Anunciada em 27 de dezembro de 2010, só agora a nova Secretaria Extraordinária da Copa 2014 começa a atuar de forma efetiva no governo do estado, englobando todas as ações de Pernambuco para o próximo Mundial de futebol. Acima, a primeira portaria da “Secopa”, publicada no Diário Oficial do estado esta semana.
Rafael Bandeira e Elias Rodrigues de Melo, em funções gratificadas, agora fazem parte do primeiro escalão da secretaria comandada por Ricardo Leitão. Ambos na supervisão.
Caberá à dupla o monitoramento das ações. No blog, continuamos monitando…
Confira um hotsite especial do Superesportes sobre a construção da arena AQUI.
Quando será que o sol vai brilhar novamente para o futebol pernambucano?
Para muitos, a data já “existe”, numa mistura de fatores.
Pernambuco será uma das 12 subsedes brasileiras na Copa do Mundo de 2014. Para isso, o estado está construindo uma nova arena na região metropolitana.
Um investimento de R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada.
No entanto, vários investimentos de infraestrutura estão inseridos no pacote pró-Copa em Pernambuco. O número passa de R$ 8.000.000.000. Estradas, aeroporto, metrô…
A iniciativa privada também está se mexendo. Em Suape, considerando os últimos cinco anos e os próximos três, uma injeção de R$ 35 bilhões em plantas de grande porte.
Projeções indicam que o nosso PIB deverá dobrar até 2020, chegando a R$ 140 bilhões. Falta dividir as riquezas, pois a nossa renda per capita é a 21ª do país, com 8 mil reais.
Porém, até que ponto tudo isso vai refletir diretamente no crescimento do futebol pernambucano, a curto prazo? Será um motor, uma ação moderada ou nula?
Para os dirigentes locais, essa é uma oportunidade de ouro em relação ao futebol, com o aquecimento das empresas no estado. É preciso estabelecer contatos. Abaixo, a opinião de Gustavo Dubeux, mandatário rubro-negro, em entrevista ao blog.
“Com a Copa do Mundo de 2014, e Pernambucano sendo uma das sedes, os patrocínios dos clubes e do campeonato estadual deverão aumentar bastante nos próximos anos, com muita visibilidade do futebol. É preciso um trabalho forte nos departamentos de marketing para aproveitar esse momento. No Sport, isso é prioridade máxima para aumentar a nossa receita. Vamos vender bem a marca.”
Então, é preciso segurar a “onda” nos próximos três anos. Depois, a bonança…
A curto prazo, o que será mais impactante para o futebol pernambucano: Mundial de 2014 ou Complexo de Suape?
É oficial: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) vai mesmo emprestar R$ 400.000.000 ao consórcio liderado pela Odebrecht para a construção da Arena Pernambuco. Assim, o prazo para a entrega da empreitada, até 31 de dezembro de 2012, poderá ser alcançado.
O repasse do BNDES será oficializado no Diario Oficial no próximo dia 11 de janeiro.
A obra do estádio está orçada em R$ 464.630.000.
O projeto da Cidade da Copa custou R$ 9.354.000.
A fase pré-operacional, após a construção, vai demandar mais R$ 44.261.000.
Contabilizando outros gastos “menores”, chega-se ao valor total do palco pernambucano para a Copa do Mundo de 2014: R$ 532.615.000.
Haja cifra. Que esse dinheiro seja bem empregado…
Leia a reportagem completa do Diario sobre o crédito para a arena AQUI.
Confira o hotsite especial do Superesportes sobre a construção da aena AQUI.
Faltam exatamente dois anos para a inauguração da Arena Pernambuco. Como a estrutura futurista de concreto pré-moldado segue como uma realidade em 3D, fica difícil imaginar, durante uma visita ao terreno em São Lourenço da Mata, que ali será erguida uma arena com capacidade para 46 mil torcedores.
Ainda que de forma simbólica, isso agora é possível. A ligação visual com o futebol, mote absoluto do projeto, ganhou um ícone após a colocação de uma estaca de madeira com uma bandeira verde bem no centro do campo de jogo “imaginário”, de 105m x 68m, segundo a determinação da Fifa.
A área do campo já foi definida com precisão, através de GPS. Acima, o registro do repórter fotográfico Paulo Paiva, do Diario de Pernambuco.
E pensar que exatamente ali vai começar um jogo da próxima Copa do Mundo…
Veja o hotsite do Superesportes com a nova atualização do Diario de uma ArenaAQUI.
O dia marcou o anúncio oficial do novo secretariado do governo de Pernambuco.
Entre as várias pastas, destaque para a criação de uma nova secretaria.
A Secretaria da Copa do Mundo de 2014. Uma pasta com prazo de validade apertado.
O titular será Ricardo Leitão, que ocupou a Casa Civil nos quatro anos do primeiro mandato do governador Eduardo Campos.
A verdade é que Leitão já dava as cartas sobre o Mundial no estado há bastante tempo. Tanto que também coordenava o Comitê Estadual para a Copa 2014.
A medida tomada nesta segunda pelo governador reeleito, de caráter extraordinário, ainda será encaminhada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para confirmar (ou não) a criação da pasta, que irá facilitar a captação (e execução) de recursos. As obras vão bem além da arena, com mobilidade, segurança etc.
Com a maioria dos deputados na Alepe, o governador Eduardo Campos não deverá enfrentar problema algum para ratificar a nova secretaria.
Experiente, Leitão atua também como um escudo para qualquer crítica sobre o andamento das obras do estado para a próxima Copa (veja AQUI).
O cronograma precisa ser cumprido à risca. E aí não tem Alepe que dê jeito.
Quando os primeiros projetos das arenas brasileiras para a Copa do Mundo de 2014 foram divulgadas, o tom dos estádios eram mais sóbrios, com cadeiras cinzas.
Isso é algo de praxe na elaboração do design de um megaprojeto. Somente depois é que vão sendo feitos os ajustes.
Em Pernambuco, a arena só ficou vermelha por dentro neste ano, após a licitação.
Agora, com divulgação da arte-final do velho Maracanã, ocorreu o mesmo (veja AQUI).
No campo da coincidência ainda vale citar o “2014” do logotipo oficial do próximo Mundial no país, na cor vermelha e sem uma explicação plausível (convincente). Veja AQUI.
Mas é preciso ressaltar que a Arena Fonte Nova também teria 50 mil cadeiras na cor cinza. Agora, o palco de Salvador será azul.
No fim, porém, uma certeza:
Até que os estádios sejam erguidos de fato, ficará uma curiosidade grande na torcida sobre o verdadeiro design dos nossos projetos para o mundo do futebol.
Cores à parte, o orçamento agregado da Arena Pernambuco e da reforma do Maracanã para 2014 chega a incríveis R$ 1,23 bilhão.
Agora é com a engenharia. A burocracia do concreto foi vencida na Arena Pernambuco.
Uma batalha arrastada. O consórcio liderado pela Odebrecht ganhou a licitação para a construção do estádio em São Lourenço da Mata em 12 de maio deste ano.
O início da obra, porém, só aconteceu oficialmente em 30 de julho.
Esta data marcou a publicação no Diario Oficial do Estado da licença para a instalação do canteiro de obras. Desde então, marcha lenta.
A terraplenagem acelerou, após nova autorização ambiental, em 27 de outubro.
Agora, a última barreira. O consórcio acaba de conseguir a Licença de Instalação (LI), concedida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
Assim, todas as obras da arena estão autorizadas. O prazo para a conclusão do futuro estádio pernambucano para a Copa do Mundo de 2014 é até dezembro de 2012.
Tudo certo, ok? Quase…
Até aqui, o investimento do estádio vem sendo aplicado pelo próprio grupo. Isso porque o governo do estado ainda aguarda a liberação do financiamento de R$ 400 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Após refazer a proposta para o banco, o comitê pernambucano espera a aprovação ainda neste mês. Somente com este dinheiro Pernambuco terá a garantia de sua arena.
O estádio custa R$ 532 milhões e ninguém vai se arriscar de graça. Mas que a arena caminha para ser erguida, isso é fato. O pós-Copa é que ainda são outros 500.
Veja o hotsite especial do Diario sobre a construção da Arena Pernambuco AQUI.
Os gráficos tridimensionais da Arena Pernambuco guardam surpresas pelo arrojo.
Mas não tão surpreendente quanto este número: R$ 10.074.000.
Esse dado será a diferença acumulada ao longo de 30 anos na contrapartida anunciada pelo governo do estado, após a vitória da Odebrecht na licitação da arena, em relação ao valor publicado no Diário Oficial do estado no dia 30 de setembro.
Não se discute no blog a lisura da licitação.
O processo passou por todas as camadas burocráticas possíveis, de fato.
Porém, é preciso esclarecer o detalhamento do processo após a licitação (ou a retificação do contrato) que resultou no aumento da contrapartida do estado para o futuro estádio em São Lourenço da Mata.
Pelo acordo firmado na Parceria Público-Privada (PPP) visando a arena da Copa do Mundo de 2014, divulgado em 12 de maio deste ano, o governo pernambucano pagaria R$ 3.994.200 por ano ao consórcio vencedor (veja AQUI).
O valor poderia variar, de acordo com o número de clubes atuando na arena. Porém, o cenário não mudou desde o anúncio oficial dos valores. Nenhum clube assinou.
O pagamento vale a partir de 2013, após a inauguração do estádio, prevista para dezembro de 2012, de acordo com o cronograma exigido pela Fifa.
Em 2033, o estádio vai passar a ser propriedade do estado, que poderá lançar uma nova licitação para a operação da arena multituso logo em seguida.
No entanto, o Diário Oficial, com o relatório orçamentário do comitê gestor das PPPs, traz um novo valor a ser pago neste período: R$ 4.330.000 (abaixo, em milhares).
A diferença anual chega a R$ 335.800.
Após 30 longas prestações, chega-se ao valor total de R$ 10.074.000…
É público e notório: a Arena Pernambuco segue no papel.
Ações práticas acontecem em câmera lenta. Enquanto isso, o blog publica uma nova imagem do projeto local para a Copa do Mundo de 2014.
Acima, a pioneira perspectiva com 100% de ocupação nos 46.214 lugares do estádio que será erguido pela Odebrecht. Imagem bonita, com bandeiras de grandes seleções…
Basta saber se será permitida a entrada dessas bandeiras. Tomara que sim.
O futebol precisa ser modernizado, mas sem perder a sua essência nas arquibancadas.
Para que isso vire realidade, está na hora do governo quitar os R$ 8 milhões junto às 117 famílias de posseiros que ocupavam o terreno. E, também, resolver o impasse em relação à dívida trabalhista de R$ 6 milhões da Perpart, a estatal proprietária da área.
Até lá, a realidade em 3D. Animadora, mas distante.