Sem resistência na estrutura e organização do Superclássico

Superclássico das Américas 2012: Argentina x Brasil, cancelado em Resistencia. Foto: Juan Mabromata/AFP

Antes fosse piada. Quase centenário, o clássico entre Brasil e Argentina viveu na noite desta quarta um de seus mais insólitos episódios desde 20 de setembro de 1914.

Não tem relação com o futebol praticado pelas seleções. Pelo contrário. O segundo jogo do Superclássico das Américas foi cancelado por falta de energia elétrica no estádio.

Se a história terminasse aí, seria um incidente. Mas vai além, como consequência da falta de organização de duas entidades de peso no esporte, CBF e AFA.

A acanhada cancha dos hermanos era até nova, inaugurada no ano passado. Fica na cidade de Resistencia, de 300 mil habitantes, a 941 quilômetros de Buenos Aires.

Seria o grande jogo da história da Província del Chaco, até porque o time local, o Sarmiento, nunca disputou a elite nacional. Pois três torres de refletores apagaram durante a execução do hino brasileiro, num portunhol desde já histórico.

Esperava-se que os geradores normalizassem a situação. Após mais de uma hora de indefinição, os dirigentes das duas poderosas entidades chegaram a um acordo.

Ou quase… Cancelaram o jogo, sem previsão para a realização da partida.

Numa situação normal de temperatura e pressão, seria no dia seguinte. Neste caso, a pressa em liberar os atletas, uma vez que não era uma data Fifa, inviabilizou a ideia.

O que parecia simples ficou para ser “conversado depois”, nas palavras dos cartolas. Com direito a frases como “o título é nosso”, levando em conta a vitória no jogo de ida.

Um desfecho constrangedor para duas escolas dotadas de arte no esporte.

A reedição da Copa Roca, de forma anual, surgiu como uma ideia interessante. Contudo, é grande o descaso com o que o jogo vem sendo tratado há dois anos.

Audiência baixa, regulamento sendo feito em cima da hora, jogadores recusando a convocação e agora um estádio sem estrutura, escolhido de forma meramente política.

Brasil x Argentina um dia foi um jogo de parar o mundo. Desta vez, a bola nem rolou…

Superclássico das Américas 2012: Argentina x Brasil, cancelado em Resistencia. Foto: Club Atletico Sarmiento/divulgação

Ligações externas nos clubes de futebol

Linha "Alma Castelhana" dos uniformes do Grêmio. Crédito: Grêmio/divulgação

De forma inegável, o estado do Rio Grande do Sul sofre uma certa influência cultural dos países vizinhos, Uruguai e Argentina.

No futebol isso é ainda mais visível, no estilo de jogo e no comportamento da torcida.

A torcida gremista foi uma das primeiras do Brasil a adotar o apoio inspirado nas ações das “barra bravas”, que dominam o cenário do hermanos.

A proximidade das capitais federais e a tradição dos clubes ajuda.

Montevidéu, terra de Peñarol e Nacional, está a 714 quilômetros de Porto Alegre.

Buenos Aires, sede de várias camisas de peso, como Boca Juniors, River Plate, Independiente e Vélez Sarsfield, fica a 852 quilômetros da capital gaúcha.

Talvez, após essa introdução, não seja tão incomum assim a linha especial de uniformes lançada pela Grêmio, chamada de “Alma Castelhana”, produzida pela Topper (veja aqui).

Inspirada nas camisa das seleções da Argentina (albiceleste) e do Uruguai (celeste).

Opine sobre a linha “estrangeira” do Grêmio…

Considerando a influência estrangeira nos clubes locais, pelo fundador, por um jogador ou mesmo pela história da cidade, até que ponto poderia ser criado algo parecido?

Ingleses na criação do Sport, atletas argentinos e uruguaios no Santa e no Náutico, Holanda na história recifense etc. Apelo desnecessário ou jogada de marketing?

Metegol e a nova aventura futebolística de Campanella

Filme: Metegol

Futebol nas telonas, tema quase sempre levado pela paixão. O cineasta argentino Juan José Campanella não esconde o flerte com o futebol em suas películas…

A investida anterior no futebol havia sido com a antológica cena gravada no estádio do Huracán, em Buenos Aires, com apenas uma tomada (veja aqui).

Presente no premiado filme O Segredo dos Seus Olhos.

Agora,  o diretor apresenta outra novidade.

Ele partiu para o deslumbrante mundo das animações. Em 3D, como preza a atualidade.

O nome da produção remete a um jogo bem popular, Metegol.

Não conhece? Em cada canto, um nome diferente. Aqui, totó, de rápida associação.

Brasil: Totó (Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais, entre outros), Pebolim (São Paulo, Paraná e Santa Catarina) e Fla-Flu (Rio Grande do Sul).

Portugal: Matraquilhos, Matrecos ou Perceberitos.

Argentina: Futbolín, Fútbol de mesa, Futbolo, Futbolito, Fuchín, Taca-Taca e Metegol.

Nomenclatura à parte, assista ao trailer do novo filme de Campanella.

Confira outras postagens sobre futebol e cinema aqui, aqui e aqui.

O pior Brasil da história, segundo a Fifa

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: Fifa/divulgação

Uma colocação emblemática para o futebol brasileiro. E isso não é bom.

Estatisticamente, a Seleção vive o seu pior momento em duas décadas.

Criado em 1993, o ranking da Fifa é produzido através de um complexo sistema de pontuação que contabiliza todas os jogos das 208 nações filiadas.

A atualização é mensal.

Pois o mês de julho de 2012 não será esquecido tão cedo pela Canarinha…

Pela primeira vez na história o Brasil saiu do top ten.

Até hoje, a pior marca era um 8º lugar, em agosto de 1993. Curiosamente, aquela foi exatamente a primeira lista da história da Fifa.

Com as derrotas em amistosos diante de México e Argentina, além dos resultados da Eurocopa, com concorrentes diretos em campo, o Brasil caiu do 6º para o 11º lugar.

Ou seja, a geração de Neymar e Ganso tem mais dois anos para reverter esse quadro.

A Seleção Brasileira não lidera o ranking desde maio de 2010 (veja aqui).

Abaixo, o desempenho dos três primeiros colocados do ranking nos últimos dozes meses, junto às colocações brasileiras.

Ranking da Fifa nos últimos 12 meses

Campeão e rebaixado, ao mesmo tempo

Tigre, da Argentina. Foto: Tigre/divulgação

Leia bem o título do post. Já imaginou algo assim? Non sense, mas real.

A situação desportivamente controversa poderá ocorrer na Argentina neste ano. Entenda a curiosa situação abaixo e veja outros campeonatos com fórmulas esdrúxulas.

2012 – Argentina
Um clube campeão nacional e rebaixado no mesmo campeonato. O fato ainda não aconteceu, mas a possibilidade assusta a Asociación del Fútbol Argentino (AFA), que implatou o polêmico sistema de rebaixamento, chamado de “promedio”, em 1983, reunindo as médias das últimas três temporadas para definir os rebaixados.

Após campanhas irregulares, o Tigre disputa o título do Clausura 2012. Com 35 pontos, o clube precisa de uma vitória na última rodada para celebrar a conquista inédita ou, no mínimo, disputar um desempate com o Arsenal de Sarandí, co-líder. No entanto, o Tigre também precisa vencer para melhorar o seu promedio, o 16º entre 20 clubes.

Mesmo com a vitória sobre o Independiente, em casa, o time poderá jogar um playoff para evitar a queda. Entre outras combinações. Ou seja, existe a chance matemática de dois jogos extras: um pelo título e outro pela permanência na elite. Confuso?

2012 – Carioca
E não é que o campeonato carioca deste ano por pouco não registrou uma classificação final difícil de compreender, também com um clube suburbano como protagonista? Depois de perder todos os jogos do primeiro turno (Taça Guanabara), o Bangu fez uma boa campanha no segundo (Taça Rio). Começava aí a bronca matemática.

O Bangu chegou na última rodada da Taça Rio com chance de ser rebaixado, devido à pontuação geral, mesmo garantido na semifinal daquela fase. Por sorte, escapou. Ou seja, o Alvirrubro poderia ter disputado o mata-mata já relegado à B.

No regulamento, um mínimo de alento. Os campeões dos turnos evitam automaticamente o rebaixamento, mesmo que a pontuação geral os coloquem entre os últimos. A lógica é que esses times serão os finalistas do Estadual, campeão ou vice. Vice de turno, não.

1998 – Gaúcho
Uma situação bem semelhante ao Clausura ocorreu no Brasil há 14 canos, nos gramados gaúchos. Na primeira fase do Gauchão, o Brasil de Pelotas fez uma péssima campanha e foi rebaixado como lanterna entre os 11 participantes. Era o início do vexame do torneio.

Contudo, o clube tinha a vaga assegurada à segunda fase devido à classificação conquistada em outro torneio, no ano anterior, apenas com times do interior. Mesmo rebaixado, o Brasil foi avançando na competição e chegou até a semifinal do Estadual.

1985 – Série A
O Coritiba foi campeão brasileiro da Série A com saldo de gols negativo. Existe o registro de apenas outros cinco campeões nacionais desta forma no mundo. Em 29 jogos, o Coxa marcou apenas 25 gols e sofreu 27. Somou dez derrotas, ou 34% da campanha.

Em um torneio repleto de fases, o Alviverde foi avançando sempre no limite da zona de classificação. Até a final foi assim, no Maracanã, com empate e pênaltis. Copeiro.

1977 – Série A
Atlético-MG: 48 pontos, 11 vitórias, nenhuma derrota e 55 gols. São Paulo: 38 pontos, 9 vitórias, 4 derrotas e 40 gols. Ainda assim, o Galo só teve uma vantagem na final: jogar no Mineirão. A decisão terminou 0 x 0 e o Tricolor conquistou o título nos pênaltis.

O Galo teria sido o primeiro campeão invicto na Série A, uma vez que o Inter só venceu o Nacional desta forma dois anos depois. Time mineiro é o único vice assim.

Copa do Mundo
Ainda não aconteceu, mas o formato da Fifa permite um campeão com seis empates, uma derrota, nenhuma vitória e nenhum gol marcado. Basta que o país empate sem gols duas vezes na primeira fase e perca um jogo por 1 x 0 para uma equipe que vença os demais concorrentes com uma vantagem maior, somando nove pontos.

Os outros dois times teriam que empatar em 0 x 0. Assim, o tal time ficaria com a 2ª vaga. A partir das oitavas, empates sem gol e vitórias nos pênaltis. Campeão do mundo!

Torcida do Bangu. Foto: divulgação

Pelé vs Maradona vs Messi vs Neymar

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

Quatro craques do futebol.

Pelé, Maradona, Messi e Neymar. Os dois primeiros em época bem distintas.

Como compará-los? Certamente, não é uma tarefa fácil…

Um caminho seria escolher um período da carreira. No caso, os 20 anos de idade.

Em seguida, pode-se avaliar o desempenho estatístico de cada um e o respectivo mercado na época, realizando uma complicada correção monetária.

Tal mercado imaginário teria o Rei Pelé como atleta mais valorizado do futebol.

Com 20 anos, o jogador então no Santos e já campeão mundial com a Seleção Brasileira valeria 93 milhões de euros, ou R$ 236 milhões.

A empresa Pluri Consultoria realizou uma pesquisa com a valorização ano a ano dos dois craques brasileiros e dos dois craques argentinos dos 16 aos 20 anos (veja aqui).

Foi utilizado o software chamado SoccerMetric, com mais de 50 critérios de avaliação, como idade, habilidade, histórico de lesões, jogo de equipe, marketing etc.

Abaixo, a carreira do quarteto aos 20 anos de idade.

Tecnicamente, a discussão pode ser eterna. No mercado, talvez não. Como curiosidade, o valor de mercado de Pelé no auge de sua carreira.

Numa hipotética situação em que a economia atual fosse aplicada em 1967, os direitos econômicos do Rei, aos 27 anos, seriam de 175 milhões de euros. Ou R$ 451 milhões…

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

O melhor do mundo e o aprendizado da Seleção

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Lionel Messi vivia sob desconfiança da torcida argentina há um bom tempo. Os hermanos alegavam que o seu desempenho na seleção era bem aquém daquele no Barcelona, onde suas arrancadas quase sempre resultavam em gols. E olhe que foram 78 tentos na recém-encerrada temporada europeia, um recorde histórico. Ganhando confiança com a camisa albiceleste a cada partida, Messi vai quebrando estigmas.

Neste sábado, em amistoso nos EUA, diante da Seleção, o craque teve uma atuação de gala. Marcou três belos gols e deu a vitória por 4 x 3 de seu país sobre o time Sub-23 do Brasil, em sua reta final de preparação para Olimpíada. O último argentino a balançar três vezes as redes da Seleção Brasileira havia sido Sanfilippo, no distante ano de 1959.

Se por um lado a imprensa argentina publicou nos principais sites manchetes de pura empolgação como “Messi Superstar”, no topo jornal Olé, no Brasil ficou uma preocupação nítida com o sistema defensivo da equipe. A ausência do capitão Thiago Silva, ainda com dores no joelho, foi sentida pelo grupo. A zaga formada por Bruno Uvini e Juan falhou no posicionamento, marcando à distância, e esteve um pouco lenta. Algo venal para conter as investidas de Messi, bem municiado por Di María.

Já em relação ao ataque, apesar dos gols perdidos por Hulk, a garotada brasileira merece elogios, pois endureceu a partida contra o time principal do rival. E foi um jogo eletrizante. A Seleção até abriu o placar com Rômulo, revelado pelo Porto de Caruaru, mas Messi, aos 30 e aos 33, lançado em velocidade, virou o placar no primeiro tempo.

Oscar, após tabela com Damião, empatou aos 10 da etapa final. O camisa 10, substituto de Ganso, era um dos destaques. No embalo, Hulk, após várias chances, enfim marcou, aos 26. A grande reação brasileira foi brecada pela terceira virada no placar. Primeiro com Fernández, de cabeça, e depois em um chutaço de Messi aos 39.

O clássico das Américas encerrou a série de quatro amistosos do time Sub-23, com duas vitórias e duas derrotas. Ao técnico Mano Menezes, após mais um revés diante de uma seleção tradicional, mais pressão no cargo. A sua lista final com 18 nomes para os Jogos de Londres será divulgada em 6 de julho. Do meio-campo para trás, será preciso uma análise mais apurada. Afinal, esse foi o papel principal durante o amistoso…

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Uma estatística a menos para o Rei

Pelé e Messi

Até este emblemático dia, 25 de maio de 2012, o recorde absoluto de gols marcados por um atleta em uma temporada do futebol pertencia ao Rei. Em 1958, Pelé balançou as redes 77 vezes, vestindo as camisas do Santos e da Seleção Brasileira.

Ao marcar um dos gols da vitória do Barcelona por 3 x 0 sobre o Athletic de Bilbao na final da Copa do Rei, Messi destruiu mais uma estatística, chegando a 78 tentos. Neste ano, o craque do Barça foi artilheiro do campeonato espanhol e da Liga dos Campeões.

Abaixo, a lista das melhores temporadas de Messi e Pelé. No caso do brasileiro, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Já o argentino jogou de agosto de 2011 a maio de 2012.

Quantos recordes ainda serão aniquilados pelo hermano?

Lionel Messi (24 anos) – 78 gols
50 no Campeonato Espanhol
14 na Liga dos Campeões da Uefa
3 na Copa do Rei (campeão)
3 na Supercopa da Espanha (campeão)
2 no Mundial de Clubes (campeão)
1 na Supercopa da Europa (campeão)
5 pela seleção da Argentina

Pelé (17 anos) – 77 gols
58 no Campeonato Paulista
8 no Torneio Rio-São Paulo
2 no jogo Santos x Seleção Paulista
9 pela Seleção Brasileira (campeão mundial)

A linha editorial incrivelmente fora da linha

Capas do Olé e do Lance! em 24 de maio de 2012

Duas classificações agônicas, nos instantes finais.

Na Taça Libertadores da América, os populares Boca Juniors e Corinthians avançaram à semifinal de forma emocionante.

No Rio de Janeiro, o tanque Santiago Silva marcou aos 45 minutos do segundo tempo e arrancou a vaga do Fluminense, que levava a disputa para os pênaltis até ali.

No Pacaembu, o volante Paulinho subiu sozinho para cabecear e despachar o Vasco aos 44, colocando o Timão mais uma vez próximo à façanha inédita no continente.

A emoção das partidas acabou transportada para dois importantes jornais esportivos.

Em Buenos Aires e em São Paulo, Olé e Lance!.

Numa coincidência incrível, ambos estamparam sem pudor algum palavrões nas manchetes, incorporando o grito de milhares de torcedores, dos xeneizes à Fiel.

Qual é a sua opinião sobre essa exótica linha editorial?

Funciona em casos especiais, como os citados acima, ou passa do ponto? Comente.

Na opinião do blog, as duas capas desta quinta foram espetaculares. Que não vire uma rotina, mas de forma excepcional tornaram-se históricas.

Confira as capas acima em uma resolução maior aqui e aqui.

Ataque e contra-ataque na eterna Guerra das Malvinas

Ilhas Malvinas

Os 30 anos da Guerra das Malvinas reativaram a rixa entre argentinos e ingleses, envolvidos em uma eterna disputa pelo arquipélago.

O conflito armado ocorreu entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982, nos territórios tomados a força pelo Reino Unido em 1833. A Argentina reclamou a posse dos arquipélagos austrais, mas acabou vencida pela Inglaterra. Saldo da guerra: morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas.

Com a data histórica em voga, o governo da Argentina lançou um vídeo/provocação no seu canal oficial no Youtube. Na primeira peça publicitária, a preparação do atleta argentino Fernando Zylberberg, do hóquei, para a Olimpíada de Londres. No fim, a frase: “Para competir em solo inglês, treinamos em solo argentino”.

Agora, os ingleses, através de uma patrocinadora oficial do English Team, postaram um vídeo com uma resposta pra lá de sutil, com uma academia ensinando a forma “correta” de torcer pela seleção do país. Repare em um certo faxineiro…

Ataque argentino.

Contragolpe britânico.