Feliz Páscoa, Timbu

Ovo de Páscoa do VitóriaVou dizer o quê…?

Eu estava na Ilha do Retiro, cobrindo o jogo do Sport.

Também pela Copa do Brasil, o Náutico jogava em Salvador. Sonhava com o sucesso no nacional.

Jogava a sua sorte contra o Vitória, que começou a disputa na noite desta quarta-feira em vantagem.

Apesar dos olhos voltados para o gramado ruim da Ilha, procurei obter informações do jogo do Alvirrubro, via rádio e internet, no laptop.

A cada mensagem, gol do Vitória…

1, 2, 3, 4… 5! 😯

E o rubro-negro baiano ainda desperdiçou dois pênaltis. Sem contar que o Timbu chegou a jogar boa parte do 2º tempo com dois jogadores a menos.

O chocolate de 5 x 0, já histórico, podia ter sido algo além do absurdo.

Os jogadores do Náutico entraram em campo com a promessa de uma premiação de R$ 50 mil em caso de classificação. Podia ter sido R$ 500 mil. A derrota foi grande.

Agora, qual será o preço para esquecer um vexame desse tamanho?

A Páscoa chegou cedo em Rosa e Silva…

Até o limite

Copa do Brasil-2010: Sport 1 x 0 Paraná

Tensão até o fim.

Isso é Copa do Brasil.

Na Ilha do Retiro, o clima que se esperava. Que era necessário.

Até mesmo com a volta do cazá-cazá em uníssono.

Algo vetado de maneira inexplicável pela FPF. No mata-mata nacional, porém, a torcida pôde gritar forte após a convocação da Rádio Ilha.

Com a torcida empurrando o time de uma forma que não acontece mais no Pernambucano (marasmo absoluto), o Sport venceu o Paraná por 1 x 0, no sufoco, e avançou às oitavas de final da competição.

Uma quarta-feira “daquelas”…

Foi a 8ª classificação consecutiva do Leão na competição.

Desta vez, com um time mais limitado tecnicamente, o esforço foi dobrado. Triplicado… Mas valeu demais. Valeu a tradição. A manutenção de uma mística.

No fim, com o apito final do árbitro, quatro jogadores do Sport caíram no chão.

Adrenalina ao extremo. E a energia já não existia. 😯

Nem no Paraná. Os seus jogadores terminaram com as mãos na cabeça, conscientes de que as chances apareceram.

Na Copa do Brasil, são 180 minutos. E só. O tempo de recuperação não existe.

O Sport parece saber disso… E segue caminhando. Na base do grito.

Foto: Edvaldo Rodrigues/DP

Nuances de Rosa e Silva

Peixe

21, o número de partidas oficiais disputadas pelo Náutico em 2010.

40, a quantidade de atletas utilizados pelo Timbu até agora. Enorme!

9, o número de jogadores que já passaram pela ala esquerda do Alvirrubro neste ano…

4, o número de dirigentes que deixaram o clube nos últimos dias… Além de duas demissões (auxiliar-técnico e fisioterapeuta).

0 x 1, o placar do revés para o Vitória, no jogo de ida da 2ª fase da Copa do Brasil.

2 volantes, Derley e Hamilton, fora. A bronca no colo do técnico Alexandre Gallo.

1 título nacional, a obsessão do centenário Vitória, que viu o rival Bahia festejar na última segunda os 50 anos do seu primeiro título nacional. E olhe que o Baêa tem 2.

R$ 90 mil, a premiação da CBF ao Náutico em caso de classificação às oitavas.

R$ 180 mil, a premiação da CBF ao Vitória em caso de classificação às oitavas…

20 mil, a expectativa de público no estádio Barradão, em Salvador.

21h50, o horário da partida. Que o Náutico siga respirando no mata-mata…

Hellcife

Inferno na Ilha do Retiro!

A hora de incendiar.

De retomar aquele clima instigante, decisivo, vencedor.

Uma pressão difícil de suportar.

Para o rival suportar!

Funcionou em 2008.

Obra do acaso? Possivelmente.

Mas foram 6 vitórias em 6 jogos no inferno da Ilha do Retiro.

Uma situação única na história do estádio. Nunca a casa do Sport foi tão importante numa conquista. Um título que se confunde com a própria a Ilha, diga-se.

Talvez por isso digam que ela tem vida própria…

Nem sempre dá certo, é bom lembrar. Por isso, é bom que o time rubro-negro faça a sua parte também. Entre aceso, como o mata-mata exige. É regra.

O apoio contra o Paraná na noite desta quarta-feira está mais do que garantido.

A morosidade do Pernambucano pede licença e cede o espaço à emoção.

Seja bem-vinda à Ilha do Retiro, Copa do Brasil.

O campo acidentado estava com saudades. 😈

#caosnailha

Lost

100 ônibus quebrados. 😯

Esse foi o saldo dos vândalos no Clássico das Multidões do último domingo, segundo o consórcio Grande Recife, que administra o transporte público na região metropolitana.

Ônibus quebrados em todos os acessos possíveis até a Ilha do Retiro.

Um ônibus quebrado a cada 14 minutos em um dia. E olhe que a conta foi bruta, considerando 24 horas, mas a faixa de tempo da anarquia foi bem menor.

Um recorde no estado!

O maior índice de veículos danificados desde que a estatística começou a ser contabilizada, em 2007. Um prejuízo de R$ 34 mil para as empresas de transporte.

Um exemplo forte do #caosnailha, tag do twitter que ficou popular durante a partida que terminou com vitória leonina.

Mas o objetivo da tag era a gozação, numa referência direta ao #caosnopina, que parou a cidade com longos engarrafamentos na quinta-feira, após um protesto.

Agora, a tag acabou sendo compreendida na sua forma direta mesmo.

E já vou ampliando: #caosnosclassicos.

O cadastro das torcidas uniformizadas precisa ser feito urgente. Já está agendado, mas é pra ontem!

O clássico não foi Sport versus Santa Cruz, mas sim Torcida Jovem x Inferno Coral.

Como todos estão cansados de saber…

Bolsa de valores

Bolsa de Valores de Pernambuco e Paraíba

O peso de ser rebaixado…

Ao cair da Série A para a Série B, o Sport perdeu 50% da cota do Clube dos 13.

Essa receita foi de R$ 13 milhões para R$ 6,5 mi.

A verba dos patrocínios também mudou, assim com a arrecadação na bilheteria, com ingressos mais baratos e adversários de menor prestígio.

Não por acaso, a folha de pagamento que chegou a R$ 1,2 milhão durante a Libertadores está, agora, na casa dos R$ 700 mil, e precisa ser enxugada.

Ok… E pode colocar mais um dado negativo na conta!

Ao cair para a Segundona, o Leão também desceu de elavador na casta da Copa do Brasil, dividida em três grupos.

O Rubro-negro caiu do grupo 1 para o grupo 3. Na chave 1 estão os 10 primeiros no ranking nacional (lembrando que 5 times disputam a Libertadores e, portanto, o Sport alcançava tal status). No segundo, os demais times da Série A (ou seja, o Náutico também se deu mal).

No 3, o “resto”. Lá, já estava o Santa Cruz, agora com a companhia dos rivais.

A cada fase da Copa do Brasil, o clube classificado recebe uma premiação da CBF. Nas duas primeiras fases os valores são diferentes.

Grupo 1: R$ 210 mil; Grupo 2: R$ 180 mil; Grupo 3: R$ 90 mil.

Ou seja, se o Sport passar pelo Paraná e chegar às oitavas, o clube vai arrecadar R$ 180 mil. Nos “bons tempos”, o prêmio seria de R$ 420 mil, um valor 133% maior. 😯

Premiação “única” no decorrer do mata-mata (lembrando que os prêmios são acumulativos): oitavas (R$ 230 mil), quartas (R$ 300 mil), semifinal (R$ 400 mil), vice (R$ 1 milhão) e campeão (R$ 2 milhões).

Definitivamente, o rebaixamento é uma desvalorização que vai sendo sentida o ano todo… Será que Sport e Náutico vão conseguir comprar algumas ações na Série B? O Santinha também está precisando registrar uma alta na bolsa!

A foto acima é da antiga Bolsa de Valores de Pernambuco e da Paraíba. Hoje, o prédio no Marco Zero abriga o Centro Cultural da Caixa. Foto: Casa da Cultura

Celeiro de craques

Pelada

Quando até a bola murcha diverte! Fiz essa foto no Coque (comunidade encravada na Joana Bezerra, no Recife). Lembrei da minha infância. Tive sorte de não jogar sobre o esgoto, mas brinquei livre como esses meninos.

Ana Braga

Uma colaboração daquelas da amiga e repórter Ana Braga, do Diario.

Uma foto que desperta inúmeros caminhos. Entre eles, o da reflexão. Como não pensar que essas crianças vão estar entrando na adolescência em plena Copa do Mundo de 2014, bem pertinho dessa rua de destino pra lá de duvidoso?

E em que condição de vida essa meninada vai chegar até lá…?

E o que diria Armando Nogueira de uma cena assim? Abaixo, frases do mestre que encaixam perfeitamente com o maior celeiro de craques do Brasil, o futebol de rua. O verdadeiro futebol “moleque”, no contexto mais lúdico possível.

“Bola é magia, bola é movimento. Brincar com ela é descobrir a harmonia e o equilíbrio do universo.”

“Brinquedo mágico que se submete suavemente à vontade do homem.”

“Se a bola soubesse o encanto que tem, não passaria a vida rolando de pé em pé.”

“Vai, bola de meia, lua cheia de trapinhos no meio da rua.”

“No futebol, matar a bola é um ato de amor.”

Reescrevendo o mito

Pernambucano-2010: Sport 2 x 0 Santa Cruz

O atacante Brasão ficou em campo durante 61 minutos no Clássico das Multidões.

Era a maior esperança pelo lado tricolor. Um dos personagens do confronto, ao lado de Ciro. O #brasaofacts, popular na internet, ia encarar uma missão daquelas na vida real.

Para alguém que havia disputado apenas 8 partidas pelo Santa Cruz, acho, no entanto, que acabou sendo pressão demais.

Uma responsabilidade grande para jogador, que teria que tirar uma desvantagem ainda maior em campo. Pois esta é a distância que separa os dois times há alguns anos.

Bem marcado, Brasão foi acionado 13 vezes na partida. Finalizou 2 vezes. Uma delas, na etapa final, com muito perigo. Acertou quatro passes e errou um, segundo o scout feito pelo repórter do Rodolfo Bourbon, do DP (veja AQUI).

Ele sofreu 2 faltas e cometeu outras 2… A segunda, resultou num cartão vermelho direto para o jogador, que já havia tomado o amarelo por reclamação.

Pra piorar, o jogador estava no lado contrário ao vestiário do visitante quando foi expulso. Teve que caminhar mais de 100 metros escutando um irônico “Brasão! Brasão! Brasão!” da torcida do Sport. De herói a antiherói em cerca de uma hora.

De positivo, o controle emocional do jogador nas declarações pós-jogo. Se no campo a pressão foi demais, fora dele Brasão teve equilíbrio. Reconheceu o mérito adversário, não provocou, aceitou as brincadeiras…

Assim, é o fim do mito (reescrito). Brasão não deixará de ser um bom jogador. Longe disso. Ele continua sendo o xodó dos corais. Mas ele é mais um no time tricolor. Que se junta a Elvis, Jackson e Joelson para formar a equipe mais consistente da Cobra Coral nos últimos anos. Vale a gréia, mas não dá pra esquecer 100% da razão…

Se bem que Brasão parece ter suportado calado desta vez como quem pensa, seguindo a febre do twitter: “O Sport tirou onda de Brasão uma vez. UMA VEZ”. 😈

Foto: Ricardo Fernandes/DP

O “pai” do Anjo das Pernas Tortas

Você já ouviu alguma vez a expressão o “Anjo das Pernas Tortas”, numa referência ao gênio Garrincha…? Virou quase um sobrenome do atacante que formou a maior dupla da história da Seleção Brasileira.

Mérito do jornalista Armando Nogueira. Um botafoguense apaixonado, que foi a base de muitos outros jornalistas esportivos no país. E que faleceu na manhã desta segunda-feira, aos 83 anos, após lutar durante três anos contra um câncer.

Abaixo, um vídeo com imagens do filme “Garrincha, a Alegria do Povo”, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, em 1964, e intercalado com trechos de um poema de Armando sobre um dos maiores jogadores de futebol em todos os tempos.

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (18)

Nesta 18ª rodada do Estadual foram marcados 6 pênaltis. Um deles foi desperdiçado. De forma emblemática. A Cabense vencia o Náutico por 1 x 0 e teve a chance de ampliar. Perdeu a chance e ainda tomou a virada para 3 x 1, mesmo com 2 jogadores a mais… Tenso. Total de pênaltis: 56. Confira a atuação dos rankings do blog!

Pênaltis a favor
8 pênaltis – Central
7 pênaltis – Náutico e Ypiranga
6 pênaltis – Santa Cruz e Sport
5 pênaltis – Cabense
4 pênaltis – Salgueiro, Sete de Setembro e Porto
2 pênaltis – Vitória e Vera Cruz
1 pênalti – Araripina

Pênaltis cometidos
11 pênaltis – Porto
6 pênaltis – Salgueiro, Ypiranga e Sete de Setembro
5 pênaltis – Vitória
4 pênaltis – Araripina, Cabense e Náutico
3 pênaltis – Santa Cruz e Vera Cruz
2 pênaltis – Sport e Central

Observações:
Central perdeu 2 penalidades e defendeu 1.
Sport perdeu 1 penalidade e defendeu uma cobrança.
Porto defendeu 4 cobranças.
Ypiranga perdeu 4 penalidades e defendeu 1.
Cabense perdeu 3 penalidades e defendeu 1.
Salgueiro defendeu uma cobrança.
Vera Cruz perdeu uma cobrança.
Náutico defendeu 2 cobranças.
Araripina defendeu uma cobrança.
Santa Cruz perdeu uma cobrança.
Sete de Setembro perdeu uma cobrança.
Vitória defendeu uma cobrança.

  • Cartões vermelhos

1º) Náutico – 9 adversários expulsos (4 jogador do Timbu recebeu o vemelho)
2º) Santa Cruz – 10 adversários expulsos (7 jogadores corais receberam o vermelho)
3º) Sport – 4 adversários expulsos (2 jogadores do Sport receberam o vermelho)