O dia do batismo olímpico do escanteio

Primeiro gol olímpico da história, em 1924. Foto: Fifa/divulgação

Imagem rara…

A Fifa divulgou uma foto do primeiro gol olímpico da história.

Mérito de um argentino, em 2 de outubro de 1924.

Curiosamente, o chute direto do escanteio para a meta só passou a ser válido justamente naquele ano, com algumas mudanças na regra do futebol.

Durante um amistoso em Buenos Aires, com a presença do cantor de ango Carlos Gardel na arquibancada, Cesáreo Onzari ajudou o seu país a vencer a Celeste por 2 x 1.

Como o Uruguai havia conquistado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924, o argentinos ironizaram o lance e batizaram de “gol olímpico”.

Tempo depois, Onzari comentou sobre o incrível lance:

“Acho que o goleiro acordou mal naquele dia ou estava irritado por algum motivo, porque nunca mais consegui acertar de novo”.

Os hermanos levaram olé várias vezes

Capas do Olé de 29/09/2011 e 30/06/2005

Perder um título para a Argentina, seja ele com o time principal ou não, é chato.

Do lado de lá, idem. O Olé, o periódico esportivo mais popular do país vizinho, praticamente ignorou o resultado final do Superclássico das Américas, após o vice.

O fato lembrou a histórica capa – naquele caso, num toque de genialidade jornalística – de 30 de junho de 2005, no dia seguinte à decisão da Copa das Confederações.

Na ocasião, o Brasil deu show e goleou por 4 x 1… Com direito a “olé”, como em Belém.

Neste caso de 2011 teria sido mesmo desinteresse pelo torneio ou bossa?

Confira as duas capas acima numa resolução maior clicando aqui.

Abaixo, outras duas capas após o clássico, nas quais os rivais acusaram o golpe…

Primeiro, em 3 de junho de 2004, sobre o 3 x 1 brasileiro nas Eliminatórias da Copa do Mundo, no mesmo dia em que o tenista Gustavo Kuerten foi eliminado pelo argentino David Nalbandian no grand slam de Roland Garros.

À direita, a capa pós-final da Copa América de 2007, em 16 de julho, com um categórico 3 x 0 da Canarinha, com a sigla QEPD: “Que en paz descanse“, como num túmulo.

Perceba que nas quatro edições não aparece sequer um jogador brasileiro.

Os argentinos perdem bastante, mas perdem com muito estilo…

Capas do Olé de 03/06/2004 e 16/07/2007

Serviço extra para o capitão da Seleção

Superclássico das Américas: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

Dois anos e três meses de espera…

O último grito de campeão havia sido em 28 de junho de 2009, quando a Seleção venceu os EUA por 3 x 2, de virada, conquistando a Copa das Confederações.

Depois, fiasco na Copa do Mundo, na Copa América, em amistosos…

Nesta quarta-feira, ainda que em uma disputa mais modesta, um lampejo de glória.

Em um duelo sem as estrelas internacionais, o Brasil venceu a Argentina por 2 x 0, diante de 43 mil pessoas no Mangueirão, em Belém.

Assim, levou o primeiro título do Superclássico das Américas.

Nada de Messi, Kaká, Tevez ou Robinho. Espaço no gramado, então, para candidatos a novos ídolos, nos dois lados, diga-se.

No primeiro gol, um pique de 85 metros, de uma área até a outra. Em 12 segundos, Lucas armou o contragolpe e ainda concluiu a jogada, com categoria.

Depois, o meia Diego Souza observou bem e cruzou para Neymar empurrar para as redes. Gol merecido para um jogador que cansou de driblar os hermanos.

Lucas e Neymar, diferenciados. Garantidos no time “principal” do Brasil, comandado por Mano Menezes, agora com um pouco de oxigênio para trabalhar.

A vitória sobre o tradicional rival foi justa, com um futebol bem superior ao apresentado no insosso empate sem gols em Córdoba, no jogo de ida da nova copa.

Agora capitão, o meia Ronaldinho Gaúcho precisou de todas as suas forças para erguer o troféu de 17,2 quilos.

Certamente, o capitão brazuca já estava com saudades desse serviço extra.

Superclássico das Américas 2011: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

O primeiro título de nossas vidas

Mano Menezes e Alejandro Sabella, técnicos do Brasil e da Argentina. Foto: CBF/divulgação

Nos bastidores do estádio Mangueirão, em Belém, um encontro de pura rivalidade.

Mano Menezes, o contestado técnico da Seleção Brasileira, de 49 anos.

Alesandro Sabella, o treinador da Argentina, de 56 anos, mais conhecido por ter sido assistente de Daniel Passarella. Virou técnico somente há dois anos.

Entre o treino da Canarinha e a movimentação dos hermanos, na véspera, uma conversa rápida em portunhol, com um “boa sorte” mandrake para cada lado e pronto.

Agora, a decisão do primeiro Superclássico das Américas.

Em jogo, na noite desta quarta-feira, o primeiro título de Mano e Sabella no comando de duas das principais seleções do futebol mundial.

Para o brasileiro, o vice pode representar o limite da tolerância. Para o argentino, a sequência de resultados adversos desde o seu antecessor, na Copa América.

Duas escolas em crise, a três anos de uma Copa do Mundo na América do Sul.

A nova taça poderá amenizar o sufoco… De Mano Menezes ou Alejandro Sabella. E só.

Que o sono não resulte em volta olímpica alheia

Superclássico das Américas 2011: Argentina 0 x 0 Brasil. Foto: CBF/divulgação

Foi sonolento demais. Em vários momentos, um jogo realmente chato.

Por ser um duelo do quilate de Argentina x Brasil, o torcedor lutou para se manter acordado, na expectativa de um bom futebol.

Tendo na linha ofensiva Ronaldinho, Neymar, Leandro Damião, a esperança era até real, ainda mais com a zaga dos hermanos, com os pesados Desábato e Sebá.

Mas nada aconteceu na interminável noite desta quarta-feira, em Córdoba, no moderno estádio Mario Kempes, um dos principais palcos da última Copa América.

Damião, artilheiro do país na temporada, ainda acertou a trave duas vezes, mas o insosso empate em 0 x 0 permaneceu sem ser ameaçado.

Os dois times caseiros – sem os atletas “estrangeiros” – não fizeram por onde. O nível técnico foi bem abaixo do histórico duelo, marcado por grandes jogos.

Assim, o título da primeira edição do Superclássico das Américas segue aberto.

O jogo de volta do confronto será no dia 28 deste mês, no estádio Mangueirão, em Belém. Quem vencer, levanta troféu. Qualquer empate leva para os pênaltis.

Para Mano Menezes, ver a seleção argentina dando a volta olímpica em solo brasileiro pode ser a gota d’água. Até porque o projeto de 2014 visa exatamente o contrário…

Superclássico das Américas 2011: Argentina 0 x 0 Brasil. Foto: CBF/divulgação

Superlogotipo da rivalidade

Eis o logotipo oficial do Superclássico das Américas, o novo torneio envolvendo apenas as seleções de futebol de Brasil e Argentina. A disputa já tem até conta no Twitter.

Elementos brasileiros e argentinos misturados em uma nova marca. Aprovada?

O torneio está confirmado para as próximas oito temporadas, sempre em setembro.

Saiba mais sobre a reedição da antiga Copa Roca clicando aqui.

Superclássico das Américas

Alejo Julio Roca vive em 2011

Copa Roca: Brasil x Argentina

Quase centenária, a rivalidade entre Brasil e Argentina começou pra valer em 1914.

A Copa Roca, com suas inúmeras batalhas de futebol, foi uma homenagem a Alejo Julio Argentino Roca Paz, ex-ministro dos hermanos.

A primeira edição, em 27 de setembro, com vitória verde e amarela por 1 x 0, aconteceu pouco antes da morte do militar e político Julio Roca, em 19 de outubro, aos 71 anos.

Nesta quarta-feira, os rivais voltam a se enfrentar numa disputa em ida e volta, agora rebatizada de Superclássico das Américas.

Agora, o primeiro jogo será em solo argentino, na cidade de Córdoba, no belíssimo estádio Mario Kempes. A volta será no Mangueirão, em Belém, no dia 28 de setembro.

A disputa encerra um hiato de 35 anos desde a última Copa Roca.

Ao todo, foram oito títulos brasileiros (1914, 1922, 1945, 1957, 1960, 1963, 1971 e 1976) e quatro dos hermanos (1923, 1939, 1940 e 1971). No retrospecto, 11 vitórias do Brasil, 9 da Argentina e 3 empates. Confira a lista de partidas clicando aqui.

A partir de agora, a “Copa Roca” será anual, apenas com jogadores que atuem nos respectivos países. Jogando a Série A, cresce a chance de ceder jogadores à Seleção.

ATP Fifa

Ranking da Fifa 1993/2011. Crédito: Erandi Moreira/Diario de Pernambuco

Confira um levantamento realizado pelo blog com todas as 217 atualizações mensais do complexo do ranking da Fifa, entre agosto de 1993 e agosto de 2011.

Sete países já conseguiram liderar a lista máxima do futebol.

A última lista foi divulgada nesta quarta, tendo a Holanda como novidade no 1º lugar.

Veja todas as lideranças do ranking em uma resolução maior clicando aqui.

Superclássico agendado com nata caseira

Brasil x Argentina

Histórico, o duelo Brasil x Argentina, na reedição da antiga Copa Roca, agora chamada de Superclássico das Américas, finalmente está com datas marcadas.

Jogo de ida em 14 de setembro, na Argentina, em local a ser confirmado.

A partida de volta será em 28 de setembro, no estádio Mangueirão, em Belém.

Assim como em Goiânia, no amistoso contra a Holanda, a cidade paraense ganhou um afago após ter sido preterida na escolha como subsede da Copa do Mundo de 2014.

Jogo de xadrez da CBF para agradar políticos Brasil afora.

O post, porém, vai focar a formação da Seleção, uma vez que existe uma regra curiosa para os dois rivais: os jogadores convocados devem atuar nos respectivos países.

Qual seria a sua convocação com 23 brasileiros atuando o Brasil?

Abaixo, o primeiro troféu da Seleção Brasileira, justamente a Copa Roca, em 1914.

Copa Roca de 1914, conquistada pelo Brasil. Foto: CBF/divulgação

“Sport Náutico”, um campeão nacional

Revista da Conmebol

Durante a Copa América, o comitê organizador deu para cada jornalista credenciado um exemplar da nova revista da Conmebol – cuja edição pode ser baixada no site oficial.

A última edição, a 126ª da história, traz uma detalhada reportagem sobre o título do Santos na Libertadores. Porém, a publicação mostra um especial sobre os campeões nacionais pela América do Sul no primeiro semestre.

No caso brasileiro, a inédita conquista do Vasco na Copa do Brasil. No detalhe marcado pelo blog (acima), a lista de campeões da competição desde 1989…

Reparem em 2008.

Uma gafe daquelas na revista oficial da Conmebol.

Sport Náutico.