Toneladas de aço, 2.500 operários, cinco guindastes de grande porte, R$ 532 milhões…
A construção da Arena Pernambuco poderá ser documentada em um episódio da série de televisão Megastructures, do canal National Geographic.
Exibido para todo o mundo, o programa de 30 minutos teria imagens em time-lapse, mostrando toda a evolução da obra.
Trata-se de uma compilação de fotografias do mesmo ponto, produzidas pela Odebrecht.
A empresa, por sinal, conseguiu emplacar a implosão da antiga Fonte Nova no programa. Vieram produtores do exterior para a cobertura.
No caso da Arena Pernambuco, o interesse existe, ainda mais com o trânsito criado com o primeiro programa, pois a Fonte Nova também vem sendo construída pela empresa.
Assista ao vídeo do time-lapse da arena em São Lourenço aqui.
Confira a série de reportagens “Diário de uma Arena” clicando aqui.
Abaixo, a produção concorrente… De um jeito de outro, será viável na TV.
Uma inspeção minuciosa, sem margem alguma para erro.
Grau de tensão elevado na Arena Pernambuco? Provavelmente.
Ainda mais valendo a presença na Copa das Confederações de 2013. Após a visita de alguns executivos e engenheiros, agora é a vez do primeiro escalação da Fifa.
Em 2012, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deverá visitar Pernambuco pela primeira vez, com o objetivo de analisar as obras no estado para o Mundial de 2014.
O dirigente francês confirmou que irá a cada uma das 12 subsedes (veja aqui).
Valcke, reponsável na entidade pela fiscalização da Copa no país, deverá aterrissar no Recife com a cúpula organizacional do Brasil para o maior evento do futebol.
Em tese, ele vem com a companhia de Pelé, consultor especial da presidente Dilma Rousseff, Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e de Ronaldo, novo membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL).
Começará no Nordeste, mas em Salvador e Fortaleza, sempre de dois em dois meses.
“Como responsável na FIFA pela realização de ambas as competições, é fundamental que eu também possa formar minha própria opinião quanto à situação dos preparativos durante as visitas que planejo fazer.”
Não se surpreenda se o trânsito do Recife for especialmente modificado para este dia.
Em sua concepção, a Arena Pernambuco é um projeto de traços singulares.
Qualquer outro estádio também seria, obviamente…
Cada vez mais, contudo, nota-se que o palco local para o Mundial de 2014 foi desenvolvido através de novas tendências arquitetônicas somadas ao que há de mais avançado nas arenas mundo afora.
Da estrutura da arquibancada à cobertura metálica e a sua iluminação externa.
No alto do post, por exemplo, a cobertura do estádio Anoeta, na cidade espanhola de San Sebastian. A Odebrecht acaba de fechar um contrato com a mesma empresa que instalou a “estrutura espacial” na cancha do clube Real Sociedad.
É mais uma pista para o design final da Arena Pernambuco, com prazo de conclusão até de dezembro de 2012. As pistas estão espalhadas em outros campos da Europa…
Confira a declaração do arquiteto do futuro estádio pernambucano, Daniel Fernandes, em outubro de 2010, ao ser questionado sobre a semelhança interna em relação ao Estádio Nacional de Varsóvia, que vai abrigar a Eurocopa 2012.
“Todos os estádios atuais projetados e construídos dentro dos conceitos modernos se assemelham de alguma forma nos itens associados a questões mais técnicas, como é o caso do desenho das arquibancadas. Mesmo parecidos nenhum estádio é igual a outro. A arquitetura é sempre uma continuidade, é um processo que se renova a partir das experiências anteriores ao longo da história. Todo projeto sempre vai possuir parte desse conhecimento acumulado juntamente com as inovações que acontecem de forma natural. Todos os estádios modernos acabam tendo algo em comum.”
Fato percebido, sem dúvida alguma, nas três imagens deste post.
Apesar de parecido, o estádio polonês (acima) é bem maior, com capacidade para 58.145 pessoas, contra 46.214 lugares da construção em São Lourenço da Mata.
E o que dizer da futura iluminação high-tech, temática?
Exatamente como ocorre no Allianz Arena (abaixo), na Alemanha, casa de dois rivais, o Bayern de Munique e o 1860 Munich. Para cada um, uma iluminação diferente…
É uma espécie de vida própria do campo a cada jogo. A cada time.
Mesmo com a cor opaca do concreto, a Arena Pernambuco deverá ter um tom vermelho nos jogos noturnos do Náutico. Se mais alguém jogar por lá também terá uma modelagem, assim como shows musicais. O objetivo é mudar, sempre.
Anoeta, Varsóvia e Allianz Arena, em pontos pra lá de distintos no Velho Mundo, mostram o quanto é extenso o foco de ideias para edificações deste porte.
Nas outras onze subsedes brasileiras da Copa o ritmo de inspiração é o mesmo.
Num futuro não muito distante, quem sabe, outro estádio poderá ter a própria arena à beira do Rio Capibaribe como padrão de qualidade…
Oficialmente, a festa da Fifa com a Copa do Mundo de futebol poderá chegar às chamadas 12 regiões desenvolvimento do estado de Pernambuco.
Uma delas, a Região Metropolitana do Recife, como se sabe, já está contemplada com a Arena Pernambuco e a Fan Fest, em local a ser definido, Marco Zero ou praia do Pina.
Outras 11 regiões, contudo, vão entrar na organização visando o Mundial de 2014…
Caso a ideia seja aprovada pela Fifa, já com o dossiê, serão montados telões temáticos com uma infraestrutura diferenciada, mas de menor porte em relação à Fan Fest.
Na lista: Mata Norte, Mata Sul, Agreste Central, Agreste Setentrional, Agreste Meridional, Moxotó, Pajeú, Itaparica, Sertão Central, Araripe e São Francisco.
Todas elas com municípios importantes para a economia do estado, como Caruaru, Garanhuns, Vitória de Santo Antão, Araripina e Petrolina.
As cidades, porém, ainda não foram escolhidas pelo governo do estado.
A informação sobre o projeto foi repassada nesta quarta-feira pelo secretário executivo da Secopa em Pernambuco, Gilberto Pimentel.
O fato é que a valiosa marca da Fifa deverá circular os 98 mil quilômetros quadrados do estado bem mais do que se imagina…
Se o marketing é tudo hoje em dia no ramo dos negócios, assista ao vídeo oficial que vem vendendo a imagem de Pernambuco para o exterior, via Copa do Mundo de 2014.
O trabalho, compilado em quase seis minutos, passa pela expansão da economia do estado, cultura, clubes recifenses e pelo projeto da arena.
Inspirado no livro homônimo de George Orwell, o filme 1984 aborda o regime totalitário e repressivo de um país, com toda a população controlada por câmeras.
Câmeras espalhadas em todos os cantos, das ruas aos quartos. Esse contexto acabou colaborando para a criação do programa Big Brother.
Com a exposição da imagem cada vez mais abrangente, não surpreende saber que aquela ideia, de alguma forma, se tornou realidade…
Pois é exatamente isso o que a Fifa vem fazendo para acompanhar as obras dos 12 estádios para a Copa do Mundo de 2014, trinta anos depois da impactante película.
São câmeras ligadas 24 horas por dia nos canteiros das arenas, com conexão à internet e sinal exclusivo para o comitê organizador do Mundial e, obviamente, para a cúpula da entidade que comanda o futebol. Ideia batizada de “inspeção virtual”.
O projeto já havia sido antecipado pelo blog há mais de um ano (veja aqui).
Falta saber, porém, quando o público poderá monitorar essa gama de obras…
Por enquanto, apenas uma dose homeopática, com uma exposição dos vídeos na feira Soccerex, no Rio de Janeiro. O Grande Irmão fará mais do que isso?
Uma verdadeira Sim City pernambucana, ainda em uma maquete, com cara de “2014”.
Maior evento do mundo em negócios de futebol, a Soccerex Convenção Global está acontecendo em Copacabana, no Rio, com novidades sobre o próximo Mundial.
Clubes, entidades e empresas estão com estandes para a exposição, visando negócios. Do Recife, nada de Sport, Náutico e Santa, ao contrário do Bahia, fincado no local.
O representante da terrinha foi o Consórcio Arena Pernambuco, com a Cidade da Copa, o novo bairro de 240 hectares, com previsão de crescimento até 2025.
A maquete, criada em 60 dias pela SDK Maquetes, tem 20 metros quadrados. No espaço, a mensagem: “O maior legado da Copa do Mundo para o Brasil”.
O estande teria custado quase R$ 100 mil. Nada que se compare ao custo da Cidade da Copa de tamanho natural, de R$ 2 bilhões. Haja negócios.