de 2011 será a 5ª consecutiva sem a presença da garotada de Sport, Santa Cruz e Náutico – que também estão fora do Brasileiro Sub-20, no próximo mês. Desde 2007, apenas o Porto de Caruaru marcou presença constante. O Ypiranga também participou em 2008 e 2009, sem sucesso. Este ano foi a estreia do Atlético Pernambucano, de Carpina. No próximo ano vão viajar apenas Porto e Vitória.
Vale ressaltar que essas participações do interior acontecem com um esforço enorme para captar recursos. Entre 2004 e 2010, o estado se classificou para a segunda fase em apenas uma oportunidade: Porto, em 2007, até as oitavas de final. É muito pouco.
Enquanto isso, os jovens valores são alçados ao profissionalismo sem os fundamentos básicos, como marcação, cruzamento, chute… Fora a preparação psicológica.
Veja o regulamento e os grupos da Copinha de 2011, com 92 times, clicando AQUI.
Em uma campanha marcada pela inconstância, principalmente em plena Ilha do Retiro, o Sport falhou na sua missão de “carro-chefe” da Série B (veja AQUI).
Dos três campeões brasileiros presentes na Segundona desta temporada, o Leão é o único que não conseguiu o acesso à elite.
O último duelo contra a calculadora foi na tarde deste sábado, no confronto direto contra o América/MG. Em oito minutos, no entanto, o Rubro-negro fez com que muitos televisores no Recife fossem desligados.
Aos 6, Marcelinho Paraíba acertou a trave.
Aos 7, Fábio Júnior marcou o primeiro gol do Coelho.
Aos 8, Germano foi expulso…
Dudu ainda marcou mais um na justa vitória do América por 2 x 1 – Dairo ainda fez um de “honra”. Agora, o time mineiro luta apenas contra a Portuguesa pela última vaga.
Ao Sport, o início de uma nova gestão. A atual recebeu o clube na Taça Libertadores da América, com um orçamento de cerca de R$ 30 milhões em 2009, e vai entregar o clube na Série B, novamente com a imagem manchada pelos insucessos.
A cota do Clube dos 13, que havia caído para 50% neste ano por causa do rebaixamento, vai ficar na casa dos 25% em 2011, seguindo a regra de 1/4 da receita para filiados longe da elite por mais de um ano.
O que era R$ 13 milhões virou R$ 6,5 mi e agora deverá ser R$ 3,25 mi.
Este sábado marcou as “bases” do Sport em busca do hexacampeonato pernambucano em 2011. E, mais uma vez, do acesso…
Saiu a tabela do Campeonato Pernambucano de 2011. Uma tabela surreal.
Em primeira mão, o portal Superesportes antecipou a ordem das 22 rodadas da fase classificatória do próximo Estadual, que começará em 16 de janeiro (veja AQUI).
Porém, basta dar uma rápida observada na tabela para ter a certeza que o nosso futebol ainda carece de um “pouco” de organização.
Explico: de acordo com o Estatuto do Torcedor, o intervalo entre jogos oficiais é de pelo menos 72 horas – três dias. Veja abaixo as datas das primeiras rodadas.
1ª rodada – 16 de janeiro (domingo)
2ª rodada – 18 de janeiro (terça-feira, 5 jogos) e 19 de janeiro (quarta-feira, 1 jogo)
3ª rodada – 20 de janeiro (quinta-feira, 4 jogos) e 21 de janeiro (sexta-feira, 2 jogos)
4ª rodada – 23 de janeiro (domingo)
4 rodadas em 8 dias.
Intervalos de 48 horas… Algo visto pela última vez na década passada.
O modelo segue a fórmula absurda com três jogos por semana até a 7ª rodada, quando o Estadual passa a ter dois jogos a cada sete dias. A fase acabará em 17 de abril.
Mas, como o mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira já afirmou, o Pernambucano vai continuar com 12 times e inchado até o fim de sua gestão, em 2015 (veja AQUI).
Que ninguém reclame de falta de tempo para treinar…
O Santos cansou de revelar jogadores nesta década…
Primeiro, com a geração de 2002, que deu o primeiro título brasileiro da história ao Peixe. Entre outros craques, surgiram Robinho, Diego, Léo, Elano e Alex. Todos eles com passagens na Seleção Brasileira. Todos eles foram vendidos para o exterior e renderam milhões ao clube da Baixada Santista. Consequência? Bicampeonato em 2004.
Agora, a geração de Neymar. Além do genial e genioso atacante, destacam-se no elenco da Vila Belmiro o meia Paulo Henrique Ganso e jogadores como Zé Eduardo e André, que já foi vendido neste ano. Todos eles com multas rescisórias astronômicas. O Santos chegou a negar uma oferta de R$ 71 milhões (30 mulhões de euros) do Chelsea por Neymar. Recusou pois sabe que tem ouro em estado bruto.
Ok. Então já ficou claro que um bom trabalho na categoria de base de um clube pode gerar muito dinheiro. Eis uma reviravolta nesta mesma década.
Em 2001, o então presidente do Sport, Luciano Bivar, dissolveu a categoria de base da Ilha do Retiro. O Leão tinha cerca de 200 jogadores espalhados pelo infantil, juvenil e juniores.
O dirigente alegou que a Lei Pelé, que havia acabado com o passe dos jogadores profissionais, seria prejudicial aos clubes. Com o tempo, todos entenderam que era necessário esticar os contratos para poder conseguir um retorno financeiro através dos atletas, com o respaldo da lei.
Agora, exatamente dez anos depois, o mesmo Luciano Bivar deverá assumir o núcleo amador do futebol do Sport na provável gestão de Gustavo Dubeux (veja AQUI). Abaixo, uma nota publicada por Bivar nos jornais em 27 de setembro de 2000.
A Hora da Verdade
“Há muito esbraveja em minha aldeia sobre os riscos catastróficos que a famigerada Lei Pelé viria causar ao esporte mais popular do país. Uma das razões que me levaram ao Congresso Nacional era protestar contra o assunto. Todavia, a mídia populista e demagógica foi maior do que os que vociferavam no combate àquela norma, sobre o apocalipse que ela provocaria. Os trâmites legislativos avançaram como um furacão guiados por uma mídia insana e inconseqüente e marcaram a data da morte do futebol brasileiro: 26 de março de 2001, data da Vocatio Legis do art. 28 §2º, da Lei nº 9.615/98.”
O número de clubes no Pernambucano foi ampliado de 10 para 12 em 2008.
Assim está e deverá ficar por mais algumas temporadas.
Há dois anos, o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, promoveu o acesso de quatro times da Série A2, quando apenas dois deveriam ter subido. Entre os quatro, o Centro Limoeirense, o seu time do coração, que não conseguiu o acesso no campo.
E veio um Estadual inchado, com datas insuficientes no calendário da CBF.
Sempre foi especulada a redução da competição para dez equipes desde então. O Estatuto do Torcedor, que prevê a realização de uma fórmula por pelo menos dois anos, acabou inviabilizando a mudança.
Como em 2011 o formato será o mesmo deste ano, vai abrir, assim, o caminho para a modificação dentro de dois anos. Em tese… Na prática, não deverá sair do papel.
Durante o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2011, nesta terça-feira, Carlos Alberto deu a seguinte declaração em entrevista ao blog:
“Enquanto eu for presidente da Federação Pernambucana de Futebol, o número de clubes será 12. Não mudarei nada até 2015.”
Ele alegou que outros Estaduais têm mais clubes, como São Paulo, com 20 equipes. Lá, porém, são utilizadas 23 datas, enquanto aqui gastamos 26.
Em tempo: a gestão do mandatário acaba em 2015. Deveria ser em 2014, mas ele ganhou um ano de bônus para acompanhar o centenário da FPF…
Como já virou praxe nas últimas rodadas, o post do Sport não está atrelado somente ao jogo do Leão, mas também ao do América/MG, foco maior neste sonho do acesso.
E assim segue a rotina de cálculos para tentar chegar ao G4 do Brasileiro.
Numa noite de rodada cheia na Série B, o Rubro-negro abriu a série de dez partidas desta terça-feira com um empate frustrante no Serra Dourada.
Contra o Vila Nova, um empate em 1 x 1 que poderia ter sido, francamente, uma goleada. Foram cinco chances inacreditáveis desperdiçadas pelos leoninos.
Todas elas cara a cara com o goleiro Max. Livre para marcar.
Foram duas com Wilson – sendo que uma delas a torcida não irá esquecer tão cedo – e outras com Marcelinho Paraíba, Eliandro e Elton.
Foi inacreditável! Nenhuma delas resultou em gol. Técnica, ansiedade, desgaste físico, o gramado, a bola… Faltou algo.
Com um mísero ponto somado, bastava ao Sport secar, e muito, o América, que jogaria minutos depois contra o Bahia, em Sete Lagoas.
Apesar do mando de campo, o Coelho tropeçou. Foi derrotado por 1 x 0.
Até aquele momento, os rubro-negros presentes na redação do Diario de Pernambuco já demonstravam um desânimo grande. Acho que isso refletia nos demais torcedores, inconformados nos fóruns da web e bares da cidade. Mas eis que soltaram essa pérola:
“Esse empate do Sport e a derrota do América acabou sendo uma situação melhor do que se os dois tivessem vencido.”
Sabe a verdade desta declaração…? Ela faz sentido.
Equações de 2º grau para o acesso: América/MG, 58; Portuguesa, 56; Sport, 55.
Vale lembrar que, só para ser ainda mais complicado, o Sport não pode empatar em pontos com nenhum dos dois, pois tem menos vitórias…
América/MG – São Caetano (fora), Sport (casa), Ponte Preta (fora). Portuguesa – Bahia (fora), Ipatinga (casa) e Sport (fora). Sport – Santo André (casa), América/MG (fora) e Portuguesa (casa).
3 vitórias do Sport e 1 tropeço do América nos dois jogos como visitante.
2 vitórias do Sport e 1 empate. Abaixo, as variáveis do empate…
1) Se for contra o Santo André, o América precisaria ser derrotado uma vez como visitante, enquanto a Lusa teria que empatar um jogo. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 2) Se for contra o América, o Coelho teria que somar, no máximo, dois pontos nos dois jogos como visitante. Já Portuguesa teria que empatar um. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 3) Se for contra a Portuguesa, o América teria que somar, no máximo, três pontos nos dois jogos como visitante. A Portuguesa teria que empatar um.Pontuação máxima: Sport 62, Lusa 61, América 61.
1 vitória do Sport e 2 empates. Sim, acredite, é possível… Variáveis:
1) Caso a única vitória leonina seja contra a Portuguesa, o América teria que perder do São Caetano e da Ponte, enquanto a Portuguesa teria que perder pelo menos um jogo ou empatar os dois. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
2) Caso a única vitória leonina seja contra o Santo André, o América teria que perder os dois jogos como visitante, enquando a Lusa só poderia somar até 2 pontos nos jogos restantes. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59. 3) Caso a única vitória leonina seja contra o América, o Coelho só poderia somar 1 ponto como visitante. Já a Portuguesa só poderia somar 2. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
Na teoria é possível subir até perdendo um jogo, para o Santo André… Deixa pra lá.