Musas do tênis celebram Dia dos Namorados

No Brasil, o Dia dos Namorados acontece oficialmente em 12 de junho. Em grande parte do mundo, no entanto, a data é celebrada em 14 de fevereiro.

Confira uma mensagem das musas do tênis para a data de 2012, num vídeo oficial da WTA, a associação feminina. Participaram da campanha Caroline Wozniacki, Sam Stosur, Victoria Azarenka, Ana Ivanovic e Agnieszka Radwanska.

Faltou apenas a russa Maria Sharapova…

2,06 m de coração

Copa Davis 2012: John Isner. Crédito: Davis Cup/divulgação

Por Lucas Fitipaldi*

Nome: John, muito popular nos Estados Unidos. Sobrenome: Isner. Gigante. Não pelos seus 2,06 m. O coração é maior. Na sexta, o norte-americano protagonizou uma zebraça no primeiro dia de disputas do Grupo Mundial, a elite da Copa Davis. Vitória sobre Roger Federer, dentro da Suíça. Placar de 3 sets a 1, parciais de 4/6, 6/3, 7/6 (7-4) e 6/2. Vitória com letra maiúscula. A maior da carreira? Literalmente, não. Em 2010, Isner e o francês Nicolas Mahut realizaram o jogo mais longo da história do tênis, com 11 horas e seis minutos de duração e vitória do grandalhão por incríveis 6-4, 3-6, 6-7(7), 7-6(3), 70-68. Isso mesmo: 70/68 no quinto set.

Agora, esqueça o sentido literal da palavra. Esta foi uma vitória maior. Íncrédulo, o mundo do tênis acompanhou a melhor atuação da carreira de Isner. Detalhe para o quarto set, quando tirou três saques magníficos da cartola para sair de um 0/40. Game salvo, moral elevado. Refletido logo em seguida. Abatido, Federer teve o saque quebrado e Isner abriu 4/2, encaminhando ainda mais o “impossível”. Restou atropelar nos últimos dois games. Foi-se o set e o jogo, de maneira espantosa.

Ano passado, em Roland Garros, Nadal precisou de cinco sets para eliminá-lo. De lá pra cá, a confiança só tem aumentado. Atualmente, Isner ocupa o melhor ranking da carreira, 17º. O currículo, modesto, tem apenas quatro títulos de ATPs 250. Em novembro, chegou à semi no Master 1000 de Paris. Mais que resultados, no entanto, impressionam a capacidade de entender o jogo, não se entregar jamais e ir até a última gota do próprio limite. Quase sempre. Por isso é admirado. Isner despreza os limites e encara olho no olho qualquer adversário do outro lado da rede, mesmo no saibro, piso não compatível às suas características. A terra batida foi mais um obstáculo.

Mês passado, o Superesportes publicou uma análise sobre a crise do tênis norte-americano, intitulada “O declínio do império americano”. Mas nesta sexta, Jimmy Connors, Pete Sampras, Andre Agassi e todos os seus compatriotas, gênios da raquete ou não, voltaram a sentir orgulho. John Isner, um exemplo. Ah, ele colocou os EUA em vantagem sobre a Suíça: 2 a 0. Mais cedo, Mardy Fish bateu Stanislas Wawrinka por 3 a 2 em outro jogaço, que virou detalhe diante de um feito gigante. À altura de John.

*Lucas Fitipaldi é repórter do Superesportes

Copa Davis 2012: Roger Federer. Crédito: Davis Cup/divulgação

A história sem fim

Final do Australia Open: Djokovic conquista o título sobre Nadal. Foto: Australia Open/divulgação

Por Fred Figueiroa*

Só existe uma forma de alguém vencer um jogo como o que Novak Djokoviv e Rafael Nadal protagonizaram ontem na final do Australian Open: dedicar a sua vida inteira ao esporte. Uma partida que atravessou a noite e entrou pela madrugada em Melbourne. Uma manhã inteira no Brasil. No relógio, o tempo exato de duração da partida: 5h53. A final de um Grand Slam mais longa de toda a história. Possivelmente, a melhor de todas. Um jogo que definiu o tênis nos dias de hoje. Um esporte que leva o atleta ao seu limite extremo de qualidade técnica, preparo físico, equilíbrio psicológico, inteligência, força de vontade e, sobretudo, dedicação incondicional. E, depois de horas e horas em quadra, o lado mais cruel e inevitável do esporte: o jogo teria que ter um vencedor. E este foi Djokovic. Seu terceiro título na Austrália. Seu quinto Grand Slam. Desta vez, mais do que nunca, precisou mostrar tudo o que tem para ser o tenista nº 1 do mundo.

Para contar a história desta final, é preciso ter consciência que o verbo “perder” não pode estar em nenhuma frase sobre Rafael Nadal. Ainda que a estatística dos confrontos entre os dois seja brutal: Sete vitórias do sérvio nas últimas sete partidas – incluindo as três últimas finais de Grand Slam: Wimbledon, US Open e agora o Australian Open. Impossível imaginar o que passa pela cabeça do espanhol em um momento como esse. Ontem, literalmente, ele fez o possível. E, em alguns momentos, o impossível. Foi um jogo marcado por intermináveis e agressivas trocas de bolas. Na maioria delas, prevaleceu o vigor físico e a raça de Nadal.  Foi desta forma, transformando simples pontos em verdadeiras batalhas, que ele se impôs no momento crucial da final. Perdia por 2 sets a 1 e esteve duas vezes muito perto de perder o 4º set.

O primeiro “milagre” aconteceu no 9º game. O set estava 4 a 4, mas Djokovic tinha três bolas para quebrar o saque do espanhol e praticamente por a mão na taça. Mas Rafa demoliu a vantagem do adversário, reverteu o 0/40 e jogou a pressão para o outro lado da quadra. Por pouco tempo. No tiebreak, Nadal chegou a estar perdendo por 5 a 3, com o saque nas mãos do seu rival. Naquele momento nem Djokovic parecia acreditar no nível de tênis apresentado pelo espanhol para sair daquela situação e reverter o placar e, sobretudo, o psicológico da partida.

Passavam de 4 horas de jogo. Dali por diante, ficava claro que a final já entraria para a história. Revigorado, Nadal parecia imbatível no 5º set. Quebrou o saque e chegou a abrir 4 a 2. E seria mesmo imbatível se do outro lado estivesse qualquer outro tenista em atividade. Mas, entre tantas qualidades, talvez a que mais pese a favor de Djokovic seja a tranquilidade. Raramente sua expressão revela qualquer angústia. Sua postura em quadra nãu sucumbe a pressão. Perde um ponto que parecia ganho, beija o crucifixo, conversa consigo mesmo, dá um sorriso e volta para o jogo. Parece inabalável. Talvez, atualmente, seja mesmo. Aos 24 anos vive o auge da sua forma técnica e física. Domina o circuito desde o ano passado.

E isso tudo se transforma em confiança na hora dos pontos decisivos.  Depois do que viu Nadal fazer no 4º set, o sérvio sabia que só havia uma forma de sair daquela quadra com a taça: atacar o tempo inteiro. As longas trocas de bola favoreceriam o adversário. Era preciso matar o jogo e ele assumiu o risco. Jogando o seu melhor tênis, devolveu a quebra, empatou o set e não deu mais chance para o espanhol. O empate persistiu até 5 a 5. Há quem diga que aquela final deveria ter acabado justamente neste momento. Era um jogo digno de dois vencedores. Seria até justo. Mas se fosse justo não seria tênis. Não seria esporte. Não prenderia atenção de milhões de pessoas ao redor do mundo. O jogo não termina sem o vencedor. O torneio não acaba sem o campeão. A imagem de Djokovic atacando e cravando último ponto do jogo será repetida incontáveis vezes nos próximos anos. Será vista e revista por milhões de pessoas na TV, na internet e, sobretudo, na lembrança. Afinal jogos como esse nunca terminam.

* Fred Figueiroa é editor da primeira página do Diario e colaborador do blog

Final do Australia Open: Djokovic conquista o título sobre Nadal. Foto: Australia Open/divulgação

Na calçada e nas quadras

Marca do tênis de Rafael Nadal, no Parque Montjuic, em Barcelona. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Barcelona – No enorme parque Montjuic, espaço para a estrutura olímpica de 1992, quando a cidade recebeu os Jogos – um dos mais elogiados da história -, e para o museu dos esportes.

Na entrada do museu, uma calçada da fama apenas com atletas espanhóis. Entre os mais destacados, Pau Gasol, do basquete, e Rafael Nadal, do tênis.

Curioso ver uma imagem um pouco gasta e perceber que Nadal tem apenas 25 anos e segue atuando no circuito mundial de tênis como um dos protagonistas…

Para isso, dez títulos do Grand Slam no currículo.

Caso alguém pergunte sobre a idade de Pau Gasol: 31. Jogados do Los Angeles Lakers, ele foi campeão da NBA em 2009 e 2010.

Recife Open 2011 ganha cara, site e competidores

Recife

Ao todo, a reedição do torneio Recife Open de tênis terá competidores de 18 países, entre 24 de setembro e 2 de outubro.

Ao campeão, um prêmio de US$ 5 mil e 80 pontos no ranking. A 4ª edição da competição, com status de challenger, já tem site oficial.

Em 1992, no challenger pioneiro na capital pernambucana, uma festa da casa com uma final brasileira. Vitória de Luiz Mattar sobre Jaime Oncins por 2 sets a 1 (7/6, 5/7, 7/5).

No ano seguinte, o jovem Fernando Meligeni, então com 22 anos, acabou como vice-campeão, superado pelo inglês Mark Petchey por 2 sets a 0 (6/2, 6,3).

No último Open, final estrangeira. O italiano Daniele Musa bateu o norte-americano Doug Flach por 2 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/4.

Em todas as edições, a premiação total para os tenistas foi a mesma: US$ 50 mil.

Assim como na primeira Era do Recife Open, o local de disputa será nas quadras do Pina, de cimento. Em 1993, no entanto, o torneio teve quadras de saibro.

Veja o arquivo da ATP com os jogos das edições anteriores: 1992, 1993 e 1994.

Nostalgia do tênis recifense

Fernando Meligeni jogando tênis no RecifeSem medo de errar: o acervo fotográfico do Diario de Pernambuco deve passar de 1 milhão de imagens, entre filmes e fotos digitais.

O centro de documentação (Cedoc) do jornal trabalha dia e noite para catalogar todas as fotos do arquivo no banco de dados digital. Haja trabalho.

Sempre aparece coisa boa no campo esportivo no meio dessas pequisas…

Nesta quinta-feira, Lucas Fitipaldi, do Superesportes, encontrou uma imagem do franzino Fernando Meligeni disputando uma partida do Recife Open, no início da década de 1990.

Para quem não lembra, o extinto torneio de tênis, que teve três edições e contou com jogadores entre os 30 melhores do ranking da ATP, ocorreu nas quadras do Pina. O visual do Recife Open, como uma arena armada na beira da praia, era sensacional…

Com uma dose de nostalgia, Meligeni – então com 21 anos em 1992 – agradeceu a Fitipaldi via Twitter e encaminhou a foto para os seus 80 mil seguidores na rede social.

Está na hora de acabar essa nostalgia do Recife Open. Há estrutura para isso. E desejo.

Twitter de Fernando Meligeni

A 25ª dinastia do tênis

Nova Djokovic avança para a final do Grand Slam de Wimbledon, em 2011. Foto: Wimbledon/divulgação

Finalmente, um novo número 1 no mundo do tênis.

Após sete anos com um revezamento entre dois gigantes, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, surgiu uma nova dinastia.

O sérvio Nova Djokovic, que já vinha postulando há algum tempo o topo do ranking da ATP, venceu o francês Jo-Wilfried Tsonga na semifinal de Wimbledon e já garantiu por antecipação a primeira colocação na próxima lista, nesta segunda-feira.

O ranking de ATP, instituído há 38 anos, a partir da era profissional, leva em consideração os resultados nas últimas 52 semanas.

A primeira liderança foi oficializada em 23 de agosto de 1973, com o romeno Ilie Nastase. Desde então, mais 23 tenistas até Novak, o 25º líder da história.

O brasileiro Gustavo Kuerten chegou a ficar 43 semanas na carreira na primeira posição, cuja liderança começou em 4 de dezembro de 2000.

História à parte, Novak alcançou merecidamente o feito. Parabéns.

Um bom reinado para o sérvio, começando já em solo nobre, na grama de Wimbledon…

Abaixo: tenista, país, data da primeira liderança e números de semanas na ponta.

Ranking de entradas da ATP

Ah, Maria… 400 vezes

Maria Sharapova se classifica para a semifinal de Wimbledon. Foto: Wimbledon/divulgação

Musa do tênis, a russa Maria Sharapova alcançou uma marca expressiva nesta terça.

A tenista de 1,88m avançou para a semifinal do tradicional Grand Slam de Wimbledon. Feito pela 4ª vez na carreira, aliás.

Carreira profissional iniciada há dez anos, em 19 de abril de 2001.

Agora, aos 24 anos – sim, ela começou com apenas catorze anos -, Sharapova conseguiu a sua vitória de número 400, sempre com o seu gritinhocaracterístico.

Contabilizando as 97 derrotas, ela tem um ótimo aproveitamento de 80,4%. Ex-número 1 do mundo, a russa tenta o segundo título em Londres, onde ergueu a taça em 2004.

Nas fotos deste post, a alegria de Maria após a histórica vitória. Ela merece.

Abaixo, uma compilação da bela de saia branca na grama inglesa. Com áudio…

Para fazer história, só com 11 horas e 6 minutos

Wimbledon 2010: Isner vence Mahut após jogo de 11 horas. Foto: ATP/divulgação

Imagine um jogo com apenas duas pessoas durante 665 minutos.

Projete isso para o tênis, com o vigor físico das centenas de raquetas a cada partida.

Para completar, o cenário mais rápido da modalidade, nas quadra de grama do All England Club, no mais que tradicional Grand Slam de Wimbledon.

Uma partida de cinco sets espalhados em três dias de disputa, uma vez que foram necessárias várias paralisações (chuva, luz e desgaste físico).

No 5º set, um placar que diz tudo: 70/68, uma vez que não há tie-break.

E assim foi escrita a partida mais longa da história do tênis, com vitória de John Isner sobre Nicolas Mahut, na acanhada quadra 18, em 2010.

Eis que, exatamente um ano depois, um sorteio digno dos deuses do esporte aponta o mesmo jogo para a abertura da 125ª edição de Wimbledon, nesta segunda-feira!

Dados levantados por Lucas Fitipaldi, repórter do Superesportes e colaborador do blog:

11 horas de duração em 3 dias, 5 sets, 183 games, 980 pontos, 114 bolas utilizadas, 215 aces e 490 winners.

Sim, foi apenas um jogo.

Boa parte da marca se deve mesmo ao último set, com 8 horas e 11 minutos.

Para se ter uma ideia, a partida mais longa até então havia sido em 6 horas e 33 minutos, em Roland Garros, em 2004… Pois é. Isner e Mahut, ainda com lembranças vivas de um épico, voltam a fazer história. Desde que sejam 11 horas e 6 minutos.

Confira o ranking com os 10 jogos mais longos da história do tênis aqui.